The Life Of Lia: SPN escrita por CandyStorm


Capítulo 5
1x5 Skin


Notas iniciais do capítulo

Oioioi

Analisei esse cap e eu achei bem fofo, leia e me diz se também acharam kkk

Boa leitura xuxus



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/794079/chapter/5

Narradora On

ㅡ Certo. Chegamos a Tucumcari para almoçar, seguimos para o sul... – Dean parou o carro em um posto de gasolina - Depois, Bisbee, á meia-noite… - Dean notou que o irmão e nem Lia estavam prestando atenção no que ele dizia. - Sam usa as calcinhas da Lia. – provocou, a garota nem ligou pois estava jogando no celular e Sam não fez questão de tirar os olhos de seu celular também.

ㅡ Estou ouvindo. Só estou ocupado. – Sam disse quando ouviu o irmão.

ㅡ Fazendo o quê?

ㅡ Lendo e-mails.

ㅡ E-mails de quem? – Dean saiu do carro para abastecer.

ㅡ Dos meus amigos, em Stanford.

ㅡ Está brincando. Ainda tem contato com os colegas da faculdade?

ㅡ Por que não? – Sam perguntou franzindo a testa.

ㅡ Bem... O que, exatamente, conta a eles? Sabe? Sobre onde esteve, o que tem feito. – Dean bateu na janela onde Lia estava com a cabeça encostada e ela o mostrou o dedo do meio, sem tirar os olhos do celular. Dean apenas riu baixo.

ㅡ Conto que estou viajando com meu irmão mais velho. Digo que eu precisava dar um tempo, depois de Jess. – Sam olhou para Dean pela janela do carro.

ㅡ Então mente para eles?

ㅡ Não, só não conto tudo.

ㅡ É, isso se chama mentir. – Dean disse.

ㅡ Não, isso se chama omitir. – Lia falou guardando seu celular no bolso da jaqueta e tentou abrir a porta de trás onde Dean estava encostado. – Com licença seu idiota! – Lia empurrou a porta com força, fazendo Dean sair da frente.

ㅡ Pode passar cavala. – Dean falou, mas Lia ignorou e entrou em uma loja do posto.

ㅡ Só eu achei a Lia meio estranha nesses últimos dias? Desde o caso do Jerry. – Sam falou, voltando sua atenção para o celular.

ㅡ Não, ela é assim mesmo, explosiva, agressiva e uma maluca. – Dean falou enquanto olhava a menina pelo vidro da loja, ela estava com o rosto sério, mas logo abriu um sorriso pegando algo da prateleira da loja. Dean sorriu ao ver o quanto ela mudava de humor tão rápido, era encantador às vezes.

ㅡ Não é disso que estou falando. – Sam revirou os olhos e olhou para Dean.

ㅡ Ela está bem, cara. Ela é mulher, tem seus dias de TPM, mas os da Lia parecem piores.

ㅡ Você é muito idiota, é por isso que ela vive te agredindo.

ㅡ Ela me ama, se não fosse por mim ela não saberia nem usar uma arma.

ㅡ Há, cala a boca. – Sam balançou a cabeça, voltando sua atenção para o celular. Ele mudou sua expressão com uma de confuso e espantado.

ㅡ O que ouve? – Dean perguntou.

ㅡ Este e-mail, de Rebecca Warren, uma de minhas amigas.

ㅡ Ela é gostosa? – Dean colocou a cabeça para dentro da janela para ver o celular de Sam.

ㅡ Estudei com ela e o irmão, Zach. Ela diz que Zach foi acusado de assassinato. Preso por matar a namorada. Rebecca diz que não foi ele...mas parece que a polícia tem uma acusação bem montada.

ㅡ Cara, com que tipo de gente você andava?

ㅡ Não, eu conheço Zach. Não é assassino. – Sam estava convencido disso.

ㅡ Bem, talvez você conheça Zach tanto quanto ele conhece você.

ㅡ Eles estão em St. Louis. Vamos.

ㅡ Ouça, lamento por seu amigo, está bem? Mas isto não parece ser nosso tipo de problema.

ㅡ É sim. São meus amigos. – Sam insistiu.

ㅡ St. Louis fica a 650 km, Sam.

ㅡ O que tem em St. Louis? – Natália apareceu atrás de Dean com um pacote de jujubas.

ㅡ Meu amigo Zach foi preso acusado de matar a namorada, mas a irmã dele diz que ele é inocente. Preciso visitar Rebecca. – Sam fez sua famosa carinha de cachorrinho abandonado que Lia se derrete.

ㅡ Vamos então. – Lia deu de ombros.

ㅡ Sua opinião não conta! – Dean falou.

ㅡ Eu prefiro ir a St. Louis do que chegar a meia noite em Bisbee!

Depois disso, Sam e Lia ganharam, e Dean dirigiu até St. Louis, escutando um bom rock, Sam jogando no celular e Lia comendo jujubas.

[...]

ㅡ Meu Deus! Sam. – Rebecca falou quando abriu a porta e se deparou com Sam, atrás dele estava Dean e Lia.

ㅡ Ora, se não é a pequena Becky. – Sam disse com um sorriso enorme no rosto.

ㅡ Sabe o que fazer com essa besteira de “pequena Becky”. – Ela disse e eles se abraçaram.

ㅡ Recebi seu e-mail. – Sam falou.

ㅡ Não pensei que você viria.

ㅡ Dean. Irmão mais velho. – Dean foi na frente e a cumprimentou.

ㅡ Natália, uma amiga. – Lia também a cumprimentou.

ㅡ Oi – Rebecca disse simplesmente.

ㅡ Viemos ajudar. O que pudermos fazer. – Sam disse.

ㅡ Entrem. – Ela fez sinal para que a seguissem para dentro da casa.

ㅡ Casa bonita. – Dean falou.

ㅡ É de meus pais. Eu estava passando o fim de semana aqui, quando tudo aconteceu. Resolvi trancar este semestre. Vou ficar até Zach ser liberado.

ㅡ Onde estão seus pais?

ㅡ Moram em Paris, metade do ano. Estão vindo para casa, para o julgamento. Vocês querem uma cerveja? – Rebecca perguntou assim que chegaram na cozinha.

ㅡ Ei... – Dean ia falar que queria, mas Sam e Lia o interromperam.

ㅡ Não obrigada. – Sam e Lia, disseram a o mesmo tempo.

ㅡ Conte-nos o que aconteceu.

ㅡ Bem, Zach voltou para casa e achou Emily amarrada a uma cadeira. Ela fora espancada, sangrava e não estava respirando. Então... Ele chamou uma ambulância e a polícia. Eles chegaram e... prenderam ele. Mas a questão é: Zach só poderia ter matado Emily... se estivesse em dois lugares ao mesmo tempo.

Dean, Lia e Sam se entre olharam, Lia já viu que isso era estranho o suficiente para ser o tipo de caso deles.

ㅡ A polícia tem imagens da câmera de segurança da rua, em frente a casa. E a fita mostra Zach chegando em casa às 22h30. Emily foi morta logo depois. Mas, eu juro,  ele ficou aqui, bebendo comigo, até a meia-noite, no mínimo. – Rebecca já estava quase derramando lágrimas.

ㅡ Talvez pudéssemos ver a cena do crime. A casa de Zach. – Sam falou para Rebecca.

ㅡ Poderíamos. – Dean falou, mas Lia viu que ele não estava achando isso um caso de verdade. Ele ainda tinha suas dúvidas.

ㅡ Mas por quê? O que poderiam fazer? – Rebecca perguntou.

ㅡ Bem, eu, não muito. Mas Dean e Lia são policiais. – Lia fingiu um sorriso e Dean deu uma risadinha.

ㅡ Para falar a verdade, detetives. – Dean disse.

ㅡ Sério? Onde?

ㅡ Bisbee, Arizona. Mas estamos de folga, no momento. – Lia disse antes que Dean falasse alguma coisa.

ㅡ Gente, é tão gentil de vocês, mas eu... Não sei. – Rebecca estava com a voz rouca com sinais de choro. Isso fez Lia lembrar de como era sentir preocupação com sua irmã quando algo acontecia. Já faz tempo, mas Lia ainda pode lembrar do dia em que Molly caiu de bicicleta e quebrou a maioria dos dentes, Lia quem a fez sorrir mesmo com vergonha de mostrar a boca sem dentes.

ㅡ Becky, ouça, sei que Zach não fez isso. Temos que descobrir um jeito de provar que ele é inocente. – Sam falou com aquela carinha de cachorrinho, sendo bem atencioso.

ㅡ Está bem. Vou buscar as chaves. – Ela saiu e Dean começou a falar.

ㅡ Você é bem direto com seus amigos.

ㅡ Zach e Becky precisam de ajuda. – Sam disse.

ㅡ Não é nosso tipo de problema.

ㅡ Dois lugares ao mesmo tempo? Já investigamos por muito menos, Dean! – Natália falou e Dean rolou os olhos. Eles iriam investigar.

[...]

Rebecca foi no banco de trás do impala junto com Sam, e Lia foi na frente com o Dean. A semanas atrás, Natália não parava de pensar em John, ele estava vivo e parecia bem de acordo com a mensagem de voz. Os meninos poderiam achar que ele está sendo perseguido por algo ou caçando algo sem eles. Mas Lia tinha suas dúvidas, ela sabia que a única coisa que John não deixaria eles caçarem é o pior monstro que eles já conheceram. John não poderia ter tomado essa decisão sem eles, principalmente sem ela, que está atrás de vingança por esse ser sobrenatural com toda a fúria desde os 17 anos, por culpa daquele ser ela era órfão.

ㅡ Tem certeza de que não tem problema? – Rebecca perguntou para Dean, assim que eles saíram do carro, em frente a casa de Zach.

ㅡ Sim, somos agentes da lei. – Dean falou. Eles atravessaram a rua e Becky abriu a porta da casa. Lia viu um cachorro do outro lado da cerca, ele não parava de latir, mas não parecia que queria atacar ou fazer mal.

ㅡ Beck, quer esperar aí fora? – Sam perguntou, vendo que a amiga não estava bem em ir até a casa e ver todo aquele sangue espalhado em cada cômodo.

ㅡ Não, quero ajudar. – Ela entrou na casa.

ㅡ Conte-nos o que mais a polícia disse. – Lia falou para Rebecca, enquanto olhava as fotografias da casa, estavam cheias de sangue.

ㅡ Bem, não há sinal de arrombamento. Dizem que Emily deixou o assassino entrar. Os advogados já estão falando em tentar um acordo. - Beck já estava chorando novamente, tudo aquilo a deixava muito mal.

ㅡ Ouça, Beck, se não foi Zach, significa que foi outra pessoa. Tem ideia de quem seja? – Sam perguntou.

ㅡ Houve algo. Mais ou menos uma semana antes, alguém invadiu a casa. Roubaram algumas roupas de Zach. A polícia acha que não é importante. Não estamos tão longe do centro. Às vezes roubam acontecem.

Sam concordou e foi ver os fundos da casa, Dean viu a cozinha e Lia foi até a porta novamente, o cachorro ainda latia muito em direção a eles.

ㅡ Ele era um cão muito amável. – Beck falou.

ㅡ O que houve com ele?

ㅡ Ele mudou.

ㅡ Lembra-se de quando ele mudou? – Lia franziu a testa assim que fez a pergunta.

ㅡ Acho que na época do crime.

ㅡ Hum.. – Lia saiu de perto dela e foi junto com os meninos na cozinha. – O cachorro da vizinha pira bem na época em que a namorada de Zach é morta.

ㅡ Animais sentem a paranormalidade. – Sam falou, concordando com o pensamento de Lia.

ㅡ É talvez Fido tenha visto algo. – Dean fez ironia, mas ele no fundo concordava com o pensamento de Lia e Sam.

ㅡ Então acha que este talvez seja nosso tipo de problema? – Sam perguntou com um sorrisinho.

ㅡ Não, provavelmente, não. Mas vamos ver a fita de segurança, para garantir. – Dean falou, mesmo sabendo que estaria errado.

ㅡ É, claro. – Sam e Lia concordaram dando um risinho.

ㅡ E a fita? As imagens da segurança? Será que seus advogados conseguiram? Não estou na minha jurisdição. – Dean perguntou para Beck.

ㅡ Já consegui, Não queria dizer nada na frente dos policiais. – Dean deu uma risada sobre o comentário dela. – Roubei da escrivaninha do advogado. Eu tinha de ver.

ㅡ Muito bem. – Dean falou.

[...]

Natália Waldorf On

Eu, Dean e Sam, estávamos com Beck na casa dela, para ver a fita de segurança.

ㅡ Aí vem ele. 22h04. Logo depois das dez. Disse que a hora da morte foi por volta de 22h30. – Dean falou, ele estava sentado perto de Beck na poltrona, e eu no sofá, Sam estava em pé com o controle na mão.

ㅡ Nossos advogados contrataram um especialista em vídeo. Ele disse que a fita é autêntica, não foi adulterada.

ㅡ Ei Beck, podemos tomar aquela cerveja agora? – Sam pediu.

ㅡ Claro. – Beck se levantou.

ㅡ E, talvez uns sanduíches, também?

ㅡ Onde pensa que está? Hooters? – Beck fez graça e saiu.

ㅡ Quem dera. O que é? – Dean se levantou e foi até ao lado de Sam, e eu também fui.

ㅡ Dê uma olhada. – Sam voltou um pouco a fita e congelou. Zach estava com os olhos brilhantes por alguns segundos.

ㅡ Talvez seja só um reflexo na câmera. – Dean falou.

ㅡ Não se parece com os que conheço. – Sam disse, e isso me fez lembrar sobre algumas coisas que li em uns livros no ano passado.

ㅡ Muitas culturas acreditam que uma foto pode revelar a alma. Lembram do cão? Talvez ele tenha visto. Talvez seja um duplo de Zach, algo que se parece com ele, mas não é ele de verdade.

ㅡ Como um doppelganger. – Dean disse, e colocou seu braço apoiando nos meus ombros.

ㅡ É. Isso explicaria ele estar em dois lugares ao mesmo tempo. – Sam me deu um sorriso e deu play na fita.

ㅡ Você é um gênio sabia? – Dean me disse.

ㅡ É claro que eu sei, idiota. – Falei apertando sua bochecha, e voltando para sentar no sofá.

[...]

ㅡ Certo. E o que estamos fazendo aqui, às cinco e meia da manhã? – Dean perguntou, assim que eles saíram do carro. Eu fui a última a sair, estava com muito sono ainda.

ㅡ Percebi uma coisa. A gravação mostra o assassino entrando, mas não saindo. – Sam falou, e eu abracei Dean pela cintura, e fechei os olhos. Ele seria um ótimo travesseiro.

ㅡ Então, ele saiu pelos fundos? – Dean perguntou, e tomou seu café.

ㅡ Certo. – Sam concordou e eu ouvi seus passos indo para mais longe.

ㅡ Quer café? – Dean me ofereceu, tirando meus braços de sua cintura e pegando na minha mão.

ㅡ Você sabe que eu nunca recuso um café puro. – Disse, pegando o café de sua mão, estava tão quentinho.

ㅡ Vamos logo. – Dean foi andando e me puxando pela mão como se eu fosse uma criancinha. Vimos Sam olhando uma marca de sangue no poste, e logo nos olhou.

ㅡ Sangue. Alguém passou por aqui.

ㅡ Talvez a pista acabe. Não vejo nada por aqui. – Dean falou isso, e uma ambulância passou pela gente. Eles se entreolharam e eu rolei os olhos e tomei um gole de café.

Dean novamente me puxou pela mão, até um apartamento que tinha naquele bairro, a polícia estava cercando o apartamento com fita, e tinha muitas pessoas em volta querendo ver o que acontecia.

ㅡ O que houve? – Dean perguntou para uma mulher que estava ali.

ㅡ Ele tentou matar a esposa. Amarrou-a e a espancou.

ㅡ É mesmo? – Dean falou dando um olhar para Sam e eu.

ㅡ Eu o via sair para trabalhar, todo dia. Ele acenava, dava um oi. Parecia um cara tão legal.

[...]

Esperamos os policiais e as pessoas saírem e eu e Sam fomos para os fundos do apartamento, enquanto Dean tentava descobrir mais sobre o casal que morava ali.

ㅡ Ei! Lembra quando eu disse que este não era nosso tipo de problema? Com certeza, é dos nossos. -  Dean falou, assim que chegou perto de nós.

ㅡ O que descobriu? – Eu e Sam perguntamos ao mesmo tempo.

ㅡ Acabo de falar com o patrulheiro que ouviu a história do tal Alex. O cara voltava de uma viagem, enquanto a esposa era atacada.

ㅡ Ele estava em dois lugares? – Sam falou.

ㅡ Isso mesmo. Aí, ele se vê na casa. A polícia diz que ele é maluco.

ㅡ Dois duplos atacando entes queridos do mesmo jeito. Um mutante? Algo que pode se fazer parecer com qualquer um? – Sam falou.

ㅡ Todas as culturas têm uma lenda de mutantes. Histórias de criaturas que se transformam em animais ou outros homens. – Eu falei.

ㅡ Temos dois ataques na mesma área. Suponho que temos um mutante na vizinhança. – Dean disse me olhando.

ㅡ Responda-me uma coisa. Em todas essas lendas de mutantes... alguns deles consegue voar? – Sam falou indo em direção as lixeiras um pouco mais a frente.

ㅡ Não que eu saiba. – Eu respondi com o cenho franzido.

ㅡ Achei uma trilha, aqui. Alguém saiu dos fundos deste prédio e foi para este lado.

ㅡ Como na casa do seu amigo. – Dean falou.

ㅡ É. E, como na casa de Zach... a trilha acaba, de repente. Quer dizer, seja o que for, sumiu.

ㅡ Bem, tem outra direção. Para baixo. – Dean falou e eu arregalei os olhos. Só o que me faltava agora, ter que entrar no esgoto!

[...]

Narradora On

Os Winchester e a Waldorf entraram no esgoto e o último fechou o buraco. O cheiro era insuportável, e a imagem de ratos mortos eram horrível e os piores para Lia eram o ratos vivos.

ㅡ Aposto que também passa pela casa de Zach. O mutante pode usar a rede de esgotos para circular. – Sam disse.

ㅡ Acho que você tem razão. Vejam isso. – Dean olha para o chão e vê um tipo de gosma, ele se abaixa para ver melhor.

ㅡ Isso aí é das vítimas? – Lia perguntou se agachando ao lado do Winchester mais velho e fazendo cara de nojo.

ㅡ Acabo de ter uma ideia nauseante. – Dean pegou uma faca e mexeu na gosma. – Quando o mutante troca de forma, talvez troque de pele também.

ㅡ Isso é nojento. – Sam faz careta.

[...]

Eles voltaram para o carro, Dean mexia no porta malas a procura de algo.

ㅡ Uma coisa eu aprendi com papai. Não importa o tipo de mutante que seja, há um jeito de matá-lo. – Dean pega uma bala de prata.

ㅡ Bala de prata no coração. – Lia falou balançando sua cabeça em confirmação.

ㅡ Isso mesmo. – Dean confirmou com um sorriso.

O celular de Sam toca, ele atende e se afasta, Dean e Lia ficam arrumando as balas de prata nas armas.

ㅡ Você está bem? – Dean perguntou para Lia, mas ela nem o olhou.

ㅡ E você se importa?

ㅡ Claro que me importo. Preciso saber quando posso estar perto do dia da minha morte. – Dean usou sua ironia, como sempre.

ㅡ Se não fechar a boca, vai saber agora. – Lia destravou sua arma e olhou para Dean.

ㅡ Deixa eu adivinhar... É o papai? – Dean perguntou olhando em seus olhos, ele estava sério. Lia mudou sua feição, ficou mais séria que antes, mas com um sinal de tristeza no olhar.

ㅡ Chega. – Lia fechou o porta malas e foi até Sam, Dean foi atrás dela e os dois escutaram o fim da conversa de Sam no celular.

ㅡ Beck eu posso explicar... Beck! – Sam desligou o celular com uma cara de estressado com triste.

ㅡ Detesto dizer isso, mas. Era exatamente disso que eu estava falando. Você mente para seus amigos, porque se conhecessem você, ficariam pirados. É que... seria mais fácil...

ㅡ Se eu fosse igual a você. – Sam se encostou no carro.

ㅡ Ei, goste ou não, não somos como os outros. Mas vou lhe dizer uma coisa, esse lance todo... também tem suas vantagens. – Dean entregou uma arma para Sam, e eles sorriem.

[...]

Eles voltam para o esgoto, com suas armas e lanternas nas mãos. Caminharam por um bom tempo nos esgotos até que Dean se pronuncia.

ㅡ Estamos perto do esconderijo.

ㅡ Porque diz isso? - Sam

ㅡ Porque há outra pilha de induzir vômito perto do seu rosto. – Natália falou segurando o riso.

ㅡ Há, merda. – Sam disse com cara de nojo.

ㅡ Parece que ele mora aqui há um tempo. - Dean

ㅡ Quem sabe quantos assassinatos já cometeu. – Sam se virou para Natália, e quando olhou para trás de Dean viu o mutante. – Dean!

Dean e Natália olharam para trás, e o mutante bateu no braço de Dean fazendo ele cair no chão e saiu correndo. Natália e Sam atiraram em direção a ele mas nenhum tiro pegou nele.

ㅡ Você está bem? – Lia perguntou.

ㅡ Vão pegar aquele filho da puta! – Dean.

Lia e Sam correram em disparado atrás do mutante, Dean se levantou e foi logo atrás ainda com dor no ombro. Eles seguiram o mutante até a saída do esgoto, e depois perderam ele de vista, então eles se separaram, cada um dos três em uma direção. Depois Lia e Sam se encontraram, e até que Dean aparece.

ㅡ Ei, alguma coisa?

ㅡ Não, ele sumiu. – Sam.

ㅡ Está bem. Vamos voltar para o carro.

ㅡ Será que ele achou outro caminho subterrâneo? – Lia perguntou assim que chegaram no carro.

ㅡ Provavelmente. Está com a chave? – Dean perguntou para Sam.

ㅡ Papai não enfrentou um mutante antes, uma vez, em San Antonio? – Sam perguntou, pegando as chaves em seu bolso.

ㅡ Não, foi em Austin. E no fim, não era um mutante. Era uma forma de pensamento. Uma produção psíquica, lembra? – Dean.

ㅡ Ah, é. Tome. – Sam jogou a chave para Dean.

Dean abriu o porta malas do carro para ver as armas. Sam e Lia deram a volta no carro. Sam pegou a arma e apontou para Dean.

ㅡ Não se mexa. O que fez com ele? - Sam.

ㅡ O que houve Sam? Porque está fazendo isso? – Natália perguntou assustada.

ㅡ Cara, relaxe. Sou eu, está bem? – “Dean” falou levantando as mãos para cima.

ㅡ Acho que não. Onde está meu irmão?

ㅡ Esta preste a matá-lo! Calma ai Sam.

ㅡ Pegou a chave com a mão esquerda, seu ombro estava ferido. – Sam disse e Lia ficou pensativa por alguns segundos, logo também pegou sua arma e apontou para “Dean”.

ㅡ Você também Natália? Se vocês tem tanta certeza assim. Então porque não atiram? Vocês me conhecem!

ㅡ Não. – Sam.

“Dean” pegou um pé de cabra sem eles verem e bateu nas armas deles, e depois deu uma pancada na cabeça de Sam. Lia deu um soco no “Dean”, mas ele pegou ela pelo pescoço levantando ela para cima e falou.

ㅡ Você é linda, pena que ele não sabe te valorizar. – “Dean” largou Lia em cima do porta malas e a encoxou por trás e depois bateu a cabeça dela no carro, fazendo ela ficar desacordada.

[...]

Natália Waldorf On

Acordei amarrada em uma coluna de ferro, pelo cheiro que estava aquele lugar eu acho que estou nos túneis de esgoto. Olho para o lado a uns cinco metros de mim está Sam tentando se desamarrar.

ㅡ Sam, que bom ver você. – falei com um sorriso no rosto.

ㅡ Também é bom ver você Lia.

ㅡ É melhor ser você Sam, e não aquela aberração da natureza. – Dean falou, ele estava há alguns metros atrás da gente.

ㅡ Sou eu sim, a Lia também está aqui. Ele foi para a casa da Rebecca, com a sua cara.

ㅡ Ele não foi o idiota, escolheu o bonitão. – Dean deu o ar da graça como sempre. Isso me fez lembrar do que o mutante me falou, sobre ele não a valorizar, seria Dean? Porque ele diria aquilo?

ㅡ E ele não só se parecia com você, ele era você... ou só estava se tornando. – Sam disse.

ㅡ Como assim? – Dean.

ㅡ É como se ele fizesse um download de seus pensamentos e lembranças. – Dean  tinha se soltado e estava soltando Sam.

ㅡ Como a função mental vulcana? – Dean perguntou e venho me soltar.

ㅡ É, algo assim. Talvez seja por isso que ainda não nos matou.

[...]

ㅡ Temos que achar um telefone e chamar a polícia. – Sam falou assim que saímos do esgoto.

ㅡ Aí, vai colocar toda a polícia atrás de mim. – Dean.

ㅡ Verdade, desculpe.

Nós prosseguimos andando e encontramos uma loja de eletrônicos com várias tvs ligadas para o público da rua, e estava dando uma reportagem, e apareceu um retrato falado do Dean, ele estava sendo procurado.

ㅡ Cara, nem é um bom retrato. – Dean reclamou.

ㅡ Bom o bastante. – Falei para ele e fomos para um beco.

ㅡ Disseram tentativa de homicídio. Ao menos sabemos... - Sam

ㅡ Eu não há matei. – Dean estava nervoso.

ㅡ Vou visitar Rebecca de manhã. - Sam

ㅡ Primeiro vou achar aquele demônio lindo e acabar com ele. – Dean.

ㅡ Não temos armas, e nem balas de prata. - Sam

ㅡ O cara está andando por aí com meu rosto, é pessoal, quero encontrá-lo. – Dean queria muito encontra-lo, mas por onde começar? O cara deve ter vários esconderijos.

ㅡ  Está bem, e por onde começamos? – Perguntei.

ㅡ Podemos começar pelos esgotos.

ㅡ Ele roubou nossas armas, precisamos de mais. – Sam disse. Eu lembrei do que dizia na reportagem na tv, dizia que o mutante tinha fugido a pé!

ㅡ O carro! No noticiário diz que ele fugiu a pé, o carro ainda deve estar na Rebecca. – falei e Dean abriu um sorriso.

ㅡ Só de pensar que ele dirigiu meu carro. – Dean fez uma cara, quase ri naquele momento.

ㅡ Vamos. – Sam disse.

[...]

Chegamos na frente da casa da Rebecca e encontramos o impala.

ㅡ Lá está ele! Até que enfim alguma coisa boa deu certo hoje! – Dean disse abrindo um sorriso de orelha a orelha.

Não demos nem três passos em direção ao carro e a polícia aparece em uma viatura, nós fomos dar a volta mas outro carro da polícia apareceu. Estávamos cercados, Dean viu uma saída, e nós três fomos para um caminho atrás da casa.

ㅡ Vão, eu vou segurá-los! – Sam falou para mim e Dean.

ㅡ Vão pegar você! – Dean falou.

ㅡ Não podem me prender, vão! – Dean ficou em cima do muro e me deu a mão e eu fiquei em cima do muro com ele.

ㅡ Me encontrem na casa de Rebecca. – Dean pulou o muro e quando eu fui pular também, Sam me chamou. – Lia! Não vão para o esgoto, não deixe o Dean ir.

ㅡ Ok.

Pulei o muro e corremos por uns 4 quarteirões, depois fomos caminhando calmamente até acharmos um motel barato, pois eu estava com minha carteira mas não tinha muito dinheiro, mas o suficiente para ficar uma noite.

ㅡ Quero um quarto com duas camas de solteiro por favor. – Dei uma nota para a recepcionista.

ㅡ Desculpe moça, mas um quarto com duas camas de solteiro é mais caro. – Eu olhei para Dean que estava do meu lado.

ㅡ Uma cama de casal é mais barato? – Dean perguntou e eu olhei para ele o reprovando mas o mesmo deu de ombros.

ㅡ Sim, quarto simples com cama de casal seu dinheiro cobre. – Entreguei a nota com um pouco de desgosto.

Não queria dormir na mesma cama que Dean, não dividimos uma cama desde o dia que tivemos que dormir no impala porque John se atrasou e ficamos sem dinheiro para um hotel, por conta do frio daquela região dormimos abraçados. Ideia dele, é claro.

Ela me entregou a chave do quarto, eu e Dean fomos em silêncio total. Eu não tinha nada para falar com ele, e gostaria que ele não tivesse nada para falar comigo também. Abri a porta do quarto e era bem simples mesmo, uma cama de casal, um criado mudo, mesa com duas cadeiras e um banheiro pequeno. Nem TV tinha.

ㅡ Pensei que você tivesse mais que aquilo na carteira. – Dean falou se atirando na cama, e eu fechei a porta.

ㅡ O que você achava? John não me ensinou poker como você e Sam, e esses homens são tão machistas que não querem mulheres na sinuca. – Tirei meus tênis e meu casaco coloquei na cadeira pendurado, ficando apenas com a calça jeans rasgada nos joelhos e minha blusa regata preta.

ㅡ De manhã cedo vamos pegar nossas coisas no carro, até lá nada de polícia na volta.

ㅡ Você não está pensando em procurar o mutante nos esgotos, né? – Perguntei, parando na porta do banheiro e olhei para ele deitado na cama.

ㅡ Não. – Dean olhava o teto, parecia estar mentindo. Mas já não me importava, ele não iria me arrastar para lá de novo e com certeza não iria sozinho.

Entrei no banheiro, molhei o rosto cansada, olhei meu reflexo no espelho. Meus olhos azuis pareciam menos brilhantes que o normal, meus cabelos estavam bagunçados e enozados em cada ponta. Sequei meu rosto e voltei para o quarto, Dean estava sem camisa seus músculos a mostra, estava com os braços cruzados deitado na cama olhando em minha direção. Fiquei paralisada, sem reação por alguns instantes. Ele estava com um olhar diferente, nunca me olhou desse jeito, parecia estar pensando em algo e nem percebeu que eu o estava olhando de volta. E se notou, então está nem aí.

ㅡ Porque está me olhando assim? - franzi o cenho.

ㅡ Assim como? - Dean.

ㅡ Não sei, tá estranho. – Dei de ombros e fui até a cama e me deitei embaixo das cobertas de costas para ele, fechei os olhos e tentei dormir.

[...]

Acordei e olhei para o relógio na parede e marcava 06:56 AM, me sentei na cama e chamei por Dean mas não tive resposta. Me levantei e fui até o banheiro e lavei o rosto e sequei. Quando sai do banheiro Dean entrou no quarto.

ㅡ Onde estava? – perguntei séria para ele.

ㅡ Calma ai mamãe! Eu achei uns trocados na sua carteira então comprei um refrigerante para você. – Ele me deu uma latinha de coca-cola.

ㅡ Obrigado por mexer na minha carteira e me roubar!

ㅡ Eu não roubei, comprei algo pra você.

ㅡ Não se esqueça que está sendo procurado pela polícia, então tem que tomar cuidado por onde anda.

ㅡ Eu sei. Acho melhor irmos pegar o carro.

ㅡ Ok.

[...]

Quando chegamos lá, Dean abriu o carro, colocou sua jaqueta, e pegou umas armas, e eu entrei dentro do carro e mudei de blusa e coloquei uma outra jaqueta.

ㅡ Vamos matar aquele mutante. – Dean falou.

ㅡ Sam disse para não irmos para os esgotos.

ㅡ Qual é Lia? Vamos pegar logo aquele filho da puta e sair dessa cidade.

ㅡ Ok. – eu bufei, e peguei a arma. Eu também queria sair logo de lá.

[...]

Entramos em um túnel de esgoto com as armas e lanternas nas mãos, vimos mais gosmas até que achamos uma parte do túnel cheia de velas e mais gosmas. Eu e Dean fomos até um canto que tinha um pano sujo em cima de algo que se mexia.

ㅡ Becca? – Dean tirou o pano e Rebecca estava todo descabelada, com as mãos presas e com alguns cortes no rosto.

ㅡ O que aconteceu? – Perguntei para ela, enquanto Dean desamarrou seus pés e suas mãos.

ㅡ Eu estava indo para casa e tudo ficou branco. Alguém me bateu na cabeça, e vim parar aqui. A tempo de ver aquela coisa se transformar em mim. Como isso é possível?

ㅡ Calma, está tudo bem. Vamos, consegue andar? -  ela assentiu. – Certo, temos que ir logo. Sam foi procurar você.

Fomos para o carro e Dean dirigiu até a casa de Rebecca. Chegando lá, Becca não quis entrar e ficou no carro, eu e Dean pegamos as armas na mão e entramos na casa, entramos numa sala e o mutante estava como Dean, em cima de Sam o enforcando.

ㅡ Ei! – Dean gritou e o mutante saiu de cima de Sam e olhou pra gente. Eu e Dean atiramos nele bem no coração.

[...]


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Comente!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Life Of Lia: SPN" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.