The Life Of Lia: SPN escrita por CandyStorm


Capítulo 2
1x2 The Woman in White


Notas iniciais do capítulo

Se tiverem alguma duvida da história é só comentar.

Boa leitura!



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Agora, 2005 – noite de halloween 01:00 AM

 Natália Waldorf On

Depois de cinco anos da morte da minha família muita coisa aconteceu, tenho quase 22 anos agora e fazendo uma nova jornada na minha vida. John acabou me levando mesmo para uma delegacia, eu fiz tudo o que ele disse pra fazer até que me colocaram no orfanato. Era o pior orfanato que podia existir, tão ruim que nem notaram que no oitavo dia eu fugi. Fui atrás dos Winchester e tive muitas brigas com John até ele me aceitar. Sou muito insistente quando quero muito alguma coisa.

 Bom, agora estou dentro do Impala esperando o Dean e quem sabe o Sam junto. Viemos buscar o Sam para ele poder nos ajudar a encontrar o John que está desaparecido a algumas semanas. Já faz um bom tempo que não vejo o Sam, acho que faz dois anos que ele veio para Stanford para fazer faculdade. Eu o apoiei quando ele resolveu ir, apoiei ele em tudo, ele é como um irmão mais velho para mim, mas que às vezes parece mais novo, mesmo nós sermos apenas alguns meses de diferença. Eu e Sam desde o início nos demos bem, nunca brigamos, sempre nos divertimos juntos e aprendemos muito um com o outro.

 Dean e eu foi o contrário, eu não o suportava, todo vez que tínhamos que ficar juntos uma nuvem negra ficava por cima de nossas cabeças e um clima ruim pairava . Dean no início não me dava muita bola, mas eu sei que lá no fundo ele queria saber sobre mim e conversar comigo. Mas ele sempre demonstrava ser o garoto machão e como eu não aceitava seus comportamentos de soldado mandão isso deu resultado em brigas e discussões o dia e a noite inteira. Já com o Sam era diferente, não sei se foi por causa da idade ou por ele ser completamente diferente que o Dean, por exemplo, o Sam não é mandão, ou às vezes agressivo e um verdadeiro irritante quando o assunto é seguir as regras do John. Eu e o Dean sempre que brigamos, sempre fazemos as pazes de volta  sem perceber, às vezes é estranho como nos acostumamos rápido com isso. 

Resolvi sair do carro, percebi que estava muito frio e eu estava só com uma calça jeans, coturno e uma simples blusa branca. Então por estar com frio eu fui no porta-malas do impala e tentei abrir, mas estava fechado. Que droga, minhas roupas estão na minha mala que está no porta-malas e não vou conseguir pegar. Então eu me sentei em cima do porta-malas e fiquei esperando por eles, principalmente por Dean que estava com a chave. Mas eu não tive que esperar muito, pois logo ouvi vozes, e eram eles. Dean apareceu e logo Sam também, e eu sai correndo e abracei Sam, ele é muito alto e eu tenho um costume de abraçar as pessoas pelo pescoço, então eu fiquei nas pontas dos pés mas mesmo assim Sam teve que se abaixar um pouco.

ㅡ Eu acho que você tem que diminuir um pouco. – falei depois de Sam ter me deixado com os pés fora do chão.

ㅡ Eu acho que você tem que aumentar um pouco. – ele disse logo me largando no chão.

ㅡ Eu acho que estou quase alcançando o Dean. – falei continuando nossa brincadeira do “eu acho”, uma brincadeira que desenvolvemos em nossos momentos de tédio durante viagens ou quando ficávamos presos em alguns hotéis esperando por John e Dean.

ㅡ Eu acho que você não cresce mais que isso. - Sam riu apoiando seu braço em meus ombros.

ㅡ Eu acho que vocês devem parar com essa brincadeira velha – Dean fez careta e revirou os olhos.

ㅡ Eu acho que você é o velho aqui. – falei me aproximando dele com a sobrancelha erguida.

ㅡ Eu acho que você deve fechar essa boca de uma vez. – Dean arqueia a sobrancelha também com um sorriso de lado.

ㅡ Dean, você não me provoca. - dei alguns passos em sua direção chegando bem perto de seu rosto, Sam me separou dele e eu suspirei.

ㅡ Vocês não mudaram nada. - Sammy disse rindo.

ㅡ Enfim. Vai nos ajudar? – Dean perguntou depois de ter me lançado o olhar de reprovação sobre minha careta feia para ele. Sam estava abraçado em mim pois ele viu que eu estava muito gelada.

ㅡ Eu jurei pra mim mesmo que nunca mais voltaria a caçar. - Sam disse.

ㅡ E o que você vai fazer? Vai viver uma vidinha normal? É isso? – Dean falou.

ㅡ Não. Normal, não. Segura. – eu não podia discordar do Sam, ele estava certo em querer isso. Eu pelo menos não o julgava mesmo tendo objetivos diferentes.

ㅡ E é por isso que fugiu. – agora Dean parecia bem bravo, mas tentava disfarçar.

ㅡ Eu só queria ir para a faculdade. Papai disse que se fosse para ir, que fosse para sempre. É o que estou fazendo.

ㅡ Bem, papai está encrencado...se já não estiver morto. Posso sentir... Eu e a Lia não podemos fazer isso sozinhos. – ele disse, agora me olhando com aquela cara de quem está dizendo “vamos lá Lia, me ajude a convencê-lo, você sempre consegue”. Mas eu não vou fazer nada, que ele se vire sozinho.

ㅡ O que ele foi caçar? – depois de alguns instantes, Sam perguntou e tenho certeza que agora ele vai vir com a gente.

ㅡ Está bem. Vejamos. Onde coloquei aquilo? – Dean falou depois de ter aberto o porta-malas e abrindo o fundo falso, começou a revirar as coisas para poder encontrar os papéis.

ㅡ Quando papai se foi, por que não foram com ele? – Sam perguntou para nós.

ㅡ Nós estávamos trabalhando em algo. Um vodu em New Orleans. – Dean falou, ainda tentando encontrar os papéis no meio daquela bagunça dele.

ㅡ Papai deixou vocês caçarem sozinhos? - Sam perguntou logo dando uma risadinha, e eu me soltei do abraço dele e fiquei parada no meio de Dean e Sam.

ㅡ Tenho 26 anos, cara, posso cuidar de uma criança como ela – hoje Dean deve estar afim de morrer, só pode.

ㅡ Cala boca idiota – falei e mostrei a língua para ele.

ㅡ Está bem vamos ver. Papai estava investigando uma estrada em Jericho, Califórnia. Há cerca de um mês, este cara.- Dean mostrou um papel com a foto de um cara que desapareceu -  Acharam o carro, mas o cara desapareceu. – Dean finalizou a frase.

ㅡ Talvez tenha sido sequestrado. - Sam.

ㅡ É talvez. Outro em abril, outro em dezembro de 2004, 2003 e 1998,1992. Dez nos últimos vinte anos. –  Falei arrancando as folhas de Dean e dando para Sam dar uma olhadinha. Dean me olhou com uma cara de quem está puto por eu ter interferido suas explicações.

ㅡ Todos homens, todos na mesma faixa de oito km de estrada. - Dean arrancou os papéis da mão de Sam os guardando e logo foi procurar outra coisa. – Começou a acontecer cada vez mais... então papai foi para investigar. Isso foi há três semanas. Não tivemos mais noticias dele, o que é bem ruim. Então recebi esta mensagem ontem. – Dean pegou o gravador e deu play.

“Dean. Está começando a acontecer algo. Acho que é sério. Preciso tentar descobrir o que está acontecendo. Tenha muito cuidado e cuide da Lia, Dean. Todos corremos perigo.” – era John falando, mas estava com muito chiado e interferência.

ㅡ Sabe que há fenômeno da voz eletrônica? – Sam perguntou para Dean.

ㅡ Nada mal, Sammy. É como andar de bicicleta, não é? – Dean falou para Sam.

— Reduzi a velocidade da gravação e passei pelo Goldwave...tirei o chiado e acabei com isto. – falei pegando o gravador da mão de Dean e dando play.

“nunca poderei voltar para casa.” – foi uma mulher que falou, achei estranho, até porque pode ser qualquer coisa.

ㅡ “nunca poderei voltar para casa”? -  Sam repetiu a fala da mulher.

Dean pegou o gravador da minha mão e o guardou e fechou o fundo falso e depois o porta-malas.

ㅡ Em quase dois anos, nunca te pedi nada. - Dean falou se encostando no porta-malas do carro e Sam estava do seu lado, e eu na frente dos dois, só que com os braços em volta do corpo para ver se posso me esquentar, já que me esqueci de falar para Dean pegar meu casaco. Agora pode esquecer.

ㅡ Está bem. Eu vou. Eu ajudarei a encontrá-lo. Mas tenho de estar de volta na segunda. Esperem aqui. – falou Sam já indo para dentro, mas Dean o interrompeu.

ㅡ O que tem na segunda-feira? – Dean perguntou e eu também estou curiosa pra saber.

ㅡ Tenho uma... uma entrevista.- Sam falou voltando a atenção para Dean.

ㅡ Entrevista de emprego? Desmarque. – Dean falou dando de ombros.

ㅡ É para a faculdade de direito, todo meu futuro na balança.

ㅡ Escola de direito? – Dean levantou a sobrancelha surpreso, eu pelo contrário já sabia que Sammy queria fazer direito.

ㅡ Estamos combinados ou não? – Sam perguntou, e logo Dean assentiu.

Sam foi para dentro para arrumar suas coisas e eu e Dean ficamos esperando.

ㅡ Você quer que ele volte, não é? – perguntei e Dean venho até a mim e me abraçou vendo que eu estava com frio, e eu coloquei a minha cabeça encostada no seu peito.

ㅡ Não posso negar a ideia. – ele afirmou.

ㅡ Eu também. Mas ele escolheu isso, ele quer ter uma vida normal e está feliz. Nós só temos que apoiar ele.

ㅡ É, pra você é fácil falar.

Depois de alguns segundos eu falei:

ㅡ Ás vezes eu não entendo nós dois. – falei levantando a cabeça, mas sem querer acabei batendo a cabeça do queixo dele, não muito forte, mas quando ele abaixou a cabeça para me olhar eu tive que recuar para trás, mas sem parar o nosso abraço.

Se eu não tivesse recuado a cabeça, nós teríamos nos beijado acidentalmente. E por isso nós rimos um pouco.

ㅡ O que você não entende? – ele perguntou agora parando de rir e me olhando nos olhos.

ㅡ Como nós mudamos de comportamento tão rápido.

ㅡ Eu também não entendo.

[...]

Dean encostou o carro num posto de gasolina que tem um mercadinho, eu e ele saímos do carro e entramos no mercadinho para comprarmos um bom café da manhã. Sam estava no carro esperando a gente, Dean sai primeiro do mercadinho depois de fazer suas compras e logo eu saio também, podendo assistir a seguinte cena:

ㅡ Aí! Quer café da manhã? – Dean perguntou para Sam, mostrando para ele duas garrafas de refrigerante e uma barra de chocolate, Sam olhou para trás e fez uma cara de enjoado.

ㅡ Não, obrigado. – Sam recusa.

Eu fui até o carro e me sentei no banco do motorista e deixei a porta aberta e olhei para Sam que estava olhando a caixa com fitas do Dean.

ㅡ Toma, comprei pra você. – falei, estendendo um pacote com um sanduíche natural, ele pegou e agradeceu.

ㅡ Como vocês pagam por essas coisas? Vocês ainda fraudam cartões de crédito? – Sam perguntou e voltou a sua atenção para as fitas cassetes.

ㅡ Sim. Bem, caçada não é uma carreira profissional. – Dean falou tirando a mangueira de gasolina do carro. – Nós só pedimos. Não é culpa nossa que mandam os cartões. – concluiu Dean.

ㅡ E que nomes escreveram no requerimento desta vez? – Sammy perguntou fechando a porta do carro, e Dean venho até a porta do motorista, do meu lado e se abaixou um pouco, para ficar na altura da porta.

ㅡ Burt Aframian e seus filhos, Hector e Sasha. – quando ele falou os nomes eu fiz uma cara de nojo, não gostei muito do nome Sasha, não combina comigo.

ㅡ Conseguimos três cartões! – falei colocando meus pés em cima do volante e começando a mastigar um chiclete.

ㅡ Vaza daqui pirralha – Dean falou me dando um tapa na minha coxa.

ㅡ Caralho! Tu que perder a mão? – falei/gritei olhando o Dean com o olhar mortal.

E ele só fez um sinal com a cabeça me fazendo ir para o banco de trás. E eu pude perceber ele olhando a minha bunda, quando eu passei para trás indo por entre os bancos.

ㅡ Da próxima vez tira uma foto, assim dura mais. – disse já sentada no banco de trás e ele entendeu que eu tinha percebido ele olhando minha bunda.

ㅡ Pode deixar, na próxima eu tiro uma bela foto. – ele falou e piscou para mim e eu só rolei os olhos e bufei.

Dean entrou no carro, eu e o Dean percebemos o Sam nos olhando com uma cara de riso.

ㅡ Juro, cara. Você tem que atualizar sua coleção de fitas cassete. – falou Sam, com a caixa de fitas no seu colo.

ㅡ Por quê? – eu e o Dean perguntamos ao mesmo tempo.

ㅡ Para começar, são fitas cassete. E para terminar...Black Sabbath? Motorhead? Metálica? – Sam falou pegando uma fita de cada e mostrando para nós, e a última Dean pegou da sua mão. – São os maiores sucessos do rock brega. – concluiu Sam.

Sammy tem um gosto de música diferente que o nosso (meu e o do Dean), pelo tempo que passei com o Dean acabamos dividindo o mesmo gosto musical.

ㅡ Bem, regras da casa Sammy. O motorista escolhe a música...o artilheiro fica de bico fechado – Dean falou colocando a fita e começado a tocar a Black in black do AC/DC.

ㅡ Sabe, “Sammy” é um gorducho de 12 anos, É Sam, está bem? – Sammy falou, mas eu e Dean não demos muita importância para isso.

ㅡ Desculpe, não consigo ouvir. A música está muito alta. – Dean falou e aumentou o volume.

E assim nós seguimos viagem até chegarmos no nosso destino.

ㅡ Obrigado. – Disse Sam desligando o telefone. – Não há ninguém com a descrição do papai no hospital ou no necrotério. Já é algo. – Sam falou para nós assim que desligou o celular.

ㅡ Dê uma olhada. – Dean falou se aproximando de uma ponte, e tinha muitos federais lá, e um carro. Era uma cena de crime.

Dean estacionou o carro, e eu já sabendo o que iríamos fazer, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e botei minhas botinas ( eu tinha tirado elas antes, gosto de ficar de pés de calços). Dean pegou a caixinha de distintivos falsos e me deu a minha e pegou a sua e deu uma para o Sam.

ㅡ Vamos – Dean falou já saindo do carro, Sam e eu logo atrás.

ㅡ Acharam algo? – gritou um federal da ponte para os caras que estavam vasculhando o rio lá em baixo.

ㅡ Não nada. - o outro cara gritou de volta.

ㅡ Nenhum sinal de luta. Não há pegadas. Não há digitais. Impecável. Quase limpo demais – falou o cara que estava investigando de dentro do carro.

ㅡ E esse garoto, Troy... estava namorando sua filha? – perguntou o federal moreno.

ㅡ Sim. – respondeu o outro que parecia mais velho.

ㅡ Como está Amy? – perguntou.

ㅡ Pregando cartazes pelo desaparecido. – falou.

ㅡ Vocês tiveram outro caso como este no mês passado, não foi? – Dean perguntou depois de analisarmos a conversa dos federais.

ㅡ E quem são vocês? – o policial moreno perguntou, nos olhando estranho.

ㅡ Delegados federais – Dean falou e mostramos os distintivos falsos.

ㅡ São um pouco jovens para serem delegados, não são? – estamos ferrados se ele descobrirem, mas isso é muito difícil, normalmente a gente se manda antes que eles desconfiem.

ㅡ Obrigado. – responde Dean

ㅡ É extremamente gentil da sua parte, senhor. – respondi e fui olhar mais de perto o carro.

ㅡ Tiveram outro como esse, certo? – Dean perguntou olhando melhor o carro, assim como eu e Sam, o carro estava com o interior completamente banhado de sangue.

ㅡ Isso mesmo, a cerca de 1,5 km daqui. E tiveram outros... – o policial foi interrompido por Sam.

ㅡ E a vítima, o senhor conhecia? – Sam deve ter escutado a conversa, assim como eu, estava realmente curiosa.

ㅡ Em uma cidade assim, todos se conhecem.

ㅡ Alguma ligação entre as vítimas, além de serem homens? – Eu pergunto para o policial.

ㅡ Não até agora

ㅡ Qual a teoria? – Sam pergunta indo ao lado de Dean atrás do carro, e eu estava do outro lado de Dean

ㅡ Francamente? Não sabemos. Um assassino em série? Círculo de sequestros?

ㅡ Bem, é exatamente esse tipo de trabalho que esperamos de vocês. – Dean deve estar maluco de falar isso para um policia de verdade. Quando ele falou isso Sam pisou no pé dele e eu tenho certeza que doeu, e eu não pude me segurar e dei um sorriso o mais discreto que pude.

ㅡ Muito obrigado pela cooperação. – Sam falou para o policial e saímos de lá andando (não Lia, nós saímos de espaçonave com os ET’S que queriam dominar a terra mas evacuaram porque acharam o cabelo do Sam muito sexy. Eu sou muito retardada mesmo!)

[...]

Fomos andando pela cidade de Jericho a procura da garota que é namorada do garoto que morreu, o Troy. E parece que encontramos, nós vimos uma garota pendurando uma folha na parede com a imagem de Troy.

ㅡ Aposto que é ela. – Dean apontou para a garota. – Você deve ser a Amy.

ㅡ Isso. – Amy nos olhou logo depois de colocar a folha de desaparecido na parede.

ㅡ Troy nos falou. Somos tios dele. Sou Dean e este é Sam. – Dean tinha se esquecido de mim, então a garota olhou para mim com uma cara de interrogação.

ㅡ E você é...? – Amy perguntou, e Dean ficou meio gago falando “ ela é...é” Então Sam falou:

ㅡ Ela é minha namorada, Lia. – Sam me abraçou e eu retribui sorrindo, Dean olhou estranho mas voltou a atenção para a garota.

ㅡ Ele nunca me falou de vocês. – Amy andou um pouco mas logo parou.

ㅡ Troy é assim. Não viemos muito para cá, somos de Modesto. – Dean disse.

ㅡ Estamos procurando por ele... perguntando por aí. – Sam falou, mas logo uma garota com estilo gótico apareceu perguntando se estava tudo bem com Amy e ela assentiu.

ㅡ Podemos lhe fazer algumas perguntas? – perguntei para elas.

Nós fomos para uma lanchonete que ficava bem ali perto, entramos e nos sentamos em uma mesa, as garotas se sentaram em nossa frente, mas os bancos da mesa era apenas para dois de cada lado, então eu me espremi, ficando entre Dean e Sam.

ㅡ Eu estava falando no telefone com o Troy. Ele estava vindo para casa. Ele disse que me ligaria. E...não ligou – Amy falou triste.

ㅡ Ele não disse nada... fora do comum? – Sam perguntou.

ㅡ Não, nada de que lembre. – Amy tentava não chorar, olhando para os lados para se distrair da conversa.

ㅡ Gosto do seu colar. – Falei assim que vi o colar de pentagrama que Amy usava.

ㅡ Troy que me deu. – Amy mexeu no colar o olhando com um sorriso fraco. – Para assustar os meus pais com esse lance de demônio.

ㅡ Na verdade, significa justamente o contrário. Um pentagrama é proteção contra o mal. – falei – Muito poderoso. Quero dizer, se acreditar nessas coisas. – completei o que estava falando.

ㅡ Está bem. Obrigado, Unsolved Mysteries. – Dean falou fazendo graça com o que eu disse, eu apenas rolei os olhos e Sam riu um pouco mas sem mostrar muito. – O lance é o seguinte, moças. Há algo de errado com o jeito que o Troy desapareceu. Então, se souberem algo...

Dean falou se inclinando para frente quase me fazendo dar de cara no ombro de Sam, porque minha perna estava em cima da perna dele, pelo fato de ter pouco espaço para sentar. Mas depois que o Dean disse aquilo, as meninas deram um olhar estranho uma para a outra, como se soubessem de algo.

ㅡ O que é ? – Sam perguntou.

ㅡ Com tantos caras sumindo, o pessoal fala. – a amiga de Amy disse, e isso me chamou a atenção.

ㅡ O que falam? – Eu, Sam e Dean perguntamos ao mesmo tempo, concentrados na menina.

ㅡ É uma lenda local. Uma garota foi assassinada em Centennial há muito tempo. – eu e Dean nos olhamos mas voltamos nossa atenção para o que ela dizia. -  E parece que ela ainda está por aí. Ela pega carona, e quem lhe dá carona... desaparece para sempre.

[...]

Depois de conversar com Amy e sua amiga gótica, nós fomos para uma Lan house para pesquisar sobre essa tal mulher que morreu e pega carona por aí. Dean estava sentado na frente do computador escrevendo algo para encontrar, ele digitou “ Assassina caroneira” mas sem resultado, depois pesquisou “assassina da estrada Centennial”, mas sem resultado de novo.

ㅡ Deixe-me tentar. – Sam falou colocando a mão no mouse, mas Dean não deixou.

ㅡ Já achei. – mentiu. Eu e Sam nos olhamos com olhar de cumprisse, então eu empurrei a cadeira de Dean e fiquei em pé ao lado de Sam em frente ao computador, levantamos nossa mão e batemos um high five.

ㅡ Que mania de controlar. – Dean falou vindo mais para perto no computador.

ㅡ Espíritos zangados nascem de morte violenta? – Sam perguntou não dando bola para Dean.

ㅡ Sim. – Dean responde.

ㅡ Talvez não seja assassinato. – eu falei raciocinando melhor. Sam colocou “Suicida feminino estrada Centennial” e encontrou um resultado, Dean olhou para Sam como quem diz, “você é muito nerd”.

ㅡ Foi em 1981. “ Constance Welch, 24 anos, salta da Ponte Sylvania. Afoga-se no rio” – Li um pedaço da reportagem em voz alta.

ㅡ Diz porque ela fez isso? – Dean perguntou.

ㅡ Sim... – Sam respondeu mas ficou estranho depois.

ㅡ O quê? – Dean perguntou

ㅡ Antes de ser achada, ela ligou para o 911. Os dois filhos então na banheira. Ela os deixou sozinhos, e quando volta, não estão respirando. Ambos mortos. – Sam falou e me deu uma coisa no coração, porque tenho certeza que é horrível ver seus filhos mortos. – “Nossos bebês se foram, e Constance não suportou. Diz o marido Joseph Welch”

ㅡ Essa ponte parece conhecida? – Dean perguntou, falando sobre a ponte que estava na foto da reportagem. É a ponte que Troy morreu.

[...]

Nós fomos para a ponte onde a Constance se matou, e onde Troy morreu. Estava de noite, então não tinha ninguém.

ㅡ Então foi aqui que Constance fez o mergulho do cisne. – Dean falou olhando para baixo onde estava o rio, nós já estávamos na ponte.

ㅡ Acha que o papai teria estado aqui? – Sam perguntou.

ㅡ Bem, ele está procurando a mesma história, e nós o estamos procurando. – Dean disse se virando para andar um pouco pela ponte, caso encontre algo, e eu e Sam o seguimos.

ㅡ Certo. E agora? – Sammy perguntou.

ㅡ Continuamos procurando até o acharmos. Talvez leve algum tempo. – Dean falou distraído e Sam parou de caminhar, ficando para trás, então eu parei também, um pouco a sua frente e atrás de Dean.

ㅡ Dean, eu avisei. Tenho de estar de volta na segunda... – Dean e Sam falaram “Segunda” juntos.

ㅡ Certo. A entrevista. – Dean já estava virado para ele/nós. – É. Esqueci... Fala sério sobre isso, não é? Acha que vai se tornar um advogado? Casar com a sua namorada?

ㅡ Talvez. Por que não? – agora vai começar, a pequena discussão, aposta quanto?

ㅡ A Jessica sabe a verdade? Ela sabe as coisas que você fez? – Eu apenas observo a conversa deles.

ㅡ Não. E nunca vai saber. – Sam se aproxima.

ㅡ Que saudável! Pode fingir quanto quiser, Sammy. Mas terá de encarar quem você é. – Dean voltou a andar e Sam foi atrás, e eu atrás deles.

ㅡ Quem? – Sam perguntou

ㅡ Você é um de nós. – Dean falou

ㅡ Não. Não sou como você. Isto não vai ser minha vida. – Sam ultrapassa Dean, ficando na sua frente.

ㅡ Você tem responsabilidade.

ㅡ Com o papai? E a sua cruzada? Se não fossem as fotos, eu nem saberia como mamãe era. E que diferença faria? Mesmo que achemos o que a matou... mamãe se foi e não vai voltar. – Dean pegou Sam pela camisa e o prensou na viga de ferro da ponte, eu me assustei um pouco, mas não posso interferir numa briga deles. Eu já interferir na vida deles, não posso interferir em mais nada.

ㅡ Não fale dela desse jeito. – Dean falou logo soltando Sam.

ㅡ Ham... oi? – falei quando vi uma mulher com um vestido branco, ela estava em cima da barra de ferro da ponte do outro lado, como se fosse se atirar. E foi exatamente o que ela fez depois de nos olhar. Nós fomos correndo ver o rio ver se era uma mulher mesmo, ou se era um fantasma.

ㅡ Onde ela foi? – Dean perguntou, pois não vimos nada na água.

ㅡ Não sei. – Sam respondeu

Do nada o impala liga com os faróis altos, nós olhamos para ele, que estava um pouco distante.

ㅡ O que é isso? – Dean perguntou franzindo o cenho.

ㅡ Quem está dirigindo o seu carro? – Sam pergunta e Dean tira a chave do carro de dentro do bolso e nós nos assustamos.

ㅡ Droga. - eu sussurrei começando a dar passos lentos para trás.

O carro acelera em nossa direção, fazendo nós sairmos correndo, até que nós pulamos a ponte mas Sam se segurou em um ferro que tinha embaixo da ponte e me segurou pelo braço, se não eu cairia no rio.

ㅡ Dean! – Sam e eu gritamos por ele, pois não o vemos, olhamos por todo o rio mas não achamos, eu já estava ficando preocupada, mas vimos ele se arrastando para a margem do rio.

ㅡ O quê? – Dean gritou.

ㅡ Ei, você está bem? – perguntei preocupada mas com um pouco de diversão por ele ter caído no rio, ele deve estar todo sujo!

ㅡ Super. – Dean fez joinha enquanto estava deitado na margem do rio.

Eu e Sam rimos e subimos para a ponte, Sam me ajudou até porque é muito alto. Esperamos o Dean chegar e depois Dean examinou o carro.

ㅡ O carro está em ordem? – Sam perguntou.

ㅡ Sim. O que quer que tenha feito...- Dean fechou o porta malas e se encostou, e Sam também. Enquanto eu fiquei em pé na frente deles, apenas apreciando a paisagem do Dean todo sujo! – parece em ordem agora. Essa tal de Constance é uma filha da puta!

ㅡ Ela não nos quer por perto, não há dúvida. – falei cruzando os braços

ㅡ E para onde vai a trilha agora, gênios? – Dean perguntou bufando em seguida.

ㅡ Você está fedendo. – Sam fala depois de respirar bem fundo e sentir o mau odor de Dean. Eu não me aguento e dou uma risada alta recebendo uma careta de Dean, apenas dei de ombros e ri mais ainda.

[...]

ㅡ Um quarto, por favor. – Dean falou dando um cartão para o cara que estava atrás do balcão do hotel em que iríamos nos hospedar.

ㅡ Vocês têm um reencontro? – o senhor disse depois de analisar o cartão.

ㅡ Como assim? – Sam perguntou.

ㅡ O outro, Burt Aframian. Ele veio e pegou um quarto por um mês inteiro. – Sam e Dean se olharam, me deixando fora do olhar de mistério.

Nós perguntamos em qual quarto o “Burt Aframian” estava e logo pegamos a chave da nosso quarto. Eu tive que pegar um grampo de cabelo e abrir a porta do quarto do John e consegui receber um “parabéns Lia!”. Quando entramos no quarto, vimos muitas coisas penduradas nas paredes, e um pouco bagunçado.

ㅡ Uau. – Sam disse olhando tudo em volta.

ㅡ Acho que já não está aqui por dois dias, pelo menos. – Dean falou depois de ter ligado o abajur e cheirado um hambúrguer podre.

ㅡ Sal. Conchas, olho-de-gato. – Sam falou encostando no sal que estava formando um círculo em volta da cama. – Ele estava preocupado. Tentando evitar que acontece algo. O que tem aqui? – Sam falou sobre as coisas que estavam penduradas na parede em que eu estava olhando, e Dean se aproximou também.

ㅡ Vítimas da Estrada Centennial. Não entendo. São homens diferentes, empregos, idades, etnias diferente. Sempre há uma conexão, certo? O que esses caras têm em comum? – perguntei verificando todas as coisas que estavam na parede.

ㅡ Papai descobriu. – Sam falou olhando para uns papéis em outra parede do quarto. Eu vou até ele.

ㅡ Como assim? – Dean pergunta e vêm até a nós

ㅡ Ele achou o mesmo artigo que nós. – Sam falou – Constance Welch. Ela é nossa Mulher de Branco. – Eu olhei para Sam com uma cara de tipo “ tá de brincadeira né?” mas ele só concordou que é verdade.

ㅡ Papai teria achado o corpo e o destruído. – Dean falou

ㅡ Ela pode ter outra fraqueza. – Falei pensando melhor.

ㅡ Papai teria garantido. Investigaria. Diz onde ela foi enterrada? – Dean olhou a parede de novo.

ㅡ Não, não que eu veja. Mas se eu fosse o papai, perguntava ao marido. Se ainda estiver vivo. – Sam disse apontando para a foto da reportagem, que estava o marido de Constance.

ㅡ Por que não vêm se acha o endereço dele? Vou me lavar. – Dean falou e eu o olhei de baixo pra cima.

ㅡ Tá precisando. – Falei para que ele pudesse ouvir, só que o inesperado foi que ele venho me abraçar, eu tentei sair de perto mas não deu e ele acabou me sujando toda. – Seu idiota! Agora vou ter que tomar um banho, pra tirar essa sua sujeira! – Dean e Sam riram, então Dean foi indo para fora do quarto de John mas Sam o parou.

ㅡ Hey Dean. O que eu disse sobre a mamãe e o papai, desculpe...

ㅡ Não banque a mulherzinha. – Dean disse.

ㅡ Idiota. – Sam falou.

ㅡ Vadia – Dean devolveu e eu só rolei os olhos. Esses dois são muito idiotas mesmo.

[...]

Eu fiquei esperando o Dean sair do banheiro enquanto via o Sam com o telefone no ouvido, ele não falava nada, parecia apenas escutar alguma coisa. Então finalmente o Dean sai do banheiro colocando sua jaqueta azul

ㅡ Ei, estou faminto. Vou comer na lanchonete. Querem alguma coisa? – eu também estou morrendo de fome mas vou tomar banho.

ㅡ Não. – Sam falou, mas estava muito concentrado no telefone.

ㅡ Aframian está pagando. – Dean falou

ㅡ Eu! – gritei do banheiro para que ele pudesse ouvir. – Eu quero uma torta! E um café!

ㅡ Ok!

Ouvi Dean saindo, então já entro dentro do chuveiro, a água estava quentinha e já pude tirar a sujeira que o Dean me passou.

ㅡ Lia, sai do banheiro, descobriram a gente. – Ai que droga!

ㅡ Vai, eu fujo pelo banheiro! – falei quando vi a janela que tinha atrás da privada.

Eu desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha, a minha burrice é que eu me esqueci de pegar a minha roupa. Parece que vou ter que ser pega pelos policiais com apenas uma toalha enrolada! Sai do banheiro mas quando estava pegando minha calça na mochila, um policial abriu a porta e eu dei um sorrisinho sem graça e com as bochechas vermelhas.

ㅡ Será que eu posso me vestir primeiro?

[...]

Eu e Dean estávamos em uma sala de uma delegacia.

ㅡ Quer nos dar seus verdadeiros nomes? – o delegado entrou na sala com uma caixa na mão.

ㅡ Já disse. É Nugent. Ted e Anna Nugent. – Dean falou pela décima vez!

ㅡ Não sei se perceberam no tamanho da encrenca que se meteram. – o delegado falou nos olhando.

ㅡ Transgressão? Ou “grunhir-como-porco”? – Dean fez palhaçada.

ㅡ Você tem fotos de dez pessoas desaparecidas na carteira... além de um monte de baboseira satânica. Rapaz, vocês são oficialmente suspeitos.

ㅡ Faz sentido, porque quando o primeiro sumiu em 82, ele tinha três anos, e eu nem pensava em nascer. – Falei, olhando para o delego com um olhar desafiador.

ㅡ Sei que vocês têm parceiros. Um deles é mais velho. Talvez ele tenha começado tudo. Diga-me, Dean.- o cara descobriu o nome dele, e colocou um caderno em cima da mesa, com capa de couro. – Isto é dele? Pensei que poderia ser seu nome, e o seu deve ser Lia. Veja, folheei isso. Do pouco que pude deduzir, são vários tipos de maluquices. Mas também, achei isso. – O delegado mostrou uma folha do caderno que estava escrito “ Dean 35-111” – vão ficar aqui até me dizerem o que isso significa.

[...]

ㅡ Não sei quantas vezes tenho de dizer. É o segredo do armário do colegial. – eu já estou cansada de ficar aqui, sentada respondendo as perguntas desse cara. Dean não parava de falar essa mesma merda.

ㅡ Vamos fazer isto a noite toda? – o delegado perguntou

ㅡ Acabamos de receber um chamado. Tiros na estrada Whiteford. – Finalmente! Um cara apareceu e falou isso. Acho que Sam botou a cabeça pra funcionar. Tenho certeza que foi ele.

ㅡ Têm que ir ao banheiro? – o delegado nos perguntou.

ㅡ Não. – Eu e Dean falamos ao mesmo tempo.

ㅡ Ótimo. – o delegado nos algemou na mesa e saiu da sala.

Dean pegou um clips que estava no diário de John e abriu as algemas. Esperamos os caras saírem da delegacia e fugiram pela janela e ligamos para o Sam em uma cabine telefônica, mas Dean ouviu Sam gritar e depois mais nada se ouviu no telefone. Então roubamos um carro e fomos a mil para a casa da mulher de branco. E quando chegamos lá, encontramos o impala parado na frente da casa, e ouvimos gritos de Sam vindo de dentro do carro, eu e Dean atiramos na janela do carro onde estava a mulher de branco. Ela sumiu mas voltou de novo então atiramos mais uma vez. E ela sumiu de vez.

ㅡ Vou levá-la  para casa. – Sam falou ligando o carro e acelerando até entrar para dentro da casa.

ㅡ Sam! – Eu gritei, e eu e Dean fomos correndo para dentro da casa.

ㅡ Aqui! – Sam gritou, eu perguntei se estava bem e ele disse que sim, então eu e Dean tiramos ele de dentro do carro

Vimos a mulher de branco com um quadro na mão, ela nos olhou com ódio e jogou uma cômoda fazendo a gente ficar presos. Mas do nada as luzes começaram a piscar e Constance olhou para o alto da escada, e de lá estava saindo água, ela foi até a escada e viu duas crianças

ㅡ Você voltou para casa, mamãe. – as crianças que são fantasmas, falaram e logo apareceram atrás de Constance, elas abraçaram ela, e umas chamas azuis apareceram levando os três para baixo e sumiram. Fim do caso.

Nós empurramos a cômoda e andamos até onde estava os três fantasminhas.

ㅡ Então, foi aqui que ela afogou os filhos. – Dean falou olhando para o chão que estava úmido.

ㅡ É por isso que ela não podia voltar para casa. Estava com medo de enfrentá-los. Isso é horrível. – Falei me virando e indo até o carro, tenho certeza que o Dean vai ficar puto com o Sam se o carro estiver arranhado.

ㅡ Bom trabalho Sammy. – Dean falou dando um tapa no peito de Sam onde a vadia da mulher de branco tinha cravado as unhas dela.

ㅡ Queria dizer o mesmo de vocês. O que estavam pensando, atirando na cara do Gasparzinho, maluco?

ㅡ Salvei seu couro. – Dean falou e começou a examinar o carro.

ㅡ Não reclama Sammy. - Falei me sentando no capô do carro, que estava todo sujo e com algumas madeiras em cima.

ㅡ Vou lhe dizer mais. Se você estragou meu carro... eu te mato. – vai ser uma longa viagem.

[...]

ㅡ Está bem, aqui está para onde papai foi. Blackwater Ridge, Colorado. – Sam falou olhando o mapa.

ㅡ Parece fascinante. A que distância? – Perguntei me inclinando para ficar com o rosto entre os dois, já que estávamos no carro.

ㅡ Uns 900 km. – Sam respondeu

ㅡ Se corrermos, podemos chegar lá de manhã. – Dean falou olhando para Sam.

ㅡ Dean, eu... – Sam tinha uma entrevista na segunda, ele não iria mais com a gente. Eu fico mal, mas é a escolha dele, então ok.

ㅡ Você não vai. – Dean falou depois de um tempo sem ninguém falar nada.

ㅡ A entrevista é daqui a dez horas. Tenho que ir.

ㅡ É, tanto faz. Vou levá-lo.  – Dean ficou mal, isso não passou despercebido por mim e nem por Sam.

[...]

Chegamos em Stanford, Dean para o carro e Sam sai, e eu também.

ㅡ Você me liga se o encontrar? – Sam perguntou para Dean pela janela do carro, e eu fiquei parada ao lado de Sam. Dean não falou nada apenas assentiu. – Talvez eu possa alcançá-lo  depois?

ㅡ Sim, está bem. – Dean falou, então Sam ficou na minha frente, eu sorri e o abracei, sem nenhuma palavra. Sentiria saudade, sem dúvida.

ㅡ Você vai ficar bem? – Ele me perguntou depois do abraço.

ㅡ Eu vou, mas o Dean... tenho certas dúvidas.

ㅡ Confio em você Lia, sei que não vai acabar matando o Dean. Talvez acabe com outro sentido.- Sam riu um pouco e eu fiquei confusa, se eu não matar o Dean ele que me mata com tanta estupidez que sai da boca dele.

ㅡ Qual o outro sentido? - franzi a cenho. 

ㅡ Um dia você vai saber. – Sam falou por último se afastando e entrando para dentro, eu dei um tchau e entrei no banco do carona.

ㅡ E aí, como está? – perguntei para Dean.

ㅡ Estou bem. – Dean ligou o carro, ele nem se quer olhou pra mim.

ㅡ Dean winchester, o homem que não sabe mentir. - girei a chave do carro o desligando.

ㅡ Natália Waldorf a garota metida. – finalmente ele olhou para mim, um pouco incomodado.

ㅡ Porque você faz isso? Porque guarda seus sentimentos para si mesmo? Você tem que se abrir às vezes, mesmo que seja comigo.

ㅡ Chega Lia! Você quer que eu expresse meus sentimentos? Então tá. Eu gostei de ter caçado com o Sam novamente, estava sentindo falta, senti que a família estava quase completa. Agora está bom para você?

Dean virou para frente bufando e girando a chave novamente, o carro ligou e ele começou a andar. Eu comecei a sentir um cheiro estranho, como se alguma coisa estivesse pegando fogo, então olhei para trás e vi saindo por um janela muito fumaça. Sam foi a primeira coisa que me passou pela cabeça. É onde Sam mora!

ㅡ Volta! Sam está em perigo.

ㅡ O que? – Dean olhou pelo espelho retrovisor e se assustou, ele deu a ré e parou.

Nós subimos muito rápido e quando chegamos lá, vimos muito fogo e Sam estava na cama gritando por Jess.

ㅡ Temos que sair daqui! – gritei e Dean puxou Sam para fora, nós saímos de lá antes que o fogo piorasse.

[...]

A policia, ambulância e os bombeiros chegaram e muita gente estava em volta, Sam estava vendo as armas, eu e Dean fomos para o lado dele, ele nos olhou e largou a arma no porta malas.

ㅡ Temos trabalho para fazer. – Sam falou e fechou o porta-malas.

Ele quase não chorou, pelo menos não na nossa frente. E agora ele vai querer vingança, assim como eu quero a vingança de minha família e John de sua mulher. Talvez o mesmo monstro matou minha família, Mary e Jess, foi isso que eu pensei quando liguei os pontos pela forma que eles morreram. E esse monstro vai pagar pelo que fez, vamos caçá-lo e matá-lo.


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Notas finais do capítulo

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