Too Late escrita por ro_dollores


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

bem ... este capítulo foi uma barra meio pesada para meu coraçãozinho GRS, mas vida que segue (rsrsrsrs)



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Ross largou a caneta e jogou seu corpo para trás, a analisando. 

Ele deveria ter pouco mais de cinquenta anos, cabelos brancos e óculos pesados, algumas marcas cicatrizadas de erupções em seu rosto, mas no geral era um homem interessante. A aliança pesava em seu dedo anelar, ela reparou quando ele bateu o indicador em seus lábios, pensando.

“Por quê?”

“Preciso de mais luz do dia …” - ela sorriu de lado, nervosa. - “Uma mudança me faria bem, as possibilidades de galgar novos níveis me parecem mais concretas.”

“Com certeza, Sara! Posso garantir que com sua capacidade, essa possibilidade estará sempre mais perto. Eu tenho consciência que seu turno é extremamente exigido, as disputas por espaço são acirradas e em algum momento, ser preterido pode ser desgastante.” - Ela ergueu uma sobrancelha imaginando como poderia em algumas palavras, ser tão conclusivo na avaliação dela! - “Posso estar errado mas, se fosse o dr. Grissom, não a liberaria com tanta facilidade, ele está ciente?”

“Ainda não!” - Ela confessou com sinceridade. - “Estou analisando as possibilidade e essa mudança de turno está entre elas, com uma opção relevante dessas, me sinto mais preparada para minha decisão e… posterior demissão!”

“Se você tem um plano B, peço que o reconsidere, por mim, pode começar amanhã!” - Ele sorriu largamente, aquela reação lhe fez um bem danado. - “Como procedimento, é preciso preencher um formulário e, se necessário, ainda passar por uma entrevista de transição.” - ele abriu uma gaveta e lhe entregou um envelope. - “Me entregue preenchido o mais rápido que puder e, como são três vias, Dr. Grissom precisa de uma delas também. Para novos profissionais, a avaliação é criteriosa, mas confesso que para seu caso, é mera formalidade. Eu posso imaginar, sinceramente, que nosso único problema será o seu supervisor! Eu não a perderia  sem esgotar todas as razões e, aproveitando a ocasião, tenho que admitir que estou mais que orgulhoso de ter a possibilidade de entrar para a equipe.”

...

Calebe estava sentado no sofá olhando para ela, completamente assustado.

A decisão que Sara acabara de lhe contar caíra como uma bomba em sua mente. Se por um lado ele estava feliz que ela se afastaria de Grissom, por outro, estava preocupado que consequências teria, ela desistir de algo que lutou desde sempre. Aquele laboratório era sua vida, talvez fosse melhor ela repensar com mais calma, com a mente mais serena.

“Será que isso é o que realmente você quer? Não me interprete mal mas, esse trabalho é sua vida, querida.”

“Eu pensei muito, eu vou continuar fazendo o que mais gosto, só que em outro turno.”

“Existe a possibilidade, então?”

“Sim, depois que fui embora, falei com o supervisor do turno do dia.” - ela puxou o envelope que havia deixado no armário da TV e entregou a ele.

Ela tinha saído da sala de Ross com se um peso enorme tivesse saído de suas costas.

“Nossa … isso aqui parece mais uma entrevista para o FBI. O que quer dizer com P.A.P?”

“Programa de Avaliação Psicológica. Já participei, em uma ocasião.”

Ele olhou para ela não entendo absolutamente nada.

“Existem casos em que nós, involuntariamente, nos envolvemos mais profundamente, afetando nossa capacidade de imparcialidade. Todos temos nosso ‘Tendão de Aquiles’, Caleb. Eu preciso preencher com seriedade e zero omissão. Este formulário é apresentado em uma reunião, depois disso, é emitida a decisão final dos supervisores, do turno atual e do turno pretendido.”

“Isso é bem complexo. Você pode me dizer porque precisou do programa?”

“Posso sim … violência familiar e crianças em causa … eu admito que me afetam quase que incontrolavelmente.”

Os olhos dele brilharam a necessidade de uma lágrima não derramada. Aquilo o afetou de uma maneira que lhe trouxe uma verdade incontestável, a amava com toda sua força!

Ele se ajoelhou diante dela, deitando a cabeça em seu colo. Surpresa, ela tocou seus cabelos espessos, sentindo um carinho além da conta.

“Acho que nunca seria capaz de lidar com isso, Sara. Talvez perdesse a cabeça e esquecesse que tinha um lado profissional. Acho que mataria pelas minhas pequenas, pela minha família. Acho que essa capacidade de separar tais julgamentos, não me pertence. Eu quero dizer que eu sinto muito pelo seu passado, queria poder mudar isso, é como se essa dor fosse minha.”

“Oh Calebe!”

E entre muitos beijos e abraços, eles esqueceram tudo. 

Sara estava comovida com a reação dele. Até onde podia entender, aquilo tinha sido uma linda declaração de amor. 

Uma outra verdade lhe veio à mente. Ela não o amava em igual tamanho, apenas sabia que gostava muito dele.

Grissom estava nervoso, com uma péssima sensação. Já não se lembrava quando tinha sido a última vez que tivera um sono reparador, e estava acontecendo com uma frequência assustadora.

Ele sabia que Sara estava em seu limite, mas os acontecimentos haviam saído de seu controle. Catherine precisava estar à frente, se não o fizesse, certamente Conrad e o xerife o cobrariam e, de certa maneira, era o que ele queria também.

No fundo ele tinha muito medo de que o que sentia por Sara o afetasse profissionalmente e, analisando com frieza, ele evitava o favorecimento. Não era questão de merecimento, mas as chances que haviam surgido tinham que ser dadas a Catherine, não havia como ser diferente. Havia uma escala moral de oportunidades. O que foi definitivo, era que o assassino havia a escolhido e fazer diferente poderia não ter os mesmos resultados.

Ele escovou seu bigode e barba com os dedos, parando em seu queixo.   

Em algum momento ela estaria diante dele e isso o apavorava grandemente.

“Eu preciso falar com você!”

Ele se assustou quando viu Sara ao seu lado e aquela sensação negativa ficou mais forte. Ele indicou sua sala e ficaram frente a frente.

Um envelope foi jogado em sua mesa, ele abriu, olhando para ela, tentando imaginar do que se tratava, em seu íntimo, um aviso soprou que era algo nada bom!

Ele leu, o coração aos solavancos, sua mão começou a tremer e sua visão embaçou.  

“O que significa isso, Sara?”

“Mudanças necessárias.” - Ela sabia que não seria fácil, mas não imaginou sentir um aperto tão grande diante das reações dele. Era sempre assim, podia ser o mínimo gesto, mas bastava estar de frente a ele, que tudo era potencializado. Ao notar o tremor em suas mãos, imagens de um passado esperançoso tomou conta de sua mente.

Ela estava ali por ele, e agora de certa forma, estava partindo por conta dele!

Foi horrível provar o efeito que aquilo teve sobre ele.

Grissom abaixou a cabeça e apertou os lábios, de repente ela percebeu que ele estava lutando contra o efeito absurdo que demonstrava,mesmo sem querer, ela quis sair, mas quando percebeu, lágrimas surgiram, os dois ficaram no mais absoluto silêncio.

A dor que ele estava sentindo ultrapassou sua capacidade de dissimulação, não havia como simplesmente falar com ela, expressar com palavras o ferimento grave que o punhal transformado em formulário havia feito nele. Ele perdera muitas pessoas que amara em sua vida, e podia comparar com a dor que se apossara de seu coração.

Depois de tantos anos sem agir, ele quis em segundos, corrigir. 

Ele quis dizer a ela que a amava tanto que não importava mais que consequências teria!

Aquilo se transformou em um filme de horror e ele se sentiu morrer.

Ela viu ele levantar os olhos vermelhos num esforço sobre humano, o pomo de Adão, se movimentou várias vezes, como se engolisse fel, tentando respirar, tentando se expressar.

Jamais em sua vida ela pensou que seria daquela forma, ela simplesmente imaginou que ele até a contestaria mas que no fundo aceitaria sem grandes problemas!

Sara não quis disfarçar suas lágrimas, elas estavam lá e pronto.

“Por que, Sara?”

“Eu não posso mais, estou desistindo!”

“Nós … podemos conversar … talvez fora daqui?”

“Não Grissom, é tarde demais!”

Ela se levantou, os olhos molhados, as unhas quase perfurando as palmas de suas mãos.

“Eu sei que tenho que aguardar a decisão final, mas seja ela qual for, estou indo embora de sua equipe de qualquer maneira, sendo aprovada ou não, é definitivo.”

“Sara … por favor …”

Ele se levantou e segurou o braço dela, os dedos queimando sua pele.

‘O que vai ser de minha vida se não puder ter a sua presença, mesmo que sem tocá-la, como gostaria. Simplesmente vê-la já é o bastante!’

Dezenas de palavras estavam dançando em sua mente, em seu coração, mas era tarde demais, mais uma vez, tinha que admitir!

“Eu tenho que ir, já separei minhas coisas, não vou me despedir de ninguém, não vou conseguir, eu … estarei em outro turno, mas ainda assim aqui e … espero sinceramente que cruzemos o menos possível!”

Ele arregalou os olhos sentindo a lâmina entrar em definitivo. O ciclo foi rompido, ele havia criado um abismo tão grande entre eles que nada que fizesse corrigiria seu erro!

Grissom entrou no banheiro, se sentou no chão e chorou. Lágrimas e lágrimas de dor e mais dor. Tudo o que estava segurando veio à tona com uma força descomunal!

Ele não se imaginava tendo aquelas reações, crendo que se conhecia muito bem. Mas qual sua surpresa em descobrir que tudo o que sabia sobre si, havia caído por terra. Descontrole era a palavra de ordem. 

Era como se eles tivessem vivido uma vida juntos, e ela o havia abandonado! Seu medo se transformou palpável  sem eles terem tido uma realidade juntos! Ele sabia que se cedesse ela lhe daria uma vida e depois tiraria. Em algum momento, ele corria o risco de ser trocado por alguém mais jovem.

Algum tempo depois, ele enfiou a cabeça debaixo da torneira e deixou que a água gelada levasse suas lágrimas, lavasse seu rosto e colocasse ordem em sua mente transtornada.

Enquanto isso Sara não estava diferente, uma crise de choro a abateu quando entrou em seu carro, o telefone dela estava tocando e ela viu o nome de Calebe, sem condições, ela apenas ignorou e ele saberia que ela não poderia atender e, dessa forma não insistiria. Quando os toques cessaram, ela sentiu alívio. 

Ela estava chateada, mas ainda mais por descobrir que segurar a barra de amar com tanta intensidade alguém que era nitidamente um covarde, doía como ferida feita à fogo incandescente. Um tempo depois, o telefone dela tocou novamente. Era Greg!

“Sara … o que aconteceu? Por que você fez isso? Estamos todos sem entender! Como você está?”

“Oi Greg … acredite que foi muito bem pensado, eu estou bem, não se preocupe.”

“Estamos todos arrasados, sei que as diferenças com Grissom estavam difíceis, mas … as coisas iam se resolver!”

Sara não tinha o que dizer diante daquilo.

“Nos veremos muito ainda, eu estarei no turno do dia!”

“Não é a mesma coisa … meu Deus … eu não acredito que isso aconteceu …”

“Tenho que ir, nos falamos depois.”

Assim que chegou em seu apartamento, novamente seu telefone.

“Oi Calebe!”

“Então, meu amor, como você está?”

“De certa forma, bem!”

“Não minta para mim, Sara!”

“Estou chateada mas no fundo, muito aliviada. A espera é que estava me matando.”

“Estou indo até aí!”

Ela nada disse, seria bom estar com alguém que a fazia mais forte, tinha certeza que ele estava na esquina de seu apartamento, ninguém atravessaria a cidade nos poucos minutos que se passaram.

Calebe mal entrou e já a abraçou com força, ele a levou para a cozinha,  a direcionou para uma das cadeiras e se virou para a pia. 

“O que você está fazendo?”

“Um chá!”

Ela olhou para o relógio, ele deveria estar no bar, e aquela não era hora para tomar um chá, uma cerveja cairia melhor.

“Não quero chá, você não tinha que estar no bar?”

“Vou mais tarde, você é mais importante!”

Ela viu ele seguir com a ideia quando ele encheu uma pequena chaleira com água, então se levantou, abriu a geladeira e pegou uma cerveja, tomando rapidamente um gole bem ao lado dele.

“O que você está fazendo?” - ele repetiu a pergunta dela.

“Tomando uma cerveja! Você quer?”

Caleb pôs a mão na cintura e olhou para ela, reparando em seus olhos inchados.

“Se é assim, sem chá … eu aceito uma cerveja.”

Eles se sentaram de frente e ele pegou em sua mão, acariciando seu dedos longos.

“ Você … quer falar sobre isso?”

“Foi péssimo, eu me senti muito mal. Grissom ficou arrasado!”

“Olha, querida, serão dias complicados até que essa sensação passe, eu estarei aqui para você. Quanto ao Grissom, eu reagiria da mesma maneira, eu posso entendê-lo, você é uma excelente profissional.”

As palavras de Calebe lhe deram um certo alento.

“Você vai ligar para seu novo supervisor? Como vai ser?”

“Ainda tenho que esperar, pelas normas, eles entrarão em contato. O desligamento, quando solicitado é imediato. E quando se trata de transição, é um pouco menos burocrático, ainda tenho que aguardar uma reunião, ou se todos acordarem, pode ser que nem precise. Devo ter uns dois dias.”

A campainha os interrompeu, alguém que seu porteiro conhecia estava à porta.

Calebe estremeceu pensando que poderia ser Grissom. 

Era Catherine.

“Hey … eu posso entrar?”

“Claro … por favor.”

A CSI e seu namorado trocaram um olhar, ele se levantou imediatamente.

“Esta é a Cath … meu namorado, Calebe!”

Algumas coisas começaram a fazer sentido em sua mente. Em um flash ela começou a compreender o humor dos infernos que Grissom estava há um tempo atrás. Uma certeza muito forte lhe deu a clareza que precisava.

“Podemos conversar?”

Sara indicou o sofá e Calebe tocou em seu braço.

“Estarei no quarto, querida! Vou fazer algumas ligações.”

As duas se sentaram, enquanto Sara notava Catherine observando Calebe.

“Eu queria saber se eu tenho algo a ver com a sua decisão de sair.”

“Existem alguns pontos que interessam apenas a mim, nada tem a ver com quer que seja, Cath. Preciso de motivação, não estou conseguindo ali, infelizmente.”

“Se causei algo que tenha lhe prejudicado, peço desculpas. Nós podemos contornar algumas coisas, eu posso falar com Grissom … se o que quer que exista entre vocês … quero dizer, as diferenças que causam esse desconforto … você sabe, ele não tem traquejo social!”

“O que penso de Grissom já foi revelado a ele mesmo, como disse, novas possibilidades me trarão novo gás.” 

“Eu sinto muito por toda essa situação. É uma grande perda para o laboratório …”

“Não sairei do laboratório, apenas uma mudança de turno!”

“Nós temos … tínhamos uma grande equipe.”

“Uma equipe!” - Sara repetiu.

Havia muito nas entrelinhas que Sara havia revelado, a CSI sabia, mas tentar tirar dela só causaria mais mal estar!

Catherine suspirou, sua expressão era nitidamente desoladora, mas para Sara tinha sido um grande alívio. Era como se um ciclo tivesse sido fechado, revelando portas que antes nem sabia que existia.

“Quero desejar que tudo dê certo à você, Sara! Grissom está desolado!”

Aquilo lhe trouxe uma pontada de tristeza, mas ela segurou firme.

“Ele vai superar, tenho certeza.”

“Todos estão tristes!”

“Diga a todos que não vamos deixar de nos ver.”

Ela se levantou e foram até a porta.

“Eu estou indo então, até mais Sara!”

“Até mais!”

Quando ela foi até o quarto, Calebe estava olhando para o teto, deitado na cama, pensativo.

“Oi …”

Ela se deitou ao lado dele, eles se abraçaram.

“E aí?”

“Foi tudo bem …”

“Você quer me falar o que realmente te motivou, Sara? Eu gostaria de saber.”

A verdade era que ela lhe devia toda a honestidade do mundo, então ela lhe contou os últimos acontecimentos, sobre ele ter lhe imputado ignorar seu trabalho quase finalizado, ela deu suas considerações, disse que deixou Grissom saber tudo o que pensava, depois finalizou com o último caso e também sobre sua posição. Ele não a interrompeu um segundo sequer, apenas ouviu com suas múltiplas reações. Surpresa, desconforto, nervosismo.

Alguns segundos de silêncio.

Ele se virou para ela, descansando a mão em sua barriga firme.

“Eu tenho uma verdadeira admiração por Grissom, Sara. Sempre o achei um cara fantástico e não mudo minha opinião por isso. Mesmo sabendo que ele precisa de um curso intensivo em como lidar com você. De certa forma, eu penso que ele tem medo de ser mal interpretado, que pode parecer uma escolha em detrimento do sentimento que eu sei que ele tem por você e, isso tudo só me trouxe mais certeza. Isso me preocupa, mas por outro lado me alivia. Sei que são coisas que já existiam quando você chegou na minha vida e, foi através disso que nos conhecemos, mas neste momento eu quero que esta página seja virada. Eu te apoio na valorização de seus amigos, eles serão sempre bem vindos por mim, mas por tudo que houve e, tenho certeza que muitas outras devem ter acontecido, pelo tempo que está neste trabalho, eu te peço para se afastar dele … por mim!”

Ela se assustou, aquela verdade lhe caiu como uma potente bomba.

...

“Onde está o Gil?”

Ninguém soube responder e ela desconfiou que ele estava em algum lugar escuro que pudesse abrandar sua enxaqueca. Ele estava péssimo, em uma tristeza de morte.

“Cadê o Grissom, Catherine?” - Conrad estava extremamente zangado.

“Estou procurando também.”

“Greg, vá até o banheiro, talvez ele esteja por lá.”

Aquele turno estava horrível, Sara estava em toda parte, nas conversas, nos sussurros e cochichos e ele viu com seus próprios olhos a dor absurda que estava na expressão de seu supervisor, e não tinha sido apenas ele. 

Quando algo estava errado, ele ficava nervoso, não tinha paciência com ninguém e sempre encontrava uma cabeça para ser rolada, mas no momento era diferente. Era uma tristeza sepulcral, ele estava falando baixo, sempre apertando os olhos como se tivesse com algum desconforto e não era apenas físico.

As luzes estavam apagadas, ele ouviu o barulho de alguém vomitando e imediatamente soube que era Grissom.

Uma descarga foi acionada e a porta foi aberta, surgindo um ‘meio’ homem totalmente destruído.

Sua camisa estava aberta em alguns botões e por fora das calças, uma toalha estava em volta de seu pescoço, os olhos totalmente vermelhos.

Ele se sentou em um banco de azulejos ao lado da pia.

Greg se compadeceu de sua situação.

“É sua enxaqueca, o que posso fazer por você?”

“Apague as luzes, pelo amor de Deus!”

Foi imediatamente providenciado.

“Vou trazer o dr. Robbins!

Não houve nenhum tipo de protesto e, em segundos ele estava sendo examinado.

“Gil, trouxe uma dose mais forte de Aimovig, tome imediatamente, por favor.”

Ele estava segurando sua cabeça, como se pudesse ter algum alívio, de olhos quase fechados ele obedeceu imediatamente.

Greg ouviu ele gemer de dor e ficou alarmado, ele sabia a causa que havia desencadeado sua gravidade. Suas enxaquecas eram recorrentes, mas bastava o silêncio e alguns comprimidos que logo voltava à ativa. 

Conrad entrou no banheiro escuro e acendeu as luzes. Um novo gemido e um nova corrida para o vaso sanitário, o remédio havia sido descartado, sem ter tido tempo para qualquer reação.

“Desculpe, Gil, eu … não sabia.” - Conrad parecia penalizado.

Dr. Robbins não escondia sua preocupação.

“Vou ministrar uma endovenosa, e pelo amor de Deus, alguém o leve para casa …


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