Coincidência ou Destino? escrita por RafaelaG99


Capítulo 1
Leonor e Alexandre




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Existe um país bem peculiar, um país que tem desde uma cidade perto de montanhas de neve inspirada na Alemanha até Casa em ilhas tropicais parecidas com a Polinésia, contando também com um Deserto com uma arquitetura inspirada da do Mediterrânio até uma pequena aldeia situada numa vasta floresta comparada à Amazónia. Tem até uma cidade com grandes arranha-céus parecida com São Francisco. Realmente é um País muito peculiar. A nossa história vai passar-se na cidade universitária Brightmind, mas antes de a verdadeira história começar definitivamente, temos de conhecer os personagens, o que nos leva a 12 anos atrás.

Na cidade que falei que era inspirada na Alemanha, a cidade Windtime, viviam a família Garcia, um casal com dois filhos, Leonor (7 anos) e Alexandre (3 anos). Essas duas crianças tinhas cabelo e olhos castanhos, e pele do tom típico das pessoas que vivem na Europa Mediterrânica. E essa família tinha vizinhos, a família Lopéz: uma mulher viúva de dois casamentos com três filhos, Rute (aparentemente com 15 anos) e os gémeos Gabriel e Miguel (8 anos). Todas as crianças tinham olhos azuis, mas Rute tinha cabelo Preto, Gabriel era ruivo (e tinha sardas), e Miguel era loiro.

Essas duas eram tão peculiares quanto o país que viviam, a família Garcia eram Bruxos, e dos mais poderosos que existem. E a família Lopéz são Vampiros, mas um pouco diferente, a mãe, Marina, era uma vampira com 300 anos de vida. O primeiro casamento dela foi com Richard, outro vampiro, e dele nasceu a Rute, que herdou os cabelos pretos do pai, uma vampira completa; mas no segundo casamento Marina apaixonou-se por um humano, Gonzalo, e dessa relação nasceram Gabriel e Miguel, ou seja, os gémeos são mestiços, ao contrário do que se esperava, que um nascesse vampiro e outro humano, os dois nasceram 50% vampiro e 50% humano. E na aparência eles também são diferente, Gabriel herdou o ruivo e as sardas do pai, enquanto Miguel herdou o loiro da mãe.

Leonor e Miguel tinham uma amizade especial, eles praticamente passavam os dias juntos. Eram inseparáveis, e já se pensava que eles iriam casar-se e ficar juntos para o resto da vida… imortal. Mas uma notícia teve que estragar tudo isso.

Miguel estava sentado à espera de Leonor no lugar preferido deles, um jardim com ruinas greco-romanas cheias de flores bem escondido da cidade, e dentro das ruinas estava uma estátua de dois metros da criadora de todas as criaturas sobrenaturais, a Grande Deusa. Ele ouve-a a aproximar-se e imediatamente levanta-se imediatamente quando percebe que ela tinha chorado

— Nonô, o que foi? — Miguel foi imediatamente consola-a abraçando-a

— Eu… nós… — Leonor não conseguia falar por causa dos nervos

— O que se passou?

— Eu… vou voltar para BookGlimer esta noite

            Miguel não queria acreditar. BookGlimer é a cidade onde vivia a família real daquele país e onde vivia a maior parte da comunidade bruxa do país, onde Leonor tinha nascido

— Porquê? Vocês mudaram-se para lá para cá, porque é que vão voltar?

— Eu não sei. Mas não vamos voltar para cá

Miguel queria beliscar-se, aquilo só poderia ser um pesadelo, não queria mesmo acreditar naquilo. Eles nunca mais iam-se ver. Já que era assim, tinha que haver uma maneira de eles nunca esquecerem-se um do outro. Miguel teve uma ideia, pegou na mão de Leonor e levou-a para dentro das ruinas, e só pararam quando ficaram frente a frente com a estátua

— O que estamos aqui a fazer? – Leonor parecia confusa com aquilo tudo

— Nós nunca vamos nos separar se nos casarmos

Leonor ficou ainda mais confusa

— Mas nós somos crianças, a estátua vai funcionar connosco?

— Só há uma maneira de descobrir

Os casamentos do mundo sobrenatural funciona no seguinte: pode ser só o casal ou pode haver uma cerimónia, mas em ambos os casos o casal tem que estar perante a estátua da Grande Deusa, dar as mãos e com as outras mãos livres têm que tocar na estátua ao mesmo tempo, e nas mãos estendidas da estátua iriam surgir dois anéis de cristal com as iniciais do casal, e neste caso iriam ser L+M

Leonor e Miguel fizeram aquele processo do casamento, e por incrível que pareça, funcionou, mas a novidade é que os dois anéis de cristal vieram cada um com um fio a segura-los…

— Funcionou! – Leonor ficou encantada por ter funcionado

E Miguel pegou neles – Sim, mas são grandes para os nossos dedos, e veio com estes fios

— Mas faz sentido. Os anéis são grandes para os nossos dedos, vão servir de colar

Então Miguel pegou num deles e colocou no pescoço de Leonor…

Nenhum deles sabia o que iria acontecer, talvez eles nunca mais se iriam ver, talvez iriam cruzar os caminhos e não se iriam reconhecer, mas aqueles anéis farão com que nenhum deles dois irão esquecer-se um do outro

O momento menos aguardado chegou, Leonor já se tinha despedido tristemente da família de Miguel, e estava até agora agarrada a ele, mas não adiantava de nada, eles iriam partir de qualquer forma.

Leonor entra no carro e a família Garcia começa a viagem de regresso a BookGlimer…

12 anos depois em BookGlimer

Leonor, já com os seus 18 anos, estava acompanhada com os seus colegas de turma numa despedida, já que no dia seguinte ela iria para a cidade universitária BrighMind. Assim que despediu-se de todos, ela sai do bar e segue para casa a pé, já que ficava bem perto. Mas não saiu sozinha, pois Pedro segue-lhe, um colega que ela teve até tiveram um namoro, mas Leonor terminou com ele pois ele era muito diferente dela, e não era do caso que opostos se atraem… Se há um personagem que será odiado nesta história, é ele: Machista, Racista, Homofóbico, Xenofónico, Mentiroso, Ciumento, etc… pacote completo de pessoa que nem devia nascer

— Porque estás a seguir-me?

— Vou fazer-te companhia – Pedro dava a entender que tinha outras intensões, e Leonor sabia muito bem

— Dispenso a tua companhia

— Eu aposto que não vais safar-te em BrightMind, devias pensar bem antes que seja tarde demais. Foi lá que uma amiga minha foi estrupada

Leonor bufa de estar sem paciência para conversas com ele

— Porque mentir, Pedro? E escusas de rebaixar-me que sabes muito bem o que eu posso fazer-te se irritares-me…

— A ameaçar-me, Nonô? Tens mais lábia do que ação. És Princesa, não devias ser tão rebelde… E vais para a universidade fazer o quê? O teu futuro está a garantido no palácio…

Princesa? Que conversa é essa? Esse foi o motivo pela partida da família Garcia à 12 anos, eles iriam tornar-se a família real. O rei tinha falecido e os sucessores da antiga família real não quiseram a coroa, então a coroa foi passada para o pai de Leonor, que era irmão do rei.

Leonor não queria discutir com ele, então foi embora dali, mas Pedro continuava a segui-la

— Se continuas a seguir-me eu chamo os guardas!

— Claro que chamas, não passas de uma menina frágil

Leonor correu dele, mas não estava a fugir dele, mas a leva-lo para uma armadilha que tinha em mente, e parece que iria funcionar, ela estava a ser seguida por Pedro

Leonor correu para um armazém abandonado e escondeu-se. Pedro entrou depois e fechou o portão

— Porque se esconde, Alteza?! Quereis magoar o seu futuro marido? Só acabaste comigo porque estás confusa, eu sei que me amas e estás só a ser teimosa. É verdade que eu queria seguir-te, mas eu também estava farto de estar dentro do bar, cheio de bichas e putas, esses nem deveriam existir, se eu governar, vou mandar todos embora, e eu sei que tu também queres isso. E também os pretos e os chinocas, deveria haver uma divisão entre raças, o que achas?

Era isso que Leonor queria, que Pedro falaria e iria distrair-se com o que ele glorificava. Leonor esperou que ele fosse mais para o meio, ela lançou um feitiço onde correntes apareciam no chão e agarraram o corpo de Pedro puxando-o para baixo. Pedro ficou assustado, não esperava por aquilo. Leonor sai do esconderijo e vai até ele

— O que é isto? Solta-me imediatamente!

— Não disseste que eras mais forte que eu? Agora liberta-te…

— Eu vou falar para todos que já andaste de rolo com outros homens e mulheres e com aquelas aberrações dos travestis

Leonor sentou-se com força em cima dele, e ele gemeu de dor

— Eu ando de rolo com quem quero. E queres saber? A aberração és tu… tem uma boa noite a tentar saíres dai, se é que vais sair ainda esta noite

Leonor levanta-se e vai até à saída, e ouve:

— Ninguém vai amar-te como eu te amei!

Leonor vira-se e fala:

— Ainda bem…

~…~…

Leonor entra no seu quarto e é pega de surpresa pelo seu irmão mais novo Alexandre, já com 14 anos, todo feliz e a saltar por todo o lado

— Nonô! Adivinha!

— Eu até poderia adivinhar, mas estás tão feliz que eu quero saber por ti próprio

— Eu vou contigo para BrightMind!

— O que? Serio?

— Sim, a mãe falou com a senhoria do local onde vais ficar e ela falou que haverá mais duas crianças viver lá também!

— Que bom, Alex! E já tens tudo preparado para amanha?

— Obvio que sim!

Mais uma despedida, mas desta vez sem muita tristeza.

Leonor conduzia enquanto Alexandre estava ao seu lado com os bancos e a mala cheias de coisas

— Mana, aqueles que irão morar connosco. Eles sabem quem somos?

— Bom, nem nós sabemos quem eles são, não vamos logo falar que somos bruxos e que somos da realeza. Se bem que sermos da realeza vai permanecer segredo, mesmo se descobrirem que somos bruxos

— Entendi. E o que se passou por teres chegado ao palácio àquela hora? Aconteceu alguma coisa?

— … Não te preocupes, está tudo resolvido… assim espero

~..~…

Depois de uma viagem de duas horas e meia, Leonor e Alexandre chegaram a BrightMind, uma cidade inspirada em Oxford, mesmo à frente na casa onde iriam viver por um tempo. Era uma casa normal, com dois andares, e uma arquitetura que condizia com as outras casas. E parecia que já havia gente em casa. Os irmãos não tiraram logo as coisas e foram diretos à porta da casa. Leonor tocou à campainha e rapidamente abriram, e quem lhe recebeu foi uma linda jovem, da idade de Leonor, de pele escura, com os cabelos negros preso por duas tranças para trás e um lindo par de olhos azuis a destacarem-se. E mais atrás havia uma criança da mesma idade que Alexandre, com uma pele mais clara que a mais velha, os mesmos olhos azuis, e cabelos atados por marias-chiquinhas e era de um ruivo de uma cor mais suave... Os dois foram recebidos por muita alegria da parte das duas...

Próximo Capitulo - Rebecca e Francine


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