A maldição da Sucessão escrita por Pms


Capítulo 11
Capítulo 11: O dragão dourado.


Notas iniciais do capítulo

- Mais um capítulo enorme para vocês.

—Agradeço AnaXElza por favoritar essa história e Angelique Lewis por acompanhar. Me animou muito!

— Comentem.



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Faíscas azul, rosa, amarelo e outras cores é tudo que Harry consegue ver dentro da Toca.

— Cuidado! – pede a senhora Weasley após as gêmeas de Percy e Teddy passarem correndo por ela, perseguindo um foguete que Jorge trouxe da loja para comemorar a virada do ano. – Brinque com isso do lado de fora!

A senhora Weasley coloca o prato de tortinhas de abóbora sobre a mesa de centro da sala, onde Harry, Rony e Hermione estão conversando e Jorge arrumando os variados foguetes e fogos de artifícios que serão usados à meia-noite.

— Você acha que é uma boa ideia?!  - Rony fala alto para sobrepor os sons das risadas das crianças e das minis explosões. Um aceno com a varinha resolveria o barulho todo, porém na superstição dos bruxos traz azar usar magia antes da meia-noite, somente as crianças não participam dessa superstição, já que a magia feita por elas é inconsciente.

Harry que está observando Tiago brincar sentado no tapete, com um tipo de brinquedo que quando jogado para cima vai mudando de cor e de forma até alcançar o chão, não olha para Rony ao responder.

— Eu não sei! Eu não tenho uma ideia melhor!

Harry havia acabo de chegar no Largo Grimmauld quando recebeu a carta de Parkinson avisando que iriam para o tal do Dragão Dourado no dia seguinte e que ele deveria vestir um traje a rigor. Não havia endereço ou especificações sobre qual era o plano e o que fariam, e isso preocupou um pouco Harry que decidiu contar a Rony sobre tudo.

— Então você prefere confiar nela?  – pergunta Hermione num tom mais baixo agora que as crianças se retiraram para o lado de fora.

Harry desvia o olhar de Tiago para os amigos.

— Eu não confio nela, mas nessa situação vou ter que confiar. O que ela pode fazer comigo? Me matar? O que ela ganharia com isso?

— Vingança. – Diz Rony como se fosse óbvio.

Harry passa a mão sobre o cabelo pensando sobre toda a situação. Se Pansy quisesse vingança levar ele para um lugar que ninguém ouviu falar é uma forma bem estranha, suspeita e idiota. Além disso, ele tem uma carta com assinatura dela caso acontecesse alguma coisa com ele, a carta seria uma prova.

— Você realmente nunca ouviu falar desse lugar? – Pergunta Harry para Hermione.

— Não.

— Hermione Granger não saber de algo é realmente uma surpresa.  – Gina entra na sala. – Agora fiquei curiosa.

— Com certeza é uma surpresa. – Harry sorri para Gina que senta ao seu quando Hermione se afasta.  – Eu tenho que encontrar uma pessoa num lugar chamado Dragão Dourado. E ninguém ouviu falar desse lugar.

— Também nunca ouvi falar. – fala Gina. – Talvez seja um lugar clandestino. Mas qual é o problema? Se você está indo à trabalho é só chamar outros aurores para acompanhar caso for perigoso.

— O problema não é o lugar, Gina. – Intervêm Rony. – O problema é quem indicou esse lugar desconhecido.

— Quem? – pergunta Gina.

Harry não queria contar para Gina que era Parkinson, porque ela o chamaria de idiota por querer confiar em alguém que já tentou matar ele antes.

— Pansy Parkinson. – responde Rony.

Gina abre a boca em compreensão.

— Agora entendi o problema. – Gina vira para Harry. – Você sabe que ela não é confiável.

— Sim, eu sei. Mas tem uma investigação toda dependo disso.

O estrondo de coisas caindo é ouvido perto da escada. Harry e Gina por intuição rapidamente olham para Tiago e se assustam quando não o encontra sentado no tapete.

— Tiago? – Gina e Harry se levantam e vão em direção ao barulho.

Tiago está sentando ao lado de uma árvore natalina caída e rodeado de decorações natalinas, e em sua mão está um visgo na qual ele tenta arrancar o laço vermelho.

— Olha mamãe! – Fala Tiago mostrando para ela o visgo.

— Tiago! Não é para mexer nisso! – Gina reprende indo em direção ao filho pegando-o no colo. – Como ele conseguiu pegar o visgo!?

— Está tudo bem? – pergunta Hermione da sala.

— Sim, está. – Harry se agacha arrumando a árvore e colocando os enfeites novamente e subindo nos degraus da escalada para colocar o visgo no lugar.

Harry e Gina voltam para sala com Tiago.

— Ele derrubou a árvore de natal. Acho que ele queria pegar o visco em cima da escada e acabou derrubando a árvore no processo. – Gina senta no sofá com Tiago em seu colo. – Desde que ele descobriu que consegue levitar coisas até ele, é única coisa que ele fica fazendo.

— Vocês se beijaram? – pergunta de repente Jorge agora com os fogos todos fora da caixa.

— O que?! -Pergunta Harry e Gina ao mesmo tempo.

— Se ele estava com um visgo é uma tradição beijar.

— É tradição se você passa por um visgo ou está embaixo dele. – explica Gina. – E nem é natal.

— Vocês não se beijaram no natal. Então beijem agora. – zomba Jorge.

— Jorge! – Harry não precisa olhar para Gina para perceber que ela está constrangida pelo tom de voz.

— Falta dez minutos! –Anuncia Molly saindo da cozinha.

Jorge saí para o lado de fora junto com Rony e Arthur para arrumarem os fogos de artifício. Enquanto isso, todos dentro da Toca começam a colocar os casacos para poderem sair na noite gelada e ventosa.

Harry se coloca ao lado de Gina e Tiago quando a contagem regressiva começa.

10....9...8...7....6...5...4....3.....2.....1

Com a chegada da meia-noite, Jorge acende os fogos com a varinha.

O céu escuro e nublado se torna palco para milhares de cores e formas que vão se formando, como dragão, vassoura, quadribol, etc.

As pessoas vão se abraçando e casais se beijando. Harry olha para Tiago que está admirado olhando para os fogos de artifício no colo de Gina e a olha desejando poder beijá-la também.

— Feliz ano novo, Gina! – deseja Harry alto fazendo ela olhar para ele.

  Gina sorri e surpreende encostando os lábios rapidamente nos dele. Harry sente seu coração esquentar.

— Feliz ano novo, Harry! – Deseja ela fitando-o após se afastar.

— Olha! – aponta Tiago para céu cheio de fogos explodindo.

Harry com a sensação de alegria ainda escorrendo sobre o seu corpo beija a cabeça de Tiago, tendo a perspectiva da esperança de que irão estar juntos novamente no ano que virá. Por alguns minutos, Harry esquece completamente das investigações, assassinatos e de qualquer outra coisa que estivesse em sua mente nesses últimos dias, o seu pensamento só estava em sua família.

 

 

Dia seguinte....

Harry arruma a lapela do smoking enquanto aguarda a chegada de Parkinson pela rede de flu. Logo ao amanhecer Parkinson explicou qual seria o plano por uma carta, que logo após lida se auto destruiu. 

— Você tem certeza que vai dar certo? – questionou Rony sentado no sofá mexendo na gravata borboleta.

— Eu espero que sim.

A lareira crepita e Parkinson surge da rede de flu vestida com um vestido longo dourado brilhoso com decote e uma fenda na perna, em seu pescoço está uma gargantilha de cobra e seu cabelo preso em um coque e ela segura uma bolsa de mão prata para finalizar o visual. Ela está quase irreconhecível comparando com a Parkinson que Harry viu no baile e suspeita que o lugar que irão é muito mais chique do que pensava.

— O que ele está fazendo aqui?!-  aponta ela para Rony na sala.

Harry ainda passa um tempo olhando para ela, para depois se lembrar que deveria responder à pergunta.

— Eu pedi para que ele fosse junto para o caso de algo acontecer. Ter mais de um auror é sempre melhor.

Pansy analisa Rony dos pés à cabeça.

— Espero que você tenha uma poção polissuco para ele também, qualquer um irá conseguir ver que ele é um Weasley com esses cabelos ruivos. – fala com desdém.

Pansy entrega uma garrafa para Harry que mesmo com dúvida bebe o que há dentro. Depois de minutos Harry se torna Theo Nott, Harry até pensa em perguntar para Parkinson como ela havia conseguido o DNA de Theo Nott, mas resolve esquecer.

Rony com a poção que conseguiu se torna um homem de cabelos grisalhos.

— Antes de irmos quero esclarecer uma coisa. – Pansy avisa colocando um sobretudo preto sobre o vestido. – Em hipótese alguma sejam vocês mesmos e evitem interagir com os outros, mas se interagirem sorriam e só. Se vocês falarem demais é capaz de estragarem o disfarce.

Juntos aparatam perto de uma loja de joias numa área rica trouxa em Londres, a chamada “Dragão dourado”. Harry e Rony franzem a testa um para o outro pela quebra de expectativa sobre o local. Mesmo assim acompanham Pansy até o balcão que atrás tem uma mulher asiática.

— Feliz ano novo! – cumprimenta a mulher asiática. – Que tipo de joias procuram?

— Não sei se você percebeu que sua loja chama “Dragão dourado”, o que não faz sentindo sendo que a imagem do dragão é prata. – nota Pansy apontando para imagem do dragão logo atrás da mulher.

Harry e Rony se olham confusos.

— Temos um dragão dourado lá atrás, senhorita. – a mulher passa pela cortina logo atrás de si.

 Pansy acompanha e acena para Harry e Rony segui-la. Passam por duas sala até chegarem ao uma pequena sala que parecia ser mais um armário de vassouras.

A senhora asiática abre a porta e em cima de uma mesa há um dragão de pelúcia todo desgastado e sujo. Então Harry compreende que se trata de uma chave de portal.

— Obrigado. – agradece Pansy a mulher antes da mesma fechar a porta. – Coloquem a mão sobre o dragão.

Com o tempo de duas respirações o dragão velho é substituído por a fachada de um belo castelo envolto por uma grande espaço de grama e árvores.

— Onde estamos? – questiona Rony olhando admirado para o castelo.

— Escócia.

O som de um rugido é reverberado por toda propriedade que faz o chão tremer.

— Quero dizer, o verdadeiro “Dragão dourado”. 

Caminhando para a entrada do castelo, outros bruxos vão surgindo no gramado do castelo e todos vestidos elegantemente. Ao passarem pela enorme porta logo na entrada há uma fonte com a imagem de um dragão feito todo de ouro cuspindo fogo, abaixo dele sob água estão jogados galeões que muitos bruxos estão se agachando para pegar.

— Não toque na água para pegar os galeões. A água vai tirar o efeito da poção. – sussurra Pansy no ouvido de Harry que sente um arrepio ao sentir a respiração dela em seu ouvido.

Harry olha para Rony e indica a fonte com a cabeça e nega o que Rony compreende rapidamente.

— Senhor! – chama um elfo doméstico ao lado de Harry. –Seu casaco.

Harry tira o casaco e entrega ao elfo, Pansy e Rony fazem o mesmo.

Pansy enlaça seu braço no de Harry e o guia para a escada de mármore, com a visão do alto da escada Harry vê a dimensão do luxuoso espaço cheio de armaduras feitas de prata e lustres de cristal como iluminação. No salão principal bruxos e bruxas vestidos elegantes se encontram com taças nas mãos e outros se encontram sobre mesas que pareciam ser de jogos.

— Me espere! - pede Pansy agarrando o braço de Harry com mais força enquanto desciam as escadas.

Harry havia esquecido que ela estava ao seu lado e descia a escada rapidamente enquanto admirava o local, diferente de Rony que descia lentamente.

— Senhorita Parkinson que prazer revê-la!  – cumprimenta uma bruxa loira com um vestido verde beijando Pansy na bochecha. – Feliz ano novo!

Pansy sorri falsamente para mulher ao retribuir o comprimento.

— Senhor Nott, estou feliz em vê-lo também. – Diz a mulher estendendo a mão para Harry que fica olhando sem entender por alguns segundos até recordar que ele estava como o Theo Nott.

— Igualmente. – Harry beija os dedos da mulher.

— Faz tanto tempo que não vejo vocês aqui. – a mulher toma um gole da taça. –Andam viajando muito?

— Na verdade, muito trabalho. – Harry tenta ao máximo igualar o ritmo e tom de voz ao de Theo. 

— Se sobrar tempo fale com meu marido senhor Nott, ele tem muitos clientes que querem conhecer você. – a mulher olha em direção ao marido que está em uma mesa de jogos. – Agora devo ir, temo que sem mim ele perca o jogo.

A mulher se retira.

— Mulher insuportável. – sussurra Pansy.

Harry olha para ela e nota que ainda estão com os braços enroscados ele se move para tirar o braço quando lembra que Pansy e Theo são um casal, o que mantém ele disfarçado.

— Como nunca ouvi falar desse lugar. – comenta Rony.

— Talvez porque você é pobre. – fala baixo Pansy tirando moedas com dragões desenhados de sua bolsa e entregando aos dois. – Escolham uma mesa de jogos e jogue. Ao fundo do castelo do lado de fora está ocorrendo uma rixa de dragões se quiserem apostar em algum dragão apostem com o dinheiro de vocês.

— Você já viu o cara que viemos encontrar? – Harry pergunta.

— Ainda não.

— Como vamos saber quem é ele? – questiona Rony.

— Eu direi a vocês. – Pansy pega uma taça de bebida. – Tomem cuidado, este lugar é enfeitiçado para ter cobiça e luxúria.

 Pansy caminha livremente pelo local olhando para as mesas de jogos calmamente ao contrário de Harry e Rony que andam como estivessem seguindo alguém.

— Vou olhar a rixa de dragões. – avisa Rony apontando para o distintivo de auror no bolso interno do smoking. – Qualquer problema me chame.

Rony se perde entre a multidão e Harry sem saber muito o que fazer e por não confiar na Parkinson decide segui-la entre as mesas de jogos sem ser visto por ela. Alguns bruxos o para para iniciar um conversa com o “Theo Nott”, e Harry tenta ao máximo se esquivar de alguns bruxos, mas quando não era possível permaneceu fingindo ouvir.

Enquanto conversava com um bruxo que fala sobre sua nova loja, Harry lança olhares em direção a Parkinson que está jogando em umas das mesas alegremente, pois está ganhando, só que Harry não era o único bruxo que observa Parkinson. Um bruxo de cavanhaque, a quem Harry acha familiar, que está jogando em outra mesa próxima olha para Parkinson a cada minuto, sempre que ela batia palmas por ganhar ele lançava um olhar em sua direção o que a mesma já havia notado.

Harry mantém o olhar nos dois o máximo possível, Pansy parece muito bem encarnar uma personagem fútil e rica que ambientava o local rindo alto e estimulando os outros jogadores a jogar sempre com uma taça de bebida na mão, se ela está fingindo Harry não saberia dizer.

O homem de cavanhaque que já havia observado o suficiente se aproxima de Parkinson e cochicha algo em seu ouvido que assenti e pega a mão oferecida por ele. Harry compreendendo se tratar de um flerte de Parkinson decide parar de vigia-la, não antes de ficar bravo por ela ter esquecido o real propósito de eles estarem lá.

Harry termina a conversa com o bruxo e decide andar para conhecer mais o lugar, após andar pelo ambiente ele decide parar para assistir uma apresentação de uma mulher dançando em um pano acrobático. A mulher que com uma facilidade extrema se agarra ao pano subindo até o topo para depois se arremessar girando com o tecido preso em suas pernas chama a atenção de Harry que começa a ficar focado na apresentação.

A mulher por um momento encontra o olhar de Harry e após isso todos os seus giros que ela faz acaba sempre para olhando diretamente para ele, se agarrando ao tecido a dançarina continua suas piruetas e Harry começa sentir que ela está dançando diretamente para ele, pois todos os movimentos terminavam com os seus olhos em sua direção. Harry mesmo se sentindo desconfortável não desvia o olhar dela até o momento que uma chuva começa cair sobre o local que ela está, usando o tecido como balanço a bailarina impulsiona seu corpo para frente e se lança em direção a Harry que está distraído olhando para o alto, ao perceber sua aproximação ele a olha para receber algo em seu rosto, piscando com o susto, ele nota que ela havia lançado algum tipo de pó brilhante.

Aplausos são dados mesmo que a coreografia ainda estivesse em andamento, Harry sem graça continua admirar a cena hipnotizado por ela, a cada giro que ela dava junto com o lenço ele sentia a necessidade de continuar olhando e sem desviar o olhar para qualquer outro lugar. Após ela abrir um espacate no alto e descer rolando junto ao lenço, Harry começa a se sentir tonto, como se os movimentos dela haviam ficado em câmera lenta e o som da música distante, caminhando para longe de lá ele se apoia na primeira coisa a sua frente.

— O senhor está bem? – pergunta alguém distorcido em sua visão.

Harry sente como estivesse caindo numa escuridão, até que tudo se escurece em seus olhos.

Harry sente a brisa e o sol iluminar o ambiente, semicerrando os olhos para se acostumar com a claridade. Harry boceja espreguiçando e se vira para o lado feliz e descansado pela ótima noite de sono, o que ele não estava tendo com muita frequência, se virando para o lado ele se depara com cabelos ruivos lisos descendo pelas costas nua, ele alisa os dedos sobre a pele desenhando padrões com a sardinhas perdidas na coluna vertebral para depois colocar os lábios.

— Bom dia. – Gina vira em direção a ele ainda sonolenta.

— Bom dia. – Harry sorri e se aproxima para dar um selinho o que acaba se tornando um beijo aprofundado.

   Harry desce beijando fervorosamente o pescoço enquanto uma mão desliza pelo corpo nu dela.

— Harry...– o suspiro é dado por um tom de voz diferente.

Harry abre os olhos levantando a cabeça e se assusta ao se deparar com cabelo castanho curto em vez das mechas ruivas de Gina.

Harry se afasta assustado com a mudança brusca.

— O que foi, Harry? – pergunta Pansy suavemente.

— Harry?

— Harry! - uma voz distante e mais grave.

Harry abre os olhos e nota que está amarrado numa cadeira.

— Harry, você está bem? – pergunta Rony amarrado por feitiço na cadeira ao lado de Harry.

Harry ainda atordoado e com a visão borrada pela falta de óculos só consegue observar o ambiente que está, além de Rony há dois bruxos ao fundo da sala que aparenta ser um escritório, e um de meia idade de pele parda e com uma barba bem- vestido sentado atrás da mesa olhando diretamente para ele. Harry continua a analisar o ambiente até ser interrompido pela entrada de Parkinson e de um homem.

— Tire suas mãos de mim! - esbraveja Pansy arrancando seus braços do aperto do homem.

— Já que estamos todos aqui, podemos começar. – diz o homem com barba sentado na mesa. – Vejo que temos aqui o senhor Potter, senhor Weasley e a senhorita Parkinson. Com as apresentações feitas, eu preciso admitir que estou surpreso de que vocês foram burros o suficiente para achar que eu não iria descobrir que estavam usando a poção polissuco.

Ele olha para todos com expectativa.

— Senhorita Parkinson, poderia começar a explicar porque trouxe dois aurores disfarçados com você.

— Se é assim que você trata seus clientes é melhor você mudar de profissão. – diz Pansy. – Não é bom para os negócios tratar as pessoas como criminosas.

— Você acha que não é criminosa? Você enfeitiçou uns dos meus clientes e trouxe dois aurores, os bruxos mais famosos do mundo bruxo disfarçados com você.

— Na verdade, eu fui obrigada a trazê-los. – Pansy anda até um espelho na parede. – Você sabe como o Ministério é.

— Sei. – comenta o homem indiferentemente. – Seu namorado foi preso?

— Na verdade, é uma tentativa de ele não ser preso. – Comenta Pansy retocando o batom no espelho.

— Negociando com aurores, Parkinson. – ele se levanta da cadeira e se apoia na mesa. – Eu disse para Theo que você era uma ótima negociante, é tão boa que me fez perdoar a dívida de seu pai.

Harry vê Pansy estremecer, mas continua a passar o batom com indiferença.

— Se você acha que perdoar é dar mais tempo para eu pagar. – rebate ela limpando as laterais dos lábios com o dedo.

Harry assiste a interação entre os dois, não compreendendo o plano de Pansy de sair daquela situação.

— Seu pai também era esperto não posso negar, me fez fazer um voto perpétuo que nunca faria nada contra a esposa e a filha dele até que ele pagasse toda dívida. – observa o homem. – Mas ele esqueceu de um detalhe, não sou eu que faço o trabalho sujo, são meus ajudantes.

Harry sente o tom de ameaça e decide montar um plano de fuga em sua mente. Maldito dia que concordou com esse plano!

— Não queremos problemas! – intervém Rony. – Só queremos informações, por causa de uma investigação de assassinato que não é relacionado a você.

Droga Rony! – pensa Harry fechando os olhos.

— Investigação de assassinato? – ergue uma sobrancelha. – O que nosso amiguinho desmaiado no quarto tem relação com isso?

— Theo é suspeito em um assassinato. – Pansy joga a mão em desdém arrumando o cabelo. – Nada para se preocupar.

— Me preocupa se nosso amiguinho desmaiado no quarto for preso por suas ações, Parkinson. Ele atrai muitos clientes com a venda de poções dele.  – Ele cruza os braços. – E se esses dois abrirem a boca sobre quem viram aqui.

— Eu só precisava de uma informação dele, nada demais. – Diz ela andando lentamente até ele dando uma acentuação aos seus quadris.

— Que tipo de informação? – ele a acompanha com olhar.

— Sobre a mercadoria que ele produz. – Pansy circula a mesa com as pontas dos dedos se arrastando pela mesa e aponta para caixa de cigarros. – Posso?

Harry franze a testa quando ela dá uma olhada sugestiva para ele e abaixa o olhar para um canto da mesa onde estão as varinhas dele de Rony. Como Lumos se acendendo na escuridão, ele compreende o plano dela.

O homem de barba observa enquanto ela tira um cigarro da caixinha, põe nos lábios e se inclina em sua direção dando a ele a visão do seu decote.

— Pode acender? Estou sem a minha varinha. – Ela diz com os lábios entre abertos.

Harry semicerrando os olhos para ver melhor percebe que com a inclinação do corpo de Pansy a mão dela parou exatamente onde estão as varinhas.

O homem que acabou se distraindo com o decote dela não nota e nem percebe enquanto tira sua própria varinha do bolso que ela havia pegado uma das varinhas.

— Petrifucus Totatulus. – o homem congela, porém não vai ao chão. Pansy o segura em frente ao seu corpo.

Os outros dois bruxos pegos desprevenidos demoram para pegar suas varinhas para lançar feitiços. Nesses segundos de tempo sem reação Harry e Rony se livram das cordas que o amarravam, pois o homem que lançou o feitiço estava petrificado e já não mantinha mais o feitiço.

— Protego! – pronuncia Pansy quando um dos bruxos lança um feitiço neles. O feitiço ricocheteia e acerta quem havia lançado deixando- o inconsciente.

— Expelliarmus! – lança Rony em um dos bruxos o desarmando após pegar sua varinha da mesa segundos depois de Pansy ricochetar o feitiço do outro. – Estupore!

Com os dois bruxos inconscientes e outro petrificado eles agora só precisariam sair dali sem serem vistos.

Pansy vai até um dos bruxos desacordado e pega sua varinha do bolso dele e sua bolsa.

— Toma. – estende a varinha para Harry após ele colocar os óculos que tirou do bolso do smoking.

— Vamos! -  Rony vai até a porta e abre um pouco olhando para o lado de fora.

— Temos que obliviar eles. – avisa Harry.

Enquanto Harry e Rony lançam o feitiço nos ajudantes. Pansy vai até a mesa procurando algo.

— O que você está fazendo? – pergunta Harry indo para o bruxo petrificado.

Pansy pega algo e coloca em sua bolsa.

— Vamos! - Harry termina de obliviar o bruxo petrificado.

Os três saem da sala como se nada tivesse acontecido, Harry e Rony andam com os rostos para baixo para tentarem não serem reconhecidos. Quando estão perto da fonte escutam alguém gritar:

— Não deixem eles sair!

Harry, Rony e Pansy aceleram o passo quando o vislumbre da estátua dourada de dragão na fonte reflete nos olhos de Harry.

— Draconifors. – Lança ele sobre a estátua que se transfigura em um dragão real com o tamanho proporcional ao da estátua e com a capacidade de fogo um pouco maior.

O dragão rugi e solta fogo nos bruxos que o seguiam e que ficam para se defender do dragão, porém outros estão em frente a porta para impedirem a passagem.

— Oppugno. – lança Pansy sobre os galeões na água que começam a ser atirados sobre os bruxos.

Já no gramado do castelo Harry estende a mão para Rony e Pansy para aparatarem.

 O estralo da aparatação já é ouvido e o gramado e as árvores já estão rodopiando e desaparecendo sobre os olhos de Harry e dando lugar para frente do Largo Grimmauld quando ele sente algo agarrar o seu pescoço firmemente. A frente do Largo Grimmauld some e tudo fica borrado durante segundos e então surge a vastidão de árvores e um lago.

Harry está tão focado em arrancar o que aperta o seu pescoço e tentando respirar que nem pressente que está acima do lago e caindo em direção a ele, só nota quando sente a sensação molhada da água fria. Ele se debate dentro da água desesperadamente enquanto afunda, ele havia perdido sua varinha e não estava conseguindo nadar, quando começa cair na inconsciência por falta de oxigênio a pressão em seu pescoço cessa e ele é levado para cima.

Harry puxa o ar com força sentindo seu pulmão se expandir quando está na superfície da água, ele sente alguém o agarrando e o colocando sobre a grama e então se vira para o lado e tosse cuspindo a água que engoliu sentindo queimação em seu pulmão.

— Ele está bem! – grita Pansy com a mão apoiada em seu ombro o sustentando.

— Onde estamos? – pergunta Rony próximo.

— Na Mansão Parkinson.


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Notas finais do capítulo

- É a primeira vez que escrevo alguma coisa que tem ação. É mais difícil do que parece. kkkkk

— O “Dragão dourado” na verdade é o Castelo de Balmoral que uma grande propriedade em Royal Deeside, Aberdeenshire, Escócia. Que representa poder, força, nobreza e boa sorte.

— A figura do dragão a princípio foi utilizada como símbolo do poder imperial, era associado com abundância, sorte, prosperidade e fortuna. Por isso, eu escolhi a figura do dragão para ser mascote de um lugar parecido com Las Vegas.



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