O primeiro girassol de Sistina escrita por Chibimancer


Capítulo 1
O primeiro girassol


Notas iniciais do capítulo

E depois de muita sofrência, finalmente uma fanfic de Grancrest Senki! É pra glorificar de pé minha gente!
Brincadeiras a parte, eu usei esse desafio para finalmente escrever uma fanfic do anime, coisa que eu já estou tentando fazer a um certo tempo.
Eu meio que escolhi o girassol porque um dos significados dele é renovação... algo apropriado pro contexto.

Espero que gostem~
Sem mais delongas, boa leitura a todos!
Ana/Chibi~



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Uma guerra fria. E depois uma guerra explícita. O continente inteiro mergulhado no caos do conflito entre a União e a Aliança. Até mesmo aquele cantinho esquecido do continente.

A ilha de Sistina, considerada um fim de mundo, uma ilha de território demoníaco, fama advinda de um governo de um lorde tirano, que não dava a mínima para seu povo.

E frente à tirania, chega um ponto que aqueles não mais aguentam levantam-se e tentam fazer algo. Rebeldes, dizem as autoridades. Traidores, dizem aqueles que se aliam à lordes tiranos tentando se proteger a qualquer custo. Tolos, dizem aqueles que não tem mais esperança de tentar mudar as coisas. Heróis, diz a história, depois que tudo muda após muita luta e sofrimento.

E quando um jovem amargurado com a traição de seus conterrâneos deixou Sistina, mudar o mundo inteiro não era sequer um sonho. Com um brasão pequeno de leve brilho azulado, ideais problemáticos e uma ambição de mudar sua terra natal para melhor, tudo o que Theo queria era poder suficiente para poder livrar Sistina de seus governantes tiranos.

Só que o destino tinha outros planos e fez com que o jovem lorde encontrasse a maga mais ambiciosa do continente. E ela simplesmente resolveu que ele a ajudaria a revolucionar o mundo todo. Uma ideia insana, que de alguma maneira ela faria se tornar realidade.

E veio a guerra, com os dois lá no meio. Pouco a pouco conquistando aliados, como dentes-de-leão ao vento. E junto com vitórias, vieram as derrotas e as perdas.

(Num futuro, muitos diriam que cada buquê de não-me-esqueças plantado nos jardins do castelo de Sistina era em honra de um aliado próximo que havia caído no caminho).

Sistina havia sido palco de batalhas naquela guerra também. O povo, cansado da opressão do lorde, ergueu-se e lutou. Lutou não por um governante ou por uma pessoa. Mas por si mesmo, por sua liberdade, por sua terra. Lutou sob o brasão do “patriota”, por tudo o que acreditava.

E lá no fronte da batalha, estava o jovem lorde e a maga, liderando o povo com o brasão e uma promessa de renovo tão aguardada como a primavera após o longo inverno.

E veio o fim da guerra, veio o fim da era do Caos. Veio, enfim, o Grancrest com seu brilho, restaurando o que havia sido corrompido, destruído e tomado pelo caos.

Pela primeira vez em décadas, Sistina foi iluminada pela luz límpida do sol. E não apenas a região da cidade considerada como capital da ilha. As florestas demoníacas, as vilas nas regiões de puro caos... tudo foi restaurado.

E na pequena vila onde a primeira batalha da libertação da ilha ocorreu, bem no centro daquele lugar que havia sido maltratado, esquecido e de onde havia se levantado o libertador, floresceu uma promessa de renovo.

E o primeiro girassol de Sistina abriu suas pétalas assim que a luz do Grancrest tocou o local.

Perdidos, sem palavras, o povo chorava de alegria. Quando lutaram por sua liberdade, apenas esperavam que a ilha mudasse de mãos e nada mudasse. O amarelo vibrante daquelas pétalas singelas era uma prova de uma promessa de mudança real.

E quando o lorde retornou, junto com sua esposa, a festa tomou conta da ilha. O lorde que havia surgido ali, no meio do caos. Que lutou até se tornar imperador e mudou, ou melhor, revolucionou o mundo, dando fim à era do caos com o Grancrest.

—--//---

Retornar ao local que havia sido a virada na guerra era uma experiência um pouco estranha para Siluca. Depois de dois anos em Eramu, consertando a política continental na posição de imperatriz, finalmente eles haviam conquistado a liberdade que queriam, a vida tranquila que tanto desejavam.

A cerimônia do Grancrest havia sido algo que entrou para a história. Theo havia passado adiante a posição de imperador (que era uma posição que ele, aliás, nunca quis) e agora os dois retornavam a Sistina.

Siluca não estava preparada para o cenário que a aguardava. Sistina estava completamente mudada. O ar demoníaco, pesado, não estava mais lá. Flores coloridas em tons fortes de vermelho, amarelo, rosa e vários outros tomavam conta do porto e arredores. Mas o mais notável eram os girassóis que podiam ser vistos por todos os lados.

A (ex)maga virou-se para Theo, se deparando com a expressão de choque no rosto do lorde. Delicadamente, ela o chamou.

— Theo...?

Ele respirou fundo, saindo momentaneamente do estado de surpresa em que estava.

— Eu... Eu nunca tinha visto tanta cor em Sistina antes. — A expressão no rosto dele se suavizou — Pelo menos, não cores tão vibrantes e por todos os lados.

— E não seria isso um bom sinal? — Siluca perguntou com um tom que Theo já sabia muito bem o que viria depois.

— Você não acha que já maquinou planos demais não? — Ele questionou, já sabendo que aquela discussão iria a lugar nenhum.

As sobrancelhas erguidas e o brilho no olhar de Siluca apenas confirmavam a suspeita que passava pela mente de Theo.

— Vai me dizer que não é grato pelos meus planos geniais?

— Você sabe que não foi isso que eu quis dizer... — Theo suspirou fundo, resignado, antes de continuar — Mas depois de uma guerra, de incrivelmente conseguir acabar de vez com caos, acho que nós merecemos um descanso. E um pouco de sossego.

— Então... nada de planos mirabolantes?

— Sem planos mirabolantes... por enquanto.

E nesse exato momento, Theo puxou Siluca consigo e os dois começaram o percurso para o local que chamariam de lar nos próximos anos.

Por todos os lados, inúmeras flores desabrochavam na beira da estrada, em uma explosão de cores magnífica.

Por onde o casal passava, os dentes-de-leão se espalhavam, refletindo o espírito de renovo e alegria do recomeço que acompanhava os dois.

No horizonte, uma singela vila na região montanhosa da ilha seguia sua rotina. E quanto mais o lorde e a (ex)maga se aproximavam do local, mais o amarelo dos girassóis tomava conta da visão deles.

O amarelo dos girassóis que lá no passado eram tidos como promessa de mudança, de renovo, de um futuro esperado.

Os girassóis de histórias da infância, contadas no meio do povo, trazendo pingos de esperança para o povo que sofria no meio do caos no passado.

Sorrisos sinceros e radiantes adornaram os rostos dos jovens que revolucionaram o mundo.

E ali, junto aos primeiros girassóis que floresceram com o brilho do Grancrest, Sistina deu seu primeiro passo após a promessa. O primeiro passo para seu futuro.


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