Pokémon Mystery Dungeon: Liberators of Fate escrita por Navarchu
Brian estava sentado em uma cadeira no hospital da cidade, pensando. Ele havia recebido a notícia de que seu irmão estava estável, mas que ia precisar ficar um tempo em repouso.
— Pelo visto vou ter que cuidar disso até ele acordar... mas por onde? Talvez na guilda... – refletindo, o garoto se levantou, saindo do hospital.
Seguindo pelas ruas em silêncio, ele planejou o que ia fazer. Primeiro, interrogar o Swalot que cuidava da guilda para obter informações. Segundo, ir até a polícia local, eles deveriam ter informações. Concordando com seus pensamentos, ele parava na frente do prédio que queria chegar, entrando e indo direto na sala do chefe, batendo na porta.
— Pode entrar! – a voz de Robert dizia.
Abrindo a porta, Brian afrontava seu alvo, se aproximando. Seus lábios estavam fechados e seus olhos estavam levemente apertados. Mesmo assim, ele tentou permanecer calmo.
— A que devo o prazer de sua visita? – o Swalot questionou, o olhando diretamente.
— Meu irmão e eu aceitamos uma missão de um Tyrunt que está com o pai desaparecido... – ele dizia enquanto andava em círculos. – Falamos com o prefeito e pouco tempo depois, um Empoleon nos atacou. Aí eu pensei... você está aqui a mais tempo que nós, conhece esse Pokémon?
— Ah... – Robert arregalou os olhos. – Garoto, eu sugiro para você que ignore isso e procure outra missão para focar o seu tempo... não vale a pena.
— Eu decido se vale a pena ou não! Lance está no hospital por que o idiota do prefeito mandou esse cara atrás da gente! – irritado, ele rosnou para o Pokémon roxo.
— Bem, entendo que esteja zangado com isso, mas não há nada que eu possa fazer...
Respirando fundo, Brian saiu correndo de lá, seus pensamentos acelerados. O próximo passo seria ir até a polícia, mas antes disso, ele queria fazer um teste. Usando sua habilidade de ilusão, ele se tornou invisível, se concentrando para que a cauda também sumisse e voltando para a sala do Swalot, aguardando em silêncio. Demorou um pouco, mas Robert iniciou uma ligação. Embora ele não conseguisse ouvir o outro lado da linha, dava para ter uma noção da conversa.
— Um dos garotos veio pedir respostas para mim! – ele dizia com a voz rígida – Mas é claro que eu enrolei! Não podemos deixar nosso acordo acabar!
— Ele tá trabalhando com alguém, seja com aquele mercenário ou seja com o prefeito... essa história fica mais complicada a cada segundo...
— Vou dar uma chance para eles quando o Riolu sair do hospital... – falando isso, o Swalot desligava.
Era tudo o que Brian precisava saber, ele saiu do lugar novamente, e, ao se distanciar o suficiente, desfez a ilusão, ofegando.
— Usei energia demais... – ignorando seu cansaço, ele continuou andando, procurando a delegacia de polícia para fazer algumas perguntas.
Enquanto andava, sua mente criou algumas teorias. A guilda Black Skull, ou ao menos seu líder, além do prefeito, pareciam estar conectados ao assassinato. Isso fazia o garoto se perguntar qual autoridade ele poderia confiar. Então ele viu a delegacia. Respirando fundo, Brian foi para dentro do prédio.
Logo um Pokémon se aproximava do Zorua. Ele tinha aparência reptiliana, com escamas verdes e um estômago em formato de diamante, de coloração azul.
— Em que posso te ajudar? – o Tyranitar questionava Brian.
— Bem, com quem eu posso falar sobre um caso? É sobre um Druddigon desaparecido.
— Basicamente a polícia inteira, mas tem um investigador aqui que está trancado em seu escritório o dia inteiro procurando pistas desse Pokémon desaparecido. – ele se virava, indicando para Brian o seguir.
Entrando na sala, os dois viam um canídeo de pelos laranjas remexendo em alguns papéis, um copo grande contendo o que parecia ser café. O Tyranitar suspirou, pigarreando para chamar a atenção do Arcanine.
— Apollo, você tem visitas...
— Hm? – mexendo suas orelhas, ele olhava o garoto que havia chegado. – O que você quer? Eu tô meio ocupado no momento.
— Ele veio falar do caso do Druddigon...
— Ah! Nesse caso pode vir! Alguém veio me ajudar, finalmente! – ele dizia, vendo o Tyranitar sair.
— Bom... senhor Apollo, me chamo Brian e sou membro do time de exploração Liberators... vim fazer algumas perguntas. – o Zorua se aproximou, um olhar sério em seu rosto.
— Pode explicar a situação, garoto. – ele se sentava nas quatro patas. – Sou todo ouvidos...
— Nós, eu e meu irmão, ficamos sabendo que o Druddigon era político e resolvemos investigar o prefeito, que negou envolvimento. Horas depois, um Empoleon apareceu na porta da nossa casa...
— E os atacou. – Apollo terminava a frase. – Entendo... escute, você foi para a guilda?
— Estava lá antes de vir aqui, mas foi basicamente a mesma coisa que aconteceu com o prefeito. Disse para eu ignorar. – ele batia as patas no chão, parecendo irritado.
— Sim, eu fiz a minha própria investigação sobre eles. Estão envolvidos em alguns casos diversos. Roubo, assassinato, extorsão, já vi eles ignorarem tudo...
— E quanto ao Empoleon? Ele é um mercenário – o Zorua respirava fundo, tentando se acalmar enquanto esperava uma resposta.
— Ah, eu também vi sobre ele... tenho alguns informantes infiltrados, e graças a eles, consegui algumas informações importantes dos mercenários. – após falar isso, o Arcanine pegou alguns papeis, os colocando na mesa.
— Espera aí, no plural? – saltando na cadeira, ele via os papeis.
Haviam fotos de alguns Pokémons: um Aggron, um Bisharp e um Empoleon. Brian então percebeu que eles estavam lidando com mais de um criminoso. Pensando, ele concluiu que o que atacou o Druddigon foi outro.
— Certo, então são três...
— Sim. Pelo que me disseram, o Aggron se chama Atlas e ele é basicamente o líder da equipe. O Bisharp se chama Flint e o Empoleon, Napoleon. O grupo se autodenomina Companhia Coração de Aço. – ele falou, explicando para o garoto.
— Ok! Então tenho uma ideia de quem estou enfrentando, mas você pode dizer o motivo de não ter prendido o prefeito com todas essas informações?
— Moleque, as coisas não são tão simples... prender alguém tão influente nessa cidade é algo que precisa do máximo de provas possíveis. Coisas como uma confissão, entende?
— Se é disso que você precisa, então é isso que eu vou entregar... – descendo da cadeira, ele tinha um olhar determinado em seu rosto.
— Ei, espera! Você não tá pensando em invadir o escritório dele para perguntar?!
— Claro que sim! – se virando, ele rosnava, irritado com aquela situação, sua cauda balançando rapidamente. – Tentei do jeito do meu irmão e ele tá todo machucado agora! Se eu fizer do meu jeito, talvez dê certo!
O Arcanine então suspirou, olhando o Zorua diretamente, analisando o garoto. Ele então, deu uma leve risada, fechando seus olhos. Brian, sem entender o que estava acontecendo, se afastava devagar.
— Escuta, Zorua, suas intenções são boas, mas se for avançando contra qualquer situação sem plano nenhum, você não vai sobreviver... é uma dica minha.
O garoto começou a pensar. Desde que saíram de casa, ele tentou tomar as rédeas nas dungeons que foram. Primeiro, com o Zebstrika, mesmo os dois tendo controlado a situação, ainda se feriram. Depois com o bando do Luxray, onde Lance quase morreu. Internamente, ele odiava ter que admitir que o detetive estava certo.
— Como enfrentar um inimigo protegido por todos que são autoridade aqui então?! Eu tenho que proteger o Lance!
— Você entende como a mente deles funciona... – abrindo uma gaveta, ele pegava um envelope.
— Os três... tem a tipagem de aço... então por acaso vieram do mesmo lugar? – teorizando, ele colocava a mão no queixo. – Eles tem que se conhecer bem, já que conseguiram manter a organização por tanto tempo assim...
— Bingo... eu sei de onde eles vieram e de algumas coisas do passado deles... meu caro amigo, você vai me ajudar com isso?
— Eu sei como é a sensação de ter um parente desaparecido... sem saber se está vivo ou morto... – abaixando as orelhas, ele falava com um tom de tristeza em sua voz. – Aquele Tyrunt não merece isso, e nem todos os Pokémons que eles feriram. Claro que eu vou ajudar!
Apollo via aquela cena, pensando no que o Zorua havia passado para estar daquele jeito. Não seria uma boa ideia perguntar, se ele não queria falar, tinha que ter seus motivos. Ele então abriu o envelope com uma de suas patas.
— Você já ouviu falar da cidade de Oreshard?
— Eu... não... – Brian pensou por alguns instantes.
— Então deixe eu explicar para você...
Diário da aventura
Itens:
5x Oran Berry
1x Sun Ribbon
1x Escape Orb
2x Apple
Lance
Espécie: Riolu
Idade: 16 anos
Level: 21
Moves conhecidos:
— Force Palm
— Cross Chop
Brian
Espécie: Zorua
Idade: 16 anos
Level: 21
Moves conhecidos:
— Pursuit
— Copycat
— Shadow Ball
— Fury Swipes
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