Os pessegueiros de Xianle escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Os pessegueiros de Xianle




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Quando chegou na Cidade Fantasma, Xie Lian achou que as coisas estavam diferentes. Os habitantes pareciam ter adquirido uma postura exemplar, com as costas retas, as roupas alinhadas e os cabelos penteados. O senhor Frango, da barraca de sopa de frango, tinha uma crista perfeitamente pomposa. Enquanto o açougueiro, senhor Leitão, lustrava uma lâmina gigante, sorrindo amplamente para a sua vítima, um braço feminino com ornamentado com joias nos dedos e pulsos.

As fantasmas prostitutas não economizaram na maquiagem e suas vestes eram tão sedutoras quanto as curvas de suas cinturas. Embora elas se esforçassem para manter as mãos na frente do corpo, como faria uma jovem dama de uma família nobre.

As ruas da cidade fantasma também estavam mais iluminadas, com muitas lanternas vermelhas penduradas, em seu interior, uma vela acesa para cada lanterna. Olhando para o lago, próximo da residência de San Lang, ele também encontrou lanternas flutuando na água, em forma de lótus.

Tudo parecia um verdadeiro sonho complicado de explicar, porque, mesmo que eles se esforçassem a manter toda aquela dignidade austera, ainda assim, era a Cidade Fantasma. Então os sorrisos e as posturas foram se afrouxando até que alguns começaram a dar sinais de cansaço.

— O que houve para todos ficarem tão rígidos? — Xie Lian perguntou, olhando para a população fantasma a sua frente. — Estão precisando de ajuda? Aconteceu algo sério com San Lang?

— Grande Tio, não estamos do seu agrado? — Um deles perguntou, com uma voz lamuriosa.

— Eu sabia que isso não ia funcionar. — Disse outro fantasma, mas desesperado.

— Vamos fazer o que, se o mestre mandou a gente se comportar hoje? — Perguntou uma das prostitutas, ela mostrava orgulhosa seu sapato lótus. Na infância, quando ainda era viva, aquela prostituta teve seus pés quebrados para que eles pudessem se encaixar no molde desse sapatinho tão pequeno. Em sua região, era parte do dote feminino ter pés pequenos, infelizmente, ela nascera com pés grandes.

— Calada, não era para contar. — A outra fantasma falou.

Xie Lian estava em uma situação embaraçosa, ele não sabia como reagir aqueles comentários. Afinal, o que estava acontecendo com a Cidade Fantasma? Eles nunca foram assim tão... estranhos.

— Aí vem nosso mestre. — Alguém disse, então Xie Lian virou-se e viu Hua Cheng se aproximar.

Ele vestia uma bela capa vermelha e camisa preta com botões dourados. As calças pretas se juntavam as botas de cano longo e conforme ele caminhava, o tilintar das correntes de prata era ouvido. Seus cabelos estavam soltos e iam até depois dos ombros, displicentes e rebeldes. O tapa-olho era coberto por alguns fios escuros de seu cabelo, enquanto nos braços, Xie Lian pode ver aquelas braçadeiras de prata.

Ele veio caminhando lentamente, sem pressa de chegar a seu destino. O corpo de Hua Cheng se movia com graça e elegância, como um animal selvagem à espreita de sua caça. Sem fazer barulho ou qualquer comoção, se não fosse pelos habitantes da Cidade Fantasma, agitados, acenando para o mestre.

— Estamos aqui, mestre, como ordenado.

Hua Cheng se aproximou de Xie Lian e, ignorando os demais, ele sorriu para o deus Marcial.

— Gege, bem vindo de volta.

— Obrigado, San Lang. — Xie Lian disse, um pouco envergonhado pela plateia ao redor, observando-os, embora já fosse quase um costume todos eles sempre se reunirem quando Xie Lian aparecia. — O que está acontecendo?

— Eles querem fazer uma surpresa para Ge. — Hua Cheng estendeu o braço e Xie Lian automaticamente segurou-se nele. — Para compensar a tragédia do aniversário do ano passado. — Hua Cheng virou o rosto com uma expressão sinistra para os habitantes da Cidade Fantasma. Dava para ouvir o lamento de cada um, como se apenas o olhar de seu mestre fosse o bastante para fazê-los sentir um grande sofrimento.

— Oh! Mas, não precisa. — Xie Lian disse, com um sorriso, balançando as mãos.

— Grande Tio, nós queremos saudá-lo apropriadamente esse ano.

— Sim, queremos que tenha uma boa impressão de nós.

— Se o grande tio está feliz, o mestre está feliz. Então nós ficaremos felizes também.

O fantasma recebeu um pisão no pé para parar de falar.

— Também preparamos uma sopa afrodisíaca, ela concede muitos bebês.

Xie Lian chorou com alguns comentários, enquanto recordava-se do que ocorreu um ano antes. Os fantasmas queriam agradá-lo e prepararam uma festa de aniversário. Estava indo quase tudo bem, se não fosse pela confusão causada. Ele nem sabia exatamente o que aconteceu, mas no final resumia-se a uma montanha de fantasmas brigando e puxando os cabelos uns dos outros e Hua Cheng perdendo a paciência, levando Xie Lian para longe.

— Nós estamos nos comportando bem, mestre. — A fantasma cutucou a amiga, obrigando-a ajeitar os ombros corretamente.

Xie Lian ficou emocionado pela tentativa de todos eles demonstrarem respeito, também em agradá-lo. Mas, a verdade, era que nunca se sentiu ofendido. Aquele foi um dos aniversários mais divertidos que ele teve na vida. E quando colocou isso em pratos limpos, houve um suspiro coletivo se espalhando pela Cidade Fantasma, como se eles estivessem cansados de manter a postura.

Simplesmente desabaram e deixaram os botões soltos, as camisas abertas, as barrigas caídas e os decotes à mostra.

— Quero que sejam vocês mesmo, sem máscaras ou mentiras. Gosto daqui, porque sempre me senti mais livre. — Xie Lian falou e assim que ele deu meia volta com Hua Cheng segurando seu braço, ele ouviu uma algazarra e comemoração. Vozes altas xingavam e outras brigavam, pareciam ter voltado ao normal.

— Gege, como está se sentindo? — Hua Cheng perguntou, logo depois que eles entraram na mansão paraíso.

— Muito bem, digo, estou me sentindo ótimo. — Ele disse, sorrindo. — E quanto a San Lang? Como está se sentindo?

— Eu estava com saudade de Ge. — Ele o olhou com aqueles grandes olhos negros, como se fosse um par de olhos de gatinho desejando o colo quente de um mestre. Xie Lian não resistiu aquele pedido silencioso e o abraçou, beijando-o em seguida nos lábios.

O calor de seu corpo envolveu San Lang e os dois se beijaram por um longo tempo.

— O aniversário de Gege é daqui três dias. O que deseja de presente? — Hua Cheng perguntou, enquanto segurava a mão direita de Xie Lian, até o futon em seu quarto.

— Eu gostaria apenas de ficar com San Lang por esses dias. — Xie Lian disse, de forma simples. — Esses meses estão sendo tão cheios de atividades, que nós não tivemos tanto tempo em silêncio.

— Deseja silêncio? — Hua Cheng ergueu a sobrancelha, sentando-se ao lado dele no futon. Havia algumas almofadas e então Xie Lian esticou seu corpo para relaxar, era sempre muito agradável ficar na companhia dele naquele local, onde poderiam ter longas conversas. Trocar algumas risadas e se deitarem juntos.

— Não um silêncio contínuo, como quando se medita. — Xie Lian pensou um pouco, com a mão em seu queixo. — Eu penso se fosse possível dar uma pausa de alguns dias. Não pense que eu não gosto de trabalhar no meu templo, mas estou sempre andando para lá e para cá, que nem me lembro mais quando foi a última vez que ficamos sozinhos sem uma interferência.

— Doze anos, seis meses e quatro dias. — Hua Cheng falou em seguida.

— Como? — Xie Lian piscou.

— Faz esse tempo desde a última vez que tiramos alguns dias de descanso. Foi longo depois daquele incidente com o fantasma da foice que fugiu do monte Rokkubantai.

— Oh! Sim, sim, é verdade. Nós levamos alguns meses para conseguir capturar e ainda precisamos da ajuda de alguns deuses marciais.

— Gege sabe que se eu quisesse, teria capturado ele no mesmo dia. — Hua Cheng falou de forma calma e Xie Lian sabia disso. Contudo, ele não o fez por dois motivos simples. Primeiro, porque ele não queria ajudar o céu novamente. E, segundo, ele estava se divertindo passeando pelo monte Rokkubantai com Xie Lian.

— Eu sei, mas San Lang me ajudou muito, obrigado. — Xie Lian sentiu a mão de Hua Cheng subir pelo seu braço, até o pescoço. — Eu só quero ficar aqui, com você.

— Isso eu posso fazer. — Hua Cheng aproximou-se do corpo de Xie Lian e o beijou nos lábios. Deitando-se em seguida ao lado dele, segurando suas mãos com os dedos entrelaçados.

— Na verdade, tem mais uma coisa que eu queria fazer. — Xie Lian inclinou a cabeça e virou-se no futon, apoiando os cotovelos.

— O que Gege quiser eu ficarei feliz em realizar. — Hua Cheng disse prontamente e Xie Lian sabia que ele realmente faria qualquer coisa. Às vezes a constatação dessa afirmação o preocupava, outras vezes, como essa, apenas o fazia sorrir.

— Quando eu era criança, em meu aniversário, eu sempre via os pessegueiros florescerem. Achava tão bonito, eu caminhava pelo chão de pétalas de pessegueiros até meus pais e mamãe sempre me pegava no colo. — Xie Lian suspirou, olhando depois para Hua Cheng. — Você teria gostado de ver e sentir, o cheiro é muito bom.

Por um momento, San Lang permaneceu em silêncio e Xie Lian apenas sorriu, dizendo que era um desejo bobo, já que aquela espécie era específica do reino de Xianle, uma árvore pouco adaptável em outras regiões. Com a guerra, os pessegueiros do palácio foram todos queimados, após uma tentativa de invasão do exército inimigo.

— Gege... — Hua Cheng ergueu novamente a mão e acariciou o rosto de Xie Lian, que fechou os olhos sentindo o toque dele. — E se eu disse que posso te mostrar mais uma vez os pessegueiros de seu palácio?

Xie Lian abriu os olhos, um sorriso de emoção contornou seus lábios e ele sentou-se no futon. Já havia passado tanto anos, que Xie Lian queria poder rever a beleza de seu reino. Da alegria de andar ao lado de seus pais quando era apenas um menino, de como era o cheiro bom da comida e do perfume das flores. Seu reino agora era apenas um sonho distante em suas memórias, e por isso ele nunca pensou que seria possível reviver novamente aquelas lembranças tão antigas.

Pensando nisso, Xie Lian conteve a animação.

Hua Cheng já havia mostrado para ele algumas cenas capturadas de ações passadas. Como a história de Yin Yu, no céu. Contudo, aquelas imagens vieram do espião que assistiu o acontecimento. Dessa forma, como San Lang poderia mostrá-lo algo que ele não viu?

— Muito simples, Gege, eu posso acessar suas memória. — Hua Cheng disse.

— Oh! Isso? Eu... — Xie Lian crispou os lábios. Ele havia passado por situações de todos os tipos e não se envergonhava mais de certos acontecimentos de seu passado, sabendo que San Lang estivera presente nas mais intensas. — Está bem, o que devo fazer?

Os dois sentaram-se em posição de lótus um diante do outro e seguraram as mãos.

— Acho que Gege precisa ficar mais perto, para que eu toque a minha testa na sua.

— Sim, claro. — Xie Lian arrastou-se mais pelo futon.

— Talvez mais perto.

— Está bem.

— Um pouco mais.

— San Lang... — Xie Lian soltou um suspiro. — Assim vou acabar em seu colo.

— Perfeito.

Vendo que não houve questionamento sobre isso, Xie Lian balançou a cabeça e sentou-se no colo de Hua Cheng. Ele ficou muito bem acomodado sobre o colo de San Lang, enquanto suas pernas circulavam a cintura do rei fantasma. As mãos de Xie Lian tocavam o tecido macio da roupa vermelha, conforme as mãos de San Lang descia sedutora por suas costas.

Eles encostaram as testas um no outro e fecharam os olhos. Após um breve silêncio, o cenário foi ganhando forma. Primeiro, a escuridão foi clareando e as montanhas ao longe se destacavam, depois vieram as nuvens, o sol iluminando as planícies e o reino foi tomando forma e cor.

Xie Lian se viu parado no centro da praça, enquanto as pessoas transitavam pela rua, no início de mais uma manhã. Alguns carregavam cestos com frutas, outros puxavam a carroça. O cheiro da comida fresca no ar era agradável e Xie Lian olhou ao redor, em busca de San Lang, encontrando-o em pé próximo da fonte de água, segurando um guarda-chuva vermelho para se proteger do sol. Havia uma estátua exageradamente dourada do príncipe herdeiro sobre aquela fonte e Xie Lian acabou rindo.

— Gege, gostou?

— Eu não me recordo dessa fonte.

— Ah! Isso? — Hua Cheng virou-se, olhando a estátua dourada. — Apenas um toque a mais.

Quando ele estendeu a mão, Xie Lian aceitou rapidamente. Os dois caminharam pelas rua principal do reino. O sorriso não saia dos lábios de Xie Lian e ele comentou sobre as coisas que se lembrava e aquelas que achava que era diferente.

— San Lang, essa é a sua visão misturada com a minha?

— Isso mesmo, Gege.

Era compreensível, porque havia detalhes que Xie Lian não notara naquela época. Como as crianças pequenas e sujas disputando as frutinhas. Mulheres vendendo objetos pessoais ou trocando por comida, e outras cenas que não eram muito habituais quando o príncipe herdeiro passava.

Xie Lian sabia que não poderia fazer mais nada sobre o passado. Mesmo assim, seu coração sentia tanto por aquelas pessoas terem sido negligenciadas.

— Gege, me desculpe, eu não quis deixá-lo chateado no dia do seu aniversário. — San Lang notou a expressão abatida de Xie Lian.

— Não é problema, eu queria ver tudo como realmente era, não apenas as lembranças bonitas que eu cultivei na minha memória.

Eles continuaram andando pelo reino, até chegarem ao palácio. Naquele local, Xie Lian direcionou San Lang a todo momento, mostrando cada espacinho que ele conhecia muito bem.

— Gege não vai me mostrar seu quarto? — San Lang perguntou, levando a mão à cintura de Xie Lian.

O deus marcial corou levemente, ele não sabia até onde iria aquelas lembranças. Não havia nada demais em seu quarto, então não pensou que seria interessante. Ao chegarem no quarto, Xie Lian achou estranho porque o cenário era apenas um borrão.

— Gege, eu não pude reconstruir as lembranças daqui, peço desculpas.

— Tudo bem, San Lang. Talvez até mesmo as minhas lembranças mais profundas esse lugar não tem mais significado. — Xie Lian deu um passo para trás e depois virou-se. — Vamos ver os pessegueiros.

Os dois desceram os degraus do suntuoso palácio, correndo, já que ninguém os via ou poderia recriminar sobre suas atitudes. Xie Lian estava se divertindo tanto interagindo naquele cenário, olhando a bela arte do seu reino por todo o palácio. Não era diferente do lado de fora, nos jardins. As plantas estavam magníficas e brilhavam com cores intensas. Xie Lian tirou os sapatos e pisou nas pétalas de pessegueiro que caíam no chão.

— É incrível, como se fosse real. — Ele disse, caminhando lentamente pelo jardim. San Lang abriu novamente o guarda-chuva e foi andando atrás dele devagar, também sorrindo pela alegria do príncipe herdeiro.

Depois de percorrer pelo jardim, Xie Lian e Hua cheng estavam parados ao lado de um pessegueiro. Xie Lian estendeu a mão e uma pétala rosada caiu sobre a sua mão. Ele a fechou e levou ao coração, sentindo-se em paz. Ele estava quase satisfeito, achando que era a hora de terminarem o passeio imaginário, quando Xie Lian ouviu a voz de sua mãe.

Hua Cheng girou o corpo e Xie Lian acompanhou o movimento. A imperatriz estava no corredor central do jardim, arbustos de folhas verdes com belas flores desabrochando compunham aquele cenário.

Xie Lian viu a mãe abrir os braços, chamando-o, como ela fazia quando ele era criança. Atrás da mãe, estava o imperador, seu pai. A sua imagem era imponente, como Xie Lian se recordava.

— S-san Lang. — Xie Lian segurou com força a mão de Hua Cheng. — Eles estão me vendo?

Hua Cheng segurou a mão de Xie Lian e aproximou-se dele mais um pouco.

— Sinto muito, Gege, é apenas um traço de suas lembranças que eu resgatei.

— Tudo bem. — Xie Lian disse, sorrindo para San Lang. — Obrigado.

Ele virou o rosto na direção do pai e da mãe e caminhou até eles. Quando chegou, ficou ali parado, observando os dois por tanto tempo que ele não saberia dizer se ficou ali por uma hora ou alguns dias. Xie Lian queria poder abraçá-los, queria dizer o quanto os amava e pedir perdão. Mas não fez nada, apenas observou os dois olhando para ele, como faziam quando era uma criança ainda cheia de vida e sonhos pela frente.

Assim que retornou para onde estava Hua Cheng, o deus marcial agradeceu novamente pelo presente de aniversário e então, a última coisa que Xie Lian viu foram os pessegueiros perdendo as últimas pétalas e folhas de seus galhos, como acontecia no outono.

A testa de Xie Lian afastou-se da testa de Hua Cheng. Ele sentiu a lágrima escorrer de seu rosto e San Lang a secou com sua mão.

— Gege, está triste?

— Não, muito pelo o contrário, estou feliz. — Xie Lian abraçou Hua Cheng e eles caíram no futon aos risos.

Não ficaram muito tempo no quarto, porque a presença do Grande Tio foi solicitada no centro da Cidade Fantasma. Havia uma pilha de presentes para ele abrir e algumas iguarias para ele comer.

Xie Lian agradeceu a presença de todos e começou a abrir os presentes, aceitando também um ou outro petisco saboroso para comer, sem fazer desagrado a ninguém.

As suas lembranças de Xianle estavam bem guardadas, a saudade permanecia em seu coração. Mas, agora, Xie Lian também possuía outro lugar para ser considerado um bom lar.


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Notas finais do capítulo

É isso, gostaram? Podem falar agora o que acharam.
Até mais.



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