The 39 Clues:Agentes Intermediarios. escrita por Lara635Kookie


Capítulo 39
Entre Flechas e Sangue


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.



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Pov Natalie:
6 de Maio de 2011, sexta-feira. Pelo menos em Londres. A prova seria realizada na Floresta de Hoia-Baciu, na Romênia. Um território Lucian conhecido por ser a floresta mais assustadora e mal-assombrada do mundo. Claro que nós Lucian deixamos ela daquele jeito para ninguém querer se atrever a chegar perto. Mas de Londres até a floresta de avião eram 12 horas e 9 minutos. Pelo menos essa foi a duração do meu voo. A base era dividida em três partes. A inicial, a do meio, e a final. Na parte inicial, fui a última a chegar.

—Natalie Kabra. Não sabia que isso aqui era um desfile de moda.-Diz um homem que eu nem conhecia.

—Eu nem te conheço. Deve ser alguém irrelevante no clã. De tão velho com certeza. E aliás pelo que eu saiba, isso aqui é uma prova pra quebrar um recorde, e não um funeral. A não ser que o funeral seja seu porque ai o look e o lugar coincidem com a ocasião.

—Voce só está participando por causa do Ronald criança.

—Va embora e deixe isso com os atiradores profissionais.

—Homem desconhecido número um e dois, eu não dirigi a palavra a vocês mas já que vocês são dois estúpidos eu vou dar uma resposta bem clara:Não estou participando só por causa do Ronald. Estou participando porque sou uma exceção pra minha idade. Sou boa no que faço. Aliás isso deve ser deprimente. Ter uns 96 anos e ser superado por uma garota de 14. Eu sou uma atiradora profissional, melhor do que qualquer um aqui e se você quer que eu vá embora é porque concorda comigo e se sente ameaçado. E deveria se sentir mesmo. Sou uma Kabra. E eu nunca perco. Então não fiquem no meu caminho. Se poupem o trabalho. E outra se eu estivesse participando só por causa do Ronald, isso não seria da conta de vocês, então escutem com atencao:Se não quiserem sair daqui muito machucados, eu sugiro que fiquem caladinhos e me vejam vencer. E espero que estejam com um bloquinho de notas pra anotar todas as minhas técnicas depois que eu quebrar esse recorde e ele for meu, porque nenhum de vocês aqui é grande coisa. Não vou deixar nenhum de vocês ganhar de mim. Os adversários estão mesmo caindo o nível pra variar. Não que se vocês anotarem as minhas técnicas chegarão ao meu nível mas nunca custa tentar.

Isso foi o suficiente para todos eles se calarem. E chegou ele, Javier Gonzalez. Um Lucian mexicano que minha mãe matou a esposa dele. Dizem que ele quase foi líder dos Lucian e que tinha uma mira excepcional.

Bom...Mais excepcional do que a minha, não é...

O Ronald chega e começa a explicar as regras.

—Os alvos vão aparecer no seu radar que vocês têm em mãos e enquanto mais flechas, em menos tempo e em maior distancia vocês atirarem mais chances tem de vencer. Aí no meio da floresta, vocês vão se abastecer. Quem chegar no final da floresta mais rápido, com mais flechas atiradas em maior distancia em menos tempo, faremos uma porcentagem. E se a porcentagem for maior do que a do recorde anterior, você ganha. Se dois de vocês se encontrarem, podem lutar e envenenar uma outro, mas nada de morte. Se não estará instantaneamente fora.

Ele explica mais algumas coisas que eu já sabia. Todos ali eram homens. E a Isabel foi a primeira mulher a quebrar esse recorde. Bom...Eu seria a primeira garota menor de idade a realizar essa façanha.

A floresta tinha 3,5 km. Era de noite, o que tornava tudo ainda mais difícil e assustador. Eram cem alvos. Isabel tinha feito 5246 flechas, de distâncias aproximadas de 200 a 400 metros, em 3 horas e meia. Minha meta era bem específica. 5500 flechas, a distâncias de aproximadamente 250 a 450 metros, em três horas. Claro que se eu puder e der pra fazer mais do que isso eu vou fazer, mas é sempre bom ter um alvo específico, pra não atirar no escuro.

E é dada a largada.

Os dardos eram personalizados porque aí sabia quem tinha atirado mais. E esses caras tinham realmente algo contra mim porque eles roubaram meus dardos. Que ótimo começo.

Então eles querem vingança? Não terão. Pelo menos não hoje.

Eles nao corriam mais rápido do que eu, mas já estavam muito longe, e tinham jogado em mim um dardo tranquilizante que por pouco, não me fez desmaiar. Então tinha que encontrar uma maneira mais rápida de chegar a clareira que tinha no meio do "triangulo das bermudas da Europa", onde os OVNIs "pousam".

Olho para as árvores. Subo e começo a pular de árvore em árvore. No início foi difícil mas logo peguei o jeito.

Quase chegando na clareira, um cipó me deixa de cabeça pra baixo, pendurada em uma árvore e eu apareço na frente deles e assusto os homens.

—Bu.-Digo.

Me solto rapidamente. Luto com todos dele. Um deles ia atirar o dardo no meu ombro, por trás, mas eu pego o dardo bem a tempo.

Consigo deixar todos os caras inconscientes e vou andando e atirando os alvos mas ainda não tinha acabado. Na clareira, Javier já estava lá, se abastecendo de flechas e venenos.

—Estava esperando por você.

—E porque?

—Por que agora você não me escapa, Kabra.

Ele vem pra cima de mim e foi rápido demais para eu desviar.

—O que está fazendo?

Javier era o único que estava usando um arco e flechas em vez de balestras e outras armas. E as flechas dele eram bem afiadas. Ele corta a minha bochecha direita rapidamente. Me seguro para não gritar de dor.

—E...Que tal deixar sua boca com em vez de batom, um vermelho sangue natural?

Ele corta a minha boca. Bem lentamente dessa vez.

—Quer saber, eu não sou como a sua mãe. Eu não torturo as pessoas. Eu as mato direto.

Ele abre a minha boca e pega uma flecha extremamente grande. Ele ia atravessar aquilo na minha garganta pra me matar.

—Nao pode matar ninguém se não o recorde não é seu.-Digo com dificuldade.

—Nao me importo com esse recorde idiota. Me importo em destruir a família Kabra. Eu sou descendente direto de Xavier Darrington assim como Ronald e assim que acabar com cada Kabra desse mundo tomarei a liderança desse clã. E aí poderei estabelecer e quebrar todos os recordes que quiser e meus filhos serão os sucessores que você e seu irmão mais velho jamais serão.

Ok...Entao tinha que mudar de tática. Normalmente meus planos vêm sempre um pouco depois da hora certa mas agora veio no momento em que eu mais precisava.

—Se eu fosse você não faria isso.

—E porque não?

—Deixa eu te contar um segredinho:Mamae não deserdou a mim e ao Ian. Isso é tudo uma farsa. Se eu morrer, ela vai descobrir e vai atrás de você e vai matar seus queridos filhinhos e você logo depois. Talvez eu mesma faça isso. Então eu acho melhor guardar essa flecha e rezar pra que eu fique de boca fechada mesmo. De qualquer maneira, você já é um homem morto mas pode escolher se só você morre, ou leva seus preciosos filhos junto.

O olhar dele era de tanta fúria que (quase) me deu medo.

Ele atira no meu ombro e no meio do meu braço e nas minhas mãos. E vai embora dali.

Consigo tirar as duas flechas no meu ombro com a boca. E as outras duas com o pé. Depois de cuidar dos meus ferimentos, e provavelmente ter quebrado alguma coisa porque não conseguia mexer os braços direito, me abasteco.

Agora não tinha como ganhar. Mas eu tinha que ganhar. Nao só pela Red Devil mas por mim mesma.

Subo em uma árvore com muita dificuldade.

—Vou quebrar esse recorde.-Digo ofegante para mim mesma, no topo da árvore mais alta da floresta.-Nem que seja na força do ódio.

Dali dava para ver muitos alvos e dava para ver aonde a floresta terminava. Javier não devia estar tão longe, deveria estar atirando os alvos de uma distância grande então devia estar quase perto de mim. E eu ia atirando dali da árvore mesmo em todos os alvos que encontrava. Agora a disputa era eu e o Javier basicamente.

Tento contar as flechas que vou atirando o mais rápido que pude, mas o tempo estava passando. Pelos meus cálculos já devia ter dado umas três horas e quinze minutos de competição. Era a hora de ir. Nao podia arriscar mais. Tempo era uma Red Devil, e eu não podia desperdica-lo.

A árvore era alta e não dava pra eu descer de galho em galho. Teria que pular. Vejo uma árvore bem baixa que estava perto do fim, mas era longe demais para eu pular.

Mas não era como se eu tivesse outra escolha. Vou um pouquinho para trás. Corro e dou um impulso para trás e Caio exatamente nessa árvore, salva novamente pelo cipó que se enrolou no meu pé de cabeça para baixo.

Estava a centímetros do chão. Desamarro o cipó e caio. Agora corria o mais rápido possível. A minha velocidade era impressionante levando em conta as botas pretas de salto de dez centímetros que usava. Parecia que toda a força que foi removida dos meus braços o meu organismo deu um jeito de recompensar nas pernas. Chego no final da base. E parece que cheguei bem na frente.

Coloco a senha na árvore falsa e passo o cartão. Depois faço a verificação de digital, de retina e de orelha. Uma passagem se abre no chão. Assim que entro, ela se fecha.

Depois de descer algumas escadas, vejo um supercomputador, onde o Ronald observava cada canto da floresta.

—Natalie, bom trabalho. Sabia que conseguiria.

—Voce já tem o resultado?

—Ainda não. Mas não deve demorar pra sair. Vamos conversar na enfermaria.

Me olho no meu mini espelho de maquiagem e percebo o quão acabada eu estava. Vamos para lá.

—Voce viu...

—O Javier? Sim. E não se preocupe. Ele terá o que merece. Aliás...Estou muito orgulhoso de você, Nat.

—Obrigada. Mas...

—Nao se preocupe com isso também. Ninguém, principalmente o Ian, saberá o que aconteceu aqui. Eu sei como ele fica quando tem um ataque de raiva quando alguém faz mal a você mas minha boca é um cofre guardado a sete chaves.

—Obrigada Ronald.

—Natalie...Acha mesmo que vai ganhar a Red Devil?

—Acho...

—Eu duvido que Fiske e McIntyre a deem a você.

—Eu sei. E eu vi a falha daquele acordo desde que eles falaram. Eles deixaram várias coisas sem especificar o que pode ser usado a favor deles mas pode ser usado ao meu favor também. Se eles forem inteligentes, me darão a Red Devil. Se não...Bom...Ja tenho um plano pra conseguir se eles não quiserem me dar de boa vontade.

—So um plano? Geralmente você bola no mínimo uns 27 planos.

—Nao preciso de muitos. Esse vai dar certo. E eu sei que tenho que pensar em todas as possibilidades e não ter excesso de confiança, mas as chances de darem errado são mínimas. E mesmo se der eu penso em outro na hora. Sabe como eu trabalho bem sob pressão. Acho que as coisas que eu faço de última hora ficam melhores do que as que eu faço com muito tempo.

—Voce é mesmo muito esperta, Natalie.

—Obrigada...Ronald...Espera...Antes de você ir...Se você, não sei precisasse abdicar da liderança Lucian de última hora...Pra quem você a daria?

Eu sabia que não devia tocar no assunto. Ronald sempre treinou o filho dele, Jacob, para ser um bom Lucian. E ele usou essas habilidades privilegiadas Darrington, para virar um Vesper Soldado. Ele morreu na explosão naquele hotel.

Honestamente nunca entendi o Jacob. Ele tinha um bom pai, um bom clã, era bonito, rico, inteligente, esperto e etc. E ele nunca valorizou o que tinha. Tinha uma época que ele era afim de mim e o Ronald disse que eu era quase uma irmã dele e que era pra ele parar de flertar comigo. Em compensação, ele quase abusou de mim. Literalmente quase me estuprou. Ele era mais velho. Por sorte o Ian me salvou, mas nunca contamos nada disso para o Ronald, para ele não se sentir mal.

Mas apesar de tudo isso, Ronald o amava e daria a vida por ele. Ele era tão sortudo. Faria de tudo para trocar de lugar com ele. Ter um pai como o Ronald seria um sonho.

—Natalie...Ligue para o seu irmão e avise que está bem e que já está voltando para casa. Te encontro em Londres e o resultado deve sair logo.

E ele sai dali. É...Ainda tem muitas perguntas sem respostas...Mas por hora...Tenho um avião para pegar...


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Notas finais do capítulo

Natalie arrasando nas patadas. E nao só nas patadas como também no desafio. E o que será que o Ronald esconde? Porque sera que ele tem testamentos? Como uma pessoa como o Ronald teve um filho tão babaca? Será que ele está mesmo morto? Veremos o que acontece nos próximos capítulos. Tchau.



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