A luz no fim do túnel escrita por Poliane Isabele


Capítulo 2
A verdade sobre Christie




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Hannah estava em seu quarto, não parava de pensar no que Lupin falou  "Tente falar com sua mãe, conversar sobre isso, talvez ela entenda... ". Hannah realmente não aguentava mais, tinha que fazer alguma coisa, porque se não, ela ia ser empregada de sua própria mãe para sempre. Ela decidiu que iria falar com sua mãe, a pior coisa que poderia acontecer é sua mãe ficar brava e não a deixar dormir em casa, mas talvez sua mãe entenda, talvez nós poderemos ser uma família...

Hannah olhou na cozinha, na sala, no quarto de sua mãe, em todo lugar que ela podia entrar e nada de sua mãe. Já estava ficando preocupada quando escutou alguma coisa no sótão

— Ela ainda não desconfia que estou a vigiando, só pelo pouco que eu observei, percebi que ela é bem ingênua – era a voz do homem estranho da padaria, Hannah não sabia o motivo dele estar ali.

— Eu sei que ela é. Garanti que ela fosse assim para podermos usá-la como quisermos daqui a alguns meses. – era a voz de sua mãe, mesmo estando aliviada por saber que sua mãe estava bem, estava estranhando a conversa que ela estava tendo, por isso decidiu subir para o sótão.

Estava escuro, parecia até alguns poucos filmes trouxas que Hannah tinha visto. Ela continuou escutando eles falando algo sobre ter que tomar cuidado para alguém não descobrir que estavam vigando, mas Hannah continuou, até que ela escutou uma voz fria, uma voz sibilante e assustadora, Hannah quase caiu da escada de susto, mas conseguiu se segurar sem fazer nenhum barulho

— A garota vai ser útil daqui a um tempo, e se possível, irá até para o nosso lado -  Hannah conseguiu subir a escada e se escondeu atrás de um vaso, e se deparou com uma cena assustadora.

Tinha mais ou menos umas 7 pessoas em uma mesa, uma delas era sua mãe, todos eles tinham uma coisa no braço, parecia uma cobra enrolada em uma caveira, e o mais assustador: tinha um cara muito pálido na mesa, parecia um chefe de alguma coisa. Ele tinha os olhos vermelhos e fendas no lugar das narinas.

Hannah estava tremendo de medo. Não sabia o que era aquilo que sua mãe estava fazendo ou quem estavam vigiando, mas uma coisa tinha certeza: não era coisa boa

— Mas milorde, não íamos usar a menina para chan- MAS OQUE...??

Ela sem querer deixou o vaso que estava a escondendo cair no chão, o quebrando, isto faz um barulhão, estragando seu disfarce. Todos olharam pra ela, e aquele cara de olhos vermelhos deu um sorriso psicótico, e Hannah talvez não iria dormir naquela noite, o que eles iriam fazer com ela?

— Hannah Hollister, o que você está fazendo aqui?? – disse a mãe de Hannah entre dentes – Esqueceu que você não pode entrar aqui no sótão?

A garota nem sabia o que falar, estava com muito medo, a única coisa que ela conseguiu pensar foi em correr, coisa que ela fez imediatamente.

— VOLTE AQUI!!!! – Hannah não ouviu, ela só correu, o mais rápido que conseguia. Assim que saiu da casa ela pensou: pra onde eu vou?? Ela olhou em volta e viu a casa do Lupin, não tinha outra pessoa melhor para aquela situação. Ela foi correndo até a porta e começou a bater o mais forte que podia

— LUPIN!!! POR FAVOR, AJUDA – ele rapidamente abriu a porta, ele não sabia o que estava acontecendo, mas só de ver a cara de Hannah, soube que alguma coisa tinha dado muito errado.

— Entra Hannah, o que aconteceu?? - assim que ele falou para ela entrar, ela entrou correndo, estava desesperada, e para piorar, ela viu pela janela que eles realmente estavam a procurando. Ela olhou para o para o Lupin e percebeu que ele estava bem confuso

— Você tentou conversar com sua mãe e ela ficou mais brava que o de costume?

— Queria Lupin... eu fui atrás da minha mãe para conversar, mas ai eu vi junto de mais 6 pessoas, todas elas, inclusive minha mãe, tinham uma marca no braço ai–

— Uma marca no braço? Tipo uma cobra enrolando uma caveira? – Hannah estranhou o fato dele saber disso, mas estava tão aliviada pelo fato de não ter a chance dele pensar que ela endoidou.

— Sim, e o pior não é esse. Tinha um cara lá! Ele tem olhos vermelhos e fendas no lugar do nariz! – assim que ela falou isso, o Lupin murmurou alguma que ela não conseguiu entender e depois falou:

—Hannah, fique aqui e não saia de jeito nenhum. Vou tentar ver se acho esse cara, ok? – Hannah concordou com a cabeça e ele saiu da casa com a varinha em mãos.

‘’ Quem será que é esse cara? Porque o Lupin ficou tão nervoso quando eu falei sobre ele? O que mais aconteceria? ‘’ Esses eram só algumas das coisas que Hannah pensava naquele momento, ela estava muito nervosa naquele momento, aparentemente, sua mãe participava de uma espécie de gangue do mal e esse cara que tem olhos vermelhos deve um criminoso procurado, era muita coisa para ela processar, e ainda eram três horas da tarde.

Depois de uns três minutos, o Lupin chegou. Hannah foi correndo para saber o que tinha acontecido

— Não achei ele, deve ter fugido. – ele falou com raiva, até perceber que Hannah estava quase explodindo de curiosidade. Ele falou para ela sentar no sofá e cobriu o rosto de preocupação.

— Ok, por onde eu começo? Então Hannah, essas pessoas que você viu, junto com sua mãe, são Comensais da Morte, seguidores de Voldemort. – Para Hannah, isso foi o mesmo que nada. Ela não sabia quem era ‘’ Voldemort ‘’, e Lupin percebeu pela cara de confusa dela – Voldemort é um bruxo das trevas muito poderoso. Apesar de até o ministro da magia negar isso, ele retornou recentemente.

‘’ Aquela pessoa que falaram na padaria... ‘’ pensou Hannah.

 - Hannah, eles estavam falando sobre alguma coisa? Tipo um plano ou algo do tipo?

— Sim! Eles estavam falando algo sobre estarem vigiando alguém, e que usariam ela daqui a alguns meses.

Dava para reparar a preocupação de Lupin, Hannah queria saber mais sobre esse cara ‘’ Talvez, se eu não tivesse deixado aquele vaso cair, eu poderia ajudar o Lupin ‘’, se culpava Hannah, Lupin percebeu que ela estava triste e tentou consola-la

— Ah Hannah não se culpe, você ajudou muito. Mas agora, você pode está em perigo.

— Como assim? – Hannah falou desesperada – E-eu não tenho onde me esconder e mesmo se eu ficar aqui, talvez eles me encontrem, e-

— Hannah, se acalma, respira – Falou Lupin tentando tranquiliza-la – Vamos encontra um jeito, mas por enquanto, Você fica aqui, e caso eles vierem te procurar aqui, é só você entrar naquele porão ali, ok?

— Ok... – Hannah estava muito preocupada, se ela tivesse aceitado ela própria como empregada de sua mãe, nada disso teria acontecido. Ela estaria agora limpando sua casa, mas longe de saber que sua mãe era uma criminosa, estaria de certa forma, ‘’ bem’’. Hannah não sabia o que viria depois desse dia, mas esperava que nada de ruim acontecesse

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                                   Uma semana depois...

Hannah já estava começando a se acostumar a viver ali. Nessa semana que passou ela fez 15 anos e de aniversario ganhou uma coisa que ela sempre quis: Roupas decentes! Pode parecer bobo, mas antes daquele dia, ela usava roupas velhas de sua mãe, em que a maioria estava, ou rasgada, ou folgada de mais. As roupas que Lupin comprou foram as primeiras roupas dela mesmo, Hannah estava feliz.

Ela estava olhando a janela discretamente, pois dela, dava para ver sua casa, e pelo oque observou, parecia que ninguém entrava nela desde o dia que fugiu. Ela não podia sair de casa ou teria risco de sua mãe aparecer do nada e fazer alguma coisa, e era isso que segurava Hannah dentro de casa.

Hannah estava lendo um livro trouxa chamado “Razão e Sensibilidade ‘’ quando chega uma coruja direcionada ao Lupin. Hannah o chamou e ele veio rapidamente receber, só que antes dele chegar, ela conseguiu ver o nome da pessoa que entregou a coruja, ‘’ Almofadinhas... nome estranho’’ pensou Hannah, mas como ela não sabia o que o Lupin fazia quando estava fora, não ligou muito. Ele leu a carta e pareceu aliviado.

— Hannah, não precisa mais ficar preocupada com sua mãe te procurar aqui.

— Ela foi pega? – Perguntou Hannah esperançosa

— Infelizmente não – e com essas palavras Lupin quebra todas as expectativas de Hannah – Mas encontrei um lugar mas seguro para nos ficarmos. É um pouco longe mas dá para chegar ainda hoje.

Ela estava aliviada, eles iriam para um lugar longe e seguro, iriam estar a salvo, pelo menos por enquanto. Hannah foi arrumar suas coisas (ou seja, algumas roupas e alguns livros) e ficou esperando o Lupin arrumar as coisas dele. Assim que ele chegou, ele sentou ao lado de Hannah e falou:

— Hannah, para as pessoas não desconfiarem o fato de você ser filha de uma Comensal da Morte, você não poderá contar quem é. Para as outras pessoas, você é minha afilhada que os pais decidiram deixar comigo para sua própria segurança. Apenas eu e mais duas pessoas sabemos da verdade. Não conte nada sobre o que você viu ou informações muito pessoais, ok? – Hannah, mesmo contragosto, concordou. Ela finalmente estava sendo tratada como uma pessoa normal, não queria chatear ele. – Ah! Sim. Você estudou magia em casa, não é?

— Sim, treinava feitiços com a minha mãe em casa e fazia as atividades. Acho que se for pra colocar em um anos escolares, eu estaria no 5° ano

— Ótimo! Então, tenho uma ótima notícia pra você – Hannah ficou curiosa, não seria...? – Você irá para Hogwarts esse ano

— Que?? – Hannah quase pulou do sofá de surpresa. Ela sempre desejou ir para lá, mas sua mãe sempre falava que ela não era magica o suficiente para ir em um lugar como Hogwarts. Lupin riu da cara que ela fez.

— Sim, foi um pouco difícil, pois você não foi nos outros anos, mas consegui convencer o diretor a fazer isso.

— Ah Lupin, obrigada, obrigada mesmo – Ela estava quase chorando

— Não fiz nada de mais, não podia deixar você continuar estudando magia sem um acompanhamento profissional, não é? Mas agora vamos logo, ou chegaremos muito tarde lá.

Assim que Lupin falou isso, eles pegaram o metrô e foram para aquele lugar. Lupin tinha explicado ainda em casa que o nome que Hannah viu na carta é o apelido de Sirius Black, ele era inocente e é o dono da casa que eles estavam indo, Hannah ficou um pouco surpresa, não conhecia esse ‘’ Sirius Black’’, mas sabia que ele era um criminoso, ou pelo menos, achava que era.

Depois de algumas horas, chegaram na estação de metrô perto do lugar que estavam indo, pegaram um táxi (Hannah teve que ajudar o Lupin a mexer no dinheiro trouxa) e chegaram na casa, bem, era oque Hannah achava, que seria uma casa, mas na verdade, quando chegaram, tinha apenas uns prédios estranhos e assustadores.

 Ela até pensava que estavam no lugar errado, mas quando Hannah ia perguntar se era ali mesmo, Lupin parecia estar pensando em alguma, ai de repente, uma porta apareceu no meio do número 11 e o número 13, e aos poucos, foram aparecendo paredes e janelas, como se uma casa fosse crescendo ali. Quando olhou para o lado, viu que as pessoas dentro dos prédios, estavam perfeitamente calmas

— Eles não percebem? – Perguntou Hannah curiosa

— Não, a magia não deixa. Agora vamos, não e seguro ficar aqui a essa hora, tanto pelos Comensais da Morte, tanto pelos trouxas que moram por aqui.

Hannah foi entrando na casa, mesmo Lupin afirmando que era seguro, ela ficou um pouco nervosa, um pouco assustada, a aparência da casa não ajudava, ela tinha um ar de casa assombrada dos filmes trouxas, e a última vez que ela sentiu que ela sentiu esse ar de filme trouxa, ela foi perseguida por sua mãe e um monte de criminosos, então, ela tinha motivo para estar nervosa.

Eles chegaram no que parecia uma sala de estar, não tinha ninguém além dela e de Lupin, bem, até que um moço com cabelos escuros chegou para recebê-los.

— E ai Lupin! Estava me perguntando quando tempo você demoraria para chegar. – Hannah percebeu na hora que eles deveriam se conhecer a muito tempo. O moço se virou para ela e pareceu levemente surpreso – E você deve ser a Hannah. Lupin falou que você sem querer viu um monte de Comensais da Morte, mas não se preocupe, não vou contar nada pra ninguém.

—Hannah, esse é o Sirius. Ele é uma das duas pessoas que eu falei que sabem sobre você – Sirius acenou e Hannah acenou de volta, mesmo estando com muita vergonha

— Oi, prazer – cumprimentou Hannah, talvez eles até tivessem um diálogo normal, mas foram interrompidos com o som de duas pessoas discutindo sobre um bolo roubado

— FRED WEASLEY, DEVOLVE MEU BOLO – Hannah escuta alguém gritando, e não deu nem 2 minutos que duas pessoas entrassem correndo na sala, uma menina e um menino, os dois ruivos, entraram correndo na sala, e 5 segundos depois, se escuta um som de uma velha xingando todo mundo. E logo depois chega uma senhora, também ruiva e um pouco baixinha, entrou gritando com o quadro e com as pessoas que pareciam ser seus filhos.

— Isso é jeito de se comportar na casa dos outros? – Ela reparou na presença de Hannah e de Lupin, e pareceu ficar ainda mais brava – Ainda mais quando se tem visita??

Eles também repararam na presença deles e pareceram ficar interessados

— É a afilhada do Lupin? – Lupin já preparou tudo pensou Hannah

— É sim -  Lupin a empurrou um pouco pra frente – Essa é Hannah Hollister, ela vai ficar aqui com vocês nesse período que estamos passando.

— Oi – Hannah nunca teve que se apresentar pra tantas pessoas de uma só vez, e para tímidos como ela, isso é quase uma missão impossível

— Prazer, sou Fred Weasley, já aquela é a chata da minha ir- AI! – A menina ruiva bateu na cabeça do Fred, mostrando que estava com muita raiva dele.

— Chato é você idiota – ela está realmente com muita raiva por conta do bolo, Hannah pensava se segurando para não rir – Desculpa por ele, sou Gina Weasley.

— Prazer.

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— Ela ainda pensa que é....?

— Sim, e irá continuar assim até ele dizer que podemos falar a ela

— Mas então, até o final do ano ela vai descobrir?

— Por mim, ela não saberia nunca, mas já que é assim que ele quer... mas primeiro, teremos que localiza-la.


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