Histórias da Ecomoda. escrita por Karina Mendonça Fritezwanden


Capítulo 190
Me perdoe filho!


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é especial pra mim, como vocês sabem perdi a minha mãe, e um pouco antes dela partir nossa ultima conversa foi muito parecida a que Roberto teve com Armando.
Deixem seus comentários



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/794302/chapter/190

No hospital:

— Papai?

— Olá Filho!

Armando se levanta da cadeira, as lágrimas estão correndo no rosto. _ Papai o senhor está bem? Como se sente?

— Um pouco tonto!

— Espere Papai... Armando sai correndo do quarto.

— Onde vai filho?

Armado corre pelo corredor, até que encontrar com sua mãe, Betty e Marcela.

— O PAPAI ACORDOU!

— O QUE? Margarida fala.

— Venham!

Armando puxa Betty pela mão para o quarto, seguidos por Margarida e Marcela.

No quarto.

Ao entrar Armando, Betty, Marcela e Margarida. Dão de cara com o médico que estava examinando Roberto.

— Ow, calma aí pessoal, eu disse um de cada vez!

— Roberto! Margarida fala com lágrimas nos olhos!

— Oi meu amor!

— Roberto! Marcela fala sorrindo.

— Gente eu sei que estão felizes, mas tem que sair, o seu Roberto precisa de descanso.

Todos saem do quarto, o médico pede que apenas um entre. Então Margarida vai para o quarto.

Armando abraça Betty. _ Mi amor eu estou tão feliz, meu pai acordou!

— Mi amor, eu também fiquei muito feliz!

— Armando, Beatriz... Me perdoe por acabar com a felicidade de vocês, mas o que vamos fazer com a Ecomoda?

Armado e Betty olha um para o outro.

— Mi amor, temos que ir a Ecomoda, eu preciso ver de perto como estava situação.

— Betty, mi amor não! Eu acho melhor eu te levar pra casa dos seu país e eu vou para a Ecomoda enfrentar o Daniel!

— Mi vida, eu sou a presidente da Ecomoda, eu sou a representante legal da empresa!

— Mas mi amor, você não pode passar nervoso, o grãozinho... Lembra o que aconteceu com a Milinha? Armando fala passando a mão na barriga de Betty.

— Armando....

—Desculpa me intrometer, mas a Beatriz tem toda a razão, a única pessoa que pode tirar o poder do Daniel, nesse momento é ela!

— Mas mi amor, nossa família é mais importante!

— Sim, Armando eu sou a presidente, eu preciso ver a situação da empresa, preciso saber quais são as nossas dívidas, e quais riscos que corremos.

— Mas Betty... E se você passar mal?

— Aí o meu príncipe encantado vai cuidar de mim! Betty dá um selinho em Armando, Marcela vira para não olha os dois juntos.

Margarida sai do quarto.

— Armando, o seu pai quer te ver!

— Sim mamãe. Armando beija Betty, depois segue para o quarto.

— Betty, como está se sentindo? Margarida fala segurando a mão de Betty e puxando para que ela se sente.

— Estou bem....

— Mas está se alimentando?

— Sim!

— Dormiu bem?

— Sim dona Margarida.

— Me fala Betty, já escolheram o nome do bebê? Marcela pergunta tentando parecer simpática.

— Se for menina vai se chamar Ana Maria e se for menino Jorge Enrique.

— Que lindo! Margarida fala passando a mão na barriga de Betty.

— Sabe o que seria ótimo? Se fossem gêmeos!

— Aí dona Margarida, acho que não...

— Mas por quê?  Nunca tiveram gêmeos na sua família?

— Sim, tenho duas primas uma da parte dos Pinzón e outra da parte dos Solano que tiveram gêmeos.

— Imagina, como seria três crianças lindas crescendo em uma casa! Não é verdade Marcela Margarida fala sorrindo.

— Sim, muito lindo.

— Falando nisso Marcela, quando você pensa em ter filhos, agora que está em um novo relacionamento... Betty a Marcela está namorando com o modelo de molde da Ecomoda!

— Com o Marcelo?

No quarto:

— Papai!

— Filho, se aproxime.

Armando puxa a cadeira e se senta ao lado da cama de Roberto.

— Filho, eu te amo!

— Eu também papai.

— Queria te pedir perdão....

— Não papai, não tenho nada para perdoar o senhor...

— Filho, eu preciso que me perdoe, por não acreditar em você, por não confiar em você, por não ser o seu pai, mas horas que você precisou de mim! Armando eu me orgulho muito de você, do homem que é, do empresário que se tornou, do pai e marido que você é!

— Papai, por favor...

— Filho, eu não fui seu pai, eu fui o pai dos Valência, mas seu e de Camila eu não fui! Me senti culpado pelo que aconteceu com o Júlio e a Susana! E hoje, aqui nessa cama de hospital, vejo os erros que eu cometi. Me perdoe meu filho, por favor, me perdoe. Roberto puxa a mão de Armando, Armando chorava muito.

— Papai, o senhor é o melhor pai do mundo....  Eu não tenho nada pra perdoar, eu cometi muitas bobagens, fiz muitas besteiras. Mas papai eu aprendi com os meus erros...

— Filho me perdoe! Roberto começa a chorar muito.

— Papai! Olhe pra mim!

Roberto olha para Armando, ele se levanta e abraça seu pai.

— Papai, obrigado por tudo, obrigado pelas broncas, pelos encanamentos, e por me formar um homem de caráter, e de me tornar um bom marido e um bom pai. E digo mais terei sorte se me tornar o pai que o senhor é pra mim e pra Camila... Papai eu não tenho nada pra te perdoar, ao contrário o senhor quem tem que me perdoar!

— Filho (Lágrimas) eu te amo. Te amo!

— Te amo muito Papai, obrigado por tudo!

Os dois continuam se abraçar e choram juntos.

Na Ecomoda.

— Doutor?

— O que você quer Aura Maria?

— Dois policiais estão aí fora, e querem falar com o senhor!

— Mande entrar.

Aura Maria sai da sala. E segundos depois dois policiais entram na presidência.

— Bom dia, meu nome é James Afarelo, esse é meu parceiro George Power. Somos da polícia especial de investigação de contrabando.

— Daniel Valência, presidente da Ecomoda. Sente-se por favor!

Eles se sentam, e Daniel puxa sua cadeira.

— Em que posso ajudá-los?

— Doutor Valência, gostaríamos de saber desde quando a Ecomoda compra tecidos contrabandeados? James pergunta.

— Nunca fizemos isso senhores, fomos enganados, por pessoas de má fé!

— Doutor Valência, estamos investigando a um bom tempo essa espécie de contrabando, e o seu nome aparece não só nessa compra. Mas também em outros negócios com outras empresas!

— ISSO NÃO É VERDADE, EU NUNCA FIZ ESSE TIPO DE COISA! Daniel fala furioso, se levantando da cadeira.

— Doutor, não estamos mentindo. Seu nome aparece em várias transações, não só essa da Ecomoda. Mas sim em outras empresas pequenas empresas, e também para outras empresas grandes com Rag tela! Olhe aqui... George fala mostrando alguns papéis.

— ISSO É UM ABSURDO! Nunca tive participação nenhuma com contrabando.

— Então estamos mentindo Doutor?

— NÃO SEI DE ONDE TIRARAM ESSES PAPÉIS, MAS ISSO COM CERTEZA É UMA CALÚNIA.

— Doutor Valência, por favor se acalme. Não estamos aqui para levá-lo e sim para colhermos depoimento de sua parte.

— NÃO FALO NADA SEM A PRESENÇA DO MEU ADVOGADO.

— Doutor..

— FORA DAQUI! OU VOU CHAMAR O SEGURANÇA!

— Certo doutor, vemos que o senhor não quer colaborar. Vamos embora, mas fique sabendo que não pode sair do país, e também estaremos de olho no senhor!

Os dois policiais se levantam e saem da sala.

Daniel fica furioso, ele pega um copo de whisky e joga na porta da presidência.

As meninas do quartel, que estavam fazendo fofoca como sempre se assustam.

— Meninas o que será que aconteceu? Fala Sófia.          

— AURA MARIA!

— Aí meu Deus, ele está uma ferra.

— AURA MARIA!

— Vai lá, vai lá!

Aura Maria corre na sala.

— Sim doutor!

— ONDE VOCÊ ESTAVA SUA IMPRESTÁVEL?

— NA minha mesa doutor!

—MANDE QUE VENHA LIMPAR ESSA SALA ESTÁ UM LIXO!

— Sim senhor!

— A MARCELA JÁ CHEGOU?

— Não senhor!

— DROGA! E O MÁRIO?

— Está na sala dele.

— EU VOU PRA LÁ!

Daniel sai pela porta tombando em Aura Maria.

No hospital:

Armando sai do quarto limpando os olhos.

— Marcela!

— Sim?

—Meu pai que falar com você! Armando fala se aproximando de Betty.

— Certo! Ela se levanta e vai para o quarto.

— Mi amor, você está bem?

— Sim mi vida, eu estou! Armando fala se sentando ao lado de Betty.

— Armando, meu filho o que aconteceu, você estava chorando?

— O papai e eu tivemos uma conversa franca.

— E o que falaram? Margarida pergunta.

— Precisávamos nos perdoar, pelas mágoas do passado mamãe.

— Mi amor... Betty dá um beijo doce em Armando.

— Eu te amo minha linda, obrigado por ter me ajudado a me tornar quem eu sou!

Betty sorri e dá outro beijo em Armando.

Na Ecomoda:

Mario estava ao telefone quando Daniel entra na sala batendo a porta com força.

— Não sabe bater?

— Cala a boca e me escute!

— Eu ligo mais tarde! Obrigado.

— Pra quem ligava?

— Meu advogado, eu vou entrar com o processo de guarda, quero meu filho comigo.

— Aaaah eu pensei que era algo da Ecomoda.

— Eu tenho vida fora daqui sabia?

— Isso não né interessa, o que eu quero saber é conseguiu dinheiro com seus compradores?

Mario pega um papel e entregar para Daniel.

— SÓ ISSO? ISSO NÃO DA PRA NADA!

— Daniel, eu não consegui mais que isso, isso foi a compra da coleção anterior.

— Não dá pra pagar nem a folha dos funcionários!

— Daniel, eu tive que descontar, como disse foi da coleção anterior!

— Deveria ter vendido pelo preço de uma coleção normal!

— Como? Não são desenhos exclusivos, foi o que sobrou da coleção anterior.

— Você não serve pra nada mesmo!

— Não me ofenda, não fui eu que comprei tecidos contrabandeados.

— FOI VOCÊ, NÃO É? FOI VOCE QUE DENUNCIOU! Daniel fala pegando Mário pelo colarinho.

— Me solte, eu não sabia de nada.

— ENTÃO QUEM FOI?

— Do que você está falando?

— Eu vou te contar...

No hospital:

— Roberto?

— aproximasse filha.

— Marcela me perdoe!

— Pelo que Roberto?

— Sei que você me culpa pela morte dos seus pais.

— Não Roberto, eu nunca pensei isso, não sou como o Daniel, ao contrário sou muito agradecida por tudo que vocês fizeram por nós!

— Mas filha...

— Roberto, você e a Margarida nós criou como filhos, ou até melhor que seus filhos. Nós que devemos pedir perdão pelo que o Daniel fez!

Passando algumas horas.

Armando e Betty chegam a Ecomoda.

— Pronta mi amor?

— Mi amor, vamos entrar.

Armando para o carro na frente da empresa.

Os dois descem do carro.

— Doutor? Doutora? Que bom vê-los! Wilson fala.

— Sim, o Daniel está aí?

— Sim Doutor, por favor nos ajude! Wilson fala abrindo a porta.

— Vamos mi vida! Armando fala puxando Betty para dentro.

Continua....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Logo postos novos capítulos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Histórias da Ecomoda." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.