The Life Of Lia: SPN escrita por CandyStorm


Capítulo 13
1x13 The truth


Notas iniciais do capítulo

Finalmente... nada a declarar.

Boa leitura.



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Natália Waldorf On

Eu abro meus olhos e vejo o teto do impala, levei minha mão até minha cabeça que estava latejando e senti um ferimento na testa, gemi involuntariamente e tentei me levantar e sentar no banco, foi um pouco doloroso mas o fiz. Ouvi Dean e Sam chamarem por mim mas fechei meus olhos, lembrando do rosto de meu pai. Ele está vivo. 

ㅡ Onde ele está? - perguntei ainda com os olhos fechados e passando a mão no cabelo. A dor não era mais nada agora.

ㅡ Foram embora, é melhor assim. A Meg estava certa, Lia. - Dean me responde.

ㅡ Eu sei. - afirmei e abri os olhos. Dean me olhava pelo espelho retrovisor e Sam estava com a cabeça baixa, quieto. 

ㅡ Ele pediu para dizer, que te ama. - Sam disse, ainda de cabeça baixa.

Eu apenas suspirei e voltei a me deitar no carro. Aquelas iniciais eram do meu pai, F.W. Então o John sempre soube que ele estava vivo? Aquele caso era de quatro anos atrás, óbvio que ele escondeu isso de mim, por todos esses anos. Outra coisa que me perguntava era, como ele saiu vivo? Eram muitas lacunas que somente meu pai e John poderiam preencher, eu merecia respostas e dessa vez eu não irei esperar por muito mais tempo.

De manhã chegamos em Iowa City, pegamos dois quartos e um deles eu e Dean dividimos. Limpamos nossos ferimentos e tomamos um banho, eu não falava nada e agradecia mentalmente por Dean e nem Sam se importarem em falar comigo, eles sabiam que eu precisava de um tempo com meus pensamentos. Dean estava deitado na cama cansado de ficar horas na direção, provavelmente ele dormiria o dia inteiro e Sam também. Eu peguei meu celular e liguei para John, fui para o corredor enquanto chamava para que eu não acordasse Dean. Depois de chamar três vezes ele atende.

ㅡ Oi. 

ㅡ Passa pra ele. - eu falei direta. Ouço John chamá-lo.

ㅡ Filha, pensei que ligaria.

ㅡ Onde estão? 

ㅡ Eu sei que você quer conversar, mas não acho que é o melhor momento.

ㅡ Cinco anos, pai. Não vou esperar mais, eu vou até vocês e conversamos. Apenas eu, não vou atrapalhá-los. - falei firme com o nó na garganta.

ㅡ Tem razão, me desculpe. - ele suspira pesado. - Estamos em Columbia em Missouri, hotel Host Corner. 

ㅡ Chego amanhã de manhã. - desligo antes que ele fale alguma coisa.

Eu entro no quarto novamente e pego minha mochila de roupas e pego a chave do impala e saiu do quarto indo para o estacionamento. Abro o porta-malas e o fundo falso pegando uma bolsa e colocando algumas armas, munição, facas e sal grosso. Se eu fosse sair sozinha eu estaria preparada. Voltei para o quarto do hotel e Dean estava deitado do mesmo jeito, eu suspiro vendo seu rosto. Deixei a chave ao lado da cama e me direcionei para a porta, mas travei, olhando um bloco de anotações e uma caneta em uma mesa ao lado da porta. Deixei um recado, melhor que não deixar nada e eles ficarem preocupados.

Dean e Sammy,

me desculpe sair sem me despedir, vocês precisavam descansar e eu preciso ir atrás de respostas. Não se preocupem comigo, vou avisar quando estiver com eles. Me prometam que vão se cuidar bem e nada de se divertirem sem mim. Amo vocês.

—Natália Waldorf.

 

[...]

Narradora On

Natália roubou um carro velho que cheirava a maconha mas a garota não se importou, “pelo menos ele roda bem” pensou ela. Foram longas horas de viagem e apenas uma parada para dormir em um hotel da estrada, chegando no hotel Host Corner às 09:25 am. A garota passou pelo estacionamento do hotel e avistou um Mustang 67 cinza escuro com duas faixas brancas pelo capô, um clássico bem cuidado, era o carro dos sonhos de Fred, disso Lia se lembrava bem. A morena aluga um quarto para ela e joga charme para o recepcionista que parecia ter uns dezoito anos, apenas para saber qual quarto estava John e Fred, e ela consegue. Ela deixa suas coisas no quarto e depois vai para a porta nove e toma coragem para bater.

Fred abriu a porta com um pequeno sorriso no rosto, finalmente o momento chegou.

ㅡ Oi, Lia. Entra. - a garota demorou para se mexer, estava concentrada demais nos olhos do pai e percebia o nervosismo dele.

ㅡ E o John? - perguntou a morena olhando o quarto do pai, ele sempre foi um homem organizado com suas coisas.

ㅡ No quarto para nos dar espaço. - Fred se senta em uma das cadeiras da mesa e aponta a cama atrás de Lia para que ela se sente também. - Pode me fazer qualquer pergunta, você merece saber tudo que quiser.

ㅡ Como… - Natália respirou fundo, odiava gaguejar. - Como saiu de lá vivo?

ㅡ Eu acordei no chão da cozinha quando o fogo estava alto, sai pela porta dos fundos com algumas queimaduras de primeiro e segundo grau. Eu vi você com o John antes que os vizinhos vissem vocês então eu fiquei mais tranquilo sabendo que você estava bem. Eu sabia da existência do sobrenatural, porque eu era um caçador antes de você nascer.

Fred suspirou vendo Natália se segurar para não chorar, ela tremia e seu nariz estava vermelho. 

ㅡ Sabia sobre o demônio que matou a mamãe? - perguntou Natália com a voz embargada.  

ㅡ Não. Mas sua mãe tinha muitos segredos, provavelmente ele era um deles.

ㅡ Está querendo dizendo que a mamãe conhecia ele? - Lia franziu o cenho.

ㅡ Éramos casados, mas tanto eu quanto ela tínhamos um passado ruim. Decidimos esquecer e não falar sobre ele, porque começamos uma nova vida em Dallas, uma família e fizemos o possível para sermos normais.

ㅡ Porque não apareceu para mim? Porque deixou ser dado como morto? - a morena deixou o choro sair, ela soluçava e Fred partiu seu coração com a cena, ele sabia que seria difícil, mas não imaginou que seria tão doloroso assim.

ㅡ Estava tentando protegê-la, eu não sabia o que o demônio queria ou quem ele queria. Achei que ficar longe de você fosse melhor. Eu tinha medo de ser mais perigoso se ficássemos juntos. Não podia arriscar te perder também. Você conheceu o Sam e o Dean e eu pensei “ela fica bem com eles, vão dar o amor de irmãos que ela precisa sentir” Sua relação com a Molly sempre foi tão forte.

ㅡ Eu precisava do seu amor! - a garota limpou as lágrimas - Eu fiquei em um orfanato que me deixavam suja e sem comer, se eu não fugisse provavelmente não teria sobrevivido muito tempo. Eu tinha pesadelos com aquela noite, um pior que o outro e me torturava com o pensamento de ter sido a única que sobreviveu. Eu perdi minha irmã, minha mãe e achei que tinha perdido meu pai! Eu queria ter morrido!

Natália se levantou limpando as lágrimas, ela estava exaltada e nervosa. Fred derrubou suas primeiras lágrimas se levantando da cadeira também.

ㅡ Lia...

ㅡ Eu precisava de você! Pai, eu precisava de você. - ela voltou a chorar e o pai a abraçou. Ela se encolheu como uma criancinha nos braços do pai, era disso que ela precisava. Um desabafo e um abraço.

ㅡ Eu estou aqui, nunca mais vou te deixar. Eu prometo. - ele sussurra beijando o topo da cabeça da filha. 

[...]

Iowa City

Era noite quando Dean acorda e não vê Lia no quarto, ele também não encontra a mochila dela e seu coração acelera. Seus olhos param em um papel com seu nome Winchester em cima da mesa. Ele lê o pequeno papel e suspira, de certa forma aliviado e nem tanto surpreso, ele pensou tantas coisas quando viu que ela sumiu. Pelo menos agora sabia que ela ficaria bem. Alguns minutos depois de se recuperar do susto ele foi ao quarto de Sam, o garoto ainda dormia.

ㅡ Sam! Sammy, acorda. - Dean cutucava o irmão.

ㅡ O que houve? - Sam se sentou na cama e esfregava os olhos.

ㅡ Lia foi embora. - Dean disse sério, Sam o encarou assustado.

ㅡ Como assim? Quando? - Dean entregou o papel para Sam que começou a ler.

ㅡ Foi atrás de respostas. É a primeira vez que ela faz isso, acho que é normal eu me sentir mal, certo? Digo, eu nem sei quando vou vê-la de novo. - Dean passava as mãos pelo cabelo nervoso.

ㅡ Ela está indo atrás do que ela quer, está fazendo a vontade dela. Não está seguindo ordens de ninguém. Fico feliz por ela, deve ficar também, Dean. - Sam diz, ele já estava sentindo falta da amiga, mas ela precisava daquilo.

ㅡ Eu estou, cara, o pai dela está vivo. - Dean sorriu. - Mas teremos que seguir sem ela também.

[...]

ㅡ Cerveja? - Fred oferece e Natália faz careta.

ㅡ Cerveja as 10hrs da manhã? Não, obrigado. - ela ri negando.

Pai e filha juntos novamente, depois de muita conversa, muitos abraços e lágrimas, estava tudo bem de novo.

ㅡ Então só pra mim. - Fred pega apenas uma garrafa e fecha a geladeira.

Alguém bate na porta fazendo os dois se olharem. Fred abre a porta se deparando com John, ele não sabia se Lia estaria de bem com ele depois de saber que ele encobriu Fred por todos esses anos, mas por sua surpresa Natália sorriu ao vê-lo.

ㅡ Lia, sinto muito.

ㅡ Tudo bem, John. Os dois estão perdoados. - a morena abraça o Winchester. - Só, chega de mentiras, por favor.

ㅡ Ei, John. - Fred o chama. - Vai uma cerveja?

ㅡ Que tal um café da manhã antes?  - John fez careta e Lia riu.

ㅡ Eu mataria por um café agora. - a morena diz.

ㅡ Tudo bem, café da manhã por minha conta. - Fred diz largando a cerveja.

Os três vão para o estacionamento e Lia percebe o pai caminhar até o mustang 67 e a garota abre um sorriso.

ㅡ Então você conseguiu. Realizou um sonho. - Natália analisa o carro por completo.

ㅡ Foi difícil. Pega. - Fred atira a chave fazendo Lia pegar no ar.

ㅡ Sério? 

ㅡ Um dia será seu. Só ande com cuidado. - pediu Fred vendo a empolgação da filha.

ㅡ Pode deixar.

ㅡ É melhor você pôr o cinto de segurança. - fala John entrando em sua pick-up GMC, fazendo Lia revirar os olhos e Fred rir.

Uma piada interna, por uma vez Lia ter batido em uma árvore com o carro enquanto John estava sem cinto em uma perseguição de caça.

 

 

 

 

 


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