The Life Of Lia: SPN escrita por CandyStorm


Capítulo 12
1x12 Shadow


Notas iniciais do capítulo

Ai esse capítulo!!!!

Apenas digo; Boa sorte!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/794079/chapter/12

Chicago - Illinois 

Dean estaciona o impala em uma rua, Lia no banco de trás coloca um boné azul escuro que tinha o logo de um empresa de aparelhos de alarme de segurança, seus cabelos escuros estavam presos por dentro do boné, apenas duas mechas caídas no seu rosto. Os três estavam vestidos com roupas de uma suposta empresa de alarmes, estavam investigando um caso de uma mulher que foi morta dentro do próprio apartamento, mas não tinha sinais de arrombamento e a cena era sangue para todos os lados.

ㅡ Vamos. - Dean fala abrindo a porta do carro para sair.

ㅡ Certo, esse é o apartamento. - Sam fala olhando para o prédio.

ㅡ Eu não ia dizer, mas nós nos sairíamos muito melhor sem essas fantasias ridículas. - Dean disse olhando para si mesmo. - Me sinto um ator pôrno.

ㅡ Vamos resolver esse caso. - Lia fala, mas antes dos três caminharem o celular da Waldorf começa a tocar. Ela olha o identificador de chamadas e o número era desconhecido, seu corpo gelou.

ㅡ Não vai atender? - pergunta Sam, olhando a garota apenas olhar para o celular.

ㅡ Não, deve ser só aqueles caras oferecendo catálogos idiotas. - ela riu e desligou o celular. - Vamos nessa, rapazes. 

Sam e Dean se olham mas seguem a garota para dentro do prédio. Uma mulher deixa os três entrar, ela parecia ser a dona e os acompanhou até o apartamento da vítima.

ㅡ Algum problema de olharmos o apartamento? - Sam perguntou para a mulher baixinha.

ㅡ A polícia disse que já terminou aqui, então… - ela abriu a porta e eles entraram na sala que estava toda coberta por sangue. - Vocês disseram que eram da companhia de alarme?

ㅡ Isso mesmo. - Natália responde

ㅡ Sem ofensas, mas o alarme de vocês é tão útil quanto seios em um homem. - ela disse e Lia dá um sorriso sem mostrar os dentes.

ㅡ É por isso que estamos aqui, para evitar que aconteça de novo. - Dean responde.

ㅡ Você que encontrou o corpo? - Sam

ㅡ Sim. - ela concorda.

ㅡ Logo depois que aconteceu? - Lia

ㅡ Não… só alguns dias depois. O cara do trabalho ligou, eu fui tocar a campainha, foi então que senti o cheiro.

ㅡ As janelas estavam abertas? Algum sinal de arrombamento? - Dean

ㅡ Não, as janelas fechadas assim como a porta da frente. A corrente estava presa, tiveram que cortar para entrar.

ㅡ E o alarme ainda estava ligado. - Dean

ㅡ Como eu falei, uma merda de alarme sua companhia faz.

ㅡ Pegaram alguma coisa? Algum sinal de luta? - Lia pergunta olhando o sangue no chão da sala.

ㅡ Não, tudo estava em perfeitas condições. Menos a Meredith. - A mulher disse triste.

ㅡ Em que condições estava? - Sam.

ㅡ Estava por todo lugar. Em pedaços! O cara que fez isso com ela era um profissional. Se não soubesse, diria que foi um animal selvagem que fez isso com ela. - os três caçadores se olham curiosos.

ㅡ Senhora, se importa se dermos uma olhada? - Sam disse, se referindo a ficarmos sozinhos.

ㅡ Fiquem a vontade. - a mulher saiu.

ㅡ  Então o assassino entra, sem arma, sem digitais, nada. - Dean.

ㅡ Quando encontrei aquele artigo no jornal eu achei que seria nosso tipo de trabalho. - Sam. 

Dean pega o aparelho eletromagnético, que começa a apitar e acender todas as luzes.

ㅡ Eu posso sentir, tem algo de sobrenatural aqui. - Sam diz - você falou com um dos policiais?

ㅡ Sim, com a Amy. Com a gostosa e charmosa policial. - Dean sorriu safado, Lia o encarou séria, ele olhou de volta e desmanchou o sorriso.

ㅡ O que descobriu? - Sam.

ㅡ Que ela é de sagitário, nossa, ela tem uma tatuagem... - Dean voltou a sorrir animado olhando para Sam e Lia revirou os olhos, Dean nunca mudaria.

ㅡ Dean! - Sam repreendeu o irmão.

ㅡ O que? Foi mal… ela não disse nada que já não sabemos. Exceto por uma coisa que não estava no jornal.

ㅡ O que? - Lia e Sam perguntaram ao mesmo tempo.

ㅡ O coração sumiu. - Dean.

ㅡ O coração? - Lia.

ㅡ É, o coração.

ㅡ O que acham que fez isso? - Lia perguntou franzindo a testa.

ㅡ A mulher disse que parecia ataque de animal, talvez seja. - Sam.

ㅡ Lobisomem? - Dean.

ㅡ Não pode ser, fase errada da lua.. - Natália disse olhando mais o sangue nos móveis.

ㅡ Exatamente. -  Sam, olhando as manchas de sangue parou ao lado de Lia. - Deve ser um espírito.

ㅡ Tem algo errado. - Natália olhando para as manchas no chão e Sam também encarava. - essas manchas no chão parecem...

ㅡ Tem razão. - Sam disse e os dois se encararam sorrindo.

ㅡ O que tem? - Dean franziu a testa estranhando os dois.

ㅡ Dean, tem fita adesiva? - Sam pediu.

ㅡ Acho que sim.- Dean foi até a caixa de ferramentas encontrando uma. - Aqui está.

Dean entregou para Sam e ele começou a ligar uma mancha de sangue a outra, formando um desenho de um símbolo, os três encaravam pensativos.

ㅡ Já viram esse símbolo antes? - Dean perguntou

ㅡ Nunca. - Sam e Lia responderam.

[...]

Os três saíram de lá, trocaram de roupas e foram a um bar da cidade onde a vítima do caso trabalhava. Sam mexia no laptop em cima da mesa com uma cerveja do lado e Lia apenas bebia sua cerveja encarando Dean falava com a garçonete no bar. Sam olhou de canto para a garota e depois para onde ela olhava e sorriu de lado.

ㅡ Admirando ou está preocupada com alguma coisa? - Sam perguntou, a garota não entendeu a pergunta e encarou Sam, ele acenou a cabeça para a direção do bar e ela abaixou a cabeça.

ㅡ Eu não sei. Acho que Dean não mudou nada. Parece que sou a única que está levando isso a sério. Bom, ele disse que estávamos juntos, não esclarecemos que era um namoro ou algo assim. - Lia disse, ela podia confiar em Sam seus sentimentos, diferente que Dean.

ㅡ Se acha isso, deveria conversar com ele. Não é complicado. - Sam disse.

Natália sorriu para ele e o abraçou de lado apoiando a cabeça em seu ombro. Ela com certeza seguiria esse conselho, ela queria que as coisas dessem certo.

ㅡ Falei com a garçonete. - Dean senta junto com eles na mesa.

ㅡ E aí, descobriu algo além do telefone? - Sam conhecia o irmão, assim como Lia e por isso a garota não se surpreenderia se ele respondesse que sim.

ㅡ Eu sou profissional e fico ofendido de pensar assim. - Dean falou e Lia o encarou com a sobrancelha erguida.

ㅡ Para você isso não chega mais a ser uma ofensa. - Lia disse friamente mas baixo.

ㅡ Eu ouvi isso e lamento minha querida, mas, nenhuma delas resiste a mim. - Dean sorri colocando o papel do número na mesa. 

ㅡ Se incomoda de pensar mais com a cabeça de cima? - Sam perguntou fechando seu laptop e o guardando na mochila. 

ㅡ Não tem nada pra descobrir, Meredith trabalhava aqui, servia mesas, todos gostavam dela, todos disseram que era normal, nunca disse ou fez nada estranho até morrer, então... E os símbolos? - Dean.

ㅡ Não encontrei nada na internet. - Sam disse dando de ombros e olharam para Lia esperando ela responder também.

ㅡ Não achei nada no diário do John, nem nos livros habituais, nada igual. Acho que tenho que cavar mais fundo. - a garota bufou.

ㅡ Acho que vamos ter que ir mais fundo, mais livros. - Sam disse.

ㅡ Não tinha uma vítima antes de Meredith? - Dean perguntou.

ㅡ Teve, o nome era Ben Swatson. - Lia disse colocando uma reportagem com a foto do homem em cima da mesa.

ㅡ Foi mutilado no mês passado dentro da própria casa. - comentou Sam.

ㅡ Do mesmo jeito que Meredith, portas trancadas e alarme ligado. - Lia continua.

ㅡ Alguma ligação entre os dois? - Dean perguntou.

ㅡ Nada, estilos de vida diferentes, nenhum amigo em comum, nada. - Sam disse bufando.

ㅡ Recapitulando... A única coisa que conseguimos até agora foi o número da moça do bar. - Dean falou logo levando um copo de cerveja a boca.

ㅡ O que? – Sam disse olhando para atrás de Dean, tentando identificar algo.

Ele se levantou com sua mochila no ombro e foi em direção a uma mesa que tinha uma garota sentada, loira de cabelos curtos. Dean e Lia foram logo atrás ver o que o Sam estava fazendo.

— Meg? – Sam chamou a garota que olhou para trás e abriu um sorriso se levantando para abraçar o Winchester mais novo.

— Sam! Oh meu deus! O que faz aqui?

— Eu estou visitando uns amigos.

— Onde eles estão? – ela perguntou alegre.

— Bom, não estão aqui agora, mas e você. Eu pensei que estava indo para a Califórnia. - Sam estranhou demais essa coincidência de encontrá-la ali.

— Eu fui, fiquei um tempo e até conheci um cara chamado Michael Murray em um bar. – ela riu das próprias palavras.

— Quem? – Sam não entendeu.

— Ah não importa. Enfim, eu cansei de lá então estou morando aqui por um tempo.

— Você é daqui de Chicago? - Sam perguntou. Lia e Dean logo atrás estranhando totalmente a conversa de Sam com aquela desconhecida.

— Não, sou de Massachusetts. Bem, Sam quais eram as chances de nos encontrarmos? – a garota estava nostálgica, sorrindo e mostrando muito bem que estava surpresa, mas Sam estava muito mais surpreso do que ela.

— Eu achei que nunca mais te veria. – Sam disse juntando as sobrancelhas achando toda a situação muito estranha.

— Que bom que estava errado. – Meg disse. Dean que estava logo atrás se sentindo excluído tossiu para chamar a atenção do irmão. – Cara, cubra a boca. – Meg disse séria para Dean.

— Ah, esse é meu irmão, Dean, e nossa amiga Natália. – Sam os apresentou.

— Olá Natália. Então esse é o Dean? – Meg sorriu para Lia e depois olhou séria para Dean.

— Então, você ouviu falar de mim? – Dean sorriu se sentindo orgulhoso achando que já teria ganhado mais uma mulher aos seus pés naquela noite.

— Sim, e em como trata seu irmão como uma bagagem. – disse a loira furiosa.

— Como? – Dean fechou a cara. 

— Meg, está tudo bem. – Sam interferiu, não querendo que ela falasse demais.

Dean e Natália se afastaram para deixá-los conversando um pouco enquanto pegavam mais uma cerveja. Quando terminaram e saíram do bar, Sam explicou como conheceu a garota e como achava totalmente estranho encontrá-la novamente logo que estão em um caso. Sam resolve ficar de olho nela enquanto Dean e Lia tentam descobrir mais sobre Meg e sobre o símbolo. 

[...]

Lia estava sentada pesquisando sobre Meg como Sam havia pedido, Dean estava pegando uma roupa na mochila para tomar banho.

ㅡ Hey, gênio! - Dean chamou a garota. - Quer tomar um banho comigo? - o loiro sorriu cafajeste.

ㅡ Não, obrigada pelo convite. Tenho que continuar com as pesquisas. - Lia voltou sua atenção para a tela do notebook.

ㅡ Tudo bem. - Dean entrou no banheiro.

Dois minutos depois Natália recebeu uma ligação e ela viu que era John, ela havia recusado diversas vezes, estava dando um gelo nele para pressioná-lo a dizer alguma coisa. 

ㅡ Olá, quem gostaria? - Lia suspirou.

ㅡ Pode parar, Natália. Você terá suas informações. - John falou.

ㅡ Muito bem, comece a falar.

ㅡ Estou em Ottawa, persegui o desgraçado até aqui mas os rastros desapareceram. Existe uma série de casos iguais a morte de Mary e Lauren em lugares diferentes e datas próximas. 

ㅡ Mas no caso da morte da mamãe foi 17 anos depois da morte de Mary. Por quê?

ㅡ Onde eu queria chegar. O seu caso foi totalmente diferente, em todos os outros as mulheres mortas tinham um bebê de exatos seis meses. Não sei porque ele fugiu do padrão.

ㅡ Isso é estranho. - Lia ouviu que tinha um chamada em espera, ela olhou a tela do celular e era Bobby com informações sobre o símbolo. - Eu preciso desligar. Mas depois você vai me contar quem é F.W.

ㅡ Conversamos depois.

ㅡ Obrigada. - desligou e atendeu a ligação de Bobby.

Depois da ligação com Bobby a garota descobriu sobre o símbolo e sobre Meg, Dean saiu do banho e começaram uma chamada no viva voz com Sam.

ㅡ Alô. - diz Sam do outro lado da linha.

ㅡ Oi, Sammy. - Lia responde.

ㅡ E aí, Sam. Deixe-me adivinhar, você está escondido do lado de fora do apartamento da pobre garota, não é? - Dean pergunta com um sorriso sacana.

ㅡ Não. - depois de um momento de espera eles escutam Sam bufar e dar outra resposta. - Sim.

ㅡ Você tem um jeito engraçado de mostrar seu carinho. - Dean ri de seu próprio comentário e Lia revira os olhos.

ㅡ Todos nós, aparentemente. - Lia devolve e escutam Sam rir do outro lado e Dean franzir o cenho.  

ㅡ Vocês encontraram alguma coisa? - Sam entra no assunto principal.

ㅡ Sinto muito, Sam. - Natália falou, olhando para o notebook – mas tem uma Meg Master na lista de Andover, até achei a foto dela no quadrante.

ㅡ Por que você não vai a casa dela e convida ela para ler poesia ou seja lá qual for a sua cantada - disse Dean.

ㅡ E quanto ao símbolo? - Sam ignora o irmão.

ㅡ Eu mandei para o Bobby e ele achou em um dos livros dele. Ao que parece é Zoroastriano, é um símbolo muito antigo, do tipo dois mil anos antes de cristo. É um código para Daeva. - disse Lia lendo o que anotou em um papel para não esquecer.

ㅡ O que é um Daeva? - Sam perguntou e Dean prestava atenção.

ㅡ Isso se traduz em "demônio das trevas". Demônios zoroastrianos, e eles são selvagens, animalescos, você sabe, atitudes desagradáveis. 

ㅡ Estamos ferrados? - Dean franziu o cenho.

ㅡ Bom, tem mais. Esses demônios têm que ser invocados. - Lia suspira.

ㅡ Então, alguém está os controlando? - Sam.

ㅡ Isso mesmo. - Lia afirma.

ㅡ E qual a aparência deles ? - Dean pergunta.

ㅡ Ninguém sabe. Ninguém os vê a milênios. - Lia responde.

ㅡ Então, invocar um demônio antigo assim só alguém que conhece o assunto. - Dean disse pensativo.

ㅡ Temos um especialista na cidade. - Sam concorda.

ㅡ Hey Sam, que tal fazer um strip para a garota? - Dean fala arrancando uma risada de Lia.

ㅡ Morde aqui. - Sam responde bufando e desliga a ligação.

ㅡ Que rebelde. - Lia diz rindo junto com Dean.

ㅡ Aquele cara precisa se divertir um pouco. - Dean responde.

Natália foi tomar um banho enquanto Dean tomava uma cerveja e revisava tudo o que sabiam do caso, acabou tendo um resultado, algo que nenhum dos gênios viu. Quando Lia saiu do banho já vestida com seu pijama, calça de moletom cinza e uma camisa velha da banda de rock The Rolling Stones. Dean e olhou e sorriu.

ㅡ O que foi? - a garota perguntou.

ㅡ Gosto dessa camisa. - Lia sorriu com a resposta. - E eu achei mais uma coisa sobre os assassinatos, algo importante. 

Antes que Dean pudesse falar para Lia sobre o que descobriu, Sam aparece com mais notícias sobre o caso.

ㅡ Então a pequena Meg está evocando as Daevas? - Natália perguntou depois de ouvir Sam.

ㅡ Parece que ela estava usando um altar negro pra controlar. - Sam responde.

ㅡ Hum, então você curte garotas más? - Dean disse fazendo Sam revirar os olhos bufando.

ㅡ Se concentra. - Lia cutucou Dean com o cotovelo.

ㅡ Tá bom, qual o lance com as taças? - Dean pergunta voltando ao assunto.

ㅡ Meg estava falando com ela do jeito que as bruxas fazem com bolas de cristal. Estava se comunicando com alguém. - Sam diz.

ㅡ Os Daevas? - Natália pergunta

ㅡ Não, como você disse, eles são selvagens. Esse que ela estava falando é diferente. Alguém que dá ordens a ela, alguém que vai aparecer no armazém. 

ㅡ Droga. - Dean fala indo atrás dos papéis em cima da mesa.

ㅡ O que foi? - Lia pergunta.

ㅡ Era o que eu ia contar para vocês. O registro das duas vítimas, a gente deixou passar uma coisa - Dean disse, entregando os papéis à Natália. - A primeira vítima era um homem idoso, ele passou a vida em Chicago mas não nasceu aqui, ele era de outro lugar.

ㅡ Lawrence, Kansas. - Natália disse, olhando para o papel e entregando a Sam em seguida.

ㅡ E Meredith, a segunda vítima, ela era adotada. Adivinha de onde ela era? - Dean entrega outro papel. 

ㅡ Lawrence, Kansas. - Sam diz suspirando.

ㅡ Lawrence foi onde o demônio matou a mamãe. Foi onde tudo começou. Será que a Meg tem algo a ver com o demônio? - Dean perguntou.

ㅡ Mas o que eu não entendo é, qual é a importância de Lawrence? E onde é que entra os Daevas? - Natália pergunta pensativa.

ㅡ Que tal a gente destruir o altar, pegar a Meg e ter uma bela conversinha com ela? - Dean.

ㅡ Vamos vigiar o armazém e ver com quem ou o que ela vai se encontrar. - Sam diz, montando um plano.

ㅡ Vou te dizer uma coisa, não devemos agir sozinhos - Dean disse sério, os irmãos se entreolharam e Lia franze o cenho.

ㅡ No que estão pensando? - ela pergunta, mas suspeitava da resposta.

ㅡ Ligar para o papai. - Sam responde.

[...]

Dean, Sam e Natália entraram no armazém abandonado onde Sam viu Meg naquele altar negro. Onde ela se encontraria com seu mestre. Ela estava lá quando eles entraram em silêncio se escondendo no fundo na sala atrás de uma parede.

ㅡ Se esconder é um pouco infantil, não acham? – Meg disse sem nem olhar para trás. Os três se entreolham suspirando.

ㅡ Isso não funcionou como eu planejei. – Dean disse para Sam. Os três saíram de onde estavam com suas armas apontadas para Meg que se virou para olhá-los.

ㅡ Sam, isso afeta nosso relacionamento. – Meg brincou fazendo bico.

ㅡ É, eu to sabendo. - Sam diz apontando sua arma para ela.

ㅡ Então, onde está seu amigo Daeva? - Lia pergunta.

ㅡ Por aí, e essas espingardas não servirá para nada. - Meg deu de ombros.

ㅡ Então, quem é, Meg? Quem virá? Por quem está esperando? – Sam perguntou.

ㅡ Por vocês. - Meg ao dizer isso, fez sombras terrivelmente escuras aparecem e os dois Winchester e a Waldorf vão ao chão e machucados aparecem em seus rostos e corpos.

Os três foram amarrados em colunas de concreto em frente ao altar, estavam desacordados e Meg os observava, aos poucos os três acordam.

ㅡ  Ei, Sam. Não leve a mal, mas sua namorada é uma vadia. – Dean disse ao irmão e encarou Meg.

ㅡ Isso tudo foi uma armadilha. Te encontrar no bar, seguir você até aqui e que as vítimas que eram de Lawrence. – Sam disse a encarando.

ㅡ Isso não era nada, era para atraí-los.

ㅡ Você matou aquelas pessoas por nada. - Natália sentiu a raiva crescer. Ela definitivamente a odiava.

ㅡ Baby, já matei muito mais por muito menos. – ela caminhou até Lia em passos curtos.

ㅡ Então porque ainda não nos matou? – Dean.

ㅡ Vocês não são rápidos para entender não é? – Meg riu e olhou para Lia com a sobrancelha erguida. - Diga, gênio. - Meg usa o apelido que Dean chama Lia o que fez a garota franzi o cenho e depois suspirar.

ㅡ A armadilha é pro John. - Lia diz, era obvio, John não estava tão longe de Chicago e se eles achassem que o demônio estivesse no caso, Meg sabia que eles o chamariam, ela sabia de muita coisa.

ㅡ Isso mesmo, você nunca decepciona garota. Porém, John não está sozinho, não é? - Meg sorri para Natália, os garotos ficaram confusos. - Não vou estragar a surpresa dele.

ㅡ Oh, loirinha. O papai não está aqui. Ele não cairia em algo assim, ele é muito bom. - Dean fala, quebrando a encarada entre Lia e Meg.

ㅡ É eu sei, ele é muito bom, tenho que admitir – ela disse, afastando-se de Natália e se aproximando de Dean. - Só que... - ela disse, agachando-se na frente dele - ele tem um ponto fraco.

ㅡ Que seria?

ㅡ Vocês. John baixa a bola quando se trata de vocês. Eles deixam os sentimentos os lavarem a morte. E por acaso eu sei que John e companhia estão na cidade, e viram para salvá-los. - Meg fala. “má ideia ter ligado para o John” pensou Lia.

ㅡ Você vai precisar mais do que os Daevas para matá-lo. – Dean confiava cegamente no potencial do pai.

ㅡ Por que está fazendo isso, Meg? Que tipo de acordo você fez aqui, e com quem? - Sam perguntou.

ㅡ Pelo mesmo motivo que você. Lealdade e amor. Como o amor que tinha pela mamãe e Jess. – Meg provocou Sam.

ㅡ Vá pro inferno. – Sammy rosnou irritado.

ㅡ Baby, eu já estou lá. Vamos Sammy, eu e você ainda podemos nos divertir. – Meg subiu no colo de Sam e beijou seu pescoço.

ㅡ Você quer se divertir, vá em frente então. Mas no momento estou um pouco amarrado. – Sam disse mas Meg ouviu Dean fazendo um barulho com suas cordas.

Meg se levantou e foi até Dean, tirando de suas mãos a faca escondida que ele tentava cortar as cordas. E voltou a se sentar em Sam.

ㅡ Estava tentando me distrair para seu irmão se soltar?

ㅡ Não. Foi por que eu também tenho uma faca. – Sam tinha se soltado e segurou Meg pelos braços e deu uma cabeçada nela e jogando-a no chão.

ㅡ Sam! O altar. – Dean gritou ainda amarrado. 

Sam se levantou e virou a mesa do altar negro, e todas as sombras dos Daevas foram atrás de Meg arrastando-a pelos pés e jogando ela por uma janela do armazém. Sam soltou o irmão e Natália.

ㅡ Tudo bem? – Dean perguntou para a Waldorf.

ㅡ Sim. – ela respondeu se levantando do chão.

Os três foram para a janela quebrada e olharam o corpo de Meg no meio da rua. 

ㅡ Ei Sam, da próxima vez que quiser transar, encontra uma garota que não seja tão louca. – Dean brincou e os três saíram de lá.

[...]

Os três caminhavam pelo corredor do hotel que estavam e entraram no quarto escuro, Dean foi o primeiro a entrar e viu uma silhueta na janela.

ㅡ Ei! – Dean gritou e ligou a luz, revelando um rosto familiar. – Pai.

Dean abraçou o pai, em seguida Lia correu e o abraçou, Sam entrou olhando o pai surpreso e sem saber se o abraçava ou só dizia oi. 

ㅡ Era uma armadilha, John. Nós não sabíamos. Sinto muito. - Lia diz, John olhou para a garota como se sentisse tristeza.

ㅡ Está tudo bem, nós pensamos que poderia ter sido. - John responde e os três ficam com o resto confuso, John olha para algo atrás deles e eles olham automaticamente.

ㅡ Filha. - Fred dá um passo à frente, saindo da parte escura do quarto.

Os meninos arregalaram os olhos surpresos, já Natália congela sentindo seus olhos arderem enchendo de lágrima. Ela estava sem reação, era impossível, era um sonho, era um fantasma. Qualquer coisa menos real. Ele estava um pouco mais velho, o cabelo e a barba maiores e as roupas mais despojadas do que costumava usar antigamente, alguns fios brancos no cabelo, mas claramente era Fred Waldorf, pai de Lia.

ㅡ Pai? - finalmente o nó na garganta saiu e Natália pode dizer alguma coisa. - Como?

ㅡ Eu explico depois, agora não é a hora. - Fred caminha até a filha e encosta em seu ombro. O toque fez Lia estremecer.

ㅡ Não, como você...

ㅡ Natália, agora não. Eu prometo te contar tudo depois. - ele diz com sua voz forte, Natália sabia que não teria chances de saber nada no momento então só concordou e se virou para os Winchester, sem olhar para ninguém, sentindo um choque pelo corpo e a mente explodir aos poucos.

Sam e Dean sentiram o clima pesado, Lia com certeza estava com muitos pensamentos, mal pode notar o olhar de Fred em John, suplicando que eles focassem no assunto principal.

ㅡ Não é a primeira vez que ele tenta nos parar. - John diz.

ㅡ O demônio? - Sam pergunta.

ㅡ Ele sabe que estamos perto, que vamos matá-lo. Não só exorcizar e manda-lo pro inferno, realmente matá-lo. – John explicou.

ㅡ Como? – Dean 

ㅡ Estamos trabalhando nisso. – Fred diz.

ㅡ Nos deixe ajudar. - Sam pede.

ㅡ Não, Sam. Tentem entender, esse demônio é um maldito de dar medo, não queremos vocês no meio do tiroteio. - John.

ㅡ  Pai, não precisa se preocupar.

ㅡ Claro que sim, sou seu pai. A última vez que nos vemos brigamos feio, não é?

ㅡ Me lembro bem. - Sam suspira.

ㅡ Bom te ver de novo. - John diz triste, logo eles se abraçam.

Antes de John falar alguma coisa ele foi jogado contra uma parede e Fred também, cortes apareceram em seus rostos e gritavam com a dor. Os garotos arrastados para o chão e Lia foi empurrada batendo a cabeça com força em uma cômoda acabando desmaiada. Dean e Sam também sentiam cortes pelo corpo, eram os Daevas de volta. Sam pensava enquanto via a situação e teve uma ideia para tirar todos de lá.

ㅡ Fechem os olhos. Todos. - Sam grita acendendo um tipo de fogo de artifício que deixou o quarto ser tomado por uma luz branca forte.

Dean ajudou John e levantar e Fred levantou para pegar Natália e levá-la para fora. Sam ajudou a tirá-los de lá por conta de dificuldade de abrir os olhos por a luz ser muito forte. Quando todos saíram de lá John e Fred tiveram que se despedir dos filhos, por que eles sabiam que juntos John e Fred não poderiam ir atrás do demônio sem se preocupar com os filhos no meio. Precisavam se separar.

ㅡ Foi bom conhecê-los, apesar da situação. - diz Fred para os irmãos Winchester.

ㅡ Bom que o senhor está vivo. - Sam diz.

ㅡ Temos que ir. - John diz, olhando Natália apagada nos braços do pai.

ㅡ Pode deixar. - Dean estende os braços e Fred passa Natália para ele.

ㅡ Diga a ela que a amo. - o homem estava com os olhos marejados.

ㅡ Eu direi. - Dean afirma.

[...]

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai meu coração, chorei enquanto escrevia a cena da Lia encontrando o pai.
O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Life Of Lia: SPN" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.