A maldição da Sucessão escrita por Pms


Capítulo 24
Capítulo 24: O casamento.


Notas iniciais do capítulo

- Mais um capitulo para vocês.

— Desculpem a demora, final de ano é corrido.

— Comentem!



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A perspectiva que a união dos dois heróis do mundo bruxo fosse feita no quintal em frente a Toca numa simples tenda foi completamente equivocada, levando em consideração que o evento estava mais para algo político do que propriamente para algo familiar, já que os convidados esperados são bruxos importantes do Ministério e alguns até de outros países, não seria apropriado ser na Toca.

Diversos bruxos e bruxas estavam na expectativa de finalmente ouvir mais sobre o famoso casamento dos heróis e o anúncio que a cerimônia iria acontecer no chamado Castelo de Cristais trouxe um alvoroço de publicidade para o local que começou a receber pedidos para que aceitasse outros casamentos. O Castelo de Cristais uma estrutura feita completamente de vidro, semelhante ao um jardim botânico, foi o local oferecido pelo próprio Ministério, que tem o castelo como propriedade do governo para eventos políticos foi devidamente reservado para o casamento e decorado com a temática dos dia dos namorados, mesmo que o casamento não vá ser realizado no dia.

— Eu, como telespectador do início desse romance digo que Rony e Hermione ... – Harry declara o seu discordo de padrinho em frente ao espelho do quarto de Rony na Toca enquanto se arruma para o casamento. – Droga!

Pragueja Harry abandonando a gravata no pescoço e voltando-se ao discurso escrito no pergaminho flutuante em sua frente.

Ele está um pouco nervoso. É engraçado que para o bruxo mais famosos que vive sob as câmeras a noção de estar em frente aos holofotes o faça suar e tremer. Porém, o nervosismo não se trata em estar em frente da multidão declarando seu discurso como amigo do casal, mas em estar em frente da multidão de extrema importância no âmbito político declarando seu discurso como o chefe do aurores que não foi impactado com a fuga de Azkaban, assassinatos e o surgimento de um possível assassino. Harry claramente tem motivos para estar nervoso. Ele gostaria muito que o casamento fosse feito na tenda em frente à Toca.

— Alguém veio te mostrar a roupa! – Pelo reflexo do espelho Harry assiste Gina adentrar o quarto acompanhada de Tiago, vestido com um smoking miniatura.

Harry não sabe se ri ou continua a encarar fixamente o traje de Gina, um vestido de ombro a ombro vermelho com um decote nas costas deixando à vista seus ombros e costas sardenta, sardas que ele já havia mapeado com os dedos e com a língua.

— Olha, papai! – Tiago mostra a sua gravata borboleta vermelha na mão.

— Amigão, isso não devia estar amarrado no seu pescoço. – Harry se vira e agacha na altura de Tiago pegando a gravata.

— Não. – afasta Tiago quando Harry tenta enrolar envolta de seu pescoço.

— Eu já tentei, até com magia. – avisa Gina sentada na cama analisando Harry com o olhar. – Achei que se ele te visse usando a gravata gostaria de colocar também. O que pelo visto deu errado, já que você ainda não terminou de se arrumar.

Gina se aproxima de Harry e Tiago, e com o dedo ela indica que Harry se levante.

— Veja, Tiago. Eu também vou usar.  – Harry se ergue para Gina que ajuste a gravata em seu pescoço.

Ela poderia usar a varinha para ajustar a gravata, um feitiço simples e prático. No entanto, ela mesma fazer isso com as próprias mãos não incomoda Harry nem um pouco, que pode sentir seu cheiro tão familiar e ver por trás da maquiagem as suas sardas. Um momento pequeno e tão íntimo, um momento onde ele não quer que acabe.

— Viu, Tiago. – Gina aponta para Harry. – Seu pai está usando a gravata. Você não quer ficar igual a ele?

— Não. – nega Tiago com a cabeça brincando com a própria gravata.

 - Eu desisto. – expressa Gina jogando as mãos para o alto.

Harry se agacha novamente na altura de Tiago, embora tenha dificuldade em fazer isso por causa da calça social.

— Você quer ir do seu próprio jeito, então vá. – diz Harry bagunçando o cabelo escuro já bagunçado de seu filho. – Só que se sua tia vier reclamar comigo, eu vou falar para ela brigar com você.

— Que estranho! Chamar a Hermione de tia. – comenta Gina recebendo a atenção de Harry. – Um dia ela era amiga do meu irmão e hoje ela será esposa. Como passou rápido!

— As coisas mudaram. – expressa Harry.

— As coisas mudaram. – repete Gina.

As coisas poderiam ter mudado, mas pareciam ainda tão familiar. O quarto na Toca, os dois vestidos para um casamento em meio os acontecimentos.

— Você está bonita. – elogia Harry enquanto ela penteia seu cabelo ruivo com as mãos em frente ao espelho.

— Você também. - Gina sorri para ele no espelho. – Vamos, Tiago. Vamos deixar seu pai terminar de se arrumar.

Gina ergue a mão para que Tiago agarre.

— Te vejo no casamento. – fala ela antes de sair pela porta.

— Te vejo no casamento. – repete Harry sentindo uma pontada em seu peito.

 

 

Às três meia da tarde Harry já se encontrava com a mão adormecida pela quantidade de mãos que apertou após a sua entrada no Castelo de cristais. O local repleto de vidros é grande o suficiente para ter a área onde a cerimônia irá acontecer, uma parte elevada para o altar e filas e mais filas de cadeiras douradas dispostas nas laterais do tapete vermelho, um espaço vazio com uma árvore com a folhagem vermelha no centro que Harry percebeu que são borboletas e um belo lustre acima, mais a área da festa e a pista de dança. As mesas cobertas com um pano branco e com candelabros dourados para as velas e um vaso de rosas vermelhas exala a Grifinória, para Harry só faltava ter uma estátua de um leão para o tema do casamento se tornar Grifinória.

A legião de garçons vestidos de branco já andavam de um lado para o outro com suas bandejas flutuantes servindo convidados e imprensa com algumas bebidas.

Vultos muito coloridos vinham surgindo do ar, um a um, pelo vidro. Harry tentou reconhecer alguns e ficou surpreso da quantidade de bruxos do Ministério e outros bruxos que ele tem certeza que Hermione e Rony não conhecem.

— Tenho certeza que a metade dessas pessoas Rony e Hermione nunca viram em toda a vida. – comenta Gina ao lado dele quando caminham para tomar seus lugares na segunda fileira de cadeiras.

Para evitar que outros bruxos queiram a continuar a apertar sua mão Harry pegou Tiago no colo, o menino protestou nos primeiros minutos e depois que se deu por vencido deitou a cabeça em seu ombro. Entretanto, se o plano era não ser incomodado ou importunado por bruxos, isso de certa forma deu errado, já que no momento que Harry ergueu seu filho nos braços com Gina ao seu lado os brilhos de câmeras foram lançados contra eles o que deixou Tiago ainda mais irritado.

A diminuição da iluminação das velas avisam que a cerimônia está para começar e todos os convidados e a imprensa se apressam para se colocarem em suas posições. A música começa a tocar e a sensação de ansiedade e excitação perpassa no castelo de vidros. O sr. e a Sra. Weasley adentram pela porta lateral e caminham no tapete vermelho, seguidos por Carlinhos e a Sra. Granger.

Harry olha de relance para o altar de vidro para encontrar Rony apertando as mãos nervoso. Sons de assas e um relinchar é ouvido indicando que a carruagem da noiva havia chegado e então a música aumenta e caminhando da porta lateral vem Hermione e seu pai. É dado suspiro coletivo e luzes de câmeras reluz quando Hermione, vestindo um vestido branco bufante com tule com detalhes de rosas pretas, se coloca a caminhar no tapete vermelho e diante da árvore vermelha e do vestido e da árvore começam a voar borboletas.

 - A ideia das borboletas foi da Fleur. – sussurra Gina ao seu lado.

Logo atrás de Hermione e seu pai, entram as filhas gêmeas de Percy vestidas com trajes dourado.

— Senhoras e senhores – anuncia uma voz ligeiramente cantada, Harry reconhece de vista a bruxa com cabelos longos e pretos que agora está diante de Rony e Hermione. – Estamos aqui reunidos para celebrar a união de dois...

 – A tia de Hermione já está chorando. – cochicha Gina indicando a tia materna de Hermione com a cabeça.

Os parentes de Hermione serem convidados foi a parte mais complicada do planejamento da cerimônia, tendo ela parentes trouxas ficaria difícil explicar para eles sobre as pessoas vestidas estranhamente e as bandejas flutuantes. É claro, que se Hermione fosse uma bruxa comum ela teria que escolher entre realizar uma cerimônia bruxa ou trouxa, ou pensar na possibilidade de não convidá-los, mas o Ministério conseguiu abrir uma exceção para a heroína do mundo bruxo, com um simples aceno da varinha os parentes trouxas de Hermione esqueceriam da tal cerimônia esquisita e só se lembrariam do casamento completamente comum e trouxa.

— Ronald Abílio Weasley, você aceita Hermione Jean Granger....?

Harry se arrisca a olhar para Gina, que está com um sorriso simples no rosto e uma feição de admiração. Harry se questiona se seria desta forma que Gina imaginou o casamento deles, se é que ela ainda pensa no casamento deles como uma possibilidade.

— ... então eu os declaro unidos para toda a vida.

A bruxa de cabelos longos pretos ergue a varinha e uma chuva de estrelas caem sobre os noivos. Desta forma a tradição bruxa está completa, Hermione usa algo velho, a tiara da Tia Muriel, algo novo, a aliança de casamento, algo enfeitiçado, o vestido e algo preto, os detalhes do vestido.

Bruxos e trouxas vão ao casal desejar felicitações enquanto Gina e Harry vão para seus lugares na mesa principal que é reservada aos parentes dos noivos. Harry está preste a colocar Tiago no chão quando sente o menino mole em seu ombro.

— Gina, ele dormiu? – Harry se vira mostrando o rosto do menino.

— Ele dormiu mesmo. – ri Gina acariciando o rosto de Tiago adormecido. – Ele quase não dormiu ontem por causa de um dos dentes que está causando dor.

A banda começar a tocar no momento que Rony e Hermione vão para pista de dança sob os aplausos dos convidados.

— Vou ali conversar com a Luna. – comunica Gina se levantando indo em direção a garota com um vestido laranja chamativo.

Harry se assenta na cadeira calmamente para não perturbar Tiago em seus braços. A mesa vazia dá a Harry um campo de visão boa da festa alegre, dos convidados dançando, comendo e conversando.

— Vejo que o pequeno já encerrou a festa. – comenta uma voz atrás de Harry. Hannah Abbot vestida com um vestido simples amarelo pastel está atrás de sua cadeira segurando uma taça.

— Hannah, como vai? – pergunta Harry para ela quando ela ocupa a cadeira de Gina. – Onde está Neville?

— Ele foi ao banheiro. – responde ela bebendo um gole de sua taça. – Ele bebeu muito suco de abóbora.

Hannah analisa sorrindo o adormecido Tiago e Harry nota Hermione puxando Rony para conversar com um convidado.

— Parabéns pela promoção, Harry. – parabeniza Hannah. – Eu achei bem lógico eles te promoverem a chefe, já que você entre todos outros aurores tem muita experiência para caçar bruxos das trevas.

Harry iria agradecer quando uma bruxa de cabelos ruivos e rosto redondo que ele pensou ser uma parente dos Weasley vestindo um vestido azul se aproximou deles.

— Hannah, Neville está te procurando. – avisa ela a Hannah. – Ah, oi Harry.

— Harry, você se lembra da Susanna Bones? – Hannah se levanta se colocando ao lado da bruxa ruiva. – Ela participou da Armada de Dumbledore.

— Claro. – afirma ele mesmo tendo só reconhecido pelo complemento de Hannah. Harry não se recordava muito dos outros alunos das outras casas. – Como vai?

— Estou bem. – sorri Susanna dando mais volume a suas bochechas. – Eu...

— Então esse deve ser o famoso Harry Potter. – interrompe um bruxo um tanto alto e forte com seu cabelo castanho escuro arrepiado e olhos azuis. – Allan Matthews.

Allan Mathews é um nome conhecido para Harry, só que ele não se recorda de onde. O bruxo deve ter visto a confusão no rosto de Harry e completa.

— Ativista das criaturas mágicas, que ajudou o F.A.L.E a ser aprovado.

— Sim, é um prazer. – Tiago se remexe em seus braços por causa do movimento de se levantar da cadeira e erguer a mão em cumprimento. – Hermione disse que seu apoio foi de extrema importância para o F.A.L.E ser aprovado.

— Fico feliz em ouvir isso. – fala o bruxo com sua voz grave sorrindo orgulhoso. – E ficarei feliz em apoiar o novo projeto dela. Ela realmente está fazendo a diferença que o Ministério deveria ter feito, aliás, vocês todos estão fazendo.

Harry percebe que a conversa com o bruxo havia excluído Susanna e Hannah.

— Senhor Matthews, essas são Hannah Abbot e Susanna Bones. – apresenta Harry. – Elas estudaram comigo em Hogwarts.

— É um prazer. – O bruxo sorri para as duas que respondem com um aceno de cabeça constrangido e com o rosto vermelho. – Devo retornar a minha acompanhante. Foi um prazer conhecê-lo pessoalmente, senhor Potter.

Harry volta-se para a Susanna e Hannah.

— Neville deve estar ainda nos procurando. – comenta Hannah. – Eu falo para ele vir falar com você, Harry. Vamos, Susanna.

Susanna sorri para Harry antes de seguir Hannah pelo salão.

 

A noite foi chegando e lanternas suspensas no ar iluminaram o Castelo, e a festa foi se tornando mais descontraída. Tiago acordou e começou a correr com as primas e com a hora do discurso chegando Harry decidiu tomar um ar no lado de fora do salão para se concentrar.

Olhando para seu próprio reflexo na água da grande fonte Harry vai repassando em sua mente o discurso quando as risadas na área de atrás do Castelo chama sua atenção. As risadas são interrompidas quando ele surge na visão dos quatro garçons que estão sentados em cadeiras no gramado fumando e com uma garrafa de firewhiskey aberta no chão.

Harry ergue uma sobrancelha com as mãos nos bolsos.

— Vamos, o nosso intervalo Já acabou. – um deles diz e todos vão se levantando e pegando as cadeiras.

— Espere. – Harry para um deles que segura a garrafa e a caixa de charuto. – Me dê um, e isso fica só entre nós.

O garçom rapidamente entrega um charuto a Harry.

— Isso fica só entre nós. – repete Harry novamente antes deles saírem e rumarem para o Castelo.

Harry não tem costume de fumar charuto, mas abrirá uma exceção para comemorar o dia do casamento dos seus amigos e para poder se acalmar. Acendendo o charuto com a varinha ele solta a fumaça olhando para o céu estrelado até que o som de uma conversa se aproximando o faz apagar o charuto rapidamente. O que ele menos precisa são fotos suas fumando no casamento dos amigos.

—  Isso não vai ser necessário. – assegura uma voz feminina comum para Harry. – Continuaremos deixando em sigilo.

Harry ouve as vozes ficarem mais próximas e usa a árvore e a escuridão para se esconder.

— E se existir um padrão em todos esses. – argumenta uma voz que Harry também reconhece. – Não é igual a marca negra, mas pode ter um padrão.

Debbie Carter em seu vestido azul escuro e cabelo natural afro, a aurora Kate com seu vestido roxo, o Quim Shacklebolt em seu traje a rigor e o desfazer de feitiço que Harry havia contatado para tentar quebrar os feitiços da Mansão Malfoy param a uma distância razoável da árvore que Harry usa como esconderijo.

— O corpo enterrado na Mansão Malfoy não pode ser um acontecimento isolado. – sugeri a aurora Kate.

Corpo? Na mansão Malfoy?

Harry não havia sido informado de corpo algum. O desfazedor de feitiço havia informado a ele que não tinha como quebrar o feitiço do portão, muito menos do resto da propriedade.

Harry coloca a varinha perto do ouvido criando uma amplificador auditivo.

—  Não podemos afirmar nada, antes disso precisaríamos encontrar o Malfoy e interrogá-lo. – explica Debbie. – Malfoy pode ter matado o Gregório Goyle e isso pode alterar todos os fatos. E se as suspeitas de Potter estiverem certas, Malfoy seria capaz de fazer isso já que Potter o acusou de enfeitiçar o Nott.

Greg Goyle está morto?

— Mas e os outros? – questiona Kate.

Outros? Outros corpos?

Em menos de cinco minutos Harry conseguiu informações que não recebeu em duas semanas inteiras. O mais racional seria se manter nas sombras e continuar a ouvir a conversa secreta que está ocorrendo, mas Harry é uma autoridade e essas informações obrigatoriamente deviam ter sido dadas a ele. Ajustando o smoking, largando o charuto e estufando o peito Harry se faz presente para os quatros.

— Que outros? – pergunta Harry num tom alto e sério.

Se eles estavam surpresos por serem surpreendidos por Harry Potter não demonstraram, só se mantiveram em silêncio.

— Potter. – cumprimenta Debbie cordialmente. – Não sabíamos que estava aqui fora.

— Engraçado, eu também não sabia que iria ocorrer uma reunião hoje. – começa Harry. – Mas podem continuar, agora que estou aqui posso me atualizar das informações que não foram informadas para mim.

Harry lança um olhar questionador para Quim.

 - Podemos começar pelo corpo de Gregório Goyle. – Solicita Harry.

Debbie mantêm a expressão calma em seu rosto quando se volta para Kate.

— Kate leve o desfazedor de feitiço para dentro. – pede Debbie.

Kate e o desfazedor de feitiços se retiram. Harry não sabe de onde havia tirado coragem para falar do jeito que falou, ele espera que continue tendo a mesma coragem agora que estão somente ele, Debbie e Quim. Harry podia ser o Salvador do mundo bruxo, mas Debbie e Quim são muito mais velhos que ele e são bruxos importantes.

— Achei que eu era o chefe. – protesta Harry. – Mas pelo que me parece Debbie está exercendo essa posição por trás de mim.

Debbie cruza o dedos em frente ao corpo se comunicando com Quim pelo olhar, que está com semblante neutro.

— Você é o chefe. – diz Debbie.

— Não é o que está parecendo. – rebate Harry.

— Potter, você ainda é muito novo nessa profissão para entender como a parte política funciona. – confidencia Quim. – Você está exercendo a parte da ação de todo o trabalho, e a Carter está exercendo a parte burocrática e política.

— Isso ainda não explica como eu não fui informado do corpo encontrado na Mansão Malfoy. – retruca Harry.

— Carter. – chama Quim dando um sinal de assentimento com a cabeça.

Debbie espalma as mãos no vestido como estivesse refletindo como prosseguir.

— Após a fuga aconteceu outras mortes estranhas além das mortes dos aurores, expor essas mortes causaria mais alarde do que o necessário, aurores morrerem é algo comum já que eles estão sempre em campo de batalha lutando contra os bruxos das trevas e protegendo o nosso mundo. Bruxos comuns morrendo não é algo que se espera de um novo mundo bruxo. Eu estou sendo responsável pela parte do que deve ou não ser exposto, por isso as informação estão sendo passadas para mim primeiramente.

Harry ergue as sobrancelhas indignado. Ele é completamente contra esse tipo de raciocínio, qualquer morte para ele é importante.

— Quem são os bruxos que morreram? – questiona ele.

— Potter, não devemos falar sobre isso aqui. – corta Quim. – Carter só estava me atualizando das informações que foram dadas a ela horas antes do casamento. As pessoas ainda estão traumatizadas pelo o que ocorreu na guerra e o dever do Ministério é tentar mantê-las convencidas que estão seguras. Nós, precisamos tomar precauções.

— Sobre Gregório Goyle e Malfoy.... – insiste Harry. - Eu que listei Malfoy como suspeito da morte de Gladstone. Devo ser informado sobre qualquer informação adicional a esse caso.

Debbie olha para os lados a procura de qualquer bruxo que pode ouvir.

— Gregório Goyle estava enterrado no cemitério da família Malfoy...

—  Senhorita Weasley! – disfarça Quim cumprimentando Gina.

— Ministro. Carter. – cumprimenta Gina se fazendo presente na escuridão com seu vestido vermelho. – Harry, estava te procurando. Daqui a alguns minutos é sua vez de fazer o discurso.

— Vá, Potter. – incentiva Debbie. – Vá fazer o seu discurso.

Discursar se tornou a última coisa que Harry quer fazer no momento. Ele quer continuar essa conversa.

— Então, até amanhã no Ministério. – informa Harry antes de retirar.

Gina sorri para Debbie e Quim para acompanhar Harry.

— Harry, está tudo bem? – pergunta Gina notando o semblante sério dele e o olhar fixo no horizonte.

— Sim, só coisas do trabalho. – Harry inconsciente estende a mão para que ela segure. – Vamos.

Gina hesita olhando para ele um pouco desconfiada antes de aceitar a mão dele.

Nada está bem. Se não conseguir as informações que precisa já irrita Harry, saber que as informações estão sendo omitidas e interceptadas o deixa num estado furioso.

— Você tem certeza que está bem? – pergunta Gina novamente ao ver ele pegar um copo de bebida e engolir tudo em um único gole quando tomaram seus lugares na mesa.

— Sim. – responde Harry se levantando da cadeira para discursar usando o feitiço Sonorus.

Os olhos estão todos nele quando ele começa a falar.

— Não tem a necessidade de contar a história deles, as revistas já fizeram isso por mim. Sendo assim, só vou dizer como o amigo e telespectador do início desse romance. – Harry observa entre Rony e Hermione. – Sou muito grato por poder chamá-los de amigos e estar aqui presenciando a união de vocês dois no novo mundo que nós lutamos para conseguir e que continuamos a lutar para manter. Vocês dois sempre estão dispostos a lutar e por essa razão sei que serão felizes, pois a força e determinação de vocês dois é inabalável, e foi isso, e com ajuda de vocês dois que pude enfrentar o lorde das trevas aos 11 anos pela primeira vez, e pela última vez na batalha e vencer. Sei que serão leais aos votos que fizeram, pois foram leais a mim até o fim em meio as circunstâncias. O que quero dizer com tudo isso, é um muito obrigado.

Harry levanta a taça.

— Aos noivos!

—Aos noivos!

Harry não tinha declarado o verdadeiro discurso que escreveu. Ele pulou algumas partes e remodelou algumas palavras.

O castelo de cristais, o casamento luxuoso, imprensa e bruxos do governo, tudo tornou o momento não ideal para que as palavras verdadeiras que Harry gostaria de dizer aos amigos fossem ditas, não sem que essas palavras se tornasse uma manchete e um discurso político. Ele sabe que Hermione e Rony não irão ficar decepcionados com o discurso rápido, eles são Rony e Hermione, já passaram por muitas coisas com ele para darem tanta importância ao discurso de padrinho dele. Aliás, Harry e eles teriam outras preocupações a partir de agora.


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Notas finais do capítulo

- Peguei mais tempo para revisar, mas mesmo assim erros escapam.
— Me perdoem.



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