A noite havia sido longa, Ethan ficou em sua casa e observava da sua janela Cyndaquil que estava encolhido perto de uma decoração do quintal e ele estava encostado tentando se proteger do frio da noite. O garoto até tentou ver se sua mãe deixava que ele ficasse com o Pokémon dentro de casa, mas ela obviamente negou dizendo que já tinha arrumado a casa toda e não ia permitir de jeito nenhum que ele e seu Pokémon pisassem e sujassem tudo o que ela havia limpado.

O garoto teve até que tomar um banho para poder andar pela casa livremente e durante a noite ele ficou quase o tempo todo observando seu Pokémon e arrumando suas coisas. Mas ele fez isso de forma tão rápida que ficou sem o que fazer e teve que fazer algumas coisas para passar o tempo, jogando videogames, olhando suas cartas Pokémon, entre outras coisas parte de suas diversões. Ele estava realmente ansioso de forma que notou algumas coisas interessantes de Cyndaquil, o seu Pokémon inicial. A primeira era o fato que o Pokémon tentava de todas as formas acender o fogo das suas costas, mas ele não conseguia e aquele fato surpreendeu ele, pois o pequeno ser tentava isso com frequência.

Outra coisa que ele notou foi quando alguns Rattatas se aproximaram e Cyndaquil fugiu e se escondeu. Ethan viu que estava lidando com um Pokémon que era um pouco medroso e tímido e certamente isso poderia trazer problemas e ele pensava em como faria para solucionar isso. Mas, ele acabou adormecendo em meio a seus pensamentos e acordou com a entrada de sua mãe que chegou furiosa perguntando por que ele não tinha arrumado o quarto ainda.

Ethan acabou falando que não conseguiu dormir direito e sua mãe acenou a cabeça negativamente avisando que o café já estava pronto e que ela já tinha arrumado algumas rações Pokémon para ele levar na jornada. Ele agradeceu e tomou seu café do lado de fora sentado na porta do quintal observando seu Pokémon que comia alegremente. Ele sentia que faltava pouco para finalmente partir e depois de comer o último pedaço da torrada com geléia de berry, ele se levantou e observou a sua casa sentindo um aperto no coração.

— “Falta pouco... Em breve, minha casa será a própria estrada...”. – Pensou o garoto olhando em volta e entrando dentro da casa foi surpreendido por sua mãe que o abraçou com força.

— Filho... Por favor não esqueça de ligar... Você sabe como sou preocupada. – Disse a mãe o abraçando com força e sorrindo alegremente para ele em meio a algumas lágrimas. – Meu pequeno Growlithe está crescendo...

— Mãe... Eu já tenho 15 anos, mas fique tranquila. Vou ligar sempre que possível, ainda mais que tenho o Pokégear. – Falou Ethan ficando meio emburrado ao ela falar que ele era pequeno e pegando o aparelho mostrou para sua mãe que deu um beijo na testa dele, ela ainda era maior que ele.

— Espere... – Disse a mulher pegando uma outra mochila que estava no sofá e entregando para o garoto. – Rock esqueceu a mochila dele e saiu completamente despreparado para a jornada. Entregue isso para ele o mais rápido possível. 

— Ah.... Aquele distraído, toda hora fazendo as coisas sem pensar. – Reclamou Ethan pegando a mochila e segurando nas mãos enquanto colocava a sua própria e ao chegar na porta olhava para trás para ver sua mãe lhe acenando em meio a lágrimas. – Adeus mãe... Se cuide...

— Vá meu filho, me deixe orgulhosa! – Disse Elizabeth chorando muito e limpando as lágrimas com um lenço enquanto observava o garoto saindo e fechando a porta a deixando sozinha naquele silêncio que estava a casa agora.

Ethan fechou a porta e vendo Cyndaquil ali do lado de fora lhe esperando, ele também escutou os soluços e o choro da sua mãe, mas limpando suas próprias lágrimas ele ficou sério e começou a andar para a frente sabendo que agora não voltaria mais na sua casa. Ele caminhava lentamente ao lado de seu Pokémon e não olhava para trás seguindo em frente e soluçando a medida que chorava e continuava a caminhar se lembrando do que havia passado naquela casa e como isso estava sendo difícil para ele.

— Eu voltarei, mãe... Eu lhe prometo... – Falou o garoto para si mesmo caminhando e passando por um caminho diferente dessa vez vendo a grande placa da Rota 29 e chegando enfim a saída da cidade se virando e dando uma última olhada para trás limpando suas últimas lágrimas e deixando-as cair ali enquanto voltava sua atenção para frente agora.

Ethan continuou andando e observava que a medida que andava duas cercas cercavam ele de forma que ele podia notar um caminho delimitado que ele teria que passar. Até que caminhando mais um pouco ele pode observar alguns treinadores batalhando ali perto fora daquela área de cerca que tinha uma portinhola aberta.

— Mal posso esperar para minha primeira batalha contra um treinador sem ser meu pai! – Falou Ethan caminhando e se lembrando de que precisava achar Rock logo. – Droga, não posso seguir sem entregar isso para aquele distraído!

— Cynda! – Grunhiu Cyndaquil se escondendo atrás de Ethan ao ver um Rattata passando por perto.

— Rapazinho... Vamos ter que dar um jeito nisso urgente... – Falou o garoto vendo o Pokémon do tipo normal passar por eles e seguir em direção a uma pequena área parecida com uma floresta.

Ethan continuou caminhando observando grupos de Sentrets brincando e notou que para poder subir e chegar perto dos famosos Gates que eram portões que conectavam a outras áreas ele precisaria ir mais para frente. O garoto pensava aonde seu amigo poderia estar e ele procurava em volta e não achava nada, nenhum sinal dele.

— Droga... Aonde esse cara se meteu... – Falou Ethan para si mesmo observando que um Pidgey se aproximava e ele parecia selvagem e logo foi atacando ele. – Droga! Cynda, não fuja dessa vez, precisamos lutar!

— Cynda! – Grunhiu o Pokémon tremendo, mas se colocando na frente para tentar encarar a batalha.

— É uma ótima oportunidade para a gente trabalhar essa timidez sua e esse seu medo! – Disse Ethan olhando com confiança e fechando seus punhos trazendo-os na forma vertical para perto do ombro direito. – Você consegue! Eu confio!

— Cynda... – Grunhiu o Pokémon tremendo ao ver um Pidgey pulando e alçando um pouquinho de voo para tentar atacar o pequenino.

— Vamos lá, Brave! Use o Tackle!— Ordenou Ethan vendo seu Pokémon avançar e tentar acertar Pidgey que desviou e bateu as asas no chão fazendo com que a areia do solo saltasse e acertasse Cyndaquil fazendo com que ele não pudesse enxergar direito. – Droga!

— Pid! – Grunhiu o Pokémon pássaro avançando e acertando um ataque direto no Pokémon de Ethan que foi jogado para a frente mas sacudindo a cabeça conseguiu se livrar da areia.

— Tackle!— Ordenou Ethan vendo Cyndaquil avançar e saltando por cima do pássaro o surpreendendo no solo acertou o mesmo jogando-o para frente. – Droga. Eu sabia que tinha algo errado, não tenho a Pokedex! Tenho que lembrar dos ataques dele...

— Cynda! – Grunhiu o Pokémon como se falasse que estava tudo bem e que isso não importava agora.

— Err... Acho que você tem razão... Depois a gente pensa nisso, vamos usar essa estratégia! Desvia, ataca!  Tackle!— Ordenou Ethan estranhando e muito o fato daquele Pidgey ter atacado eles, pois ele sabia que esses Pokémons eram muito dóceis. – Algo deve estar causando essa confusão toda...

A batalha prosseguia e Cyndaquil avançou ao mesmo tempo que Pidgey avançou também dando pequenos pulos e voando baixo para então os dois se acertarem jogando os mesmos para direções opostas. Mesmo assim, o Pokémon de fogo levantava e estava disposto a continuar enquanto o pássaro tinha um rosto de fraqueza, mas parecia completamente irritado com os novos recém chegados.

— Isso não faz sentido! O que está acontecendo? Por que esse Pidgey tá querendo causar treta?- Falou Ethan notando que o pássaro levantou com dificuldade e cambaleando deu um forte pio fazendo com que logo, outros pássaros surgissem das árvores e se colocassem na frente do Pokémon como se quisessem dar suporte para ele e preparassem para atacar. – Mas que merda é essa? Agora querem atacar em bando?

— Pid! – Piou fortemente o pássaro que parecia ser o líder do grupo avançando em direção a Ethan que ficou desesperado ao ver que os pássaros cercavam ele e o Pokémon dele.

— Tamo ferrado, nem saí de jornada direito e já vou chegar cheio de bicadas no centro Pokémon! Temos que sair daqui! – Gritou Ethan tentando fugir dali e vendo que os Pokémons o seguiam sem parar, não eram tão rápidos, mas se aproximavam a medida que o garoto corria tentando achar algum lugar para se esconder. – Alguém está causando isso! Alguém está perturbando esses Pidgeys!

— Pid! – Piou o líder do bando se aproximando devagar do garoto que corria o máximo que podia e tentava ver se alguém podia ajudar, mas o lugar onde estava parecia bem longe da rota principal e ele não tinha escolha a não ser tentar achar o caminho novamente.

— Droga! Sai de mim! – Exclamou Ethan correndo desesperadamente até chegar numa área aberta e notar que estava meio que sem saída e seu Pokémon parecia cansado. – Não podemos correr e fugir mais... Temos que enfrentar esses Pokémons de uma forma ou de outra...

— Cynda! – Grunhiu o Pokémon criando coragem e ficando na frente de seu mestre para evitar que ele fosse atingido.

— Pid! – Piou o líder dos Pokémons avançando junto com aquela revoada de pássaros até que pararam ao escutar um apito e Ethan observou que os mesmos foram se acalmando e foram para o chão pousando e pulando ali alegremente.

— Cara... Acho que eu tô vendo muito anime! – Falou Ethan não entendendo o que estava acontecendo e notando que um jovem de cabelos loiros e roupas pretas com detalhes amarelos estava ali girando um chaveiro com uma espécie de apito nos dedos.

— Hehe, te salvei hein cara! – Riu o garoto que aparentava ter a mesma idade de Ethan e estava contente por ter conseguido ajudar o amigo.

— Pelo menos uma vez na vida serviu esse apito que você ganhou de brinde no festival de Natal de Newbark. – Falou o rapaz de boné preto e amarelo sentando-se no solo e sentindo-se bem cansado por aquilo tudo que tinha acontecido. – Me explique como você saiu de jornada ontem e está aqui ainda?

— Cara... Eu me perdi... – Disse Rock colocando mão na cabeça e dando uma risada de disfarce.

— Ah me conte uma novidade... – Falou Ethan olhando com negação para o amigo e sabendo que o mesmo possuía aquele velho problema de sempre. – Sem senso de direção de novo e quer sair por aí em jornada sem acompanhantes.

— Hey! Meu Pokémon tem senso de direção, só eu que não... – Avisou Rock cruzando os braços e colocando a outra mão na cabeça tentando disfarçar sua situação.

— Um dia inteiro e não conseguiu sair nem de uma rota... Como foi que você dormiu se nem sua mochila você levou! – Perguntou Ethan vendo o garoto ficar sério como se ele soubesse a resposta já. – Ah sim... Suas famosas excursões que você fazia ao fugir de casa, né... Eu devia ter imaginado...

— Hey, as vezes ajuda ser um pouco desobediente, haha. – Riu Rock disfarçando enquanto ao seu lado um Pokémon com uma folha na cabeça se aproximava e encarava Cyndaquil com um olhar confiante. – Hey, olhe só, meu Chikorita parece está bem animado para uma batalha!

— Vê se acalma o facho aí. Tenho que curar meu Pokémon primeiro, sorte que minha mãe colocou algumas Poções aqui. – Falou Ethan tirando a mochila das costas e jogando a outra para que Rock pegasse nas mãos dele.

— Cynda... – Grunhiu Cyndaquil com um rosto de dor enquanto o treinador de boné preto espirrava uma espécie de líquido no Pokémon que ia cicatrizando os pequenos arranhões e fez o pequenino sorrir alegremente.

— Ah. Brave, foi legal o que você fez, mas não saia por aí tentando enfrentar uma manada de Pidgeys... Sério, nesses casos é melhor fugir. – Riu Ethan vendo o Pokémon colocar a cabeça para o lado como se tentasse entender o que ele estava querendo dizer com aquilo.

— Hey e aí! Pronto para a batalha! – Perguntou Rock ficando impaciente e batendo um pé no chão demonstrando que ele estava ansioso para batalhar.

— Você não aprende... Acabei de sair de uma confusão absurda e quase fomos trucidados por uma revoada de Pidgeys... Mas vamos lá, já que quer tanto uma batalha, vamos logo! – Disse Ethan ficando sério e se levantando apontando para Cyndaquil que foi para a frente dele.

— Finalmente! Mal podia esperar para tirar esse sorriso confiante do seu rosto! – Sorriu Rock vendo Chikorita se colocar em posição de batalha e ficar na frente dele. – Vamos lá Gaia! Vamos acabar com esses dois!

— Nem em sonho! Brave, use o Tackle!— Ordenou Ethan vendo seu Pokémon ficar receoso ainda e não atacar ao ser encarado pelo olhar confiante de Chikorita. – Vamos lá, confie em mim, você consegue!

— Cynda... – Grunhiu o Pokémon ficando com medo, mas fechando os olhos avançou tentando acertar o Pokémon que desviou com facilidade.

— Hey, vai precisar ensinar seu Pokémon a não ter medo de batalhas! – Disse Rock estendendo o punho para frente e vendo Chikorita se preparar para atacar. – Growl!

Chikorita que estava perto do Pokémon grunhiu fazendo Cnydaquil recuar e constantemente algo parecia ter acontecido. Ethan se lembrou de algo que tinha lido uma vez e tirou seu Pokegear acessando um aplicativo chamado Stats. Logo, ele notou que seu Pokémon parecia mais fraco de alguma forma.

— “O leitor das capacidades do Brave mostra que ele não possui tanto poder de ataque mais, droga.”. – Pensou Ethan vendo que seu Pokémon não parecia ligar e se virou para o adversário. – Que se dane o que diz isso, vamos continuar, use o Tackle!

— Desvie e use o Tackle!— Gritou Rock vendo Chikorita desviar com facilidade e avançar acertando Cyndaquil o jogando para frente.

— Cynda! – Grunhiu o Pokémon se recompondo e dando um mortal no ar ficou encarando seu oponente.

— Não temos muitos movimentos... Mas deve ter algo que a gente possa fazer... – Pensou Ethan olhando para o cenário do campo de batalha e pensando em algo que podia usar até pensar em algo. – Brave fuja!

— O quê? Ficou louco cara? Tá amarelando? – Perguntou Rock sem entender, mas não ligando, pois a batalha estava quase ganha. – Dessa vez já era! Use o Tackle!

— Espere... – Ordenou Ethan vendo Cyndaquil ficar desesperado ao correr e ficar sem saída atrás de uma árvore. – Confie em mim...

— Cynda... – Grunhiu o Pokémon olhando para os lados e vendo que não havia saída e ficando desesperado, mas ao ver o olhar do seu treinador que parecia confiante isso acalmou ele.

— Chiko! – Grunhiu Chikorita avançando com velocidade na direção de Cyndaquil e vendo que o ataque seria certeiro.

— Cara, você tá tramando algo, mas não tenho a mínima ideia do que seja... – Disse Rock desconfiando do amigo ao ver o sorriso confiante e vendo onde o Pokémon do amigo estava. – Espera! Merda, pare o ataque!

— Chikor! – Chikorita não conseguiu parar e avançou com tudo na direção do oponente.

— Agora! Pule e use o Tackle novamente! – Gritou Ethan sorrindo com confiança ao ver o seu Pokémon dando um salto mortal para trás surpreendendo Chikorita que acabou batendo a cabeça numa árvore e ficou meio tonta tentando se virar para trás só para ver o olhar confiante do oponente.

— Que droga! – Reclamou Rock vendo Cyndaquil avançando e acertando o Pokémon dele com uma investida que acertou bem de frente no ser pequeno e o jogou contra a árvore o  fazendo ficar desacordado. – Gaia!

— Conseguimos! – Disse Ethan pulando de alegria e vendo seu Pokémon correndo na direção dele e ele abraçou o mesmo com força o erguendo para cima. – Você é demais, Brave!

— Muito inteligente, Rock! Não veja uma enorme árvore na sua frente e mande o seu Pokémon atacar... – Reclamou o amigo de Ethan olhando na sua mochila e procurando para ver se tinha alguma poção.

— Ih cara... Acho que poção vai adiantar não, ele tá desacordado, a gente vai precisar levar para um Centro Pokémon mesmo. – Falou Ethan vendo que seu amigo tinha um olhar de fúria para ele.

— Sério, precisava mesmo ir tão longe? – Perguntou Rock com um olhar furioso enquanto segurava seu Pokémon nas suas mãos.

— Ah cara... Foi você que pediu essa batalha... Não tenho culpa... E você iria fazer o mesmo também, né... – Encarou Ethan vendo que o amigo suspirou de desanimo fazendo um sinal negativo com a cabeça.

— O próximo Centro Pokémon está um pouco longe, a gente vai levar mais um tempo para chegar lá. Vamos lá no laboratório do doido de óculos, ele deve ter algo que ajude o Gaia... – Falou Rock balançando a cabeça para os lados enquanto o garoto coçava a cabeça e colocava o seu Pokémon no chão.

— É... Até por que ele disse que estava procurando algo para me entregar e eu não sei o que é... – Falou Ethan chegando perto do amigo e vendo que ele andava em círculos procurando algo.

— Mas afinal, que porcaria de lugar é esse onde estamos? – Perguntou Rock tentando identificar onde eles estavam e não conseguindo.

— Meu Deus cara. A rota 29 tá aqui do lado! – Disse Ethan apontando para o lado aonde tinha alguns treinadores andando na rota.

—Vamos logo... – Falou Rock segurando seu Pokémon em seus braços e caminhando para a saída daquele espaço aberto vendo que eles chegaram logo perto de uma cerca.

— Se não me engano aqui no mapa do Pokegear mostra que se a gente pegar um caminho aqui perto a gente vai direto pro laboratório. – Afirmou Ethan apontando para a direção noroeste onde dava para ver um gigante catavento próximo dali.

— Não diga... Eu não saberia se não desse para ver uma enorme construção, ali... – Falou Ethan caminhando perto do amigo e seguindo essa trilha notando que os treinadores estranhavam que eles pareciam estar voltando em vez de avançar.

— Hey cara! Direção errada, Cherrygrove é para lá! – Disse um treinador que passava por perto e seguia seu caminho se surpreendendo ao ver os dois voltando.

— Relaxa... A gente tá indo pro laboratório do Professor Elm. – Disse Ethan continuando seu caminho até pegarem uma trilha secreta que levava a um pequeno caminho cercado de árvores dando acesso a área atrás do Domo onde ficavam os Pokémons.

— Agora vê se quando eu curar o Gaia, você não saia por aí derrubando ele de novo... – Reclamou Rock seguindo junto com o amigo até circularem a construção e chegarem na parte de trás do laboratório vendo que a porta estava aberta e entrando eles viram que Elm estava sentado numa cadeira encostado numa mesa com as duas mãos sobre sua cabeça.

— Ahhh... Eu sabia que tinha esquecido algo! – Reclamava Elm batendo várias vezes a cabeça na mesa assustando os dois recém chegados. – Seu esquecido! Bem que te avisaram para não focar tanto no trabalho!

— Professor? – Perguntou Ethan vendo que o homem levantou a cabeça e fez eles verem que o óculos dele estava quebrado e ele forçava a vista para tentar ver quem estava ali.

— Espera um minuto... – Disse o homem abrindo outro estojo perto de vários que estavam ali e tirando um óculos novo colocou vendo que Ethan e Rock estavam ali. – Ah são vocês dois!

— O gênio do meu amigo derrubou o Gaia... Tem algo que possa ajudar a fazer meu Pokémon ficar bem? – Perguntou o garoto de cabelos loiros vendo o adulto pensar e indo até o Chikorita pegou o mesmo nos braços e foi seguindo para trás dos grandes armários com itens científicos colocando o pequeno ser de clorofila ali dentro e fechando uma espécie de cápsula apertou um botão fazendo com que uma estranha luz fosse emitida e o Pokémon começasse a abrir os olhos lentamente.

— Incrível! Gaia! – Gritou Rock correndo até ali e vendo que seu Pokémon estava bem ficando bem alegre ao ver isso. – Haha, você está sussa, agora né!

— Chiko! – Grunhiu o Pokémon sorrindo enquanto os raios iam cicatrizando os arranhões dele.

— Sussa? Esses garotos e essas gírias de hoje... Vocês não são os únicos que voltaram aqui hoje, haha. Muitos treinadores sabiam dessa máquina réplica das do Centro Pokémon e vieram aqui quando tiveram seus Pokémons derrotados. – Disse Elm colocando um pouco de café e tomando um gole. – Ah sim, quanto a sua Pokedex, garoto.

— Hã? – Perguntou Ethan vendo que o homem entregou para ele um pacote com um estranho embrulho, o rapaz ao ver isso pegou nas mãos o objeto e colocou perto da cabeça chacoalhando o mesmo e ouvindo barulho de peças ali.

— Não faça isso! Sua Pokedex está aí, mas ela precisa ser configurada e só um amigo que possuo possui a manha pra fazer isso, ele que gosta de ficar programando isso... Minha área de pesquisa é outra. – Afirmou Elm sentando-se numa cadeira e observando quando desligou a máquina e Rock pegou o Chikorita em suas mãos e colocou no chão.

— Hehe, bom, acho que eu também vou ter que ir lá, né? Minha Pokedex tá bloqueada, também... – Afirmou Rock olhando para o Professor Elm que bateu a mão no rosto como se estivesse se esquecido disso também.

— Eu preciso de umas férias, sem brincadeira... – Reclamou Elm vendo que os dois garotos estavam saindo do laboratório. – Mande lembranças para meu amigo, ele tem uma casa perto da Rota 30 depois de Cherrygrove.

— Certo, valeu Professor! – Disse Ethan sorrindo se despedindo do adulto que acenou enquanto colocava mais café no copo.

— Cara... Eu não vou seguir jornada com você... A gente é rival! Não tá certo isso! – Reclamou Rock olhando para o amigo que suspirou de desânimo.

— Mas a gente tem que ir para Cherrygrove de toda forma e pegar as Pokedex na rota 30, depois disso cada um segue seu caminho, pode ser? – Perguntou Ethan vendo que o amigo concordou com a cabeça.

— Certo... Não temos muita opção mesmo... – Afirmou Rock andando junto com o amigo na direção do atalho que tinham pegado e notando que estavam descendo uma espécie de caminho. – Vai ter que me aturar por mais um tempo, haha.

— Que azar o meu, haha. – Riu Ethan seguindo o caminho junto com seu Pokémon e notando que estavam chegando até a Rota 29 novamente.

Enquanto isso, uma misteriosa dupla observava de longe a dupla que havia chegado a rota 29 e planejavam para onde ir. Um deles possuía cabelos pretos lisos e parecia anotar algo num caderno enquanto a outra era uma bela mulher que aparentava ter 25 anos e possuía cabelos rosas e observava a dupla ali usando um binóculo.

— Parece que é um daqueles dois... – Disse o homem que aparentava ter 27 anos e possuía um rosto desanimado tirando uma foto do bolso e mostrando para a mulher que deixou de olhar os binóculos.

— Giovanni deve ter algum motivo para mandar a gente vigiar um garoto iniciante... Merecíamos muito mais que isso... – Reclamou ela enquanto pegava a foto e comparava com a dos dois garotos tentando identificar qual era, mas como estavam muito longe e a foto estava muito borrada não estava conseguindo. – E para surpresa de ninguém, ele desapareceu de novo...

— Deixa ele... Depois a gente se preocupa com isso, vamos acompanhar esses dois e tentar descobrir qual é o alvo da missão! – Falou o homem coçando a cabeça e forçando a vista para ver algo, mas não conseguia. – Não consigo mesmo saber quem são e onde estão quem você está vendo.

— Gênio! Use o binóculo pelo menos! – Reclamou a mulher vendo o companheiro de equipe dela dar uma risada e colocar o objeto nos olhos.

— Mas estão longe demais! – Disse o homem fazendo a mulher colocar a mão no rosto e balançar a cabeça negativamente, pois ele estava vendo o binóculo pelo lado errado.

A jornada de Ethan começou com alguns pequenos problemas e agora ele se colocará novamente em seu objetivo de passar pela rota 29 e chegar em Cherrygrove! Mas uma misteriosa dupla parece ter sido encarregada de observar ele, quem serão esses dois?

Continua...