Too Late escrita por ro_dollores


Capítulo 19
Capitulo 19


Notas iniciais do capítulo

Então chegamos ao final. Nem preciso dizer o quanto estou grata a cada pessoa que me acompanhou. Até a próxima, pessoas iluminadas!



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Sara tomou um banho demorado, pediu uma pizza e se sentou no sofá com seu laptop.

Sua cabeça fervilhava de pensamentos, ela estaria de licença por seis longas semanas, seu corpo estava pedindo, sua mente estava implorando.

As palavras do médico continuavam martelando em sua cabeça. A opção era única, e agora sabendo o que tinha, parecia que as sensações estavam piorando ainda mais.

Ela pesquisou algumas agências de viagens, talvez um lugar tranquilo, com uma pequena praia, na região dos Lagos lhe desse a paz que tanto precisava. .

Depois de várias opções com preços exorbitantes, ela conseguia encontrar o lugar!

Mais animada, ela foi se deitar, sentindo as pernas pesarem toneladas e a cabeça levemente dolorida.

Era tempo de esquecer tudo, seu trabalho, seus amigos, sua casa,  suas decepções … seu amor!

O Lago era enorme, pequenas faixas de areia, chalés de diversos tamanhos em toda a extensão, cercados de montanhas, uma diminuta floresta, atividades de passeio por outros lagos na extensão de alguns quilômetros. O lugar era bem avaliado por amantes da pescaria, o sossego de praias particulares, atividades noturnas com boa música, um campo de golfe para poucos e aulas de equitação.

Sara estava observando as folhas muito verdes ainda molhadas do orvalho, o cheiro delicioso de natureza, o barulho de um pequeno riacho, da nascente que brotava de dentro da pequena floresta.

Aquilo tudo era ainda mais sensacional ao vivo!

Ela engoliu suas vitaminas e preparou seu desjejum com tudo que havia trazido. Ela tinha muito tempo para explorar o lugar, por pelo menos uns dias, apenas se deleitaria com o sol da manhã na praia artificial, com o ‘fazer nada’, ler seus livros, fazer caminhadas muito devagar, deixar as portas abertas com a linda visão do lugar por todas as entradas e saídas.

Da janela ela podia avistar além da faixa da pequena floresta, um agrupado de gigantescas  árvores que lembravam pinheiros. Talvez fosse uma mata nativa. A natureza era linda e calmante.

Ela tinha esperanças de que as coisas seriam diferentes quando voltasse, com sorte, continuaria evitando Grissom e realizando todas as suas tarefas com o profissionalismo e dedicação que sempre teve. Ross tinha sido uma grata e imensa surpresa em meio ao seu caos. Externo e interno. Ele era uma referência de bom convívio e lidava como ninguém com pessoas. Sua faceta despojada e tranquila permitia que lidasse tanto com conflitos de ordem pessoal quanto o trabalho fatigante do laboratório. 

Ela fechou os olhos e eles começaram a arder. Cada vez que se lembrava de Grissom, era uma tipo de angústia diferente.

Como tinha planos  para ficar em Vegas, também, por mais de uma vez, pensou em estar longe, deixar a cidade e usar a máxima, corpos longe, corações distantes

No fundo ela sabia que se aquele amor não lhe deixasse viver dignamente, ela tinha que se afastar.

O que acontecia com ela que não tinha a força necessária para extirpar aquele sentimento?

Jim o ajudou a se ajustar o melhor que pode, ele assinou a liberação de seus pertences, somados a um par de muletas, logo estava atravessando  um corredor de profissionais se despedindo com alegria dele.

Era o protocolo informal que o hospital gostava de usar.

Ele agradeceu a cada um, enquanto era empurrado por Jim em sua cadeira de rodas.

O trajeto foi agradável e rápido.

Assim que eles se sentaram na sala, Jim se serviu de uma jarra de água e lhe trouxe um generoso copo.

“Fui saber de seu histórico de visitas …”

“Por quê?”

“Porque eu quis … eu queria saber se alguém tinha mudado de ideia e o visitado.”

Ele não respondeu.

“E com isso, tive uma grande surpresa ... Calebe?!”

“Sim, tivemos uma conversa …” - depois uma pausa, corrigiu. - “ele teve uma conversa comigo!”

“Fico imaginando como foi isso … estou curioso!”

Grissom arqueou uma de suas sobrancelhas, como sempre fazia.

“O que você realmente quer de mim, Jim?”

“Gilbert Grissom, vamos ter uma conversa de homem pra homem!”

...

Grissom estava olhando para o movimento da rua lá embaixo, muito inquieto.

Tantas emoções conflitantes.

Aquele tempo de espera e reflexões estava punindo sua mente e coração como nunca!

Decisões em ordem, lhe obrigavam a ser menos racional e mais emocional.

Como lidar com aquilo? Como fazer algo a respeito se ele não tinha certeza do que o esperava?

Racionalizar era só o que tinha feito, ainda mais.

Ele tinha se tornado um homem com dificuldades de demonstrar sentimentos, anti social, solitário. A vida o incumbiu desde cedo a se fechar em seu casulo e viver mais para si, aprendeu a guardar sentimentos e achar que se bastava.

Mas não se bastava. A educação rígida e o silêncio que lhe foi imputado a viver por conta de uma mãe com problemas auditivos somente potencializou as características de sua personalidade.

Tardiamente descobrira o amor e aquilo o assustou.

Assustado de ter saído de sua zona de conforto, ele machucou quem não deveria, a fez sofrer, preteriu, ignorou, causou tanto dano!

E a conta chegou.

Ela foi ser feliz com outra pessoa e ele foi jogado em uma escuridão que se agravava dia a dia. Bastava ver a felicidade dela.

Que Deus o perdoasse, mas saber que Calebe não era tão perfeito lhe trouxe um sentimento ácido de bem estar. 

Sara nunca mereceu ser traída, mas não havia como explicar aquela sensação de que o deslize dele os afastaria.

Aquilo não era certo?

Mas aí, sem saber da verdade ele achou que ela havia o perdoado!

Por todos os santos, ele quis morrer mil vezes.

Ele merecia cada milímetro da lâmina que lhe rasgava!

E quase houve o fim …

No momento em que estivera ainda mais confuso, houve a conversa com Calebe.

Sim, ela o amava ... ainda, mas não deveria, ele não merecia.

Jim lhe confessou que ela havia tirado uma licença, dizendo o quanto  estava esgotada e então ele se sentiu ainda mais culpado.

E ela se foi, precisou partir por uns tempos, deixando consigo tantas horas de questionamentos que estava exausto de tanto medir as possibilidades, de tanto calcular probabilidades.

Que ironia, Sara não era um jogo de pôquer, ela era a mulher da sua vida e tinha obrigação de consertar aquilo. O problema era o medo. O pior fracasso para um homem era saber que o amor não bastava, mesmo sendo tão imenso. E se ela descobrisse que não valeria a pena estar com alguém tão desajeitado emocionalmente? Independia de amor, mas por Deus, ele precisava e muito deixar de ser tão cético com a felicidade e se enveredar por aquelas águas que desesperadamente, vivia tentando nadar contra! Como poderia deixar o medo guiar sua vida? 

Jim o enfrentou.

Jim o colocou em seu lugar!

Agora ela tinha ido para longe dele. O pavor era real!

Precisava arriscar … ou perderia feio o complexo jogo da vida!

...

Ele caminhou devagar, o sol da manhã estava batendo em seu rosto, o vento fresco trazia o cheiro de flores ciprestes e vegetação úmida pelos restos de chuva da noite anterior.

O lugar era um oásis, à direita águas intensamente azuis, uma faixa de caminho levemente arenoso, dando a impressão de uma praia particular muito tranquila, mais a frente decks com pequenos barcos. À esquerda, simpáticos chalés com  cercas demarcando limites, um extenso gramado e um outro caminho de pedras sobre ele a perder de vista. 

Um solitário guarda sol lhe chamou a atenção, ele torceu para que debaixo daquele chapéu pudesse estar ela. Ele estava nervoso, seus passos diminuíram,  ainda precisava de uma bengala para ajudar na instabilidade que seu joelho lhe imputava, ainda precisava de mais algumas sessões de fisioterapia.

Algumas gaivotas alçaram vôo chamando a atenção dela, ele se aproximou um tanto mais, e viu o livro ser deixado de lado para que ela pudesse acompanhar as aves fugazes. O céu azul usado de fundo para a pintura fantástica que aqueles pontos brancos em movimento formavam no céu. 

Assim que ela percebeu uma sombra quase ao seu lado,  virou a cabeça.

E foi um choque.

Ela segurou os lábios com força, não acreditando na imagem vívida à sua frente, tremendo muito, sentiu a garganta apertar e uma vontade absurda de chorar. Desta vez por um motivo muito diferente de suas lágrimas de cada dia.

Há quase uma semana estava ali, e em algum momento do dia ou da noite, ela chorava.

Por nada que nunca teve dele, por tanto que lutou para arrancar aquele sentimento de dentro de seu coração, por quase acreditar que podia ser feliz com outra pessoa.

Era tudo muito doloroso, ainda!

Ela tinha desistido de achar que o esqueceria.

E ela chorou um tanto mais quando se levantou para ficar de frente a ele, e sentiu seus braços a amparando, o acessório que o ajudava a se manter firme jogado na areia.

Foi um abraço de palavras não ditas, de atitudes nunca tomadas, de coragem, de esperança e de emoção.

Seus lábios estavam no ombro dele sufocando os soluços que convulsionavam seu corpo. 

“Sara …”

Ela sentiu o coração dele palpitar intensamente.

Grissom afastou por segundos seu rosto para olhar dentro dos olhos molhados, assim como os dele.

“Você veio …”

“Eu tinha que arriscar!”

Sara o ajudou a se sentar na cama, eles tinham falado por tanto tempo, antes sentados na sacada, que perderam totalmente a noção das horas. Ela decidiu caminhar com Grissom devagar até seu chalé, quando muito sem jeito, depois de se separarem do abraço, ele pediu temeroso se poderiam conversar, pois tinha muito a explicar.

E ele contou sobre tudo.

Contou de seus sonhos quando estava no hospital em um mundo que parecia suspenso, entre a realidade e o que chamavam de universo paralelo.

Havia a explicação científica e havia o que sentia por ela, tão imenso e carregado de covardia que ele por vezes quis não voltar, era quando ele via a dor que causava em seus olhos, quando via os braços dela se encolherem enquanto ele lhe estendia os seus. Havia Calebe, havia sua crueldade para nunca conseguir favorecimentos a ela, mesmo sabendo que ela merecia cada um deles que conseguiu negar!

Sua negação quase o levou para o fim, e ele quis desistir quando imaginou que ela estaria feliz com outra pessoa, mas uma luz acompanhada de uma voz que o chamava o trazia de volta como se um flash violento o transportasse.

Foram assim seus devaneios em sua meia vida naquele hospital, enquanto ela se desmanchava em desespero e muita tristeza.

Ele contou que correu o risco de, mesmo convalescente, levar uma boa surra de seu velho amigo. Grissom resolveu usar as palavras cego e insensível para não detalhar a conversa ameaçadora, mas ele se lembrava de cada vírgula.

...‘vamos ter uma conversa de homem pra homem … o que você faz da sua vida, seu bastardo, afeta a vida dela … eu juro por Deus … se você não estivesse meio homem como está, eu lhe encheria de uns bons sopapos para marcar essa sua cara bonitinha e a deixaria com um estrago que ia precisar do melhor profissional da Terra para fazer as reparações … você é um idiota inútil se destruindo por causa de nada … destruindo a pessoa que mais o ama no mundo, e essa sua cegueira a machuca tanto que se não agir de acordo, vou rezar para que ela nunca mais queira ouvir seu nome...’ 

Ele admitiu que estava realmente apavorado com a expressão macabra que Jim estava, se uma luz escura descesse sobre ele poderia enxergar o próprio inferno nele, enquanto falava não havia a menor chance de se defender.

… ‘sabe o que ela fez quando achou que você partiria? Ela nos deu um susto tão grande que achei que fossemos perdê-la também, a tristeza quase a destruiu, Grissom. Ela quis estar em seu lugar … você tem pelo menos noção do que isso significa? Pois se precisar eu ensino, mas será do meu jeito, se não tomar uma decisão, eu mesmo vou lembrá-lo a cada dia do resto da sua medíocre vida sem ela o quanto é um panaca insensível!’

Sara havia ficado hipnotizada em cada palavra dele, os olhos às vezes choravam, os lábios se comprimiam, mas ela seguiu firme. Estavam de frente um para o outro, muito perto, havia sido ela quem lhe ofereceu para ficarem mais confortáveis. 

“Ainda não acredito que está aqui!”

“Eu relutei tanto com medo de que não me aceitasse!”

Sara olhou nas profundezas dos olhos azuis e viu a verdade crua.

“Eu não aprendi a fazer isso … ainda!”

“Espero que nunca aprenda …”

“Isso vai depender de você!”

“Eu não fazia promessas, nunca soube lidar com elas, mas hoje eu aprendi que elas são necessárias. Eu prometo, Sara, estar com você até o fim dos meus dias … ou talvez além deles …”

E ela chorou mais uma vez. Estava sensível, agraciada, seu coração explodindo de felicidade.

“Você salvou a minha vida, embora não se lem…”

“Eu me lembrei … e a dor de imaginar que pudesse ter sido você … me deixou doente!”

“Por que se arriscou tanto?”

“Foi um reflexo do meu coração, Sara, o físico só soube reagir …” - Aquilo seria uma declaração de amor? - “Você se afastou de mim …”

“Silenciosamente foi o que estava me pedindo, além do mais … eu sei que todo mundo sabia o quanto …. amava você! Havia tanto nas entrelinhas, eu achei que você iria parecer pressionado … eu juro que não sei como explicar, era preciso me afastar, talvez eu tivesse medo que continuasse a insistir em me ignorar!”

“Eu fui um idiota!” - Ele apertou os lábios e os olhos, quase os fechando, em uma resposta carregada de muita dor, depois segurou seu rosto entre as mãos. - “Jim me disse que … queria estar no meu lugar?”

“Eu quis … eu não estava conseguindo suportar a dor de pensar que pudesse partir!!”

“Meu Deus, Sara … como consegui ser tão cabeça dura? Eu … me sinto abençoado por me amar!”

Ela o beijou bem devagar, longamente, cuidadosamente. E foi bom.

Grissom sentiu o gosto dela em seus próprios lábios e foi delicioso se entregar, ele a puxou para si e repetiu uma nova e longa sessão de beijos. Muitos deles, primorosamente encaixados nos lábios um do outro. Ela era o néctar dos deuses!

Toda a tensão se desfez e ele sentiu o desejo aflorar assustadoramente em seu corpo, como nunca!

Ele ainda estava debilitado mas não o impedia de desejar tão intensamente cada pedacinho dela.

“Eu … acho que vou precisar de ajuda … e um pouco de paciência.”

“O que você pretende?”

“Cumprir a  minha promessa … acho que não posso mais esperar …” - seu rosto se tingiu de vermelho e ele ficou ainda mais encantador. - “Quero fazer amor com você, e não vair ser o maldito joelho quem vai me impedir.”

Ela riu. E foi um riso lindo, iluminado.

“Podemos dar um jeito … você tem certeza?

“Toda certeza do mundo!”

Ainda sentados na cama, ela o ajudou com a camisa, ajeitou os travesseiros, enquanto passava a língua pelos lábios inconsciente, e ele não perdia um segundo dos gestos dela, encantado com o que estava por vir, surpreso com a força com que ele a queria.

Ainda tomava alguns medicamentos, dormia demais, os exercícios o esgotavam, ainda sentia algumas dores, mas ele passaria por cima de qualquer deficiência se era para demonstrar a ela todo seu amor, ele tinha feito promessas e queria cumprir além das expectativas dela.

Sara merecia ser tratada como a dama maravilhosa que era, como a mulher mais incrível do mundo, e ele a tinha, ela o amava apesar de tudo, apesar de tanto sofrimento que ele a fez passar.

Grissom segurou um soluço ao pensar o quanto a quebrou, o quanto  a destruiu e quase se destruiu junto.

Ela se ajoelhou na cama, percebendo os olhos brilhando de uma lágrima não derramada, e toda a expressão preocupada que ela lia nele.

“Griss, o que há?”  - Ela tocou entre seus olhos, exatamente na pequena ruga que se formara ali. - “Dúvidas?”

“Não querida … nunca! É só que  ….” - ele tomou fôlego, umas das promessas que fizera a si mesmo era se abrir a ela, não importava como! - “eu a fiz sofrer tanto … eu não mereço você!”

“Hey … Hey … Hey …” - Sara arregalou o solhos e o apertou em uma abraço tão forte que quase lhe faltou a respiração. - “Pelos céus, isso não importa mais, eu sei que também quase o destruí quando … quando tentei ser feliz com outra pessoa!”

“Eu mereci cada morte que vivi quando pensava em vocês dois, minha vida perdeu o sentido … e eu sabia que era tarde demais!”

“Shiii … agora estamos aqui …. você está aqui e eu te amo tanto que não sei como explicar, eu só … sei sentir!”

Ele sorriu, era emocionante ver aquele sentimento de perto, olho no olho, sentir o amor vindo dela era maravilhoso. Jim tinha razão, Calebe tinha razão e ele era um grande paspalho de não ter arriscado antes! O futuro, o que seria dali em diante, poderiam planejar depois, ele só sabia que precisava dela, qualquer plano que fizessem, teria que ser juntos!

Ela o beijou delicadamente, a testa, o nariz, as bochechas barbadas, sentindo os pelos macios brincarem em seu rosto, o queixo, a boca, devagar e profundamente. 

Sara sabia que os beijos dele seriam o céu. 

“É bom beijar você!”

Ele estava eufórico por mais, e então foi assim que tudo começou, ele a despiu com muita delicadeza, tocou seu corpo como nenhum outro, acariciou cada parte, fazendo maravilhas, mesmo tão desajeitado e sem a mobilidade que gostaria de ter com a primeira vez deles.

Ela ouviu com um prazer imenso os gemidos roucos em seu ouvido.

“Eu te amo, Sara …”

Ela estava feliz, e era o que mais importava.

Sara o ajudou quando se ajeitou em seu colo, quando tomou todo o cuidado possível para que não exigisse peripécias de um joelho em tratamento.

E tudo fluiu.

Quando eles chegaram quase juntos, ela viu o céu em estrelas imaginárias.

Não como uma adolescente, e sim uma mulher se entregando ao único homem que amou em sua vida.

“Você está bem?”

Ele beijou mais uma vez seus lábios, intensamente e com cuidado se aconchegou nela, confessando com o rosto escondido em seu pescoço.

“Você me faz feliz, me perdoe o jeito …”

“Não se subestime … Griss! Foi maravilhoso!”

Cansados, eles se aconchegaram um tanto mais um no outro, tomando cuidado sempre com o joelho sensível e dormiram pacificamente.

...

“Sara?”

“Eu não tenho onde ficar!”

Ela começou a gargalhar. Ele tinha os olhos inchados de sono, os cachos desordenados na testa  e a expressão mais linda do mundo, ela teve vontade de morder com carinho cada pedacinho dele, se agraciar com aquele corpo quente reagindo ao seu tão divinamente, estava delicioso ficar agarrada à ele, bem juntinhos.

“Como assim?”

“Reserva apenas para uma noite de tanto insistir com a gerência, disse que a resposta dele dependia o resto da minha vida. Foi sem nenhum planejamento, apenas um medo apavorante de que dissesse não!” 

Sara ficou pensando em como tinha sido a expressão dele insistindo, implorando, era difícil de imaginar.

“E o que faria se isso tivesse acontecido?”

“Se sobrevivesse ... estaria enrascado! Teria que aceitar o merecido castigo e voltar. Você pensou em dizer não?” - Como ele poderia ser tão bonito, o jeito que ele estava olhando para ela naquela dúvida cruel, foi de se apaixonar um tanto mais.

“Nem por um segundo passou pela minha cabeça! Eu só fiquei sem acreditar … achei que estivesse enlouquecendo …”

“E estou feliz que não tenha sido tarde demais! Eu te amo tanto!”

“Eu também … muito e sim …. eu aceito que seja meu hóspede. Quanto tempo pretende ficar comigo?”

Grissom sorriu lindamente.

“`Para sempre!”

FIM


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