Astoria não conseguiu convencê-lo naquela noite, e Draco desapareceu por dois dias. No terceiro, ela aparatou onde ele costumava se esconder do mundo. Era numa montanha alta, gelada, de paisagem extremamente melancólica. 

À beira do penhasco, estava ele, parado, com a camisa negra dobrada aos cotovelos, as mãos enfiadas nos bolsos da calça. Fitava o próprio vazio no horizonte, ouvindo o silêncio, sentindo as dores de suas marcas. 

— Por que sempre fica tão na beirada? — ela perguntou, de longe. 

— Pelo mesmo motivo que você sempre vem atrás de mim. 

Ambos buscavam vida. 

No caso, a vida buscava Draco.