Narradora On

Alguns dias se passaram desde o caso da família Millers, Sam não teve mais visões, Dean continuava preocupado, Lia continuou contando sobre o trio para John, mas não descobriu nada novo sobre o mesmo. Os três estavam passando por Hibbing, Minnesota quando acharam um caso. Um homem desaparece no estacionamento quando foi pôr o lixo na rua, apenas uma pessoa viu o ocorrido, um menino por volta de seus dez anos. Os Três caçadores se vestiram com seus ternos e pegaram suas identidades falsas e foram para a casa do menino fazer umas perguntas.

ㅡ Eu sei que você está apenas fazendo seu trabalho, mas a polícia esteve aqui a semana toda. Não vejo por que temos que passar por isso novamente. Quanto mais ele conta a história, mais ele acredita que é verdade. - diz a Sra. McKay, mãe do menino que viu o que aconteceu com o homem.

ㅡ Sra. McKay, sabemos que falou com as autoridade local. - diz Lia para a mulher. - Mas, esse parece um caso para a polícia de Estado. 

ㅡ Então, não ligue para o quão louco parece, Evan. Apenas nos conte. - falou Dean se abaixando até o menino que estava sentado na cama de seu quarto.

ㅡ Eu estava acordado, assistindo TV  aqui no meu quarto quando ouvi um barulho estranho. - diz o menino tranquilamente.

ㅡ Parecia com o que? - pergunta Dean.

ㅡ Parecia com um monstro. - responde o menino, Lia, Sam e Dean se olham.

ㅡ Diga aos policiais que filme você estava olhando. - diz a mãe de Evan, cruzando os braços.

ㅡ Godzilla vs. Mothra. - os três caçadores sorriem para o garoto.

ㅡ É meu filme do Godzilla preferido! - diz Dean animado. - Muito melhor que o original, não é?

ㅡ Totalmente. - diz Evan.

ㅡ Ele gosta da refilmagem. - Dean aponta para Sam.

ㅡ Eca. - o menino diz e Lia ri junto com Dean, Sam apenas revira os olhos.

ㅡ Evan, você viu como era o monstro? - Sam volta ao assunto principal.

ㅡ Não. Mas agarrou o Sr. Jenkins e o levou para baixo do carro.

ㅡ E depois? - Lia.

ㅡ O levou. Eu ouvi o monstro saindo, fazia um som assustador.

ㅡ Como era? - Sam.

ㅡ Parecia com o som de uma serra.

ㅡ Tudo bem, obrigado pelo seu tempo. - Sam agradeceu.

[...]

Os três foram para um bar chamado Barril de Kugel, já era de noite. Sam e Lia estavam sentados tomando uma cerveja, Lia olhava uma reportagem no jornal. Dean estava em pé jogando dardos no alvo da parede.

ㅡ A polícia não achou vestígios de carro no local, nem nada que indicasse que ele foi arrastado pelo chão. - Lia disse.

ㅡ Pode não ser nada, apenas um sequestro. Talvez não seja nosso tipo de trabalho. - Dean fala e joga mais um dardo.

ㅡ Talvez, mas olhe isso. - Sam folheou as páginas do diário de John e Dean foi olhar. - O pai marcou essa área. Possível local de caça de uma criatura.

ㅡ Porque ele faria isso? - Natália perguntou.

ㅡ Bom, ele encontrou muito folclore local sobre uma criatura canina, que aparece de noite, pega as pessoas e some com elas. - Sam fala, vira a página e continua. - Ele também achou isso, essa cidade tem o maior número de pessoas desaparecidas que qualquer outra do Estado.

ㅡ Isso é estranho. - Dean fala e se afasta jogando seus dardos.

ㅡ É. - Sam e Lia concordam.

ㅡ Esse tipo de criatura geralmente ataca as pessoas na cama. - Dean.

ㅡ Jenkins foi pego no estacionamento. - Lia diz

ㅡ Existem vários tipos de ataques. - Sam fala - Eles pegam as pessoas em qualquer local e qualquer hora.

ㅡ Olha, eu também não sei se esse é nosso tipo de caso. - Natália também concorda com Dean, o que era muito raro.

ㅡ Não, mas devemos fazer mais umas perguntas por aí. - Dean fala

ㅡ Ótimo, eu vi um motel a umas cinco milhas daqui. Vamos? - Lia se levantou e Sam também.

ㅡ Calma, eu estou me divertindo aqui. - Dean fala apontando para os dardos, Lia ri junto com Sam.

ㅡ Devemos levantar cedo amanhã. - Lia falou pegando sua jaqueta.

ㅡ Você não sabe se divertir, não é? - Dean vira para a garota que ficou bem na sua frente.

ㅡ Se nós formos agora eu te mostro minha forma de diversão. - Natália chega mais perto do rosto de Dean e ele se excita olhando para a boca da sua garota.

ㅡ Oh, Deus. - Dean suspira e sorri. - Vão indo para o carro, eu vou ao banheiro antes.

ㅡ Pervertidos. - diz Sam rindo ao sair do bar com Lia o acompanhando com uma risada.

Sam e Lia vão para o carro esperar Dean, Sam coloca o diário de John no capô do carro e Lia se senta no mesmo colocando sua jaqueta lá também. Os dois ouvem um barulho estranho e se olham.

ㅡ Ouviu isso também? - Lia pergunta para Sam.

ㅡ Sim. - Sam responde pegando seu celular do bolso e ligando a lanterna e se abaixou para olhar de baixo do carro.

ㅡ Tá vendo alguma coisa? - Lia pergunta descendo do capô do carro.

ㅡ É só um gato. - Sam levando rindo e o gato preto sai de lá correndo.

ㅡ Sorte a nossa. - Lia fala e se vira para volar a sentar no capô, mas ela sente o celular vibrar no bolso e vê que era John, ela desliga a chamada e suspira.

Ela escuta um outro barulho então se vira para Sam, atrás de si, mas não o encontra em lugar nenhum, antes de chamar pelo Winchester ela sente uma dor na cabeça e desmaia.

Dean depois de alguns minutos saí do bar chegando no carro encontrando o diário de John e a jaqueta de Lia em cima do capô mas nenhum deles por lá. Ele grita por seus nomes mas nada, até que ele pisa no telefone de Sam que estava no chão e logo perto encontra o celular de Lia.

ㅡ Merda.

[...]

Horas depois em um lugar bem distante do bar onde estavam, Sam acorda em uma jaula escura com barras de ferro, ele olha para a jaula da frente e tinha um homem, era Jenkins.

ㅡ Onde estamos? - Sam pergunta tentando empurrar as barras de ferro.

ㅡ Campo, aqui cheira a campo. - o homem responde.

ㅡ Você está bem? - Sam pergunta.

ㅡ Pareço bem? - responde irônico e rude. Sam olha para a jaula do lado da sua e vê Natália no chão desacordada.

ㅡ Hey, Lia! - a garota não se moveu nem um centímetro o que assustou o Winchester. - Natália acorde, por favor! - tentou novamente, dessa vez tendo resultados.

ㅡ Sammy? - Lia levanta a cabeça lentamente procurando de onde venho a voz.

ㅡ Está bem? - Sam

ㅡ Sim, só com dor na cabeça. - resmungou se levantando.

ㅡ Bom, parece que fomos pegos. - Sam.

Depois de um tempo Dean conseguiu ajuda de uma xerife da cidade, descobriram um carro pelas câmeras de tráfego do bar onde eles estavam na noite anterior. Antes de eles conseguirem ir atrás do carro em uma mata da cidade que tinha estradas e trilhas secretas a xerife descobriu que o distintivo falso de Dean era roubado e ele era um impostor. Quando eles estavam chegando perto das trilhar a xerife algemou Dean no carro e foi sozinha atrás de Sam e Lia.

Horas antes disso acontecer, Sam e Lia tentavam achar uma maneira de sair de lá. Já sabiam que o que tinha capturado os três eram apenas seres humanos, que davam comida uma vez por dia para Jenkins. 

ㅡ Como disseram que era o nome de vocês? - perguntou Arvin Jenkins para os dois que estavam concentrados em achar algo na jaula. Sam puxava um cano que estava por cima da jaula e Lia tirava um prego grande e enferrujado de uma madeira da parede de cimento que fazia um banco.

ㅡ Sam e Natália. - Sam respondeu.

ㅡ Por que não desiste Sammy? Não tem saída. - Arvin diz, ele estava convencido que morreria ali.

ㅡ Não me chame de Sammy. - Sam puxou novamente o cano e ele caiu no chão, ele sorriu.

ㅡ Para que serve isso? - Arvin pergunta

ㅡ Suporte. - responde Lia quando finalmente consegue arrancar o prego vendo o quanto era pontudo e enferrujado. Perfeito.

ㅡ Ah ótimo, um suporte, agora a gente pegou eles hein? - disse irônico para os dois na sua frente e Lia revirou os olhos já não aguentando as palavras do homem. A porta da jaula de Jenkins se abre surpreendendo os três.

ㅡ Nossa, talvez vocês tenham soltado algo que abriu as portas. - disse Jenkins saindo de dentro de sua jaula.

ㅡ Arvin, melhor voltar para dentro. - Lia diz séria.

ㅡ O que?

ㅡ Isso está muito fácil, tem algo errado. - Sam responde.

ㅡ Eu vou sair daqui e buscar ajuda, não se preocupem. - Arvin sai de dentro da sala escura.

ㅡ Arvin não! - Sam e Lia gritavam chamando-o de volta mas nada funcionou. A porta se tranca de novo com Jenkins lá fora.

Depois de três horas sentados esperando por algo, Sam e Lia ouvem barulhos e a porta da sala se abre novamente, mas dessa vez entram dois homens segurando de cada lado uma mulher com roupas de xerife desacordada, eles a colocam na mesma jaula que estava Arvin e depois vão embora. Depois de alguns minutos a xerife começa a acordar. 

ㅡ Você está bem? - Sam pergunta para a mulher que se vira para os dois.

ㅡ Vocês… vocês são Samuel Winchester e Natália Waldorf? - ela pergunta, assustando os dois.

ㅡ Sim. Como sabe quem somos? - Natália pergunta.

ㅡ Seu primo está procurando por você. - ela responde.

ㅡ Graças a Deus, onde ele está? - Sam.

ㅡ Eu o algemei na minha viatura.

ㅡ O que? - Sam e Lia exclamam.

Os três escutam a porta abrir, pelo escuro do lugar não dava para enxergar nada direito. 

ㅡ Sammy, Lia, estão aí? - era Dean 

ㅡ Estamos aqui, Dean - Lia responde e os três sorriem aliviados.

ㅡ Cara, como é bom ver vocês. Estão bem? - Dean chega perto das jaulas, tenta abrir mas sem sucesso.

ㅡ Sim, estamos. - Sam responde.

ㅡ Como conseguiu se livrar das algemas? - a xerife pergunta

ㅡ Eu tenho meus truques. - Dean responde sorrindo. - Certo, tenho que tirar vocês daqui.

ㅡ Tem um tipo de controle automático ali. - Sam apontou para perto da porta e Dean caminha até lá.

ㅡ Vocês os viram? - Dean.

ㅡ Sim, são apenas pessoas. - Natália.

ㅡ E atacaram vocês? A Natália até entendo, mas você Sam? Tá enferrujado. - Dean ironizou fazendo Lia e Sam rolarem os olhos.

ㅡ Sei lá, cara. - Sam responde

ㅡ Sabe o que eles querem? 

ㅡ Não, eles deixaram Jenkins sair mas era uma armadilha. Mas não faz sentido nenhum para mim. - Sam.

ㅡ Entendo por que. - Dean apertava os botões da caixa mas nada aconteceu. - Quem normalmente combatemos seguem um padrão e regras, mas pessoas… são só loucas.

ㅡ Você viu algo lá fora? - Natália perguntou.

ㅡ Sim, muitos carros. Acho que eles pegavam das vítimas quando as levavam.

ㅡ Você viu um Mustang preto? com mais ou menos 10 anos? - a xerife perguntou.

ㅡ Sim, era do seu irmão? Sinto muito. - ele disse e ela concordou triste.

ㅡ Vou tirar vocês daqui, então vamos cuidar das pessoas que fizeram isso. Sammy, isso precisa de chave? 

ㅡ Eu não sei, acho que sim.

ㅡ Tudo bem, vou procurar pela casa. - Dean se virou mas parou quando Lia o chamou.

ㅡ Dean, toma cuidado, por favor. - ela pediu se segurando nas barras da jaula. Dean foi até ela e deu um beijo entre as barras de ferro.

ㅡ Vou me cuidar. - ele disse e saiu.

Dean foi procurar as chaves mas antes de conseguir pegar dois homens o pegaram graças a uma menina chamada Missy que chamou pelo pai. Dean levou uma panelada na cabeça ficando inconsciente. Minutos depois ele acorda amarrado, descobre que os homens só fazem aquilo por diversão e se enoja.

O pai dos dois homens e da menina loira era o chefe, ele mandou seu filho Lee abrir a jaula de Sam e o matar com um tiro e depois as outras duas mulheres. Dean entrou em desespero, não conseguia se soltar da cadeira e seu coração batia tão rápido, ele perderia as duas pessoas mais importantes da sua vida. Ele gritou contra o velho o ameaçando de morte caso eles fizessem algo contra Sam e Lia.

Logo eles ouviram um tiro, o que deixou Dean ainda mais assustado, mais dois tiros foram ouvidos e o Winchester amarrado sentiu um aperto enorme no peito, não queria acreditar no que estava acontecendo. Mas Lee demorou muito para voltar então o pai deles mandou a garota Missy ficar de olho em Dean, enquanto ele e seu filho Jared iam ver o que estava acontecendo.

Sam tinha conseguido jogar o cano de ferro na arma de Lee fazendo ele errar o tiro, então Sam lutou contra ele que acabou disparando a arma mais duas vezes, então Sammy nocauteou Lee, pegou a arma mas ela estava travada. Sam soltou Lia e a xerife, então Lia teve uma ideia e destruiu com os fusíveis para que tudo ficasse escuro quando os outros entrassem.

Eles estavam em um tipo de seleiro, então foram para o fundo dele onde tinha várias caixas e feno, quase que fazendo um labirinto lá dentro. Quando o velho e seu filho entraram no celeiro, viram Lee no chão inconsciente e foram atrás dos outros prisioneiros. A xerife se escondeu dentro de um armário e Jared ouvindo o barulho e vai até o armário, destrava sua arma pronto para atirar mas Lia chega por trás dele o enforcando. Já Sam, estava escondido nas palhas de feno, quando ele saiu de lá correndo o velho viu ele e atirou mas nenhum tiro pegou nele.

Enquanto Lia estava em cima de Jared o contendo, a xerife saiu do armário e deu um soco nele, ele acabou fazendo Lia cair no chão, ele iria acertar um tiro na xerife mas Sam apareceu e deu um soco nele. Jared se recompôs e atirou em direção a Sam, mas ele saiu da frente a tempo, fazendo com que o tiro acerta-se no pai de Jared que estava logo atrás de Sam, deixando o velho cair no chão. Jared virou para atirar em Sam, mas Lia que ainda estava no chão conseguiu chutar o braço dele, o fazendo derrubar a arma e depois chutar no meio das pernas de Jared.

ㅡ Vá se fuder! - Lia disse.

A xerife nocauteia Jared que caiu desmaiado no chão.

ㅡ Podem ir, eu cuido deles. - a xerife disse, pegando a arma e apontando para o velho que estava no chão baleado no ombro.

ㅡ Obrigado. - Lia se levantou e correu com Sam para dentro da casa procurar Dean.

Acabaram por achar ele amarrado em uma cadeira na cozinha, com uma menina apontando uma faca para ele. Lia pegou uma frigideira na cozinha e se aproximou cautelosa da menina.

ㅡ Hey, pirralha! - a menina se virou e Lia acertou a frigideira no rosto dela, pegou a faca que ela derrubou e Sam pegou a menina prendendo ela no armário da dispensa.

ㅡ Belo golpe. - Dean disse, Lia tirou as cordas que o amarravam e ele abraçou ela. - Eu quase tive um ataque do coração achando que vocês...

ㅡ Estamos bem. - Lia cortou sua fala e sorriu.

[...]

Os três caçadores estavam em um hotel que encontraram depois de sair da fazenda dos Bender. Dean estava abastecendo o carro, Sam era o último que tinha ido tomar banho e Lia deitada na cama descansando depois de dois dias sem um banho decente e "dormindo" no chão. A garota suspirou, estava muito cansada, aquele trabalho era cansativo. Muitas vezes já se pegou pensando se tivesse desistido de buscar vingança e simplesmente ter vivido uma vida “normal”, talvez teria sido adotada por uma família boa e comum, que acordaria de manhã com muffins para comer ao invés de lanches baratos de marcadinhos ou lancherias. Talvez teria cursado medicina que sempre se atraia quando mais nova. Mas viveria com peso na consciência, por não vingar sua família. Ela nunca teria os Winchesters como uma segunda família se tivesse tomado outra decisão, não teria o John como um homem que ela tinha um imenso respeito, não teria o Sammy como um irmão que sempre abraçou ela quando estava triste. E também não teria o Dean, que hoje é a pessoa pela qual é apaixonada. Perdida nesses pensamentos ela acaba voltando para a realidade ao ouvir o barulho do celular tocar, ela olha que o número era desconhecido.

ㅡ Oi, por favor John… - Lia sussurrou ao celular mas o homem a interrompeu.

ㅡ Natália, eu preciso que pare de procurar por pistas de mim. Eu não ligarei mais se continuar. - John estava zangado, provavelmente Bobby tinha contado sobre a conversa que teve com a Waldorf a dias atrás, mas Lia já estava farta de seu joguinho.

ㅡ Bobby te contou que eu descobri alguma coisa, certo? Então, quem é F.W?

ㅡ Eu conto tudo à você, mas agora ainda não é a hora, Lia. 

ㅡ Sabe, John, não faz diferença nenhuma para mim você ligar, você não se importou em ligar antes, quando seu filho quase morreu e se parar de ligar eu não vou precisar continuar mentindo para os meninos. Quem sai perdendo é você, não é mesmo? - Natália já estava quase aumentando seu tom de voz, mas tinha que se acalmar antes que Sam saia do banho e Dean volte.

ㅡ Me perdoe, Lia. Está sendo difícil para mim não poder te contar. Mas eu preciso que tenha paciência, preciso de você. - John amolecia seu coração quando se tratava de Natália.

ㅡ Eu não terei paciência por muito tempo. - Lia disse, e nesse momento Sam sai do banheiro já vestido. - Eu agradeço a promoção, mas eu não vou aceitar, obrigada, tenha um bom dia.

ㅡ Quem era? - Sam perguntou vendo a morena desligar o celular.

ㅡ Um cara com promoção de colchões. Nem casa eu tenho. - Lia riu se levantando da cama.

ㅡ Claro. - Sam riu.