Too Late escrita por ro_dollores


Capítulo 17
Capítulo 17




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Sara estava do outro lado do Lago Mead, o cenário parecia desfocado atrás dela, ela o viu e feliz, acenou. De repente seus lábios pararam de sorrir, sua imagem sumindo devagar. O cheiro de medicamento o deixou com náuseas, ele só queria atravessar de algum modo aquela imensidão de água e abraçar a mulher que amava tanto, não deixar que ela desaparecesse diante de seus olhos, precisava sentir a força dela, sentir o calor de seu corpo, precisava se sentir vivo. Tudo continuava tão frio. 

Sara … Sara …

...

Algo a fez acordar em sobressalto, ela olhou ao redor se familiarizando com o lugar, depois se virou imediatamente para a cama ao seu lado, ele estava balbuciando algo. Ele estava a chamando.

Em um instante ela estava ao lado dele, observando se era apenas um sonho, se deveria chamá-lo, então ela percebeu que ele ainda estava dormindo.

“Não vá …” - ele parecia agitado.

Ele estava sonhando, com toda certeza. Que desejo absurdo de acordá-lo, mas tinha muito medo que pudesse ocasionar algum dano, então ela chamou a enfermeira, qualquer coisa que fizesse parecia tão inapropriado.

“Aconteceu alguma coisa?” - Desta vez era uma mulher diferente, muito bonita com cabelos claros e presos em uma trança linda.

“Ele parece balbuciar, está agitado.”

“Isso é um bom sinal, deve despertar em breve.”

...

Sara se sentou de frente à cama dele e chorou, ela já nem sabia mais o real motivo. Sua cabeça estava confusa, talvez fosse um medo absurdo da perda, o estresse pelo que passou, todas as coisas pelo que acreditava, caíram como fruto maduro.

Ela ouviu uma voz muito longe, aos poucos percebeu que seu pescoço estava dormente, sua mão segurava outra e estava quente.

Bem devagar ela olhou para Grissom, a dor pelo mau jeito, estava castigando seu pescoço, mas nada se comparava a dor de sentir que pudesse perdê-lo.

“Sara …”

Ele apertou a mão dela e lentamente abriu os olhos.

“Oh … meu Deus … eu estou aqui!”

O choro foi inevitável mais uma vez, era emoção atrás de emoção e não tinha como fugir daquela sensação.

Ele girou seus olhos tentando se acostumar com a luminosidade, mesmo estando confortável, quase uma penumbra.

“Oi, Gris!”

“Oi!”

“Você acordou!”

“Está … chorando!” - A voz dele era muito pausada e baixa, ele tossiu levemente, depois apertou mais uma vez a mão dela. - “Estou … morrendo?”

“Não … por Deus … claro que não  … você vai ficar bem … com certeza … só precisa descansar!”

“É … descansar …  você … vai ficar?”

“Não vou a lugar algum … durma … você precisa ... para se recuperar.”

Ele mal ouviu as últimas palavras e já havia adormecido novamente.

O próximo momento de lucidez, ela estava saindo do banheiro quando o viu tentar estender a mão boa, os olhos fechados ainda, certamente sonhando.

Ela correu ao seu lado e segurou seus dedos nos dela.

“Sara?”

“Sim …”

“Não vá …”

Ela passou os dedos dele em seu rosto bem suavemente e sentiu um rascunho de um sorriso,  foi acolhedor.

Um toque na porta e ela se virou assustada.

“Dr. Jenkins? Jim?”

“Como está nosso herói?”

“Acordando aos poucos … eu acho.”

Foi só quando olharam nos dedos entrelaçados que ela percebeu o que estava fazendo. Em um gesto de proteção ela desfez o contato, se afastando para o médico ocupar seu lugar.

Jim a abraçou e a fez encostar a cabeça em seu ombro, sorrindo de alívio.

Sara conseguiu conciliar seus horários de trabalho com a de acompanhante. Grissom estava a cada período acordando mais vezes, mas sempre rapidamente.

O médico a tranquilizou dizendo que não havia nada em seus exames que indicavam baixa recuperação ou ao menos alguma oscilação. Ele estava em uma crescente de cura.

Ele recebia visitas constantemente, mas precisavam ser rápidas, mas nenhum deles conseguiu pegá-lo ao menos despertando. Era um pouco frustrante mas diante as boas notícias de seus exames, todos eles pareciam se animar.

Sara estava lendo uma revista quando Catherine entrou.

“Oi … não consegui vir ontem, Lindsey estava com uma crise alérgica terrível.”

“E como ela está?”

“Bem melhor … e nosso garotão?”

“Ele ainda não conseguiu dar atenção às visitas.”

Cath sorriu com simpatia, depois se sentou ao lado dela.

“E você?”

“Estou bem …”

“Está mesmo?”

“Sim … algum problema?”

Sara estava estranhando a maneira como ela estava a encarando, alguma coisa estava por vir.

“Você quer que lhe demos uma pausa? Qualquer um de nós o faria, pelo menos para descansar. Podemos falar com a direção do hospital e …”

“Não!” - Ela foi tão enfática que assustou sua ex colega de trabalho. - “Eu estou bem, de verdade! Ninguém precisa estar em meu lugar.” - A maneira como aquela frase foi dita, deixou margem para algumas interpretações. - “Quer dizer … eu … agradeço sua preocupação, mas eu realmente não preciso … de … descanso. Tenho medido meu tempo, além do mais ele dorme muito bem …” - ela sorriu tentando disfarçar o óbvio. 

Por Deus, Catherine era uma CSI de nível superior, a quem ela queria enganar? 

“Você o ama, não é?”

Sara olhou para o buraco profundo que tiveram que cavar para novas evidências do caso em que estavam e sentiu uma vertigem. Ela mal tinha terminado seu café da manhã quando Ross ligou, era preciso toda a equipe em ação. Ele havia entregado a ela um comunicado sobre a suspensão da nova modalidade do laboratório, o terceiro posto, estaria em espera por um tempo, as verbas tiveram que ser remanejadas e a explicação dele foi que se tratava de política.

Ela ficou chateada, tinha planos e eles foram interrompidos, mas estava feliz com a  equipe de Ross, ele era pacífico, acolhedor e ela não se intimidava com ele, não havia sentimento envolvido. Muito respeito mútuo e amizade.A grande questão era que no momento presente nada parecia mais importante que a recuperação de Grissom. “Você está bem?”

“Acho que preciso me sentar um pouco … mal comi esta manhã.”

“Você tem passado por maus bocados, me deixe terminar aqui, sem discussão,  atravesse a rua agora e vá ter uma refeição decente! Aquele restaurante parece bem interessante.”

Ela sorriu para ele e obedeceu prontamente.

Seu corpo estava com novo ritmo, havia tanta coisa que havia mudado. Estava pensando seriamente em fazer uso das vitaminas que seu médico havia sugerido. Mesmo que seus exames estivessem normais, ela precisava começar a se cuidar com mais critério com aquele trabalho tão estafante.

A conversa com Cath estava martelando em sua cabeça, a cada minuto.

‘Você o ama, não é?’

Ela abaixou a cabeça em uma única reação que poderia pensar, negar ia soar muito falso, e ela não conseguiria ignorar o impacto com que aquela pergunta a atingiu.

‘Sara? Se eu conheço um pouco da vida … e me perdoe a intromissão, claro ... não há o que negar …. e quer saber, ele a ama tanto quanto você a ele. Ter alguém na sua vida quase destruiu a vida dele.’

Catherine sabia que havia falado demais, mesmo se aquilo tudo não tivesse acontecido ela tinha decidido que precisava fazer algo.

Sara não estava se sentindo confortável, e assim como sua voz poderia soar instável, seu coração a trairia. Era melhor se calar e torcer para que algo as interrompesse, mas não aconteceu. Mediante o silêncio dela, sua ex companheira de trabalho decidiu ir além, interpretando seu silêncio com suas deduções.

‘Se algo não interferisse, acho que ele morreria de desgosto!’

As chocantes revelações fizeram Sara levantar a cabeça e enfrentar os olhos de rapina que a cobravam tanto.

‘Ele teve sua chance …’

‘Sara … Gil não é um homem fácil de lidar, desejos e atitudes estão em páginas diferentes de seu livro. Quer um conselho?’

‘Acho que não …’

‘Mas eu darei mesmo assim. Ele aprendeu uma lição dolorosa, não deixe que ele estrague tudo dessa vez! Agora … só depende de você!’

...

Sara ouviu a campainha, ela olhou no olho mágico e sorriu. Jim e Greg.

“Hei garotos … a que devo a honra?”

“Bem … a julgar pelo horário ainda temos duas horas com você!”

Eles lhe trouxeram um pacote  generoso que ela poderia adivinhar do que se tratava o embrulho, conhecia aquela logomarca.

“Meu bolo de damasco e côco?”

“Assim não vale …”

“Entrem … vocês estão de folga?”

Eles a abraçaram tão apertado que sentiu sua energia ser recarregada imediatamente.

“Sim … Jim me deu uma carona pra pegar meu carro e tivemos a ideia da visita … queremos falar com você!”

Todos se acomodaram na pequena mesa da cozinha, rindo da maneira quase infantil que ela puxou uma parte do embrulho para espiar sua delícia favorita.

“Acho que não vou resistir … vou pular o jantar … apesar de ser uma comida de hospital, até que é bem saborosa. E então? O que há?”

“Viemos oferecer nossa solidariedade, se quiser ter um tempo de descanso podemos revezar como acompanhantes de Gil!”

Por um momento ela achou que a ideia tinha sido de Catherine, mas assim que Jim continuou, suas suspeitas foram descartadas.

“Como estávamos por perto, e falávamos de você, justamente o quão deve estar cansada.”

“Não estou, acreditem. Tenho encaixado meus horários confortavelmente, consigo dormir bem à noite, como há tempos não dormia.”

Talvez ela tenha falado demais, pois ela reparou a troca de olhares que aconteceu entre eles.

“Falaram com a Cath?”

“Não, por quê?”

“Ela também sugeriu o mesmo, mas eu prometo a vocês que se em algum momento me sentir cansada, aviso!”

“Se é assim …”

Sara estava o observando bem de perto, os olhos dele pareciam mais desinchados, até mesmo sua cor estava voltando ao normal. De repente ele parecia ter sentido sua presença em cima dele e abriu olhos.

“Oi …”

“Sara …”

Ela tocou seu rosto como se fosse um gesto habitual, tinha sido muito mais forte que ela.

Ele fechou os olhos devagar aspirando seu perfume e sentindo a maciez dos seus dedos.

Seus olhos mediram o lugar, o teto, o entorno, depois pararam nela. A visão mais espetacular que ele pudesse querer.

“O que houve?”

Muito mais lúcido, ela percebeu que o seu despertar parecia mais avivado.

“Não se lembra ?”

“Me lembro de estar voltando para o laboratório …” - ele olhou nos olhos dela e viu que estavam quase às lágrimas. O quão ruim ele estava? Ele também se lembrou de uma cena quase parecida. Há quanto tempo estava ali? O que ela fazia ali? Era um dia de visita? Mas diabos, ele sentia a presença dela tantas vezes que perdeu a conta. Talvez fossem seus sonhos, seu estado letárgico, seu desejo de que ela estivesse ao seu lado. Tinha tantas perguntas. Ele deveria ter demonstrado sua ansiedade, pois ela colocou a mão em seu peito. O toque foi tão agradável quanto tinha sido em sua face.

“Fique calmo, você está bem, seus exames perfeitos …”

“Há quanto tempo estou aqui?”

“Há alguns dias e está indo muito bem.” - Ela repetiu com um sorriso que chegou aos  olhos castanhos e aqueceu seu coração.

Ele olhou para a mão ainda em seu peito e colocou a sua sobre a dela, depois deu um novo giro pelo quarto.

“Há mais alguém aqui?”

“Não … eu sou sua acompanhante!”

Ele abriu a boca em surpresa, não estava conseguindo entender direito aquela situação. E estava com muito sono, ainda. Mas ele se recusava a dormir, e se ela desaparece? Ele apertou os lábios  em meio a confusão de seus sentimentos. 

“Como se sente?”

“Eu não sei.”

“Você não sabe?” - Desta vez ela riu e ele amou o som daquilo.

“Me sinto muito cansado, não consigo me mexer direito … o que houve comigo afinal?” - ele tentou levantar a cabeça para dar uma boa olhada em msi, mão não conseguiu.

Com cuidado, ela acionou o engate de posições da cama e conseguiu com que ele ficasse mais confortável entre deitado e sentado. As enfermeiras haviam lhe explicado até onde ela poderia ajustar a cama e estava feliz que estava sendo útil.

“Melhor?”

“Sim ...meu braço e a minha perna … estão imobilizados?”

Quanto mais ele falava mais cansado se tornava, as palavras pareciam sair com mais dificuldade nos finais de cada frase.

“Bem, você bateu com a cabeça no chão, precisou de uma pequena cirurgia mas fique tranquilo pois correu tudo bem, teve uma luxação no braço e um pequeno trauma  em seu joelho, do mais … Grissom … por que você se jogou na frente naquele carro?”

Ela olhou para ele mas viu que os olhos estavam fechados.

“Grissom?”  - ela sussurrou e ele não teve reação alguma,  estava dormindo.

A próxima vez que ela o ouviu, ele estava sentado na cama e uma enfermeira estava mexendo nele, havia uma bandeja de sopa e um copo de suco.

“Oi …”

“Sara?”

Ela viu a enfermeira sorrir para ela mas não entendeu exatamente o que era aquilo, aquele olhar desconfiado, logo ela ligou os pontos.

“Ela me disse que você é minha acompanhante, como isso foi decidido? Isso pode estar atrapalhando seu trabalho, eu não acredito que …”

“Você salvou a minha vida … é o mínimo que poderia fazer!”

“Salvei?”

Ele parecia não se lembrar e ela decidiu não tocar mais no assunto.

“Eu decidi que seria a melhor escolha e ela aceitou …”

Eles olharam para a porta e viram um sorridente capitão entrar no quarto, ele beijou a face dela e se dirigiu para perto da cama.

“Você parece bem …”

“Por que decidiu que ela poderia ser minha acompanhante?” - Ele não havia registrado a informação que ela havia lhe passado, ele com certeza, faria com qualquer um de seus amigos, e mais uma vez decidiu que tinha sido exatamente o que acontecera.

“Ei … estou aqui. Eu quero que saiba que eu mesma o faria, Grissom.”
“Você não está em condições de mudar nada aqui, amigão. Se contenha! E então … como se sente?”

“Estranho.”

“Você nos deu um belo susto.”

Sara arregalou os olhos, não tinha jogado a real com ele, todas as suas informações eram contidas e bem medidas, não queria que ainda tivesse noção da gravidade de tudo o que aconteceu.

Imediatamente Grissom olhou para ela e o olhar assustado e quase choroso o fez desacreditar de tudo o que ela lhe contou.

“Susto?”

“Hey vocês, como vai o paciente preferido deste hospital?” - Seu médico entrou de repente, interrompendo o clima de tensão que estava sendo criado entre eles.

Grissom estava achando tudo muito estranho, assim como as sensações para com ele próprio. Todo mundo parecia querer tratá-lo como se ele tivesse passado por algo muito grave, médico, enfermeiras, ele sabia como as coisas funcionavam. 

“Eu devo querer saber o que realmente se deu comigo, ou vão continuar escondendo minha real situação?”

“A real situação, Dr. Grissom,  é que você está em franca recuperação e vai poder ter alta em breve, já não precisa mais de acompanhamento, e seus medicamentos vão sofrer algumas alterações de horário para que durma mais à noite e tenha dias mais despertos. Sua fase de sono necessário já acabou. O que você acha?”

“Isso tudo é para não me contarem a verdade?” - Ele insistiu.

Dr. Jenkins se sentou em uma cadeira e olhou em seus olhos, muito sério, contou exatamente todo o corrido. 

“Hey Jim …”

“Olhe só para você … o que é essa enfermeira que saiu sorridente daqui … conquistando corações, grandão?”

Ele estalou a língua e balançou a cabeça. quem ficava tão bem humorado de manhã?

“Como você se sente?”

“Estou melhor que ontem …” - Grissom olhou para a porta.

“Esperando alguém?”

“Não …”

“Bem se for quem estou pensando, ela não vem ... “ - ele esticou o braço para olhar  seu pulso, conferindo as horas. - “Começou o turno há meia hora.”

“De quem você está falando?”

“Da chapeuzinho vermelho … da Sara, oras, quem mais seria?”

“Não sei o que quer dizer.”

“Mas eu sei o que estou dizendo.”

Grissom se remexeu na cama, ajeitou o joelho engessado com muita dificuldade, fazendo Brass estar do lado dele imediatamente.

“Precisa de ajuda?”

“Coloque esta almofada d'água sob meu pé, por favor.”

Com cuidado, ele estava o ajudando a se ajeitar quando uma pergunta inevitável foi disparada.

“Que história foi a de que Sara fosse minha acompanhante, ela tinha mais o que fazer, Jim!”

Ele puxou uma cadeira, a virou e se sentou bem perto dele, descansando os braços no encosto de madeira.

“Foi uma decisão muito acertada, acredite!”

...

Sara voltou ao seu ritmo normal e decidiu apenas acompanhar a evolução de Grissom de longe, era melhor daquela maneira.

O que ela mais queria, era que ele sobrevivesse, ficasse bem, ela ficaria apenas de espreita, muito na dela e estava bem com aquilo, como já tinha realmente decidido, o mais importante ela já fizera, era momento de ficar de expectadora. 

Ela temia pela falta de jeito dele, e deixá-lo ansioso ou desconfortável poderia inibir ainda mais sua recuperação, era preciso cautela e muita paciência para passar por cima de sua ansiedade. Se era para o bem dele, ela o faria.

Ele tinha visitas todos os dias, cada uma mais animada que a outra, fazendo com que acreditasse de verdade que tinha, além de uma equipe fantástica, amigos maravilhosos.

Eles a alimentavam de todas as maneiras com notícias dele, Brass é quem andava meio sumido, antes que seu turno começasse, ela o procurou.

“Entre querida. “Estava pensando em você … eu mal parei aqui esses dias.”

“Pensando em me convidar para um jantar? O que devo vestir?”

“Vista aquele seu vestido azul, mas sem saltos!”

“Estarei pronta, às oito!”

Ele riu e se levantou para lhe dar um beijo casto na testa.

“Como você está se sentindo?”

“Voltando ao ritmo …” - ela suspirou. - “O pior já passou!”

Ela parecia cansada, mas seu semblante era calmo, um pouco mais relaxado de quando bateu à sua porta.

“Bem … eu gostaria que jantasse comigo realmente, mas terei folga na sexta, tem algum problema para você?”

“Nenhum, eu adoraria.”

“Às oito, então?”

“Às oito, capitão!”

Jim a olhou profundamente.

“Estive com ele ontem … ainda não esqueceu da coisa de ter sido você a acompanhá-lo.”

“Por que? Ele aceitaria se fosse Catherine, ou um dos meninos, que diferença faz agora?”

Entre as muitas coisas que falaram na longa conversa que tiveram, ele o questionou, lembrando que ela tinha Calebe e isso poderia ser um problema de ter que ser a babá de um velho moribundo. Jim havia rido de sua descrição, ele sabia o quanto Grissom era orgulhoso, mas não revelou o fato dela estar solteira, seria em um momento mais oportuno.

“Você conhece o quanto ele pode ser cabeça dura.”

“O que mais importa agora é que ele esteja bem! O que ele achou ou deixou de achar, não interessa mais.”

“Ele está muito agradecido com o que fez por ele.”

“Que bom … sei que ele faria o mesmo por qualquer um de nós!”

Ela não fazia mais parte da equipe, mas era a mais pura verdade sua afirmação. Grissom poderia ser uma pessoa difícil mas era um homem generoso.

“Bem … eu preciso ir e você precisa trabalhar.” - Eles se levantaram ao mesmo tempo, Brass a levou até a porta e beijou seu rosto.

“Até sexta, querida.”

“Estarei lá!”


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