Depois de quase um ano escondida na Itália e duas trocas de nomes, Any se encontrou com um Vance incrivelmente diferente. O cabelo geralmente ralo deu lugar a uma centena de fios e ele exibia uma barba.

— Finalmente, eu achei que você nunca mais viria. – Any se levantou e ajeitou a saia. – Eu acho que é hora de fazermos uma visita para nossos amigos da NCIS.

— Eles me deram um tiro. – Vance bebeu o café. – E eu estava ouvindo sobre eles trazerem reforços.

— Que bom. – Any pagou a conta do lugar. – Vamos. O jatinho de Rick está estacionado no aeroporto privado.

— Achei que você era a única suspeita. – Vance estranhou.

— Você não imagina o que dinheiro não compra. – Any ajeitou a mala e os dois pegaram um táxi para o aeroporto.

Penelope Morgan caminhava com seus saltos pelo prédio do FBI. Ela recebeu um pedido incomum de sua amiga Abby. Ela e Abby frequentaram os mesmos seminários de tecnologia e também eram grandes apoiadoras dos protestos contra o aquecimento global.

— Entre. – Hotch chamou quando Penelope bateu. – O que deseja, Penelope?

— Recebemos um pedido da agencia NCIS. – Ela colocou na mesa do chefe. – Abby, uma amiga minha que trabalha lá nos requisitou pessoalmente. O pedido veio dela e da diretora Jenny Shepard-Gibbs.

— Conheço a diretora Shepard. – Hotch abriu o envelope. – Mas eu achei que ela estivesse morta. Eu nunca esperaria que ela estivesse viva.

— Acho que se ela fez o que fez, ela tem seus motivos. – Penelope olhou para uma foto de Emily, Hotch, Helena e Jack. – Assim como Emily.

Hotch apenas assentiu. Ele mesmo não poderia julgar Jenny por fingir a própria, quando ele e JJ fizeram parecer com que Emily tivesse falecido.

— Vamos reunir todo mundo. – Hotch pegou o paletó e sorriu para Penelope. – E como vão as coisas em casa?

— Abigail está crescendo tão linda quanto o pai dela. – Penelope sorriu para a preocupação de Hotch. – Embora Derek ache difícil deixar nossa filha em casa para vir trabalhar.

— Deve ser horrível passar uma noite longe dela. – Ele falava com propriedade. – Sala de reuniões agora, pessoal.

— Temos um caso novo? – Reid levantou os olhos do livro que estava lendo.

— Mais como um pedido de ajuda, Spencer. – Hotch olhou para Derek. – Derek, vá lavar o rosto. Você adormeceu.

— Desculpe, Hotch. – Derek olhou para Pen que parecia inocente. – Mas eu tive alguém me mantendo acordado durante a noite.

— Vocês dois são impagáveis, Morgans. – JJ brincou com os amigos e Emily apenas assentiu para a amiga.

— Mal tiveram uma filha e já estão providenciando outra. – Hotch revirou os olhos e viu todos sentados nas cadeiras. – Esse caso foi passado diretamente a nós pela NCIS.

— Sim, há quase um ano as agentes Abigail Sciuto e Ana Fornell foram resgatadas das mãos de uma chefe de cartel depois de três e seis meses em cativeiro. – Pen mostrou as fotos. – A dona do cartel sumiu antes que a equipe a pegasse. Leon Vance, o ex diretor era um infiltrado do cartel na agência.

— Espere, eu me lembro quando houve o bombardeio do prédio da NCIS. – Spencer a interrompeu. – Harper Dearing certo?

— Leon Vance estava trabalhando com ele. – Penelope revelou. – Ele queria um jeito para matar o time todo, mas todos do time principal sobreviveram. O agente Gibbs conseguiu rastrear e matar Dearing depois.

— Por que um diretor de agencia desceria tão baixo para matar pessoas inocentes e o próprio time? – Rossi balançou a cabeça.

— Acho que ele nunca levou um bom chute naquele lugar. – Emily tentou não soar má.

— Olha, eu acho que algo maior o fez perder a cabeça. – Derek jogou uma foto de Vance. – Talvez a obsessão por poder.

— Poder pode ser incrivelmente recompensador, mas destruidor. – JJ comentou.

— Não sabemos se ele vai atacar e a diretora da agencia está esperando um bebê. – Hotch viu JJ, Emily e Penelope se olharem. – Não podemos deixar acontecer nada com ela e o bebê. Decolamos em 30 minutos.

Todos se levantaram e pegaram suas coisas. Derek parou Penelope e deu um abraço nela. Ela não queria que nada de mal acontecesse com uma mulher grávida e com ninguém.

Enquanto isso, a equipe de Los Angeles se preparava para ir para Washington. Hetty foi informada que outras duas agencia estariam se juntando, prontas para acabar de vez com Leon Vance e pegar Any.

Vance poderia ir para o inferno, mas eles todos queriam Any viva para responder por todas as mortes que ela tinha sido responsável.

— Senhor Callen, eu reservei um quarto para você e Elisa. – Ela deu as chaves. – Eu, Deeks, Kensi, o Sr Beale e a Srta Jones ficarem no quarto andar e vocês dois no sexto.

Callen corou sabendo o motivo de isso acontecer. Ele e Elisa se amavam bastante durante a noite e era melhor para a saúde mental de todos ali.

Quando Elisa finalmente chegou, Callen a ajudou com suas coisas e todos foram para o aeroporto, prontos para acabar de vez com Vance e Any.

Era um dia ensolarado no Havaí quando a ligação chegou. Steve atendeu e era Sam, seu velho amigo.

Ele bateu na casa de seu parceiro levemente irritado, Daniel Willians e sorriu quando ele abriu a porta.

— Steve, está tudo bem? – Danny saiu e fechou a porta. – Temos um caso?

— Sim, no continente. – Steve sorriu. – Fomos chamados para fazer parte de uma força tarefa mista. Eu vou ligar para Tani e Junior, mas eu queria te informar ao vivo.

— Posso levar Wal? – Danny perguntou. – Você vai levar Anna, certo?

— Anna nunca ficaria aqui sozinha, Danno. – Steve acenou positivamente. – Traga a sua esposa e traga sua roupa de guerra. Estamos caçando leões.

— Ei, Steve? – Danny se perguntou o que significava. – O que isso quer dizer?

— Quer dizer que a pessoa que vamos caçar, é alguém perigosa. – Steve sorriu e ligou a silverado azul.

Jenny olhava para a agencia toda de cima. Ela realmente odiava estar afastada do convívio de seus agentes. Ela estava tentada a ocupar uma sala na parte de baixo, junto com todos os agentes.

— Vai ser bonito quando todos chegarem aqui, certo? – Gibbs a abraçou por trás. – Agentes federais e agentes de forças tarefas diferentes.

— A gente precisava de reforços. – Jenny o abraçou. – Teve contato com DeAngelo?

— Eu tentei todos os números dele, mas não tive contato. – Gibbs sentiu uma vibração ruim. – Deixei Tony e Tim irem à procura do agente.

Estacionando na porta do agente DeAngelo algo não parecia bom para Tony e Tim. Eles retiraram as armas e se aproximaram, notando a porta aberta.

— Agente DeAngelo? – Tony perguntou e notou as manchas de sangue. – NCIS!

Tim contou três segundos nos dedos e os dois abriram a porta com os pés. Eles se separam e Tim entrou no quarto de DeAngelo.

— Tony! – Tim gritou e suspirou. – Achei DeAngelo.

O agente estava amarrado na cama, com um tiro na testa e claramente morto. Se aproximando, Tony colocou uma luva e fechou os olhos do colega.

Olhando para a parede, eles notaram a parede rabiscada com sangue.

“Estamos de volta”.

Os dois gemeram porque sabiam de quem era a mensagem.