A Batalha de Rintol escrita por Allyssa aka Nard


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, é minha primeira vez fazendo algo desse estilo.
A história se passa +/- 8 anos antes da Batalha de Yavin
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Rintol era definitivamente uma lua bonita. Muito semelhante a Endor, essa lua era em grande parte, florestal. Clareiras, campinas e pinheiros dominavam o local, e rios de água pura e azul cruzavam em todas as direções. Animais silvestres saíam de vários cantos e em meio a toda essa natureza, havia uma base rebelde.

Éramos longe de ser uma base principal, éramos pouco mais que um acampamento na floresta, mas nossos carregamentos ajudavam muito a resistência. Rintol ficava longe do alcance do Império, mas sabíamos que era apenas uma questão de tempo até sermos encontrados. E foi nesse dia em que o Império finalmente decidiu nos atacar.

Eu estava tendo apenas um simples almoço no refeitório da base quando senti o chão tremer. Poucos segundos depois, um barulho familiar veio aos meus ouvidos: uma explosão. Me levantei em um pulo, assim como a maioria dos outros pilotos que almoçavam e ouvimos um alarme começar a soar.

O som do alarme era ensurdecedor, repetindo e repetindo, como se implorasse por atenção. Houve uma correria em direção ao hangar, passando pelas inúmeras paredes de metal e os ocasionais droides Gonk. Já haviam engenheiros perto dos X-Wings, os preparando para a saída rápida.

Subi no meu X-Wing o mais rápido que pude, notando que meu dróide, uma unidade R2-T3RB, já estava acoplado nos fundos da nave e liguei os motores. Coloquei meu capacete e fechei a cabine, e aguardei a permissão para decolar. Acelerei no momento que a Líder Cinza, uma mulher chamada Darla, chamou meu codinome, “Cinza Quatro”.

“Base um para esquadrão Delta”, ouvi o pessoal da base dizer pelo comunicador. “Líder Vermelho respondendo”, ouvi Paul responder pelo comunicador. Darla, Mark, Esther e Yanna responderam respectivamente como líderes Cinza, Azul, Amarelo e Dourado, e ouvi um homem que não conhecia falar “Líder Verde respondendo”.

 Enquanto as paredes cinza do hangar ficavam cada vez mais para trás, olhei para o ambiente e vi metade da nossa base em chamas, e vários speeders tentando pegar água dos rios para apagar o fogo. Mas o pior problemas estava acima de nós: na atmosfera, se viam 3 destróieres imperiais.

Cada um deles tinha pelo menos o 75 pilotos, enquanto nosso grupo havia apenas 5 por esquadrão, contando com os líderes, tendo apenas 25 pilotos. Além disso, torretas e lança-mísseis cobriam a blindagem dos destróieres, deixando nossa missão praticamente impossível.

Os grupos verde e dourado pilotavam Y-Wings e o grupo Azul pilotava A-Wings. Nosso plano era que os X-Wings cobrissem os Y-Wings para bombardeamentos e os A-Wings destruíssem as torretas.

Mal saímos da atmosfera quando o céu se encheu de TIEs, parecendo que as próprias estrelas se transformaram neles. Flashes de luz verde vieram em nossa direção e tivemos que quebrar a formação. “Dourado Três para Cinza Quatro; Almynno você está aí?” ouvi Daryl falar pelo meu comunicador. “Tô aqui Daryl” respondi. “Me dá combertura, vou dar uma corrida de bombardeamento no destróier da direita” ele disse, e mandou sua posição pelo meu comunicador. 

Enquanto eu ia na posição dele, vi 2 TIE Interceptors indo na diração de Jordan. “Amarelo Quatro, você tem 2 inimigos às seis horas!” falei no meu comunicador, mas foi tarde demais. O X-Wing foi reduzido a pedaços, e a baixa foi avisada em um dos comunicadores. 

Cheguei na posição de Daryl, desviando de uma torreta e vi um dos A-Wings destruí-la. Tirei 3 TIEs da cola de Daryl e o ajudei com torpedos íon no bombardeamento e fizemos um pequeno dano to destróier. “Bora de novo, quase não demos dano” ouvi ele dizer, e logo depois, outro Y-Wing, pilotado por Violet, se juntou a nós. Pedi para Hyra, a Amarelo Dois, para me ajudar no cobrimento.

Girei para a direita e mergulhei, derrubando um dos lança-mísseis mirados em Daryl. Vi Hyra e os dois Y-Wings fazerem sua rodada de bombardeamento. Derrubei 2 TIEs colados em Violet e  vi o A-Wing de Frank sendo perseguido por 2 Interceptors e 3 TIEs. “Azul Um, você tem cinco na sua cola!” disse pelo comunicador. 

Derrubei um dos Interceptors e chamei a atenção de outros dois. Vi Frank dar um loop e derrubar o resto dos TIEs e derrubei os dois que vieram em minha direção. Estava voltando para o bombardeamento de Daryl quando vi Frank explodir pelos ares. “A Equipe Azul foi destruída!” ouvi Esther falar pelo comuncador.

Vi que o restante dos Y-Wings conseguiu se reagrupar e estavam dando um bombardeamento do destróier esquerdo. O dano causado foi suficiente para fazer o destróier cair, e foram ouvidos vivas em todos os comunicadores. Daryl e Violet se reagruparam com os outros Y-Wings, e me posicionei para dar cobertura à eles.

Ajudei a derrubar o enxame de TIEs vindo em nossa direção, e vi os Y-Wings derrubarem o segundo destróier, o destróier central. Mas dessa vez, os gritos de vitória foram cortados por uma carga sísmica lançada pelo último destróier, aquele que já havia algum dano causado por mim e Daryl. 

Dos 8 Y-Wings que bombardearam o destróier, apenas 2 sobreviveram às cargas térmicas e 6 X-Wings foram destruídos no processo. Com apenas 8 naves, nosso poder de fogo era mínimo, e não havíamos chances de vencer. A única líder sobrevivente, Yanna, deu o toque de recuada e o restante de nós começou a voltar para a base.

No momento que eu ia me virar, percebi o dano que havíamos causado no último destróier e notei que havia um buraco no casco da nave, grande o suficiente para caber uma nave como a minha.

Acelerei em direção ao buraco, ignorando os protestos de Yanna pelo comunicador. Desliguei o comunicador e me posicionei para dentro da nave. Lá dentro, atirei em tudo que encontrava: circuitos, canos, paredes… Comecei a me aproximar do reator principal, e percebi que meus torpedos de íon acabaram.

Lembrei de todos meus amigos que perdi na batalha: Daryl, Violet, Esther, Frank, Hyra… Eu não faria que o sacrifício deles fosse em vão. Olhei para meu dróide. Olhei para minha nave. O mais importante: olhei para a foto perto dos meus controles. Um garoto jovem, de idade muito próxima a minha, com cabelos pretos e pele clara, o amor da minha vida. Eu sabia que em algum lugar lá embaixo, ele me aguardava e senti algumas lágrimas.

Soltei os controles, respirei fundo e fechei os olhos.


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