The Life Of Lia: SPN escrita por CandyStorm


Capítulo 6
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Notas iniciais do capítulo

Oiiie hunter! Capítulo com gostinho de nostalgia!

Boa leitura!



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Narradora On

ㅡ Está bem. Estive navegando pela internet. Achei candidatos para o próximo trabalho. - dizia Dean olhando para o notebook tomando um café, Lia está sentada na cadeira ao seu lado da mesa, também tomando um café.

ㅡ Uma traineira na costa da Califórnia? - Lia leu o que estava no notebook e olhou para Dean levantando uma sobrancelha.

ㅡ A tripulação sumiu. E houve mutilação de gado a oeste do Texas.- Dean justificou e olhou para Sam, vendo que ele estava concentrado no desenho que estava fazendo em um caderno pequeno. - Ei! - Dean chamou a atenção dele.

ㅡ Estou ouvindo. Continuem. - Ele disse sem olhar nem por um segundo para Dean e Lia.

ㅡ E aqui, um cara de Sacramento deu um tiro na cabeça. Três vezes. - Dean fez três com os dedos em direção a Sam mas ele nem olhava. ㅡ Alguma dessas coisas fazem vocês se arrepiarem?

ㅡ Espere. Já vi isto. - Sam disse olhando seu desenho.

ㅡ O que? - Dean e Natália perguntaram. Sam se levantou e pegou o diário de John de dentro da mochila e pegou uma foto de dentro do diário. Uma foto de John, Mary, Dean e Sammy bebê na frente da casa antiga deles.

ㅡ O que está fazendo? ㅡ Dean perguntou, Lia apenas olha com atenção.

ㅡ Dean, eu sei para onde temos que ir. - Sam.

ㅡ Onde?

ㅡ De volta para casa. Para Kansas. - Sam falou pausadamente.

ㅡ Certo, "do nada". De onde venho isso?

ㅡ Esta foto foi tirada na frente de nossa casa velha, certo? A casa onde a mamãe morreu? - Sam colocou a foto na mesa e se sentou na cadeira ao lado de Lia.

ㅡ É. ㅡ Dean confirmou.

ㅡ Nem tudo queimou. Foi reconstruída, certo? - Sam perguntou.

ㅡ Acho que sim. ㅡ Dean disse confuso.

ㅡ Sim foi, me lembro que John disse ter vendido a casa, estava reformada. - Lia se pronunciou.

ㅡ Ok, de que está falando Sammy?

ㅡ Ok, vai parecer loucura mas as pessoas que moram na nossa casa podem estar em perigo.

ㅡ Porque diz isso? - Dean e Lia perguntaram quase no mesmo tempo.

ㅡ Apenas...olhe, apenas... Precisa confiar em mim, está bem? - Sam se levantou para arrumar sua mochila.

ㅡ Opa, opa. Confiar em você? - Dean levantou também.

ㅡ É. - Sam apenas confirmou, sem olhar o irmão mais velho.

ㅡ Precisa me dar mais do que isso.

ㅡ Não posso explicar, é só isso. - Sam falou. Lia sentia que isso tinha a ver com os sonhos de Sam. Noite passada, ele acordou na madrugada com a respiração pesada, e Lia acabou acordando, ela perguntou se ele estava bem, e ele apenas afirmou e não disse mais nada.

ㅡ Dane-se. Não vou a lugar nenhum até que me explique. - Dean falou um pouco mais alto que antes. Sam parou de arrumar a mochila e olhou Dean e bufou.

ㅡ Tenho uns pesadelos. - bingo pensou Lia.

ㅡ Nós notamos ㅡ Dean.

ㅡ Às vezes tornam-se realidade.

ㅡ Como?

ㅡ Ouça, Dean... sonhei com a morte de Jéssica dias antes de ela morrer.

ㅡ As pessoas tem sonhos estranhos. Deve ter sido coincidência. ㅡ Dean sentou-se na cama.

ㅡ Sonhei com o sangue, ela no teto, o fogo. Não fiz nada, porque não acreditei. Agora sonho com aquela árvore, nossa casa, e uma mulher gritando por socorro. Foi ai que tudo começou. Tem de significar algo. Certo? ㅡ Sam estava até que calmo, parecia começar a aceitar o que estava acontecendo.

ㅡ Não sei. - Dean

ㅡ Como assim, não sabe? Esta mulher pode estar em perigo. Isso pode ter matado mamãe. - Lia olhou Sam e depois abaixou a cabeça. Lia sabia que não.

ㅡ Certo, vá devagar, está bem? Primeiro, diz que sentiu esses lances... então, diz que preciso voltar para casa. Principalmente, quando... - Dean parou de falar, perceberam que ele não estava bem.

ㅡ Quando o que? - Sam.

ㅡ Quando jurei a mim mesmo que jamais voltaria.

ㅡ Olhe...Dean precisamos investigar isso. Só para ter certeza. - Natália falou, se levantando e colocando a mão em seu ombro, tentando tranquiliza-lo

ㅡ Sei que precisamos. - Dean olha a mão da morena em seu ombro e suspira.

[...]

Dean, Sam e Lia pegaram a estrada e foram para Kansas. Dean estacionou o carro em frente à casa.

ㅡ Vai ficar bem, cara? - Sammy.

ㅡ Pergunte daqui a pouco. - eles saíram do carro, atravessaram a rua, e bateram na porta da casa antiga.

ㅡ Sim? - Perguntou uma mulher loira, olhando atentamente para os três à sua frente.

ㅡ Lamento incomodar a senhora. Somos do... - Dean ia falando mas Sam o interrompeu.

ㅡ Sou Sam Winchester, esse é o Dean meu irmão. E essa é nossa prima Natália. Nós dois morávamos aqui. Sabe estamos de passagem... e queríamos saber se podemos entrar e ver a casa. - Dean olhou o irmão de relance.

ㅡ Winchester, sim. Acho que encontrei fotos de vocês outra noite. - Ela disse dando um sorriso.

ㅡ Encontrou? - Dean franziu o cenho.

ㅡ Certo, entrem. - Ela pensou um pouco antes de falar e dar passagem para eles passarem para dentro da casa. Eles foram para a cozinha, onde tinha uma garotinha loira na mesa e um menino dentro do chiqueirinho de bebê.

ㅡ Suco. Suco. Suco. - o menino repetia várias vezes enquanto pulava.

ㅡ Aquele é Richie. É viciado em suco. Ao menos ele não terá escorbuto.- ela entregou um copo de suco para o menino. - Sari, aquela é Natália, e Sam e Dean eles moraram nesta casa. - a menina olhou com um sorriso e apenas disse:

ㅡ Oi.

ㅡ Oi Sari. - Lia deu um sorriso para ela, Sam sorriu amigável e Dean deu um aceno com a mão.

ㅡ Mudou-se a pouco tempo? - Dean.

ㅡ Sim, de Wichita.

ㅡ Tem família aqui? - Dean perguntou novamente.

ㅡ Não, eu só...precisava recomeçar a vida, só isso. Cidade nova, emprego novo. Quero dizer, assim que achar um. Casa nova

ㅡ E esta gostando? - Sam perguntou.

ㅡ Com todo o respeito a casa onde passaram a infância... quero dizer, sei que devem ter lembranças boas daqui. - Dean levantou a sobrancelha e deu um sorriso de lado, ele havia lembrado da morte de Mary. ㅡ Mas este lugar tem vários problemas.

ㅡ O que quer dizer? - Lia perguntou.

ㅡ A casa está ficando velha. A fiação, sabe? As luzes piscam, de hora em hora.

ㅡ É uma pena. O que mais? - Dean.

ㅡ A pia esta entupida. Há ratos no porão. Sinto muito, não estou reclamando.

ㅡ Não. Viu os ratos, ou só ouviu os rangidos?

ㅡ Só os rangidos, na verdade. - Ela respondeu.

ㅡ Mãe? - Ela se aproximou de Sari. ㅡ Pergunte se era igual quando moravam aqui.

ㅡ O que Sari? - Sam.

ㅡ O lance de meu armário.

ㅡ Ah, não, querida. Não havia nada no armário deles. Certo?

ㅡ Certo. Não, claro que não. - Sam forçou um sorriso.

ㅡ Ela teve um pesadelo.

ㅡ Eu não estava sonhando. Aquilo entrou no meu quarto e estava pegando fogo. - Sari falou, e os três caçadores se entreolharam. Logo depois se despediram da família e saíram da casa.

ㅡ Ouviu aquilo? Alguém pegando fogo. - Sam disse para o irmão.

ㅡ A mulher de seu sonho era igual a ela? - Lia perguntou.

ㅡ Sim. Ela falou de rangidos e de luzes piscando. - Sam olhou Natália.

ㅡ Sinais de espíritos malignos. ㅡ os dois confirmaram com a cabeça, um para o outro.

ㅡ Só estou com medo de que suas visões estejam se manifestando. ㅡ Dean disse, eles atravessam a rua até o carro.

ㅡ Esqueça isso um instante. O lance da casa...acha que matou mamãe? - Sam perguntou, Natália engoliu em seco, ela não achava que aquilo que estava na casa era a mesma coisa que viu antes a cinco anos atrás.

ㅡ Não sei. - Dean.

ㅡ Está de volta? Esteve lá o tempo todo? ㅡ Sammy parecia desesperado por respostas.

ㅡ Ou é algo diferente? - Dean.

ㅡ Aquelas pessoas estão em perigo, Dean. Precisamos tirá-las de lá.- Sam suplicava.

ㅡ Vamos tirar.

ㅡ Agora.

ㅡ Como vai fazer isso? Tem uma boa história? - Dean.

ㅡ O que devemos fazer? - Lia perguntou.

[...]

Eles estacionaram o carro em um posto de gasolina, se encostaram no carro para conversar.

ㅡ Precisamos pensar, só isso. Se esse fosse outro tipo de trabalho, o que faríamos? - Dean perguntou.

ㅡ Veríamos com que estamos lidando. Investigaríamos a história da casa. - Natália respondeu.

ㅡ Mas já sabemos o que houve. - Dean falou e Lia apenas concordou.

ㅡ É, mas quanto sabemos? De quantas coisas você se lembra? - Sam perguntou para Dean.

ㅡ Daquela noite? - Dean arqueou a sobrancelha.

ㅡ É.

ㅡ Não muito. Lembro-me do fogo. Do calor... Então, carreguei você pela porta da frente. ㅡ Dean disse, ele estava desconfortável.

ㅡ Carregou? ㅡ Sam perguntou.

ㅡ Sim. ㅡ Dean respondeu.

ㅡ Você não sabia, Sam? ㅡ Natália perguntou. Ela pensou em cada palavra que Dean disse, e ela chegou ao resultado de que Dean e nem Sam sabia de quase nada, ela sentia que sabia de muito mais que eles dois juntos. John contou a ela, mas aos filhos não. E ainda queria omitir tantas outras informações sobre o caso. Por quê?

ㅡ Não. - Sam franziu a testa.

ㅡ Mamãe estava... estava no teto. O que a colocou lá havia sumido, quando papai a encontrou.

ㅡ Ele nunca teve ideia do que foi?- Sam.

ㅡ Se tinha, nunca disse nada. Deus sabe que perguntamos várias vezes. ㅡ Dean olhou para Lia, que estava ao seu lado, encostada no carro. Ela estava pensativa, ele percebeu, ele sabia que naquela cabecinha ela pensava muitas coisas ao mesmo tempo, assim como sabia que ela tinha algo para falar. Mas não podia, por algum motivo.

ㅡ Está bem. Se formos investigar o que está acontecendo... precisamos saber o que houve no passado e ver se é a mesma coisa .- Sam.

ㅡ Sim. Falar com amigos e vizinhos de papai. Gente que estava lá, na época. - Dean.

ㅡ Isto parece uma outra investigação qualquer? ㅡ Natália perguntou. Dean demorou para falar algo, ele engoliu em seco, e disse:

ㅡ Já volto. Preciso ir ao banheiro.

[...]

Depois de terem encontrado um amigo de John, dono de uma mecânica ele disse que John estava estranho depois da morte de Mary, tão estranho que se encontrou com um quiromante. Dean, Sam e Lia acharam Missouri uma vidente, e algo dizia á Dean que ela saberia o que dizer.

Os três estavam em uma sala de espera, perto de uma escada de madeira e no final da escada tinha uma porta de vidro, que logo se abriu saindo de lá um homem alto e negro, atrás dele estava uma mulher negra, cabelos curtos parecia ter olhos de sabedoria. Era Missouri a vidente.

ㅡ Não se preocupe com nada, sua esposa é louca por você. - Missouri levou o homem até a porta de saída.

ㅡ Bem, obrigada. - E saiu. Missouri fechou a porta e olhou para os três sentados á olhando curiosos.

ㅡ Pobre infeliz, a esposa o está traindo com o jardineiro. - Disse indo para a porta de onde tinha saído antes.

ㅡ Por que não falou para ele? - Dean se levantou questionando.

ㅡ Ninguém quer ouvir a verdade. As pessoas vêm para ouvir coisas boas. Lia, Sam e Dean, andem logo, não tenho o dia todo.

Dean e Lia se entre olharam surpresos, e os três seguiram Missouri para o outro cômodo, onde tinha um sofá e uma poltrona na frente e uma mesinha de centro no meio. Missouri parou de pé na frente dos três para analisá-los.

ㅡ Ora, deixe-me olhar para vocês. Ficaram muito bonitos. E você tinha um ar muito pateta. - Missouri apontou para Dean. ㅡ Natália, como você é linda, uma mulher... - assim que Missouri encostou na mão de Lia, mudou seu rosto para espanto, fazendo Natália ficar com medo.

ㅡ O que houve? - Lia pergunta.

ㅡ Seus pais te amam muito, ainda não é o fim Natália.

ㅡ Como sabe dos meus pais? - Lia não sabia porquê do " ainda não é o fim", isso assustou muito ela.

ㅡ Você pensa muito nisso. - Missouri foi até Sam e encostou na mão dele também.

ㅡ Sam. Óh querido, lamento por sua namorada. E seu pai, ele sumiu?

ㅡ Como sabia disso tudo? - Sam perguntou não entendendo.

ㅡ Bem... estava pensando em tudo isso agora.

ㅡ Onde ele está? Ele está bem? - Dean perguntava, mostrando sua ansiedade.

ㅡ Não sei. - Missouri respondeu e Dean franziu a testa.

ㅡ Não sabe? Deveria ser uma vidente, certo? - Dean perguntou.

ㅡ Rapaz, está me vendo serrar uma vagabunda ao meio? Acha que sou mágica? Leio pensamentos e sinto energias mas não extraio fatos do ar. Sentem por favor. - Lia e Sam seguraram o riso por conta da cara do Dean depois desse belo corte.

Assim que se sentaram no sofá Missouri gritou com Dean:

ㅡ Se puser os pés na mesa de centro, eu lhe bato. - Novamente Lia e Sam tentaram segurar as risadas mas dessa vez não resistiram.

ㅡ Não fiz nada. - Dean protestou.

ㅡ Estava pensando em fazer.

ㅡ Certo, então, nosso pai... Como conheceu ele? - Sam começou.

ㅡ Ele veio fazer uma leitura. Poucos dias depois do incêndio. Eu disse para ele o que realmente estava lá, no escuro. Pode-se dizer que abri a cortina para ele. - Missouri.

ㅡ E o incêndio? Sabe o que matou nossa mãe? - Dean perguntou.

ㅡ Um pouco. Seu pai me levou até a casa. Esperava que eu sentisse os ecos, as digitais dessa coisa.

ㅡ E sentiu? - Natália perguntou.

ㅡ Eu não... 

ㅡ O que era? - Sam interrompeu.

ㅡ Eu não sei. Mas era algo mal.

Eles disseram que algo estava acontecendo novamente na casa e esperavam encontrar mais respostas com ela.

ㅡ Então, acham que há algo na casa? - Missouri.

ㅡ Com certeza. - Sam.

ㅡ Eu não entendo. Eu não voltei a entrar, mas estou de olho na casa, e está tudo tranquilo. Nenhuma morte súbita, nenhum acidente maluco. Por que estaria se manifestando agora?

ㅡ Eu não sei, mas o sumiço do papai, a morte de Jessica e agora, esta casa... tudo ao mesmo tempo. Parece que algo está acontecendo.

[...]

Os Winchester e a Waldorf levaram Missouri até a casa. Dean bateu na porta e Jeni logo abriu com seu filho no colo.

ㅡ O que fazem aqui? - Jeni perguntou confusa.

ㅡ Hey Jeni, esta é nossa amiga Missouri. - Sam apresentou Missouri para Jeni.

ㅡ Queríamos mostrar a casa para ela, sabe, pelos velhos tempos. - Dean sorriu.

ㅡ Quer saber? Está não é uma boa hora. Estou ocupada.- Jeni já ia fechar a porta quando Dean á interrompeu.

ㅡ Jeni, é importante... - Missouri deu um tapa na cabeça de Dean .

ㅡ Dê um tempo para a moça. Não vê que ela está aborrecida? Deve perdoa-lo, a intenção é boa mas ele não é nada sutil. Mas escute só.

ㅡ O que?

ㅡ É sobre a casa. - Missouri.

ㅡ De que está falando?

ㅡ Acho que sabe do que estou falando. Acha que há algo dentro da casa. Algo que quer machucar sua família. Estou enganada?

ㅡ Quem é você? - Jeni perguntou, ela estava abatida, sem respostas sobre o que estava acontecendo na casa.

ㅡ Somos pessoas que podem ajudar. Que podem impedir essa coisa. Mas terá que confiar em nós.

Jeni deixou eles entrarem, viram vários cômodos da casa até entrarem num quarto azul.

ㅡ Se houver uma energia negativa aqui, este quarto deve ser o centro dela. - Missouri

ㅡ Por quê? - Sam.

ㅡ Seu quarto era aqui, Sam. Foi aqui que tudo começou. - Missouri falou e todos olharam em volta.

Dean ligou seu EMF.

ㅡ É um campo eletromagnético? - Missouri perguntou para Dean.

ㅡ Sim.

ㅡ Amador. Não sei se deveriam ficar decepcionados ou aliviados, mas não foi isso que matou sua mãe.

ㅡ Tem certeza? Como você sabe? - Sam.

ㅡ Não é a mesma energia que senti da última vez que estive aqui. É algo diferente. - Missouri olhou para Lia levantando uma sobrancelha, um tipo de aceno que fez a garota abaixar a cabeça e desviar o olhar.

ㅡ O quê é? - Dean perguntou e Missouri abriu o pequeno closet do quarto.

ㅡ Não é uma coisa. É mais de uma. Há mais de um espírito aqui.

ㅡ Por que estão aqui? - Sam perguntou.

ㅡ Estão aqui por causa do que houve com sua família. Sabe, naquela época, um grande mal o procurou. Perambulava por essa casa. O tipo de mal que deixa feridas. E algumas feridas infeccionam. - Missouri.

ㅡ Eu não entendo. - Sam.

ㅡ Este lugar é um imã de energias paranormais. Atraiu um poltergeist. Um dos bem ruins. E só vai descansar quando Jeni e os filhos estiverem mortos.

ㅡ Disse que havia mais de um espírito. - Natália lembrou.

ㅡ Há sim. Só não consigo sentir o outro.

ㅡ Bem... uma coisa é certa. Ninguém vai morrer nesta casa, nunca mais. Como acabamos com essa coisa? - Dean falou se virando para Missouri.

[...]

ㅡ O que é tudo isso? - Dean perguntou enquanto colocava umas coisas dentro de um pano e fazia alguns saquinhos. ( como aqueles que as bruxas fazem de feitiços.)

ㅡ Raiz de angélica, óleo Van Van, terra de encruzilhada. E outras coisinhas. - Missouri respondeu.

ㅡ O que vamos fazer com elas? - Lia perguntou se sentando na mesa com Dean para ajudar.

ㅡ Vamos por dentro das paredes. Nos cantos norte, sul, leste e oeste, em todos os andares.

ㅡ Vamos fazer buracos no estuque, Jeni vai adorar. - Dean riu.

ㅡ Ela sobreviverá. - Missouri.

ㅡ Isso vai destruir os espíritos? - Sam perguntou.

ㅡ Deveria. Deve purificar a casa todinha. Mas sejam rápidos. Quando os espíritos virem o que estamos fazendo, as coisas vão ficar feias.

[...]

Missouri mandou Jeni e os filhos saírem para algum lugar enquanto Lia, Sam, Dean e Missouri faziam seu trabalho. Natália ficou no segundo andar da casa, Dean ficou no primeiro na cozinha e Sam na sala, Missouri foi para o porão.

Enquanto Missouri colocava o saquinho dentro da parede uma cômoda de madeira foi lançada contra ela fazendo ela ficar presa contra a parede. No andar de cima, Dean já havia aberto um buraco na parede da cozinha e iria por o saquinho, mas ouviu um barulho atrás de si. E uma faca foi lançada em direção à sua cabeça, mas ele se abaixou antes, e pegou a mesa de madeira fazendo de escudo no chão e várias facas foram lançadas contra a mesa, quase atravessando. Na sala onde Sam estava abrindo um buraco quando foi atacado por cabos de tv que começaram a enforcar ele. Mas Dean aparece e o ajuda, coloca o saquinho dentro do buraco e cortar o fio que enforcava Sam. Os dois ouviram um barulho no andar de cima e Dean foi o primeiro a sair correndo atrás de Lia. Quando chegaram no quarto de Jeni viram Lia no chão com uma corda em volta do corpo dela parecendo apertar cada vez mais, e um fio de tv enforcando o pescoço de Lia que não conseguia respirar direito, ela já estava roxa.

ㅡ Natália! - Dean gritou e foi até ela, tentava tirar os cordas e o fio, mas estava muito preso. Sam chegou logo atrás e procurou o saquinho, mas quando pegou ele do chão um abajur foi lançado contra ele fazendo ele cair no chão. Dean olhou para a situação e sem pensar mais de uma vez, correu e pegou o saquinho e colocou no buraco. Uma luz muito forte apareceu na casa inteira, mas logo sumiu.

Lia voltou a respirar e Dean foi ajudar ela, tirando as cordas e o fio da volta do pescoço.

ㅡ Você está bem? - Dean falou pegando no rosto de Lia que estava deitada com os olhos fechados respirando muito rápido. Ela abriu os olhos com algumas lágrimas e assentiu, pois não conseguia responder com palavras. Ainda estava com muita falta de oxigênio. Dean abraçou ela com muita preocupação. Logo Sam levanta e olha para Dean e faz positivo com a cabeça, afirmando que o caso parecia ter terminado.

[...]

Eles estavam na cozinha da casa, Lia sentada com a mão no pescoço e com o pensamento longe, concentrada em um ponto fixo da parede branca.

ㅡ Tem certeza que acabou? - Sam perguntou.

ㅡ Sim. Porque a dúvida? - Missouri.

ㅡ Por nada. - Sam respondeu.

ㅡ Olá? - Jeni ligou a luz entrando na casa. - Chegamos. - Jeni abriu um Ô com a boca olhando o estado da cozinha. - O que aconteceu?

ㅡ Oi, desculpe. Pagaremos por tudo isso. - Sam disse e Dean fez uma careta olhando ele.

ㅡ Não se preocupe, Dean vai limpar essa sujeira. - dessa fez Dean olhou para Missouri com cara de confuso. - O que está esperando rapaz? Pegue o rodo. E não me xingue.

Depois de Dean arrumar a casa com ajuda de Sam e Lia, eles foram embora. Sam ainda não estava conformado de que o caso foi encerrado de verdade. Algo dizia a ele que ainda não acabou. Mas agora, quem vai contar é a Lia...

Natália Waldorf On

Sam insistiu de passarmos o resto da noite vigiando a casa de dentro do carro, pois ainda não estava satisfeito que é o fim do caso. Então estávamos nós três na frente da casa acomodados no impala. Meus pensamentos estão focados no que Missouri disse sobre mim, que ainda não é o fim, ela se referia ao amor da minha família?

ㅡ Por que ainda estamos aqui? - Dean.

ㅡ Não sei. Eu só... Ainda estou com um pressentimento ruim.

ㅡ Por quê? Missouri fez todo o lance de Zelda Rubinstein. Deveria ter acabado tudo. - Dean questionou.

ㅡ Sam está certo Dean. Tinha dois espíritos na casa e se o poltergeist se foi e o outro espírito não? É melhor prevenir. - me pronunciei, saindo de meus pensamentos para defender a lógica de Sam, minha voz ainda estava rouca e falha por conta do poltergeist ter quase me matado enforcada.

ㅡ Mas eu já poderia estar dormindo agora. - Dean deitou a cabeça para trás no banco.

ㅡ Dean! Lia! - Sam nos chamou e eu olhei para a casa e pude ver Jeni na janela pedindo socorro. 

Nós logo saímos do carro batendo a porta.

ㅡ Peguem as crianças, eu vou pegar Jeni! - Dean falou enquanto corremos em direção á casa.

Eu fui para o quarto de Sari e Sam para o quarto de Richie. Quando cheguei lá vi Sri na cama olhando para a imagem de um corpo em chamas, quando ela me viu gritou por socorro. Eu entrei no quarto e peguei ela no colo, o espírito não fez nada, então sai correndo e me encontrei com Sam com Richie no colo, quando descemos as escadas Sam me chamou.

ㅡ Leve eles pra fora. - e me deu o Richie.

ㅡ O que pensa que está fazendo Sam! Vamos! - falei quase ordenando. Mas sem tempo algum Sam foi puxado pelos pés para outro cômodo então sai correndo com as crianças no colo para fora da casa.

ㅡ Sari, Richie! Estão bem? - Entreguei eles para Jeni assim que saí da casa.

ㅡ Lia, onde está o Sam? - Dean me perguntou.

ㅡ Vamos! Ele foi puxado pelo espírito! - Corri na frente de Dean. Mas antes de chegar na casa a porta se fecha.

Eu e Dean pegamos algumas armas no carro, com balas de Sal. Tentamos empurrar a porta mas nada adiantava, então Dean pegou um machado e aos poucos quebrou a porta. Entramos e fomos até a sala, onde vimos aquele espírito de fogo. Eu olhava o espírito mas não tive coragem de levantar a arma e atirar. Dean levantou a arma mas Sam que estava preso na parede, impediu Dean.

ㅡ Não! Não! - Sam.

ㅡ O quê? Por quê? - Dean perguntou ainda com a arma apontada.

ㅡ Por quê eu sem quem é. Posso vê-la.

Então aquele espírito se transformou. Em uma mulher loira, muito linda, tinha os mesmos olhos que Dean e também tinha a aparência muito semelhante ao Sam. Ela nos olhou, primeiro Sam, depois Dean e por último em mim. Dean abaixou a arma aos poucos, olhava a mulher com muita atenção.

ㅡ Mãe? - Dean disse. Ela se aproximou dele e sorriu.

ㅡ Dean. - Ela falou, olhou para mim que estava ao lado dele. - Natália. - Ela disse o meu nome, e depois foi até Sam. - Sam. Me desculpe.

ㅡ Por quê? - Sam derruba uma lágrima.

Mary apenas se virou andou alguns passos olhou para cima e disse:

ㅡ Saia da minha casa. E solte meu filho. - Então ela voltou a ficar em chamas e sumiu.

Sam pode se soltar da parede, eles olhavam para os cantos, principalmente Dean. 

ㅡ Agora acabou. - Sam diz.

Acabou naquele momento, mas minha mente tentava processar tudo. Como Mary Winchester teria me reconhecido? 

[...]

 

 

 


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Notas finais do capítulo

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