Histórias da Ecomoda. escrita por Karina Mendonça Fritezwanden
Notas iniciais do capítulo
Este capítulo é especial pra mim, como vocês sabem perdi a minha mãe, e um pouco antes dela partir nossa ultima conversa foi muito parecida a que Roberto teve com Armando.
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No hospital:
— Papai?
— Olá Filho!
Armando se levanta da cadeira, as lágrimas estão correndo no rosto. _ Papai o senhor está bem? Como se sente?
— Um pouco tonto!
— Espere Papai... Armando sai correndo do quarto.
— Onde vai filho?
Armado corre pelo corredor, até que encontrar com sua mãe, Betty e Marcela.
— O PAPAI ACORDOU!
— O QUE? Margarida fala.
— Venham!
Armando puxa Betty pela mão para o quarto, seguidos por Margarida e Marcela.
No quarto.
Ao entrar Armando, Betty, Marcela e Margarida. Dão de cara com o médico que estava examinando Roberto.
— Ow, calma aí pessoal, eu disse um de cada vez!
— Roberto! Margarida fala com lágrimas nos olhos!
— Oi meu amor!
— Roberto! Marcela fala sorrindo.
— Gente eu sei que estão felizes, mas tem que sair, o seu Roberto precisa de descanso.
Todos saem do quarto, o médico pede que apenas um entre. Então Margarida vai para o quarto.
Armando abraça Betty. _ Mi amor eu estou tão feliz, meu pai acordou!
— Mi amor, eu também fiquei muito feliz!
— Armando, Beatriz... Me perdoe por acabar com a felicidade de vocês, mas o que vamos fazer com a Ecomoda?
Armado e Betty olha um para o outro.
— Mi amor, temos que ir a Ecomoda, eu preciso ver de perto como estava situação.
— Betty, mi amor não! Eu acho melhor eu te levar pra casa dos seu país e eu vou para a Ecomoda enfrentar o Daniel!
— Mi vida, eu sou a presidente da Ecomoda, eu sou a representante legal da empresa!
— Mas mi amor, você não pode passar nervoso, o grãozinho... Lembra o que aconteceu com a Milinha? Armando fala passando a mão na barriga de Betty.
— Armando....
—Desculpa me intrometer, mas a Beatriz tem toda a razão, a única pessoa que pode tirar o poder do Daniel, nesse momento é ela!
— Mas mi amor, nossa família é mais importante!
— Sim, Armando eu sou a presidente, eu preciso ver a situação da empresa, preciso saber quais são as nossas dívidas, e quais riscos que corremos.
— Mas Betty... E se você passar mal?
— Aí o meu príncipe encantado vai cuidar de mim! Betty dá um selinho em Armando, Marcela vira para não olha os dois juntos.
Margarida sai do quarto.
— Armando, o seu pai quer te ver!
— Sim mamãe. Armando beija Betty, depois segue para o quarto.
— Betty, como está se sentindo? Margarida fala segurando a mão de Betty e puxando para que ela se sente.
— Estou bem....
— Mas está se alimentando?
— Sim!
— Dormiu bem?
— Sim dona Margarida.
— Me fala Betty, já escolheram o nome do bebê? Marcela pergunta tentando parecer simpática.
— Se for menina vai se chamar Ana Maria e se for menino Jorge Enrique.
— Que lindo! Margarida fala passando a mão na barriga de Betty.
— Sabe o que seria ótimo? Se fossem gêmeos!
— Aí dona Margarida, acho que não...
— Mas por quê? Nunca tiveram gêmeos na sua família?
— Sim, tenho duas primas uma da parte dos Pinzón e outra da parte dos Solano que tiveram gêmeos.
— Imagina, como seria três crianças lindas crescendo em uma casa! Não é verdade Marcela Margarida fala sorrindo.
— Sim, muito lindo.
— Falando nisso Marcela, quando você pensa em ter filhos, agora que está em um novo relacionamento... Betty a Marcela está namorando com o modelo de molde da Ecomoda!
— Com o Marcelo?
No quarto:
— Papai!
— Filho, se aproxime.
Armando puxa a cadeira e se senta ao lado da cama de Roberto.
— Filho, eu te amo!
— Eu também papai.
— Queria te pedir perdão....
— Não papai, não tenho nada para perdoar o senhor...
— Filho, eu preciso que me perdoe, por não acreditar em você, por não confiar em você, por não ser o seu pai, mas horas que você precisou de mim! Armando eu me orgulho muito de você, do homem que é, do empresário que se tornou, do pai e marido que você é!
— Papai, por favor...
— Filho, eu não fui seu pai, eu fui o pai dos Valência, mas seu e de Camila eu não fui! Me senti culpado pelo que aconteceu com o Júlio e a Susana! E hoje, aqui nessa cama de hospital, vejo os erros que eu cometi. Me perdoe meu filho, por favor, me perdoe. Roberto puxa a mão de Armando, Armando chorava muito.
— Papai, o senhor é o melhor pai do mundo.... Eu não tenho nada pra perdoar, eu cometi muitas bobagens, fiz muitas besteiras. Mas papai eu aprendi com os meus erros...
— Filho me perdoe! Roberto começa a chorar muito.
— Papai! Olhe pra mim!
Roberto olha para Armando, ele se levanta e abraça seu pai.
— Papai, obrigado por tudo, obrigado pelas broncas, pelos encanamentos, e por me formar um homem de caráter, e de me tornar um bom marido e um bom pai. E digo mais terei sorte se me tornar o pai que o senhor é pra mim e pra Camila... Papai eu não tenho nada pra te perdoar, ao contrário o senhor quem tem que me perdoar!
— Filho (Lágrimas) eu te amo. Te amo!
— Te amo muito Papai, obrigado por tudo!
Os dois continuam se abraçar e choram juntos.
Na Ecomoda.
— Doutor?
— O que você quer Aura Maria?
— Dois policiais estão aí fora, e querem falar com o senhor!
— Mande entrar.
Aura Maria sai da sala. E segundos depois dois policiais entram na presidência.
— Bom dia, meu nome é James Afarelo, esse é meu parceiro George Power. Somos da polícia especial de investigação de contrabando.
— Daniel Valência, presidente da Ecomoda. Sente-se por favor!
Eles se sentam, e Daniel puxa sua cadeira.
— Em que posso ajudá-los?
— Doutor Valência, gostaríamos de saber desde quando a Ecomoda compra tecidos contrabandeados? James pergunta.
— Nunca fizemos isso senhores, fomos enganados, por pessoas de má fé!
— Doutor Valência, estamos investigando a um bom tempo essa espécie de contrabando, e o seu nome aparece não só nessa compra. Mas também em outros negócios com outras empresas!
— ISSO NÃO É VERDADE, EU NUNCA FIZ ESSE TIPO DE COISA! Daniel fala furioso, se levantando da cadeira.
— Doutor, não estamos mentindo. Seu nome aparece em várias transações, não só essa da Ecomoda. Mas sim em outras empresas pequenas empresas, e também para outras empresas grandes com Rag tela! Olhe aqui... George fala mostrando alguns papéis.
— ISSO É UM ABSURDO! Nunca tive participação nenhuma com contrabando.
— Então estamos mentindo Doutor?
— NÃO SEI DE ONDE TIRARAM ESSES PAPÉIS, MAS ISSO COM CERTEZA É UMA CALÚNIA.
— Doutor Valência, por favor se acalme. Não estamos aqui para levá-lo e sim para colhermos depoimento de sua parte.
— NÃO FALO NADA SEM A PRESENÇA DO MEU ADVOGADO.
— Doutor..
— FORA DAQUI! OU VOU CHAMAR O SEGURANÇA!
— Certo doutor, vemos que o senhor não quer colaborar. Vamos embora, mas fique sabendo que não pode sair do país, e também estaremos de olho no senhor!
Os dois policiais se levantam e saem da sala.
Daniel fica furioso, ele pega um copo de whisky e joga na porta da presidência.
As meninas do quartel, que estavam fazendo fofoca como sempre se assustam.
— Meninas o que será que aconteceu? Fala Sófia.
— AURA MARIA!
— Aí meu Deus, ele está uma ferra.
— AURA MARIA!
— Vai lá, vai lá!
Aura Maria corre na sala.
— Sim doutor!
— ONDE VOCÊ ESTAVA SUA IMPRESTÁVEL?
— NA minha mesa doutor!
—MANDE QUE VENHA LIMPAR ESSA SALA ESTÁ UM LIXO!
— Sim senhor!
— A MARCELA JÁ CHEGOU?
— Não senhor!
— DROGA! E O MÁRIO?
— Está na sala dele.
— EU VOU PRA LÁ!
Daniel sai pela porta tombando em Aura Maria.
No hospital:
Armando sai do quarto limpando os olhos.
— Marcela!
— Sim?
—Meu pai que falar com você! Armando fala se aproximando de Betty.
— Certo! Ela se levanta e vai para o quarto.
— Mi amor, você está bem?
— Sim mi vida, eu estou! Armando fala se sentando ao lado de Betty.
— Armando, meu filho o que aconteceu, você estava chorando?
— O papai e eu tivemos uma conversa franca.
— E o que falaram? Margarida pergunta.
— Precisávamos nos perdoar, pelas mágoas do passado mamãe.
— Mi amor... Betty dá um beijo doce em Armando.
— Eu te amo minha linda, obrigado por ter me ajudado a me tornar quem eu sou!
Betty sorri e dá outro beijo em Armando.
Na Ecomoda:
Mario estava ao telefone quando Daniel entra na sala batendo a porta com força.
— Não sabe bater?
— Cala a boca e me escute!
— Eu ligo mais tarde! Obrigado.
— Pra quem ligava?
— Meu advogado, eu vou entrar com o processo de guarda, quero meu filho comigo.
— Aaaah eu pensei que era algo da Ecomoda.
— Eu tenho vida fora daqui sabia?
— Isso não né interessa, o que eu quero saber é conseguiu dinheiro com seus compradores?
Mario pega um papel e entregar para Daniel.
— SÓ ISSO? ISSO NÃO DA PRA NADA!
— Daniel, eu não consegui mais que isso, isso foi a compra da coleção anterior.
— Não dá pra pagar nem a folha dos funcionários!
— Daniel, eu tive que descontar, como disse foi da coleção anterior!
— Deveria ter vendido pelo preço de uma coleção normal!
— Como? Não são desenhos exclusivos, foi o que sobrou da coleção anterior.
— Você não serve pra nada mesmo!
— Não me ofenda, não fui eu que comprei tecidos contrabandeados.
— FOI VOCÊ, NÃO É? FOI VOCE QUE DENUNCIOU! Daniel fala pegando Mário pelo colarinho.
— Me solte, eu não sabia de nada.
— ENTÃO QUEM FOI?
— Do que você está falando?
— Eu vou te contar...
No hospital:
— Roberto?
— aproximasse filha.
— Marcela me perdoe!
— Pelo que Roberto?
— Sei que você me culpa pela morte dos seus pais.
— Não Roberto, eu nunca pensei isso, não sou como o Daniel, ao contrário sou muito agradecida por tudo que vocês fizeram por nós!
— Mas filha...
— Roberto, você e a Margarida nós criou como filhos, ou até melhor que seus filhos. Nós que devemos pedir perdão pelo que o Daniel fez!
Passando algumas horas.
Armando e Betty chegam a Ecomoda.
— Pronta mi amor?
— Mi amor, vamos entrar.
Armando para o carro na frente da empresa.
Os dois descem do carro.
— Doutor? Doutora? Que bom vê-los! Wilson fala.
— Sim, o Daniel está aí?
— Sim Doutor, por favor nos ajude! Wilson fala abrindo a porta.
— Vamos mi vida! Armando fala puxando Betty para dentro.
Continua....
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