A maldição da Sucessão escrita por Pms


Capítulo 18
Capítulo 18: A proposta.


Notas iniciais do capítulo

- Mais um capítulo para vocês! Aproveitem!

—Comente!



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As duas próximas semanas passaram como um borrão para Harry. Entre reuniões e papeladas e a preocupação constante sobre qual seria o próximo cadáver pairava não ar no quartel general dos aurores, até mesmo Simas Finnigan havia deixado de lado o jeito despreocupado para adotar uma fachada séria. A imprensa que não se importou nem um pouco com atmosfera crítica aproveitou ainda mais a situação para desqualificar os Aurores e o Ministério.    

Harry se encontrou a maior parte do tempo inquieto e tenso, por ter sido tirado de suas mãos todos casos que ele trabalhava, o caso de Dawlish havia sido tirado desde de que foi declarado a possibilidade de existir um assassino e o caso do Nott também foi tirado desde do acontecimento de St. Mungus, o que ele só descobriu cinco dias depois de não ter nenhum acesso as informações sobre as investigações. Em suas mãos só se mantiveram as coisas normais de um dia cotidiano de auror em início de carreira, como papeladas, interromper brigas de bruxos, treinamento e a vigilância de parentes de ex- comensais da morte e apoiadores. A última coisa estimulante que lidou foi quando prendeu os atacantes de Pansy num lugar de venda ilegal um dia antes de liberarem o corpos de Billy Gladstone e Theo Nott para o enterro, a qual Harry não foi a nenhum, por causa do pedido da família de Gladstone que queria algo particular sem muitas pessoas e por achar estranho ir ao enterro do Nott tendo ele declarado a prisão e sabia que não seria bem- vindo por parte dos amigos do Nott, principalmente Zabini e possivelmente Malfoy.

Pansy, por outro lado, parecia ter aceitado o cessar- fogo de Harry que até o convidou para beber em seu apartamento o que Harry aceitou, porém ele pediu que fosse novamente em sua casa para que não ocorresse o risco de uma visita inesperada de algum amigo de Pansy ou de ele ser visto por algum jornalista intrometido já que não poderia usar a rede de Flu dela que estava em manutenção ou aparatar por causa do feitiço de anti – aparatação no apartamento.  Diferente da outra noite que beberam juntos, eles conseguiram ter uma conversa agradável sobre poções, feitiços, bebidas favoritas e qualquer assunto que não fosse relacionado a comensais da morte, assassinatos, Voldemort ou passado sombrio, pois Pansy parecia querer se distrair estando ela ainda abalada com a morte de Nott.

Com a conversa veio o excesso de bebida e eles se encontraram sobre a cama de novo, só que dessa vez, a cama pertencia a Harry que ao contrário da primeira vez não se envergonhou já que estava bêbado para pensar direito sobre a situação. No dia seguinte, Harry a convidou novamente para beber, pois de uma maneira estranha havia gostado da versão de Pansy alcoolizada que se torna uma pessoa mais leve e engraçada que o faz se sentir muito mais relaxado perto dela sem precisar esperar que algum momento a conversa deles pudessem iniciar uma discussão, dessa forma a parceria para beber se formou entre eles, quando o Harry não estava com Rony ou Hermione.

Falando em bebida, Harry faria qualquer coisa para ter uma garrafa de álcool, seja Firewhisky, conhaque ou outra bebida em sua mesa nesse exato minuto para que pudesse relaxar sua mente e seus músculos tensos.

— Espero não estar atrapalhando seu trabalho. – Harry ergue olhar do pergaminho para se deparar com Quim Shacklebolt, o Ministro da magia, em pé em frente de sua mesa.

— Ministro. – Harry se levanta da cadeira para cumprimentá-lo. – O que posso fazer por você?

— Não precisa de tanta formalidade, Potter. –pede Quim. – Vim conversar com a Carter. E aproveitando gostaria de falar com você também. Vamos ao escritório dela.

 - Claro. – assente Harry.

Harry repara olhares sendo lançados em direção a eles enquanto caminham até o escritório de Debbie. Quando chegam, a porta do escritório é aberta sem a necessidade de Harry ou Quim tocá-la, como se Debbie já estivesse a espera deles.

— Ministro. – Cumprimenta Debbie seriamente abrindo espaço para que entrassem. – Potter.

Harry havia entrado poucas vezes no escritório de chefia, mesmo quando o escritório pertencia ao falecido Gladstone. Debbie não havia alterado o aspecto do escritório, ainda continha uma mesa amadeirada no centro e duas cadeira acolchoadas a frente, como qualquer outro escritório do Ministério teria, somente a foto de Debbie em seu traje formal de auror é uma novidade em toda sala. A escada no canto esquerdo da sala que leva para um segundo andar do escritório foi sempre um curiosidade de Harry, ele desconfia que no segundo andar tenha só mais armários de arquivos igualmente a estante no canto direito que vai do chão até o segundo andar que deve estar somente os arquivos sigilosos e importantes, mesmo assim, ele gostaria de ver com seus próprios olhos.

— Carter, você deve estar ciente do motivo da minha visita. – fala Quim se sentando em uma das cadeiras convidando Harry a ocupar a outra. – A senhora Brown deve ter te informado sobre as decisões tomadas na reunião de Departamento.

— Sim, Ministro. Estou ciente, a senhora Brown me informou. – confirma Debbie num tom formal. – Por mais que eu ache a decisão precipitada estou disposta apoiar.

Harry estranha a troca de olhar entre Debbie e Quim antes do mesmo se direcionar a ele.

— Potter, gostaríamos de lhe informa uma decisão que foi tomada na última reunião. – informa Quim. – Como você deve saber, temos a vaga de chefe em aberto agora que o Gladstone faleceu. A senhora Carter havia assumido o cargo temporariamente para que quando Gladstone tivesse a possibilidade ele voltasse a assumir, agora que sabemos que isso não irá acontecer pensamos em você para assumir o cargo.

Demora alguns uns minutos para Harry compreender o que as palavras de Quim significavam. Assumir o cargo de chefia é algo que ele havia pensado em assumir quando ele tivesse acumulado anos de experiência como auror em seu currículo e por mais que a ideia parece irracional considerando a situação crítica que os Aurores se encontram atualmente, Harry consegue se imaginar no cargo, ele havia enfrentado o Lorde das trevas, o bruxo mais temível do Mundo bruxo, então ser chefe agora é algo que é alcançável. Contudo, há uma inconsistência que passa pela mente dele, oferecer um cargo de chefia a ele tendo a Debbie como vice – chefe contendo a experiência, qualidades e o direito para assumir o cargo o confunde.

— Debbie não quer assumir o cargo? – questiona Harry confuso.

— Considerando a situação atual pensamos inclusivamente em você levando em conta o seu histórico em lidar com bruxos das trevas e como você parece ter facilidade em investigação já que descobriu a corrupção na Comissão de poções. – explica Quim. – E não se preocupe, se você aceitar a Carter o auxiliará com questões burocráticas e outras coisas até que você pegue o jeito.

— Entendi. – confirma Harry ainda perplexo.

— Não precisa responder agora, é claro. – assegura Quim. – Mas precisamos de sua resposta o mais rápido possível.

 Harry estava a minutos de aceitar a proposta quando olhou de relance para Debbie que não parecia nem um pouco feliz.

— Eu irei pensar e darei a minha resposta o mais rápido possível.

— Ótimo! – Quim se levanta da cadeira e se dirige a Debbie. – Carter, atualize ele sobre o caso Gladstone e Nott. Assim, se você assumir terá a noção do que irá lidar. Tenham uma boa tarde! 

 Debbie e Harry ficam em um silêncio constrangedor após a saída do Ministro. Harry passa as mãos sobre a calça tentando aliviar o clima e Debbie ainda o encarando puxa um arquivo de uma das gavetas e joga sobre a mesa.

— Nott estava sobre influência da maldição Imperius quando matou o Gladstone. – comunica Debbie monotonamente. – O St. Mungus nos deu os prontuários do senhor Nott e do Gladstone, também nos deu a lista de visitação dos dois.

Harry pega o arquivo e estava prestes abrir quando a pressão do olhar de Debbie sobre si o deixa incomodado.

— Eu vou analisar e te devolvo amanhã.

Harry se retira da sala ainda sobre o olhar de Debbie em suas costas.

 

 

Harry já estava na nona releitura quando se cansou do arquivo. Nada parecia fora do comum, além do fato é claro que Nott estava sobre a influência da maldição Imperius quando enfiou o pincel na jugular de Gladstone no momento que nenhum dos curandeiros estava presente para segundos depois fazer o mesmo consigo mesmo. O prontuário feito após a internação do Nott afirmou que não havia indícios de nenhum tipo de encantamento ou feitiço que justificasse o delírio dele, os curandeiros ainda relataram que Nott continuava dizendo no tempo que ficou internado: “Ele está aqui! Ele está me perseguindo!”. A fala semelhante que também foi encontrada em Gladstone.

Na primeira leitura, Harry deduziu que fosse a reação da poção que Nott vendeu para Gladstone e que Dawlish também bebia e que talvez ele também consumisse, porém essa suposição foi descartada já que não foi encontrado resquício da bebida no corpo do Nott e também não justificava a marca negra no braço de Gladstone, Dawlish, Proudfoot e no outro auror. Na segunda leitura, Harry recordou-se do acontecido no baile a qual não teve acesso ao arquivo o que fez suas tentativas de achar uma resolução do caso inútil.

A única conclusão que Harry chegou foi que alguém queria matar o Gladstone desde do baile na qual não havia obtido sucesso e pela segurança reforçada no quarto do Gladstone em St. Mungus não havia a possibilidade de matá-lo lá, com a ida dele ao convívio dos pacientes a possibilidade se tornou melhor, pois o assassino poderia usar um paciente para cometer o assassinato sem causar desconfiança.

 Com a ideia em mente, Harry analisou a lista de visitação de Nott e de Gladstone que não havia nada para causar suspeita já que todas pessoas que os visitavam eram família e amigos próximos. Então Harry abandonou o arquivo, pois sabia que para conseguir completar o caso precisaria dos outros arquivos, como por exemplo, a lista de visitação de todos os outros pacientes para encontrar divergência e os relatórios dos outros aurores mortes para assim estabelecer semelhanças.

— Parabéns Harry, falou o óbvio. – resmunga ele para si mesmo.

— Falando sozinho, Potter? – Pansy que estava analisando as próprias unhas pintadas virou a cabeça para olhá-lo. – Isso não é muito normal mesmo no mundo bruxo.

— Eu estava pensando nas investigações. – explica Harry voltando a brincar com uma mexa de cabelo dela que brincava desde de que eles se deitaram para se recompor.

Harry e Pansy haviam estabelecido que juntos iriam diversificar o cardápio de bebidas para dar mais emoção aos seus encontros, a ideia de beber o vinho de nabo veio de Pansy que nunca havia tido a coragem para tomar uma bebida feita de legume. No primeiro gole perceberam que a ideia fora ruim, o gosto horrível e a tontura que sentiram além de estarem cientes que posteriormente pelo excesso a bebida poderia fazer o nariz sangrar o fizeram desistir da garrafa inteira. Mesmo sem bebida no sangue a situação hilária pela a careta de desgosto um do outro os fizeram rir muito e pela primeira vez houve um momento real entre eles onde sorriram verdadeiramente sem influência do álcool, o que explicaria como eles passaram da sala de estar para o quarto de Harry.

— Nossa, achei que você já teria caído no sono. – comenta Pansy.

— Eu até poderia se minha mente não ficasse voltando nos casos. – fala Harry cobrindo os olhos com outro braço. – Agora que me ofereceram o cargo de chefia minha mente fica indo e voltando.

— Espere. – Pansy se senta na cama sem importar com sua nudez. – Te ofereceram o cargo de chefe dos aurores?

— Sim. – responde Harry que por estranhar o silêncio de Pansy retira o braço do olhos para enxergar ela um pouco borrada pela falta dos óculos o encarando com uma expressão indecifrável. – O Ministro veio até o Quartel General dos aurores para me informar.

— Você é Harry Potter. É claro que iriam te oferecer o cargo. – declara ela logo depois como fosse óbvio para si. – Nomear você agora é uma jogada de mestre.

— Como assim? – Harry se ergue apoiando as costas na cabeceira da cama.

— O Ministério está sofrendo críticas de todos os lados e o Shacklebolt está com certeza preocupado com a posição de Ministro dele. Então a escolha mais óbvia seria nomear o nosso herói para um cargo de liderança para que assim as pessoas voltem a acreditar no Ministério. –explica ela. – É uma jogada genial.

Harry não havia pensado dessa maneira. De certa forma, ele achou estranho a proposta ser dada para ele do que a Debbie ou qualquer outro auror que está anos na carreira, mas ele quis acreditar que seu histórico contra o Voldemort superava os anos de carreira até porque ele nem precisou fazer a prova para ser um auror.  Agora Harry se sente enganado e ele odeia ser usado pelo Ministério para encobrir a incompetência deles.

— Você não pensou nisso? – pergunta Pansy ao ver a feição dele mudar. – Eu posso estar errada, mas faz sentido. Por que eles nomeariam você em vez de nomear um Auror antigo que tem anos de experiência?

— Mas nenhum deles mataram o Voldemort. – rebate Harry.

Pansy franze o cenho com o nome.

— Sim, mas eles tem anos de experiência administrativa e papeladas. Ser auror vai muito além de caçar bruxos das trevas.

Harry se senta na cama irritado procurando suas roupas.

— Ser perseguido quase a minha vida toda pelo Lorde das trevas e lutar com ele pela primeira vez aos 11 anos e depois matá-lo no final com 18 anos, coisa que nenhum auror conseguiu fazer não é experiência suficiente? – lança ele um pouco grosseiro.

— Às vezes você é tão dramático. – bufa Pansy se levantando a procura de suas roupas.

Harry abaixa o olhar para o chão tentando não deixar a raiva tomar conta. Não é certo descontar sua raiva do Ministério em Pansy já que ela possivelmente falou algo que faz sentido, fazê-lo dele chefe por causa da influência que ele tem e não por sua capacidade e algo que fere o orgulho de Harry.

Algo brilhante no chão chama a atenção dele e ao pegar na mão descobre se tratar de um brinco.

— Aqui, você deixou cair isso.  - Harry estende a mão segurando entre os dedos um brinco de argola

Pansy que já está quase completamente vestida dá um quase sorriso em agradecimento e pega a joia da mão dele prendendo-a de volta na orelha.

—Como anda o trabalho? – pergunta Harry se abaixando novamente para pegar a camiseta do chão tentando retornar ao clima calmo que eles estavam segundos antes.

—Na mesma. – responde Pansy fechando o zíper da saia. – Eu nem vou perguntar sobre o seu trabalho. Pelo jeito, a perseguição ao assassino da marca negra e a ex-comensais da morte não está tendo muito progresso se estão querendo te promover.

— Eu não saberia dizer já que não estou em nenhuma investigação, por enquanto. - Harry se levanta da cama para vestir a calça. - Falando nisso, você tem tido alguma informação de seu pai?

—Eu já falei que não tenho informação nenhuma do meu pai. -  Pansy ergue o olhar dá bota meio amarrada.

— Eu sei, só estou perguntando para o meu relatório diário.

—Eu gostaria de saber o que sua chefe e o Ministro pensariam se soubessem que você dorme com a bruxa que você vigia. – Pansy apoia o queixo na mão enquanto observa ele terminar de se vestir. – Se ainda assim iriam te promover a chefe.

— Por que? Você quer me denunciar? – Harry semicerra os olhos sem os óculos para ela.

— Acabar com carreira de Harry Potter é o maior dos meus sonhos. - Brinca ela. - Mas eu sei que ninguém iria colocar a culpa em você. Todos iriam falar que eu te seduzi para proteger meu pai.

—Mas foi exatamente isso o que aconteceu. – brinca também Harry.

—O que você escreve nos relatórios? – Questiona ela se levantando em direção ao espelho em cima da lareira para ver seu reflexo. - Me aprofundei nos mistérios dela. Ela finalmente se abriu para mim. Agora vejo tudo com transparência.

Harry solta uma risada. Finalmente vestido ele pega o óculos da mesa de cabeceira e se senta na cama para assistir ela admirando sua aparência.

— Você agora tem acesso ao caso do Theo? – pergunta ela arrumando o cabelo. – Se vão te promover a chefe você deve ter acesso.

Harry espera que ela não tenha visto pelo reflexo do espelho ele hesitar na fala.

— Descobriram que Theo estava sob a Maldição Imperius.

Pansy interrompe o seu momento no espelho e volta-se para Harry com as sobrancelhas franzidas.

— O assassino usou o Theo para matar o Gladstone. – afirma ela para si mesmo. – Então o assassino esteve no hospital ou quem sabe pode ter sido até alguém que trabalha lá. Você viu a lista de visitantes de Gladstone?

— Não tem nada fora do comum, a visitas sempre foram a família dele e a Senhora Dawlish.

— A esposa do Dawlish? – estranha Pansy.

—  Eu também achei estranho. Ainda depois do que Jackson me contou. – Harry continuou ao ver o semblante de dúvida de Pansy e ele se recordou que não havia contato para ela. - Jackson me contou que Gladstone e Dawlish tiveram uma briga semanas antes de Dawlish morrer. Nessa discussão, Gladstone ameaçou matar Dawlish se ele contasse alguma coisa.

— Contasse o que? – pergunta ela.

— Ele não sabe. O que torna tudo mais estranho é que ninguém citou algum tipo de desentendimento entre eles quando Dawlish morreu.

— Ninguém falaria enquanto Gladstone fosse o chefe. Contar isso é como acusar ele de assassinato. – Pansy fala voltando a atenção para o espelho. - Então você acha que a esposa de Dawlish matou Gladstone?

— Eu achava que era uma possibilidade levando em conta que quando Gladstone foi envenenado ela estava ao lado dele no baile. E dias depois ela estava tentando visitá-lo no St. Mungus. – Harry observa o reflexo no espelho achando hilário as caretas que ela faz ao retocar a maquiagem. – Mas para pensar nela como suspeita eu teria que ter acesso aos outros arquivos e lista de visitação.

—  Supondo que Gladstone tenha matado Dawlish. – começa Pansy avaliando o seu trabalho. – E senhora Dawlish tenha matado o Gladstone. Como isso explicaria as outras mortes de aurores e as marcas negras em seus braços?

— E foi isso que descartou toda minha teoria. É claro que ela poderia ter se aproveitado da situação do assassino para se camuflar, mas mesmo assim ainda não explicaria as outras mortes e a senhora Dawlish parecia realmente preocupada com Gladstone. – Harry explica. – Eu só queria saber o que poderia ter levado o Gladstone a ameaçar o próprio amigo de morte, ele e Dawlish eram amigos de anos.

— Talvez o Gladstone tinha um caso com a esposa de Dawlish. – supõe Pansy finalmente saindo da frente do espelho. Harry não consegue identificar se ela estava falando sério ou brincando. - Talvez Dawlish tenha descoberto e falou que iria contar para esposa de Gladstone e por isso ele ameaçou matar o Dawlish. Imagina o escândalo que seria se a imprensa descobrisse, “Chefe dos aurores e de suas mulheres”, “Comanda no escritório e na cama.”

— Você devia se tornar jornalista, você tem talento. – Harry dá um sorriso a ela. – Claro que suas notícias iam ser sensacionalista.

— Eu tenho mais talento para revista de fofoca. – Admiti ela apontando para que Harry pegasse os anéis que ela havia deixado em cima da mesa de cabeceira. – Eu seria a próxima Rita Skeeter.

— Por que você tem tantos anéis? – Harry entrega os seis anéis que ela coloca em três dedos de cada mão.

— Porque eu tenho vários dedos. – Pansy levanta aos mão em frente ao rosto chacoalhando os dedos. – Por que você tem tanta coisa da Grifinória em seu quarto? Você não é velho para ficar decorando o quarto com as coisas de Hogwarts?

Harry contempla o seu quarto. Seu quarto é espaçoso com uma cama grande coberta com uma coberto vermelho, uma janela alta com longas cortinas de veludo que é dividida em duas cores: vermelho e dourado, e um lustre. As paredes pintadas com um vermelho escuro e preso em uma das paredes está um banner com o brasão da Grifinória. Em cima da lareira há uma foto de Tiago e dele vestidos iguais com uniformes de quadribol da Grifinória e há uma outra dele com Rony e Hermione na formatura dela em Hogwarts, havia também uma terceira foto dele e de Gina que ele escolheu colocar no escritório para que não ficasse olhando toda noite quando fosse dormir.

Harry gosta do jeito que seu quarto está, Hogwarts havia sido seu primeiro lar verdadeiro antes da guerra e decorar seu quarto parecido com seu quarto em Hogwarts o faz sentir seguro e confortável. 

— Não sou o único que não superou Hogwarts. – Harry agarra a mão dela apontando para um dos dedos que tem um anel em formato de cobra com pedrinhas verdes no olhos. – Você também usava um bracelete de cobra.

— Isso é o bracelete. Feitiço modificador de forma. – Pansy analisa a mão dele que está agarrada a sua e passa o dedo sobre uma elevação de cicatriz. – Essa é diferente das outras.

Harry e Pansy podem não conseguir detalhar cada marca um no corpo do outro, mas depois de uns três encontros já conheciam o corpo um do outro o suficiente para notar algumas coisas marcantes. 

— Foi a Umbrigde que fez com uma pena enfeitiçada. Ela escreveu “Não devo contar mentiras” na minha mão.

— Aquela mulher era uma vaca. – diz rindo deixando a mão dele livre. – Mas eu gostava dos privilégios que ela dava.

— Claro que gostava. – afirma Harry.

— Você deve ter ficar furioso quando ela conseguiu a permissão do Ministério para cumprir o resto da pena exilada. – Pansy pega sua varinha que deixou em cima da lareira e acena. – Accio!

 - Nem me fale do Ministério agora! – exclama Harry observando Pansy agarrar o casaco e a bolsa que estavam no andar de baixo.

— Se eu fosse você aceitava a proposta de chefia. – Pansy veste o casaco. – Com sua influência você pode derrubar o Ministro e Ministério.

Harry se abastem em só revirar olhos em vez de fazer algum comentário censurando-a.

— Amanhã à noite vou estar livre novamente. – avisa Harry se aproximando ao notar que ela estava pronta para aparatar.

Pansy sorri sedutoramente antes de levar a mão para acariciar o braço de Harry.

— Isso é uma proposta? – pergunta ela descansando a mão no bíceps dele. -Você quer que eu venha amanhã de novo?

— O que você acha? – Harry leva as suas mãos para o quadril dela.

 - Boa noite, Potter. - Pansy dá um tapinha no peito dele. - O treinamento de auror fez bem ao seu corpo.

— Boa noite, Parkinson. - Harry coloca as mãos no bolso da calça.

Harry sabe que havia dito a si mesmo que ele e Pansy não deveria acontecer só que as coisas pareciam estar mudando e ele começou apreciar a companhia dela agora que começaram a se conhecer. Nesses encontro de bebida, ele já havia aprendido coisas básicas sobre ela, como sua cor favorita que curiosamente é vermelho, seu primeiro e único animal de estimação foi um gato preto que ela deu o nome de Trevas que morreu de velhice e que após a morte dele ela nunca mais foi capaz de ter outro animal, o melhor presente de natal que ela recebeu foi um esmalte mágico que mudava de cor conforme seu humor e sua bebida favorita é licor de chocolate. Harry sabia que não haveria muito para contar sobre si, já que informações pessoais dele já estavam estampadas em revistas e jornais, por isso, ele se contentou em discutir com Pansy sobre como o quadribol poderia ser legal quando se torce para o time certo, no caso do time de Harry União de Puddlemere e Harpias de Holyhead já que ela havia admitido que odiava o esporte, e aletoriamente os dois haviam se perdido num debate sobre uma série televisiva Trouxa que inusitadamente ambos haviam assistido, a famosa série “Doctor who”, Harry riu surpreso ao ouvir uma bruxa de sangue puro criticar e elogiar pontos da série. Ás vezes a memória da menina esnobe de Hogwarts quase não se assemelha com a Pansy que atualmente bebe com Harry, mas em outros momentos as duas pareciam se fundir de uma forma que Harry chega até se sentir novamente em Hogwarts.

 O erro constante de Harry é nunca ir com calma com as coisas que o rodeia e não pensar direito em toda situação sempre sendo impulsivo, o erro que ele cometeu quando pensou que Sirius havia sido capturado pelo Lordes das trevas, e também em relação a Pansy e que não deverá se repetir com a proposta dada hoje a ele.


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Notas finais do capítulo

- O que vocês acham Harry deveria aceitar ou não a proposta de chefia?



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