Star girl. escrita por Jones


Capítulo 1
galaxy defenders, stay forever!


Notas iniciais do capítulo

Eu sou uma grande fã do McFly desde que tinha mais ou menos uns dez anos de idade e essa é uma das minhas músicas favoritas. Um dia só me bateu um clique da necessidade que eu tinha de transformá-la em pelo menos uma parte de uma história maior: então uni minha banda, ficção cientifica, meu livro favorito e um casal que eu adoro numa fic bobinha, mas que é de coração.

ps: não costumo fazer notas porque eu tendo a me explicar muito, mas espero que vocês gostem!



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Ele estava perdido no espaço mais uma vez: terráqueos e a mania eterna de procurar outros planetas para colonização. Não, dessa vez tratava-se de sobrevivência! Ele precisava arranjar uma maneira de ocupar Gama IV, não voltaria para a Terra de braços cruzados. O futuro de sua família estava em jogo, droga, o futuro da humanidade estava em jogo.

— Houston, nós temos um problema. - A voz de Jimmy, seu companheiro de missão, soou em suas orelhas.

— Não precisa gritar. - Eddie respondeu. - Qual a situação?

— Seu tanque de oxigênio. - A voz cortada de Jimmy parecia desesperada. - Você precisa encontrar a base.

— Estou perdido, droga. - Eddie murmurou com a voz abafada pelo capacete. - Eu preciso de ajuda.

— Quem poderia nos ajudar? - Jimmy respondeu de maneira dramática.

— A Star Girl. - O astronauta de cabelos azuis e três brincos na orelha esquerda exclamou.

— Ela não passa de uma lenda, Eddie! - Jimmy ralhou. - Um delírio coletivo que não faz uma aparição há anos.

— Tente contato com os Galaxy Defenders. - Eddie exclamou com a voz baixa. - Eles são nossa última esperança.

Eddie Wolf sabia que a Star Girl era real. Anos atrás, quando ele era apenas um adolescente e estava preso naquele mundo louco chamado Terra Nova II, ela o salvara de uma ameaça alienígena que chegara tarde para a colonização do planeta que já estava com poucos recursos.

Victorious, a Star Girl, era alta, loira e com lábios cheios, perfeitos e macios. Seu collant era feito de um tecido brilhante vermelho e provavelmente alienígena que a protegia em qualquer tipo de ar, tanto os cheios de nitrogênio como o de Zedd como os carregados de amônia como o de Lester V. Seus olhos eram uma mistura perfeita de azul e verde, grandes como os de um anime terráqueo antigo. Seu nariz era levemente arrebitado e suas curvas pronunciadas. Eddie a ajudou a bordo de sua nave intergaláctica que mais parecia um frisbee.

— Você sabe pilotar uma dessas? – Com as mãos nos quadris, ela havia lhe perguntado na ocasião, num tom autoritário. - Dom ainda está em seu país evacuando as pessoas, preciso de um par extra de mãos.

— Eu aprendo rápido. - Eddie murmurou, preocupado em não decepcioná-la.

— Tudo bem, capitão. - Victorious, a Star Girl, disse sarcasticamente com um sorriso nos lábios rosados. - Estarei com as armas, preste atenção no comunicador.

— Sim, Star Girl. - Respondeu timidamente.

— Me chame de Vic. - Ela lhe lançou uma piscadela e se sentou em sua base de comando com as armas. - Eu não gostaria de ter que ir lá fora resolver com minhas próprias mãos.

Os rumores sobre as habilidades sobre-humanas e especiais da Star Girl eram lendários, ninguém sabia ao certo quais eram os superpoderes de Victorious. Todos só sabiam que ela era poderosa e que quando entrava em uma briga sempre saía vencedora. Aquela não seria diferente.

— Muito bem capitão. - Ela murmurou no comunicador. - Agora preciso que você incline a nave e passe entre aqueles dois veículos do planeta Nesbo. Eles vão nos atacar, então segure firme.

— Ok, Vic. - Ele fez questão de pronunciar com carinho o nome dela. - Preparar para a inclinação de 180 graus.

— Pronta. - Ela gritou. - Vai!

Ele virou o veículo com maestria e de maneira rápida, surpreendendo os nesbonios. Foi o suficiente para que Vic os acertasse exatamente no seu ponto mais fraco: a base sem arma da nave de onde saíam as individuais.

Com um sorriso ela comemorou enquanto as naves individuais desocupadas caíam do suporte e a principal explodia. Repetiu o processo na segunda nave, causando uma explosão ainda maior.

— Você conseguiu! - Eddie comemorou com os olhos brilhando de admiração e um outro sentimento até então desconhecido totalmente, destinado apenas para ela.

— Nós conseguimos, Eddie. - Ela colocou uma ênfase especial na palavra 'nós' e correu até os braços de Eddie.

Ele ainda estava com medo: e se os nesbonios que sobraram voltassem para a nave? Entretanto, o medo virou uma leve preocupação e em seguida um nada quando ela encostou os lábios cheios e macios nos dele. Podia ser o calor do momento ou um costume Galaxy defender de comemoração, mas ele não o desperdiçaria de maneira alguma. Com uma mão na cintura dela e a outra em seu pescoço, aprofundou o beijo fazendo-a a lançar os dois braços ao redor de seu pescoço.

Hoje em dia ele se perguntava porque ela não pediu para que ele ficasse. Deixando para lá suas lembranças, concentrou-se no presente:

— Alguma resposta? Jimmy? - Eddie repetiu em seu capacete. Começava a sentir falta de ar. Pelas suas contas não faltava muito para que ele não conseguisse mais respirar. - Vic? Onde você está?

Ele começou a se perguntar em voz alta no vazio da imensidão escura do universo.

— Me chamou? - Ele viu um collant vermelho brilhoso antes de fechar os olhos.

Ele acordou do desmaio pela falta de oxigênio com os grandes olhos dela o encarando. Ele estava sem o capacete no grande frisbee intergaláctico da super-heroína.

— Você quer me explicar por que saímos de nossa rota por um terráqueo? - Uma voz não tão familiar vinha de longe. Era a voz de um garoto um pouco mais novo que os dois. - O que há de tão especial nele?

— Tudo. - Vic murmurou encostando os lábios nos dele. - Você me assustou, Eddie.

— Vic? - O rapaz perguntou surpreso com uma das mãos se esticando para toca-la nos cabelos loiros ondulados. - Você veio, você estava há milhões de milhas!

— Você me chamou. - Ela sorriu com os dedos no rosto dele.

— Simples assim? - Ele não pôde evitar um sorriso fraco.

— Eu te disse que sempre que você precisasse poderia me chamar. - A Star Girl encolheu os ombros. - Eu só esperava que você fosse precisar de mim antes.

— Eu... - Ele tentou se sentar, se erguendo com os cotovelos e mirando-a nos olhos bonitos. - Eu queria que você tivesse me pedido para ficar.

— Você ficaria? - Ela sorriu com as duas mãos no rosto dele. - Essa é uma novidade.

Victorious se levantou de repente e foi conversar com Dom que assistia a cena de braços cruzados. O rapaz não parecia muito satisfeito com o andar da carruagem e a mensagem estava estampada em seu rosto: se dependesse dele, Eddie não poderia ir com eles.

— Dom, qual é? – Ela riu, jogando os cabelos longos para trás. – Eu preciso de uma companhia mais simpática que a sua. Sem contar que eu realmente gosto muito dele.

Eddie sentiu suas bochechas queimarem com o rubor da declaração indireta.

— Você é uma boba romântica. – Ele fez uma careta. – Vocês se beijaram uma vez há anos.

— E você é um chato. – Ela lhe mostrou a língua e olhou para Eddie. – Você gostaria de vir com a gente? Surfar em sóis nascentes, voar em outras gravidades, assistir as noites virarem dia em planetas diferentes e eventualmente salvar a galáxia?

Eddie mais do que gostaria; na verdade, ele amaria – ele nunca teria o suficiente quando se tratava de qualquer coisa relacionada a Vic. Além disso, talvez ela quisesse dar vazão aos seus sonhos de fazer amor a luz da lua e perto das estrelas.

— É claro que sim, se não houver problemas. – Ele disse com um sorriso para Dom que apenas girou os olhos e olhou para frente. – Porém preciso terminar a minha missão: encontrar um caminho para a transferência do povo de Terra Nova II para Gama IV e saber o que aconteceu com Jimmy, o outro astronauta.

— Tudo bem. – Vic olhou para Dom. – Para Terra Nova II. Estou morrendo de vontade de tomar um Blizzard no Dairy Queen.

— Sim, senhora governante das galáxias. – Dom girou os olhos novamente para reforçar seu tom sarcástico e mandou um aviso. – Mas a próxima acompanhante eu escolherei.

★★★

— Não acredito que apenas você virou um Galaxy Defender e me deixou para trás. – James, um moleque de doze anos que Teddy considerava um irmão, reclamou emburrado.

— Eddie deixou Jimmy para trás. – Teddy o corrigiu, guardando os esboços de um de seus novos exemplares das “Super Aventuras da Star Girl e os Galaxy Defenders” na mochila, um livreto ilustrado que contava com apenas um leitor: seu irmãozinho postiço de doze anos e maior fã. – E não deixou de verdade. Ele disse que iria atrás dele antes de se unir a dupla.

— Você acha que Jimmy um dia seria um Galaxy Defender? – James perguntou agitado, seguindo-o pelos corredores de Hogwarts.

— Por que não seria? – Teddy disse mais para agradá-lo do que como um plot que estivesse realmente considerando. - Quem sabe no futuro, não é?

— Legal! – James disse.

— Você não tem aula ou algo assim? – Teddy olhou para o grande relógio na parede. – Eu tenho monitoria de Transfiguração para o quinto ano agora, mais tarde nos falaremos.

— Beleza! – James saiu correndo pelo corredor gritando. – Galaxy Defendeeeeeers!

Edward Remus Lupin não era a pessoa mais popular de Hogwarts, o que explicava sua constante companhia ser um pirralho de doze anos no fim do primeiro ano. Não era atlético e campeão de quadribol como seu irmãozinho em breve seria e nem a pessoa mais habilidosa em iniciar conversas ou participar delas.

Não se considerava feio. Estava pior há uns dois anos, antes de experimentar poções que consertaram as espinhas em seu rosto e, hoje em dia, achava que os cabelos que mudavam de cor constantemente, mas gostavam de voltar ao azul de qualquer forma, lhe acrescentavam um charme. Está certo que era sempre um saco ter que explicar por aí que era um metamorfomago de nascença – a única forma possível – e por isso seus olhos e cabelo mudavam de cor com frequência, e que sim, era uma raridade genética, mas os colegas da Lufa-Lufa adoravam quando ele conseguia mudar o nariz ou outras formas, e Teddy sempre os fazia rir quando imitava o grande nariz de Leroy, o professor de poções.

Essas coisas exigiam treino, mas seu padrinho vivia dizendo que eram habilidades legais e que um dia seriam úteis. Não eram tão úteis assim agora em seu sexto ano, porém, Harry Potter costumava ter razão.

 - Olá. – Ela havia chegado mais cedo que ele na mini sala privativa anexa a nova ala da biblioteca que os alunos usavam para terem aulas com os monitores. Como sempre, estava espetacular: loira, alta e com os olhos azuis esverdeados o encarando com expectativa. Comia uma pera com aqueles lábios cheios e molhados que o deixavam sem respiração. – Estou de dieta.

— Ah. – Ele murmurou, colocando a mochila quase vazia atrás de uma cadeira com as alças no encosto enquanto a observava. – Você não precisa de dietas.

— Estou usando calças jeans tamanho quarenta e dois. – Ela riu, pegando seus pergaminhos com anotações e dezenas de perguntas de transfiguração.

— Você tem um metro e setenta e cinco, tamanho quarenta e dois é normal. – Ele encolheu os ombros.

— Um metro e setenta e seis. – Ela falou olhando para ele com curiosidade. – Mas você chegou perto, você é mesmo tão genial quanto dizem, senhor Teddy Lupin.

— Obrigado, senhorita Vic Weasley. – Teddy disse com o rosto ruborizado. – Sou apenas um nerd observador.

— Sei... – Victoire riu, e tentou acertar o miolo da pera no cesto de lixo. – De qualquer maneira, obrigada por não achar que tamanho quarenta e dois é grande coisa, minhas amigas magricelas indelicadas estão me enchendo a paciência com o “tanto que eu engordei”.

Ela errou a lixeira por vários centímetros e levantou-se para colocar o lixo no local certo. Teddy virou o rosto quando percebeu que estava prestes a olhar para a parte de trás do corpo dela curvada sobre a lixeira – e isso não era coisa de um rapaz decente. Quando viu suas pernas com as meias sobre os joelhos e as saias no meio da coxa, pensou que talvez essas não fossem as observações decentes que um bom rapaz deveria fazer.

E ele era um bom rapaz.

— Para mim, você está ótima. – Melhor que ótima, ele gostaria de dizer. Entretanto, coçou a garganta que arranhava com a presença daquela que dominava seus pensamentos, desenhos e histórias há cerca de seis meses, quando começaram as monitorias de Transfiguração. Ela era bastante inteligente, mas seus problemas de atenção a faziam errar alguns feitiços básicos e, por isso, ser encaminhada a um rapaz que já tinha muitos créditos na disciplina, mas adoraria ajudá-la. – Vamos lá, com o que eu posso te ajudar hoje?

— Bem, estamos fazendo feitiços de desaparecimento. – Ela olhou para seu pergaminho cheio de perguntas. – E eu estava indo bem, até porque é apenas um feitiço sabe, só que essa semana mudamos para vertebrados e eu simplesmente não estou conseguindo. Porque 1) o que acontece com o bichinho depois que desaparece? 2) por que com minhocas é tão mais fácil? 3) isso realmente vai cair nos exames? 4) por que McGonnagall insiste em fazer a gente despir doninhas? Aliás quantos anos ela tem? Ela deu aula para o meu pai!

— Uau. Muitas perguntas. – Teddy respirou fundo e sorriu, por sorte dessa vez ele estava realmente prestando atenção e não memorizando detalhes do rosto concentrado dela para usar em um exemplar de Star Girl mais tarde. – Bom, tudo o que fizermos desaparecer vai para o não-ser, que é basicamente o tudo e o nada. Com invertebrados é sempre mais fácil, tem a ver com a razão entre moléculas e partículas dissolvíveis, algo bem chato. E sim, vai cair nos exames. Além disso, quando você conseguir o seu ÓTIMO você vai aprender, como eu estou aprendendo, a conjurar e fazer as coisas existirem e recriar o balanço no universo. E, sobre a McGonnagall, ela é realmente uma lenda, deu aulas para umas quatro gerações de bruxos. Agora não mencione isso perto dela, pois ela vai começar um longo discurso sobre aposentadoria e como ela poderia ter continuado sendo diretora, mas seu verdadeiro prazer é lecionar em uma grande sala de aula.

— Entendi. Puxa. - Ela disse fazendo anotações nas margens de suas folhas. - Você realmente está me ajudando muito, eu deveria te dar algum presente ou algo assim.

— Estou apenas fazendo o meu trabalho. - Ele inclinou a cabeça para trás coçando os cabelos.

— Você está fazendo aquilo de novo. - Victoire riu, mordendo o lábio inferior para evitar gargalhar. - De ficar corado até as pontas do cabelo. Foi só um simples elogio, imagina se eu te dissesse algo mais constrangedor como "você é bem bonito".

— Eu não sou. - Ele puxou um fio de cabelo que estava realmente em um tom escarlate. - Um mestre das transfigurações deveria saber controlar melhor essas coisas.

— Eu acho bem legal. - Ela encolheu os ombros. - Apesar de ser algo que te deixe voluntariamente vulnerável e sempre exposto, também te permite mudar e ser quem você quiser.

— Acho que é verdade. - Ele se sentiu relaxar e, estando no controle, fez seus cabelos voltarem ao tom de azul com o qual estava habituado.  - Apesar de que eu fico imaginando quem uma pessoa perfeita como você gostaria de ser.

— Você está flertando comigo, Edward? - Victoire sorriu e parou de juntar as folhas de seu pergaminho.

— Não. - Ele disse de maneira apressada. - Quer dizer, foi apenas um elogio.

— Entendi. - Vic sempre exalava uma confiança inabalável, mas seus olhos demonstraram certa decepção. - Enfim, acho que era apenas isso hoje. Vou praticar mais com os pobres vertebradinhos.

— Eu trouxe algo para você. - Ele colocou a mochila sobre a mesa para tentar achar o pequeno urso de pelúcia de Lily que ele usara para praticar o desaparecimento de trajes no ano anterior. Tentando encontrar o objeto, despejou todo o conteúdo da mochila sobre a pequena mesa distraidamente.

— Encontrei! - Ele ergueu o pequeno urso no ar, mas ela não lhe deu atenção.

Era tarde demais para tirar o livreto de suas mãos curiosas ou dar-lhe qualquer outro tipo de explicação que não deixasse mais claro ainda que ele era o tipo de nerd esquisito que desenha a garota que gosta em collant vermelho de super-heroína ele era.

— Engraçado. - Ela murmurou olhando as páginas concentradamente. - Essa moça, a Star Girl, se parece com alguém que eu conheço e não consigo... Victorious. Sou eu!

— Olha... - Teddy começou, com os olhos arregalados e as mãos suadas. - Eu posso explicar.

— Teddy. Isso é genial. - Ela falou, devorando o livreto com os olhos. - Quem faz esses desenhos? É você quem faz isso?

Ele a encarou em silêncio por alguns minutos. Não demoraria muito até que ela chegasse na parte em que o personagem Eddie beijava a Star Girl. Ele não deveria mentir, o que diria? Estava extremamente envergonhado e não duvidava que seus cabelos estivessem acompanhando o tom vermelho de seu rosto e ele tivesse parecendo um pimentão vermelho naquele momento.

— Sim. - Admitiu com pesar, soltando todo o ar que estava prendendo de uma vez. O que ela iria pensar? - São apenas esboços.

— São lindos. - Ela passou os dedos delicadamente sobre o desenho da figura feminina fantástica e heroína em que ele a transformara. Estava admirada: se sentira a pessoa mais bonita do mundo com os olhos grandes e o corpo curvilíneo. - Nessa história, Eddie e a Star Girl serão um casal?

— Sim. - Teddy encolheu os ombros. E olhou para os próprios dedos, evitando o olhar dela. - Na verdade, eles já são. Esse exemplar que você está... Bem... Lendo... É um prelúdio. A explicação de como Eddie Wolf se junta aos Galaxy Defenders, ao lado da rainha dos céus, a Star Girl, e seu ajudante, The Doom.

— Então tem outros desse? - Victoire não conseguia parar de ler a história e perceber a riqueza de detalhes dos desenhos de Teddy. - E Dominique é um garoto? Ela gostaria disso.

— Sim, tem outros. - Ele confessou e se permitiu olhar para ela que tinha os olhos presos no livrinho.

— Quantos?

— Não sei, uns quinze ou vinte. - Ele murmurou olhando para os olhos esverdeados dela que acompanhavam os lábios em um sorriso.

— Vinte e dois. - Ela falou ao olhar para a capa. - Volume vinte e dois. Há quanto tempo você me desenha?

— Olha, se você quiser eu posso parar... não queria te causar nenhum tipo de constrangimento. - Ted gaguejou, com dificuldades em formar frases longas.

— Você está brincando? - Vic riu, jogando os longos cabelos loiros para trás. - Eu quero é ler todos os volumes! Estou me achando para caramba.

— Sério?

— Eu estou linda. - Ela disse apontando para si mesma numa página da revista. - Você tem muito talento.

— Você não está incomodada? - Ted encarou Victoire com expectativa.

— Eu estou é puta da vida. - Ela reclamou cruzando os braços e fechando o livro ao terminar de ler. - 1) porque você não me mostrou isso antes.

— Eu comecei a desenhar há uns meses quando comecei a te dar aulas. - Confessou com os ombros tensos e envergonhados. - Meu plano era que você nunca os visse.

— Todo mundo deveria ver, você tem um super talento. - Victoire continuou de braços cruzados.

— E?

— E o que?

— Você enumerou a razão número um. Então eu imaginei que existiria um item número dois. - Ele balbuciou constrangido.

— O número dois é que você mentiu para mim. - Ela pegou o livrinho e abriu na página em que os dois trocavam um beijo caloroso e sensual. - Na parte em que dizia que não estava flertando comigo.

— Ah, isso. - Ele sorriu timidamente. - Você é a Star Girl, a linda e habilidosa governante das galáxias. Eu sou apenas um terráqueo.

— Você é Eddie Wolf. - Victoire sorriu abertamente. - Um Galaxy Defender, heróico e destemido que quer fazer amor com Victorious sob a luz das estrelas.

— Como se ele tivesse chances. - Teddy fez uma careta para Vic mostrando-a a língua.

— A Star Girl tem que fazer tudo mesmo, não é? - Ela se levantou de sua cadeira e se inclinou sobre Teddy, com o rosto colado ao dele. - Agora, não seja um Eddie e nunca me deixe partir em meu frisbee intergaláctico.

Ela o beijou com as duas mãos em seu rosto e ele aproveitou a oportunidade e colocou as mãos naquela cintura que sempre quis apertar.

— Ah, e eu quero um poster de Eddie Wolf para colar na parede do meu dormitório. - Vic riu, se aninhando no colo dele naquela cadeira gasta da biblioteca. - Ele me lembra um garoto gato que eu sou a fim há um tempo, mas que nunca me chamou para sair.

— Que babaca. - Ted também sorriu encostando a testa na dela.

 


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Notas finais do capítulo

Agradecimentos a minha editora favorita, Lu ♥
Ela faz minhas capas, me incentiva a escrever e comenta trecho por trecho - além de checar meu spelling ♥