Com o meu aceite minha mãe deixou combinado que eu poderia passar duas semanas com meu pai. Havia insistido em um encontro informal. Apesar disso a família Cullen insistiu que eu fosse passar alguns dias com Edward na casa dele. Nunca acreditei que isso nunca fosse de fato acontecer e nas vezes que cogitei essa possibilidade propus enfrentar isso de cabeça erguida. 

Por um lado meu coração vibrava dentro do peito, pois sempre tive curiosidade de conhecer o Edward, afinal de contas, ele era meu pai e ainda mais por enxergar características tão diferente da minha mãe. Acreditava que grande parte da minha personalidade e sobretudo minha aparência estavam associadas a ele e do outro lado pensava o quanto este distanciamento o tornou um desconhecido.

Aos oito anos de idade eu não sabia fazer as perguntas certas e conforme os anos foram passando acreditei que colocar minha mãe contra parede e insistir no assunto não era a coisa certa a se fazer e naquela idade eu podia apenas fantasiar. Por diversas vezes imaginei encontrando o Edward no caminho da escola ou no parque e sempre que ia ao meu restaurante favorito em todos os meus aniversários eu pensava que algum dos carros do estacionamento fossem o dele. Sempre acreditando que ele estava por perto.

O dia de vê-lo enfim chegou.

— Suas malas estão prontas? — minha mãe surgiu na porta do quarto.

Bella parecia tão nervosa quanto eu para esse encontro e eu podia imaginar o motivo. 

— Só falta pegar meu tênis. Não consigo acha-los — disse e abaixei para olhar debaixo da cama outra vez.

— Estão lá embaixo, filha. Eu os lavei, estavam imundos. 

— Tudo bem — digo através de um suspiro.

Quando descemos tinha um carro preto parado na porta de casa. Fomos avisados que meu pai enviaria um motorista para me buscar e de longe não imaginei que fosse um veículo tão moderno e luxuoso. 

— Me manda uma mensagem assim que possível, ok? — Bella pediu com lágrimas nos olhos.   

O motorista desceu sem dizer nada e colocou minha mala dentro do carro. Minhas pernas tremiam,

— Pode deixar, mãe. Eu te amo — digo lhe abraçando forte.

— Eu também te amo, minha filha — Bella fala soluçando. 
A medida em que o carro andava minhas mãos soavam cada vez mais. Nunca conheci muito bem a cidade de Forks e pelo pouco que eu sabia as casas se localizavam em uma região central da cidade. No entanto, a casa de Edward parecia ser muito mais distante das outras, pois a paisagem ia ficando mais verde e mais densa conforme o tempo. 

O motorista entrou por um caminho estreito alcançando um campo florido e por fim parou em frente uma casa branca enorme. A casa parecia ter no mínimo 3 andares e uma varanda larga que circulava toda fachada. 

Quando sai do carro fiquei um tempo admirando o lugar que parecia mais um castelo por ser tão lindo e grande e isso só me faz sentir raiva por lembrar da dificuldade que eu e minha mãe passamos e antes que eu pudesse expressar qualquer tipo de emoção ou raiva um homem passou pela porta de entrada e meu coração congelou.