Filho ilegítimo escrita por Pharah


Capítulo 4
Terceiro


Notas iniciais do capítulo

Apenas comentando que essa é uma shortfic, e que provavelmente irá acabar no oitavo. Espero que gostem desse cap! ;)



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Quando Sakura me abraça sinto uma sensação boa. A sensação de que estou com alguém que verdadeiramente se importa comigo, e que sentiu muitas saudades. O leve aroma adocicado de seu corpo preenche as minhas narinas e de alguma forma isso me deixa um pouco mais calmo, já que eu estava em estado de alerta por achar em algum momento que eu estava sendo seguido. Ao me soltar do abraço, Sakura me dá um sorriso genuíno, e ela me observa curiosamente. Sempre conversávamos por cartas, mas faziam muitos anos que não nos víamos cara a cara. A última vez que a vi Sakura estava gravemente doente e não tivemos de fato um bom tempo para conversar. Agora é diferente. Ela, assim como eu, veste uma capa com capuz escuro para disfarçar a sua aparência, mas ainda sim consigo ver o tom róseo de suas madeixas agora longas. Seus olhos continuam com o mesmo verde intenso, parecendo que conseguem ver por detrás da minha alma.

— Senti sua falta. — ela me conta ainda com um sorriso estampado no rosto. — Eu nem acredito que estou vendo você, Sasuke-kun!

— Faz realmente muito tempo. — eu concordo sem conseguir segurar o sorriso de canto.

Sakura é alguém que eu admiro muito, além de também me importar com ela. Ela sabe como sou e me aceita dessa forma, portanto não vê problema algum em eu não dizer que sentia sua falta também, pois ela tem conhecimento de que sou uma pessoa mais reservada e não costumo dizer essas coisas abertamente. Ando ao seu lado, tranquilamente, sendo guiado por ela. A Haruno pega a minha mão esquerda e entrelaça com a sua e sinto sua mão macia e quente ao redor da minha.

— Há algo que você pode me contar que não falamos sobre nas cartas? — ela indaga curiosa.

Bem, essa pergunta deveria ser minha. Mas com o seu ânimo crescente eu não poderia simplesmente pular para o assunto principal, até porque faz tempo que não nos vemos e eu gostaria de passar um tempo com Sakura, ainda que não fosse de falar isso em voz alta. Pondero sobre o que fiz nesses anos todos, mas acabou que tudo de relevante sobre a minha vida Sakura já tinha conhecimento.

— Não que eu me lembre. — sou sincero. — A única coisa que costumo fazer é estudar e treinar… E ser importunado por Naruto e Karin.

Eu falo desse jeito dos dois, apesar de serem os meus melhores amigos. Acho que não sou uma pessoa tão convencional, ou simplesmente quanto mais próximo de uma pessoa você fica, mais irritante ela te parece.

— Ah, Karin-san! — ela abre um pequeno sorriso. — Como ela está? Já foi ao palácio dos Haruno uma vez, é uma boa pessoa.

Como assim? Fico ligeiramente confuso com a pergunta de Sakura. Bem no quesito de quê? Saúde, psicologicamente? Tenho conhecimento de que a ruiva sente algo por mim, embora eu não possa a corresponder de nenhuma forma. Sakura teria percebido isso?

— Bem, eu acho. — dou de ombros.

Os olhos de Sakura se estreitam e ela me olha atentamente. Fico desconfiado com a sua atitude, mas nada digo, esperando que a Haruno diga algo sobre.

— Não tem certeza? — ela indaga.

— Não. Karin pode ser um pé no saco quando quer, então eu costumo evitar de falar sobre coisas pessoais.

Por mais que eu goste muito dela como amiga, essa é uma verdade. A personalidade de Karin pode ser por muitas vezes difícil (não que a minha não seja também) e eu não sou bom com palavras ou com qualquer coisa que seja em relação a socializar-se. E mesmo que eu fosse suspeito que ainda sim seria um pouco fechado com Karin, já que ela gosta muito de pegar no meu pé. Ou talvez eu seja o pé no saco, já que todas as pessoas que são próximas a mim, com exceção de Sakura, eu me irrito fácil.

— Sasuke-kun é tão fechado!

Olho para Sakura, que sorri tranquilamente enquanto observa o meu rosto. Nós caminhamos de forma lenta até a cidade mais próxima do país que é estrangeiro tanto para mim quanto para ela. Apesar disso, a garota parece bastante familiar com o local, e penso se sou a única pessoa de uma família real que não posso ir para outros locais, pois o próprio Itachi fazia o mesmo sempre que era possível ou necessário.

— Eu sempre falo da minha vida para você, Sakura. — a lembro.

— E eu não poderia ficar mais feliz por confiar em mim! — seu sorriso é tão caloroso que chego a ficar desconcertado, mas volto no assunto de falar algo que não contamos um para o outro nas cartas.

— Hm…E quanto a você? — pergunto.

— Eu… Tentei reconciliar com a minha mãe no ano passado. Ela disse que estava com saudades e queria me ver, e se sentia muito culpada por tudo que aconteceu. — o sorriso de Sakura desaparece e sei que essa história complicada sobre a sua mãe mais uma vez acabaria em um final ruim. — Eu, tola, acreditei. Mas no fim das contas ela só queria tirar a culpa dela, e tentar me convencer que eu abdiquei dos meus poderes temporariamente porque eu queria e não porque fui manipulada por ela.

Sakura olha para baixo, visivelmente chateada. Eu sabia que ela não gostava de entrar nesse assunto comigo pois o meu pai poderia ser um pouco pior que sua mãe em questão de proximidade, mas ainda sim era uma dor, e eu não a compararia com a minha. Fico compadecido não só por eu entendê-la de certa forma mas porque eu me importo com ela.

— Sinto muito. — falo.

— Eu também. — ela abre um sorriso pequeno. — Mas aí eu me lembro que a Tsunade é quem é a minha mãe de verdade. Foi ela quem me criou. Então acho que está tudo bem, no fim das contas.

O seu sorriso não é falso, mas não chega até os olhos. Sakura ama a sua avó e faria de tudo por ela, mas ainda sim ansiava de certa forma uma conexão com Mebuki.

— Não precisa dizer isso. Você pode considerar Tsunade como sua mãe e ainda sim ficar chateada pela falta de tato de Mebuki. Ela fez parte da sua vida também.

— Você tem razão. — ela sussurra assim que chegamos a uma pequena colina.

O local não havia ninguém, e embaixo dele poderíamos ver a cidade do país estrangeiro. Várias casas de cores diversas ocupavam a visão, mas foco em sentar-me na grama da colina ao lado de Sakura. Ela continua um pouco afetada com o assunto, então penso em desviar os seus pensamentos.

— Fugaku também continua o mesmo, se quer saber.

Digo apenas para que ela tire da sua cabeça os pensamentos negativos em relação a sua vida. Não gosto de falar sobre a relação que tenho com meu pai, mas também é muito ruim ver Sakura triste. Ela me olha com empatia.

— Talvez ele apenas esteja chateado por você não ter ativado o sharingan ainda…

Lembro-me de todas as vezes que eu cito o Sharingan perto de meu pai. Seu rosto fica vermelho e seus olhos são chamuscados por ódio e rancor. Não entendo o motivo disso, dessa raiva toda que ele carrega sobre mim, pois eu não tenho culpa do meu parto ter sido difícil o suficiente para que Mikoto, minha mãe, tenha morrido.

— As vezes parece que ele gostaria que eu ainda fosse doente. — respondo sombriamente e sinto Sakura envolvendo o seu braço em meu ombro. — Está tudo bem, Sakura.

— Tem certeza? — ela indaga, ainda com os braços em mim.

Dou um pequeno sorriso de canto direcionado a garota e vejo que ela fica com um leve rubor. As vezes eu me esqueço o quão fácil Sakura pode ficar envergonhada por termos ficado tanto tempo sem nos ver.

— Sim, por que não? — rebato ainda com um sorriso no rosto. — Estou com você, ele não me importa agora.

Sakura consegue ficar ainda mais vermelha, e eu me sinto um sádico pois eu sabia que a deixaria ainda mais desconcertada mas eu senti vontade de dizer ainda sim. Ela esconde o seu rosto no meu ombro, para que eu não veja o seu rosto.

— E eu não poderia ficar mais feliz por isso, Sasuke-kun. — ela responde.

Um silêncio confortável paira sobre nós dois. Somando a tranquilidade do local, é fácil escutar os barulhos mais simples como o cantar de alguma pássaros, os movimentos que a brisa faz ao entrar em contato com algumas árvores e a respiração irregular de Sakura, que agora deixa em meu colo. Seu rosto ainda está ruborizado, portanto trato de não falar mais nada, para que ela não fique desconfortável. Já havia deixado ela com vergonha o suficiente por um dia. Quando ela segura a minha mão e começa a acariciar de forma descontraída a palma da minha mão sinto o meu coração bater mais forte e uma estranha vontade de sorrir de novo.

— Sasuke-kun… Eu gostaria de ficar assim para sempre.

Eu entendo o que ela quer dizer. Essa calmaria, essa tranquilidade. Nós dois juntos também não somos nada mal, já que estranhamente nos damos muito bem, ainda que eu fosse muito calado e quieto, e Sakura falante e ativa. Talvez seja pelas diferenças, ou simplesmente porque nos importamos muito um com o outro.

— Certo. — que diabo de resposta é essa?

Eu sei que sou um asno em questões sentimentais, mas a resposta havia passado do ridículo. Desvio o olhar, irritado e envergonhado comigo mesmo, temeroso de que ela ache que eu esteja sendo rude. Sakura se levanta bruscamente do meu colo e se senta de novo ao meu lado. Seus olhos verdes faíscam em minha direção, mais exatamente na direção dos meus lábios. Sakura se aproxima, como quem quer deixar claro de suas ações: ela vai me beijar. Meu coração dispara enquanto a vejo aproximando-se de mim e finalmente nossos lábios se encontram. Nosso beijo é desajeitado por ser a primeira vez, mas cheio de sentimentos. Somos noivos, afinal de contas. Ainda que seja algo combinado pela nossa família, Sakura proporciona uma sensação muito diferente do que as outras mulheres fazem em mim. Talvez isso seja a atração. Continuamos um explorando a boca do outro até que um passarinho pia muito alto e nos separamos, assustados. Sakura pigarreia, muito vermelha, e muda de assunto.

— Você me passou muito de altura! — ela exclama, e o sorriso que ela direciona para mim faz com que eu tenha certeza de que ela está feliz. — Lembro que você quase batia nos meus ombros quando éramos menores, Sasuke-kun!

Fico incomodado com o que ela diz. Era verdade, é claro, mas eu sentia que deveria ser maior que ela pela sensação que eu tinha de ter que protegê-la a qualquer custo. Talvez porque nos conhecemos há muito tempo?

— Humpf, se eu não fosse tão doente quando era mais novo, de certo eu seria maior! — resmungo e ela me olha torto.

— Mas o que isso mudaria?

Touché.

— Não faço a mínima ideia… — respondo.

Ela ri, satisfeita pela sua “vitória”.

— Idiota! — resmunga, e então o seu rosto fica mais sério. Ei, Sasuke-kun… Sobre o que eu gostaria de dizer a você…

Sakura parece muito séria, talvez até mesmo tensa. Eu prefiro que ela fique assim o mínimo de tempo possível, então eu adio a conversa para depois. Assim seria melhor e teríamos mais momentos tranquilos como esse. Percebo que não como há algum tempo quando sinto uma dor incômoda no estômago e junto o útil ao agradável.

— Vamos comer algo e depois você me conta, Sakura. Estou com fome. — digo.

— Sim senhor! — responde ela.

Ela assente e se levanta, puxando o meu braço com ânimo. Sakura praticamente corre comigo ao seu lado, ainda de mãos dadas. Descemos a colina com rapidez e ela sorri para mim, feliz de estarmos juntos. Assim que chegamos na cidade Sakura começa a procurar algum local.

— Que tal uma barraca de doces? — ela aponta para um local.

Franzo o nariz incomodado. O simples cheiro de doce me irrita, o gosto ainda mais.

— Eu odeio doces, mas se quiser… — dou de ombros.

— Não! Quero que você se divirta também. Que tal um lámen? — ela aponta para mais uma pequena barraca, e o cheiro de lámen invade o meu nariz quando chegamos perto.

Lámen. Está aí uma comida que eu como muitas vezes, por causa de Naruto, e acabei pegando gosto. Não que eu vá admitir isso para o loiro idiota, que apenas iria rir de forma superior e dizer o quão gênio que ele era e que eu deveria agradecê-lo por ensinar-me a gostar de Lámen.

— Tudo bem, só nunca mencione ao Naruto que eu gosto de lámen. — sussurro.

Quando entramos na barraca, Sakura me cutuca com um sorriso maroto.

— Hah! Pode apostar que minha boca é um túmulo… O seu. — franzo o cenho, cético com a sua resposta. — Brincadeirinha, Sasuke-kun!

Sakura me parece fofa quando ri de forma contida de sua simples brincadeira. É engraçado, porque se fosse com Itachi, Naruto ou Karin creio que eu fosse ficar bem nervoso. Mas o sorriso dela acaba me deixando calmo.

— Boa tarde! O que desejam? — um homem que trabalha na barraca nos pergunta.

A linguagem utilizada no País da Grama é o mesmo que o do País da Primavera, portanto não tenho muita dificuldade em entender o que ele diz, embora seu sotaque fosse deveras diferente.

— Duas tigelas de lámen da casa, senhor! — Sakura pede.

— É pra já!

Enquanto o cozinheiro começa a fazer o nosso prato, Sakura olha para o chão aparentando um incômodo estranho. Ela abre um sorriso mínimo, mas ainda não olha nos meus olhos.

— Ei, Sasuke-kun… Você acha que vai ser incômodo morar no meu país após o casamento? Quer dizer, vai ficar longe do seu irmão, de Naruto e da Karin também.

Ah, então era isso. Na verdade eu não me importava nem um pouco. Sentiria saudades, é claro, do meu irmão, e quem sabe um pouco dos meus dois únicos amigos, mas eles poderiam me visitar quanto quisesse.

— Eu não me importo. Sinto que sua avó vai me dar muito mais liberdade que meu pai jamais teve a ousadia de me presentear. — sou sincero. — E, além do mais, sua companhia é bem melhor que a daqueles três paspalhos.

Me lembro de Naruto brigando comigo por motivos idiotas e Karin gritando no meu ouvido como se eu tivesse feito algo de estranho, mas eu nunca fazia. Sim, eles eram paspalhos. Eu sentiria mesmo falta dos dois, mas é um preço a se pagar, e eu não perderia os meus amigos.

— Você é tão malvado! — ela responde rindo. — Eu sei que vai sentir falta deles.

— Bem, de certa forma. Mas não é como se eu nunca mais fosse vê-los novamente.

Não há tempo para que Sakura me responda, pois o homem da barraca já nos entrega uma tigela de Lámen da casa para cada um. As tigelas fumegantes e o perfume que elas proporcionam fazem minha boca salivar, ainda mais por estar com fome. Nós dois comemos com calma, saboreando o prato, e pagamos o Lámen assim que terminamos. Quando saímos da barraca, percebo que logo a tarde terminaria.

— Ei, Sasuke-kun… Você sentiu a minha falta também? — Sakura me pergunta baixinho.

Não tenho certeza se era mesmo para eu ouvir isso, porque quando eu olho para ela, seus olhos estão arregalados, a boca entreaberta e as bochechas coradas.

— É claro que sim, sua idiota. — respondo de brincadeira, tentando diminuir a sua vergonha.

— Nós precisamos mesmo conversar sobre aquele assunto. — seu tom volta a ficar sério.

Sakura me olha decidida, e realmente há uma tensão muito grande em seu rosto. Andamos apressados no meio da cidade, Sakura procurando algo com os olhos que não sei bem o que poderia ser. Seus olhos são como de uma águia, e ela permaneça atenta.

— Que eu ainda não faço ideia do que se trata. — comento curioso e um pouco temeroso.

— É um assunto delicado, e eu não queria contar a você… — ela se interrompe, arregalando os olhos e ficando em alerta. — Esqueça.

— O quê?! — indago preocupado com sua expressão assustada.

— Estamos sendo seguidos.

Quando ela me responde tudo parece fazer sentido. Eu havia sentido uma estranha presença quando havia chegado no País da Grama mas não tinha visto ninguém e deixado para lá. Arrependo-me de ter feito isso, talvez se eu tivesse comentado poderíamos ter nos livrado disso mais cedo. Percebo dois homens mal vestidos, mas com corpos muito bem treinados e musculosos para ser um humilde trabalhador dessa pequena cidade.

— Acho melhor nos separarmos. — sugiro.

— Não! Quer dizer, eu… Eu não quero.

Sakura fica assustada e sua respiração fica irregular. Eu não me preocupo muito com a sua saúde pois ela é uma Haruno, porém ela poderia sim ser raptada ou algo do tipo. Como eu havia sentido que estava sendo seguido muito antes de revê-la, penso que eles poderiam estar procurando por mim e assim decidi que deveríamos nos separar. Mas eu não poderia deixá-la assustada dessa forma.

— Tudo bem. Eu estou aqui. — eu aperto a sua mão.

Ela assente rapidamente e me puxa para o lado esquerdo.

— Vamos para o país da Primavera, rápido! — exclama, tensa.

O caminho até o país da Primavera é muito mais próximo que o do país do Fogo. Seriam apenas duas horas até a capital a cavalo, no entanto ele era bastante vasto e vazio, poderíamos ser presas fáceis.

— O caminho até a capital do país do Fogo é mais seguro.

— Confie em mim, não pode ir para lá…— ela me diz.

Não consigo compreender como eu não poderia ir para o meu próprio país, mas confio em Sakura e assinto silenciosamente. Ela me puxa rapidamente e pega dois cavalos já a nossa espera, e fico intrigado com isso. Talvez ela já tivesse se precavido, já que somos duas pessoas importantes, no fim das contas. Subimos cada um em um cavalo diferente e disparamos em direção ao país da Primavera.

— Eu conheço aqueles cavalos…— sussurro desconfiado quando percebo que os dois homens começam a nos seguir.

Aquela raça era muito utilizada no país do Fogo. Como e por quê? Lembro-me que Sakura precisava me contar algo sério que não podia ser por carta, além de dizer que era delicado e que não poderíamos ir até o meu país de origem. Seriam eles algum grupo rebelde, ou algo assim? Não me lembro de Itachi dizer que tinha algo grande acontecendo... 

— Era o que eu temia. Eles estão se aproximando! — Sakura exclama enquanto cavalgamos com a maior velocidade possível.

Sakura olha para a retaguarda enquanto firmo a minha visão para a frente, tenso, a procura de mais algum perseguidor. Por sorte, são apenas os dois. Embora ambos agora retiram armas, um retira adagas de seus bolsos e o outro um arco e flecha, percebo após dar uma rápida olhada para trás.

— Sasuke-kun, não! — Sakura grita desesperada.

— Sakura! — a chamo, completamente assustado com o que acontece.

Tudo foi muito rápido. Ou talvez nem tanto. O homem ajeita o arco e flecha em minha direção de forma lenta e precisa, mas Sakura coloca o seu cavalo no meio do caminho e quando ele atira sua flecha acerta em cheio o peito dela. Sakura cai do cavalo, em plena corrida.

— Droga! — grito, parando imediatamente o meu cavalo.

Vou em sua direção, já retirando do meu bolso uma bomba de fumaça enquanto ainda seguro as rédeas do cavalo para que ele não fuja. Jogo a bomba em cima de mim e de Sakura assim que a pego no colo, e enquanto a fumaça ainda não se dissipa coloco-a em cima do cavalo na minha frente, enquanto seguro com os braços as rédeas e ela. 

— Sas-sasuke-kun… O país da primavera, Tsunade, ela… Pode me ajudar… — Sakura sussura.

Sua voz é baixa e fraca, minhas mãos começam a ficarem molhadas, e sei que pela viscosidade isso é sangue. O sangue de Sakura.


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Notas finais do capítulo

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