Devaneio escrita por Hirobelana


Capítulo 1
Observe




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Em sua cadeira de balanço, se balançando lentamente enquanto uma brisa suave tocava suavemente em seu rosto. Agradável. Era a sensação e a palavra que surgiam em sua mente, toda vez, que uma nova brisa lhe tocava. Era também reconfortante, ver as mudanças que se formavam as nuvens, ao decorrer do dia para a noite.

Como se as árvores que estavam visíveis em sua frente, o céu, a brisa suave e as nuvens surgindo e se dissipando ao longo do dia, fossem um filme totalmente dedicado e disponíveis para ele.

De certa forma, era o que sentia toda vez.

Menos quando a noite chegava e com ela, logo em seguida, a madrugada entoava. Silêncio e escuridão é o que ficava. As nuvens que surgiam, transmitiam uma sensação diferente que estabeleciam ao decorrer do dia. Às vezes com o surgimento de estrelas, se der sorte, poderá ver, até alguns cometas.

Tudo que envolvia a noite era diferente, até a brisa que surgiam, eram diferentes. Mas para ele, continuavam sendo confortante.

Ainda mais quando a madrugada se aproximava, dava para saber, era exatamente a hora exata em que tudo dentro dele começava a se enrijecer, endurecer. E mesmo assim, não saia e permanecia ali em sua cadeira de balanço. Agora parado, mas não deixando de olhar para o céu que hoje não estava estrelado. Com ou sem estrelas, as duas coisas eram uma só. Visível ou invisível aos olhos, nunca foi sempre assim?

Como um desvaneio ou em um piscar de olhos, as coisas mudavam. E ter as estrelas ou não durante a noite, pouco importavam.

E a noite passava, madrugada soava. Indicando que o seu fim chegava, pontos de luz distantes, a escuridão se dissipando, se despedindo. Era o sol que dava boas-vindas dizendo que ele logo em seguida, chegaria.

Mas finalmente seus olhos se cansaram, de lutar lutas internas que o amedrontava e não o deixavam dormir. Com o subconsciente já fadigado, até isso se entregava e enfim silenciava.

Tudo quieto dentro de si. No minuto exato em que a manhã gritava ao mundo, que já era um novo dia. Para ele, nenhuma mudança ou diferença fazia. 

Menos naquela manhã, em que logo depois que a manhã chegou, e os seus olhos se fechavam como todas as manhãs. Dessa vez era diferente, porque foi a última vez que todo esse ciclo, esse processo aconteceu.


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