The Life Of Lia: SPN escrita por CandyStorm


Capítulo 15
1x15 Salvation


Notas iniciais do capítulo

Demorei uns dias, mas to aqui de novo!
Ai eu amo esse cap, é tão family business kkk
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/794079/chapter/15

Narrador On

Os cinco caçadores estavam em um quarto de hotel onde John e Fred ficaram a maior parte do tempo, o quarto tinha as paredes repletas de coordenadas, histórias e toda a pesquisa sobre o demônio. Os mais velhos estavam sentados, contaram tudo o que tinham feito para Dean e Sam, e Lia apenas aguardava a explicação sentada em uma das camas.

ㅡ Isso é tudo que eu sei, tudo o que descobrimos. - John disse, ele e Fred tinham um olhar cansado e os ombros caídos. Estavam muito tempo nessa.

ㅡ Nós passamos nossa vida procurando esse demônio, nenhum vestígio, nada. - Fred começou. - Até que no ano passado, pela primeira vez, eu achei uma trilha. Avisei o pai de vocês. 

ㅡ Foi quando você sumiu. - Dean olhou o pai.

ㅡ É - John concorda - O demônio saiu do esconderijo, ou da hibernação.

ㅡ Começou no Arizona, depois New Jersey, Califórnia, casas incendiadas. Ele vai atrás das famílias, como a de vocês. - Fred diz, Sam e Dean ficaram confusos.

ㅡ Famílias com bebês. - Natália esclarece indo se servir de café. - Na noite que o bebê faz exatos seis meses.

ㅡ Eu tinha seis meses? - Sam perguntou.

ㅡ Sim. - John responde.

ㅡ Mas vocês não tinham nenhum bebê. Por que? - Dean perguntou para Fred.

ㅡ O demônio fugiu do padrão, atacou no aniversário de dezessete anos da Lia. Ainda não sabemos porque. - Fred responde. 

ㅡ Então ele quis me pegar, assim como as outras crianças. E a Lia também. - Sam  parou pensativo. - Então a morte da mamãe e da Jessica… é por minha causa?

Natália abaixa a cabeça pensando o mesmo, aquele inferno todo por minha causa? Era tudo o que passava pela cabeça de Sam e Lia.

ㅡ Nós não sabemos. - Dean disse firme para o irmão.

ㅡ É sério? Eu acho que temos certeza absoluta, Dean - Sam disse, alterando-se.

ㅡ Pela última vez, o que aconteceu com elas não é culpa sua - Dean disse, levantando-se da cama e aumentando o tom de voz, frustrado. Lia tomou um gole de seu café e continuava pensativa.

ㅡ É, você tem razão. Não é minha culpa mas é meu problema - Sam falou.

ㅡ Não, não é problema seu, é problema nosso! - Dean.

ㅡ Tudo bem. Já é o bastante - John interfere. Todos respiram fundo e se acalmam. - Eu queria ter mais respostas, eu queria mesmo. Mas nunca cheguei em tempo de salvar... - John ficou em silêncio e olhou Fred, os dois estavam tristes.

ㅡ Como vamos fazer para encontrá-lo? Antes que ataque novamente? - Dean pergunta.

ㅡ Existem sinais. - Natália fala pela primeira vez depois de um tempo pensativa, recebendo a atenção de Dean e Sam. - Um pouco antes dos incêndios os sinais apareceram na área. Mortes no gado, flutuações de temperatura, tempestades elétricas...

ㅡ As mesmas coisas aconteceram em Lawrence. - John assentiu.

ㅡ E em Dallas. - Fred diz.

ㅡ Uma semana antes… das mortes. - Lia suspira, largando o café de lado.

ㅡ Mas o sinais estão começando de novo. - Fred falou, pegando um papel na mesa.

ㅡ Onde? - Sam perguntou. 

ㅡ Em Salvation, no Iowa. 

[...]

Natália dirigia o mustang, o pai na maioria das vezes jogava as chaves para ela, mas dessa vez ele estava na pick-up de John junto com o mesmo, Lia pensou do porque e tinha suspeitas, sabia que eles escondiam alguma coisa dela. O impala estava logo atrás do mustang os seguindo, mas pararam em um encostamento e John e Fred saem do carro irritados, mas tristes também.

ㅡ Maldito. - John soca a lateral da pick-up. 

ㅡ O que houve? - Natália perguntou ao sair do mustang.

ㅡ Aquele filho da puta… - Fred passava as mãos nos cabelos irritado.

ㅡ O que aconteceu? - Dean perguntou sem entender, parando ao lado de Lia.

ㅡ Acabei de receber uma ligação de Caleb. - John responde.

ㅡ Ele está bem? - Dean perguntou olhando de John pra Fred

ㅡ Ele sim. Mas Jim Murphy morreu. - John disse respirando fundo.

ㅡ O pastor Jim? - Sam perguntou.

ㅡ Como? - Natália ficou assustada e com pena, desde que entrou no negócio da família conhecia o pastor Jim.

ㅡ Garganta cortada, sangrou até a morte. - Fred falou, olhando os próprio sapatos. - Caleb disse que acharam traços de enxofre.

ㅡ Um demônio. - Lia assentiu, pensativa.

ㅡ O demônio? - Dean pergunta.

ㅡ Eu não sei. Talvez o demônio saiba que estamos chegando perto. - John responde.

ㅡ O que vamos fazer? - Natália perguntou se encostando no capô do mustang.

ㅡ A partir de agora cada segundo conta. Há dois hospitais e um centro de saúde no condado. Vamos nos separar para cobrir mais terreno. Eu quero os registros, quero uma lista com cada bebê que faz seis meses na próxima semana. - John fala.

ㅡ Pai, deve ter uma dúzia deles. - Sam disse. - Como sabemos qual é o caminho certo?

ㅡ Verificamos tudo. Tem alguma ideia melhor?

ㅡ Não, senhor.

[...]

Eles se dividiram, John e Fred foram para o primeiro hospital, Dean para o segundo hospital e Sam e Lia para o centro de saúde. 

ㅡ Aqui está, mais arquivos que pediram - uma enfermeira coloca mais uma pasta em cima da mesa onde Sam e Natália estavam. 

ㅡ Obrigado. - Sam sorri e olha Natália anotando as informações em um caderno e suspirar pesado. - Você está bem?

ㅡ Esse lance do demônio quebrar o padrão logo com minha família, isso… está me deixando louca. - a morena passa as mãos pelo cabelo nervosa.

ㅡ Vamos descobrir e colocar um fim em tudo de uma vez. - Sam diz firme.

Os dois saem do Centro de saúde depois de terem terminado de copiar o nome e o endereço de todos os bebês de seis meses que encontraram, Sam folheava um dos livros e Lia estava ao seu lado. Logo Sam começa a sentir uma dor forte na cabeça e derruba seu livro no chão.

ㅡ Sam? - pergunta Lia juntando o livro do chão e vendo o amigo com as mãos na cabeça. - O que houve?

Natália encosta em Sam preocupada, mas acaba sentindo uma energia fluindo dentro de si, sua cabeça começa a doer e ela fecha os olhos com dor. Logo flashes de um quarto infantil com um berço e um bebê começam a aparecer como visões, sons de trem, uma mulher morena e uma casa. Quando termina ela e Sam se olham assustados e respirando fundo.

ㅡ O que foi isso? - Lia pergunta apavorada.

ㅡ Você também viu? - Sam franziu o cenho.

ㅡ E ouvi também. - ela assentiu. 

ㅡ Sons de trem?

ㅡ O mapa, me dá. - ela afirma e Sam pega um mapa de dentro da mochila. - Aqui, avenida Grace.

Mais tarde os dois caminhavam em um parquinho, Sam com o mapa em mãos e Lia olhava ao redor as casas. Sam começa a sentir as dores de novo, e leva a mão até a cabeça parando de caminhar.

ㅡ Mais uma visão? - a morena pergunta e vê Sam afirmando ainda sentindo dor. 

Ela pensou em como tinha conseguido ver a visão do Sam e olhou em suas mãos, era uma ideia, talvez estivesse errada mas teria que tentar para ter certeza. Lia encosta no ombro de Sam e tudo começa de novo, mas a visão fica diferente, eles veem a mulher entrando no quarto do bebê e um homem estava perto do berço, a mulher grita e flutua até o teto e começa a sangrar pela barriga e depois tudo pega fogo. Os dois abrem os olhos e se olham. 

ㅡ Sam… - Lia olha para uma casa atrás de Sam, ele olha e percebe o mesmo que ela. Era a mesma casa que da visão. Uma mulher com um carrinho de bebê e um guarda chuva passava e eles foram até ela.

ㅡ Olá. - Sam diz recebendo a atenção de mulher. Os dois reconheceram como mulher da visão.

ㅡ Deixa eu te ajuda. - Natália segura o carrinho com o bebê enquanto a mulher fechava o guarda-chuva.

ㅡ Obrigada. - ela sorriu.

ㅡ É linda, é sua filha? - Lia pergunta sorrindo gentil.

ㅡ Sim, é a Rosie. - ela responde simpática.

ㅡ Eu sou Sam e essa é a Natália, nos mudamos aqui pro bairro. - os três de cumprimentam.

ㅡ Sou Mônica. Bem-vindos.

ㅡ Obrigada. Ela é um bebê tão lindo. - Lia diz.

ㅡ Eu sei, quero dizer, ela ... ela nunca chora. Ela apenas olha para todos. Às vezes, ela olha para você e eu juro que é ... é como se ela estivesse lendo sua mente. - Mônica responde, Lia e Sam olhavam as duas com tristeza mas estavam decididos em salvá-las.

ㅡ Ela tem quantos meses? - Sam pergunta.

ㅡ Fez seis meses hoje. Ela é grande, não é? 

ㅡ Sim, Mônica… - Lia estava distraída olhando a bebê preocupada.

ㅡ Sim?

ㅡ Se cuidem. 

ㅡ Vocês também. Nos vemos por aí. - ela diz sorrindo e Sam e Lia se afastam acenando.

[...]

Lia e Sam contavam aos outros o que aconteceu e qual era a casa que morava a família que seria vítima.

ㅡ Uma visão. - John diz sentado pensativo, Fred estava do mesmo jeito.

ㅡ Sim. - Sam diz.

ㅡ Como você também viu? - Fred pergunta para Lia, mas ele estava calmo mesmo estando preocupado.

ㅡ Eu não sei. Eu toquei nele e foi como sentir uma energia entrar em mim… ou sair de mim. - Natália estava confusa e se sentia estranha, seu olhar estava perdido e Dean e Fred olhavam preocupados.

ㅡ Vimos a mesma coisa. Aquela mulher queimar no quarto do bebê. - Sam fala.

ㅡ E isso vai acontecer? - John estava calmo, mas preocupado também. Ele pensava em tudo que podia ser.

ㅡ Sempre acontece o que eu vejo.

ㅡ Começaram como pesadelos e depois começaram a aparecer com ele acordado - Dean disse se levantando da cama e indo para perto de Lia. 

ㅡ Eu sei. - John responde, Sam e Dean o olham confusos.

ㅡ Como assim? - Sam pergunta e olha o pai trocar olhares com Lia.

ㅡ Você contou pra ele? - Dean pergunta.

ㅡ Sim, contei quando começou a acontecer. - Lia responde vendo o olhar de Dean ficar sério.

ㅡ Aquelas ligações eram dele? Estava mentindo pra gente aquele tempo todo? - Dean perguntava sério e um pouco irritado.

ㅡ Dean, me desculpa mas eu… - Lia tentou se explicar.

ㅡ Dean - chamou John. - Eu mandei ela não falar nada. Não está na hora de discutir por isso.

ㅡ É o seguinte... - Sam disse e todos olharam pra ele - com visões ou sem visões, o importante é que o demônio está vindo essa noite... e aquela família vai encarar o mesmo inferno que passamos.

ㅡ Não, eles não vão. Ninguém vai. Nunca mais. - Fred diz firme e sério.

Natália escuta seu celular tocar no bolso da calça e vê no visor que a chamada era desconhecida. Ela estranhou mas atendeu.

ㅡ Alô?

ㅡ Olá pequena gênio. - diz a pessoa do outro lada da linha, Lia franzi o cenho e olha para Sam.

ㅡ Meg? - Lia pergunta.

ㅡ Eu mesma. - ela diz rindo fraco. Lia coloca o celular  no viva voz para que todos escutem.

ㅡ Achei que tinha morrido quando caiu do sétimo andar! - falou a morena.

ㅡ Ah, isso feriu meus sentimentos. Achei que fossemos amiguinhas. 

ㅡ Não faço amizade com tipos como você. - Natália responde.

ㅡ E quem normal faria amizade com um tipo como você? - Meg contra ataca fazendo Lia ficar confusa.

ㅡ O que você quer, Meg? - pergunta sem paciência.

ㅡ Falar com seu papai e o Winchester.

ㅡ Eles… - ela olha para os dois. - não estão aqui.

ㅡ Eu sei que estão.

ㅡ Sim. Estamos aqui. - Fred fala.

ㅡ Oi, eu sou Meg. Amiga dos filhinhos de vocês. E também sou aquela que viu o Jim se engasgar com o próprio sangue. - todos se entreolharam e o silêncio permaneceu. - Ainda estão ai?

ㅡ Sim. - John responde firme.

ㅡ Enfim... aquilo foi ontem, hoje eu estou em Lincoln visitando um outro velho amigo seu. Ele quer dizer oi.

ㅡ Não importa o que eles façam, não dê… - um homem fala mas Meg o corta.

ㅡ Caleb? Caleb? - John respirou fundo e Fred estava nervoso e com raiva demais para poder falar alguma coisa. – Olha, ele não tem nada a ver com isso... Deixe-o em paz.

ㅡ Sabemos que tem o Colt. - Meg diz, os cinco se encaram.

ㅡ Eu não sei do que está falando. - John fala.

ㅡ É mesmo? Então escute só isso… - o som de uma garganta cortada e alguém engasgando fez os cinco arregalarem os olhos.

ㅡ Caleb? - Fred pergunta mas nenhuma resposta do mesmo.

ㅡ Você ouviu isso? Esse é o som do amigo de vocês morrendo. Agora vamos tentar novamente. Sabemos que vocês tem a arma. Então, no que nos diz respeito, vocês dois acabaram de declarar guerra. E é assim que a guerra se parece.

ㅡ Eu vou matar você. - falou Fred, alto e irritado.

ㅡ Todos que vocês amam vão morrer se não entregar a arma. - Meg fala direta. - Estou esperando, o que me dizem?

ㅡ Está bem. - John responde.

ㅡ Há um armazém em Lincoln, na esquina da Wabash e Lake. Vocês dois vão me encontrar lá. Só o Waldorf e o Winchester mais velhos. - Meg enfatiza a última frase.

ㅡ Vamos demorar um dia de carro pra chegar lá. - Fred diz mais calmo.

ㅡ Vocês tem até a meia noite de hoje.

ㅡ É impossível, não dá pra chegar a tempo, não dá pra levar uma arma no avião.

ㅡ Ah! Então seus amigos morrem. - ela ri antes de desligar.

ㅡ Meg é um demônio. - Sam diz, recebendo a afirmação de Lia.

ㅡ Ou ela é, ou está possuída por um. Não faz diferença. - Fred diz passando as mãos pelos cabelos, Lia o abraçou de lado, sabia que o pai precisaria de um apoio.

ㅡ O que vamos fazer? - Lia pergunta.

ㅡ Vamos para Lincoln. - John olha para Fred, o mesmo confirma.

ㅡ O que? - Sam e Lia falam juntos.

ㅡ Parece que não temos escolha, se não formos... muita gente vai morrer, nossos amigos morrem. - Fred se direciona para uma mochila e começa a pegar um casaco.

ㅡ O demônio vai aparecer essa noite. Ele vai pegar a Mônica e a família, a arma é tudo o que temos, não podem entregá-la. - disse Sam desesperado.

ㅡ Quem disse que vamos entregá-la? Além de nós e aqueles vampiros, ninguém mais viu a arma, ninguém sabe como ela é. - John responde.

ㅡ Está pensando em comprar outra em uma loja de penhores? - Dean perguntou.

ㅡ Em um antiquário.

ㅡ Meg vai desconfiar que é falsa. - Lia diz cruzando os braços.

ㅡ Se for parecida, ela não vai perceber a diferença. - Fred diz.

ㅡ Por quanto tempo? O que vai acontecer quando ela perceber? - Dean disse quase gritando.

ㅡ Isso não vai dar certo. - Natália esbraveja.

ㅡ Só precisamos de algumas horas. - John fala.

ㅡ Você quer dizer que é pra nós... - Sam respirou fundo - Quer que fiquemos aqui? Pra matar o demônio, sozinhos.

ㅡ Não podemos perder mais ninguém. - John baixa o olhar triste.

ㅡ Eu não quero perder vocês. - Lia olha de John para o pai com o olhar comovente.

[...]

ㅡ Eles estão chegando. - Sam avisa quando vê o impala se aproximar no ponto de encontro. Lia achou estranho que Fred tenha se oferecido de ir com Dean comprar a arma falsa, eles não pareciam ter muito o que conversar. 

ㅡ Conseguiram? - John pergunta quando Fred e Dean saem do carro.

ㅡ Foi a mais parecida que encontramos. - Fred tira um embrulho de dentro do casaco e entrega para John.

ㅡ É uma armadilha, sabem né? - Dean fala.

ㅡ Por isso Meg quer apenas os dois. - Lia se aproxima de John e encara o pai.

ㅡ Cuidamos dela, o arsenal está cheio. - responde Fred.

ㅡ Podem prometer uma coisa? - Dean perguntou sério.

ㅡ O que? - John

ㅡ Se a parada esquentar, caiam fora… não servem se estiverem mortos. 

ㅡ Vale para vocês também - John suspirou olhando para os filhos e por último Lia. - Escutem, ele fez balas especiais para esse Colt e só sobraram quatro. Sem elas a arma é inútil. Façam cada tiro valer.

ㅡ Sim, senhor. - Sam responde firme, com convicção.

ㅡ Há muito tempo eu espero essa briga, a hora finalmente chegou e eu não vou estar nela... É a briga de vocês agora. Acabem com isso. - Fred diz, depositando leves tapas nas costas de Dean, o mesmo se sentiu honrado, Waldorf era um grande caçador, Lia tinha o sangue e a inteligência dele.

ㅡ Pode deixar. - Dean responde, eles veem Natália suspirar pesado e concordar. John entregou o verdadeiro Colt para Dean, que guardou no bolso de sua jaqueta.

ㅡ Pega. - Fred joga a chave do mustang para Lia a surpreendendo.

ㅡ O que? - Lia franzi o cenho olhando a chave.

ㅡ Está na hora de passar as honras. É seu, cuide bem dele. - ele responde para a filha.

ㅡ Seu idiota. - Natália o abraça com os olhos marejados, ele parecia se despedir.

ㅡ A gente se vê em breve, pai. - Sam coloca a mão no ombro de John.

ㅡ Nos vemos depois. - John responde, caminhando de volta para o seu carro.

ㅡ Se cuidem. - Fred se separa da filha e aperta a mão de Sam e Dean.

Os três olham a pick-up preta sumir pelo horizonte da estrada. Eles tinham que vê-los novamente, a história não acabaria em tragédia novamente. Pelo menos era isso que eles queriam.

[...]

Dean, Sam e Natália estavam no impala vigiando a casa de Mônica, as luzes estavam apagadas e a noite estava silenciosa e fria. 

ㅡ Eu me pergunto como papai e Fred estão. - Sam diz quebrando o silêncio.

ㅡ Eu me sentiria muito melhor se estivéssemos lá apoiando eles. - Dean fala e Natália suspira.

ㅡ Eu me sentiria muito melhor se eles estivessem aqui para nos apoiar. - Lia sorri fraco, ela segura seu medalhão com força.

Depois de longos minutos de absoluto silêncio novamente, Sam volta a falar.

ㅡ É estranho.

ㅡ O que? - Dean perguntou.

ㅡ Depois de tantos anos, finalmente estamos aqui. Não parece real. - ele responde.

ㅡ Nas últimas semanas nada está parecendo real pra mim. - Natália diz, recebendo os olhares dos irmãos.

ㅡ Temos que ficar frios e fazer nosso trabalho. - Dean afirma sério.

ㅡ É, mas isso aqui não é como sempre. - Sam.

ㅡ Pois é. - o mais velho encarava a casa.

ㅡ Dean ... ah… Quero te agradecer. - Sam é interrompido.

ㅡ Por quê? - Dean franziu o cenho olhando o irmão, Lia se arruma no banco de trás, encarando Sam também.

ㅡ Por tudo... Você sempre me deu forças. Quando eu não contava com ninguém mais, podia contar com você. E agora... - Sam suspirou - Eu não sei... Me deu vontade de falar, caso a gente...

ㅡ Whoa whoa whoa, você está brincando comigo? - Dean o interrompe.

ㅡ O que foi? - Sam franzi o cenho e Lia se segura para não rir, mesmo sabendo que aquilo era sério. Ela gostava de ouvi-los conversando.

ㅡ Não diga “caso a gente morra”. Eu não quero ouvir aquele homem do discurso. Ninguém está morrendo esta noite. Não nós, não essa família. Ninguém. Exceto aquele demônio. Aquele filho da puta do mal que não envelhece mais do que hoje à noite, você me entendeu? - quando Dean terminou, Sam apenas concordou quieto e segundos depois se virou para Lia.

ㅡ Sabe, Lia você é como uma irmã pra mim...

ㅡ Cala boca Sammy. - Natália ri empurrando o ombro do moreno o fazendo parar de falar.

Poucos minutos depois o rádio começou a ter interferência, o vento ficou forte e as luzes da rua piscavam. Natália sentiu arrepios pela espinha, cada vez que os olhos piscavam era uma cena daquela noite a atormentando. Antes que os Winchester pudessem reagir a morena já estava fora do carro. Dean e Sam a seguiram para dentro da casa dos Holt, Lia era boa em abrir fechaduras com apenas um grampo de cabelo. A casa estava escura, Dean mal conseguiu ver um taco de baseball vir em sua direção, ele consegue desviar e o homem acabou acertando um abajur.

ㅡ Saiam da minha casa! - gritava o homem, marido de Mônica.

Dean conseguiu tirar o taco das mãos dele e o prensá-lo na parede o imobilizando. 

ㅡ Senhor, por favor, nós queremos ajudá-lo. - Dean disse enquanto o segurava.

ㅡ Charlie, está tudo bem aí em baixo? - Mônica perguntou do andar de cima.

ㅡ Mônica pegue o bebê! - Charlie gritou desesperado.

ㅡ Não entre no quarto! - Sam correu subindo as escadas. Lia travou por um minuto e encarou Dean, ele acenou para que ela fosse atrás de Sam. 

Quando Natália chegou no quarto do bebê viu os olhos amarelos em sua frente e sentiu o arrepio novamente, Sam puxou a arma e atirou, mas ele sumiu como fumaça. Natália correu para o berço e pegou o bebê, o berço pegou fogo assim que Lia segurou firme o bebê no colo. Sam tirava Mônica de dentro da casa enquanto Lia estava logo atrás correndo das chamas. O coração da Waldorf batia cada vez mais forte enquanto corria para sair. Quando chegaram ao lado de fora da casa, encontram Dean segurando Charlie.

ㅡ Fiquem longe da minha família!. - Charlie gritou agarrando a mulher assim que a mesma pegou a filha no colo. 

ㅡ Não, Charle. Eles ajudaram a gente. Obrigada. - ela diz, olhando de Sam para Lia.

ㅡ Ele ainda está lá. - Sam diz ao olhar pela janela pegando fogo uma silhueta. Sam caminha em direção a casa mas Dean o puxa.

ㅡ Sam, não!

ㅡ Ele ainda está lá!. - Sam grita de volta tentando se soltar do irmão. Lia começou a sentir uma dor no coração e já não prestava atenção nos irmãos.

ㅡ Está tudo em chamas! - Dean segurava ainda mais firme o irmão.

ㅡ Eu não ligo! - Sam tentou mais uma vez mas Dean o puxou novamente.

ㅡ Eu ligo! - Dean disse, Sam finalmente parou de tentar.

ㅡ Dean… - Natália sentiu a força do seu corpo sumir e ela cai de joelhos no gramado, o ar faltava em seus pulmões. Dean e Sam se viraram e correram para pegá-la.

ㅡ Lia? - Sam se ajoelhou ao seu lado olhando preocupado para a amiga que estava pálida.

ㅡ Natália, o que houve? - Dean segurava o rosto da morena desesperado. 

A Waldorf não respirava e as palavras não saiam, ela olhava os olhos verdes de Dean até que a dor parou e o ar nos pulmões voltou. Ela caiu pra frente mas Dean a pegou. Lia segurou na mão de Sam e os dois se encararam, ele sentiu o medo dela.

[...]

 

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Acho que em dois dias eu posto o próximo, fiquem no aguardo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Life Of Lia: SPN" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.