Pov. Luna

A gente decidiu ir atrás das três Moiras para saber o que o futuro nos espera. Elas estavam em New Orleans segundo as tríades amigas de Grover.

-Bells ia gostar de vir conosco, é bem onde o pai dela mora.-falou Connor quando estávamos saindo até nosso destino.

-Ele era o que mesmo? - Percy perguntou

-Ela me falou que ele toca Jazz em um barzinho. - Connor disse

-Talvez nós passemos por lá, vamos garotos. -falou Eric bem duro.

-Tá senhor “eu estou com raiva”! Parece que o que tinha na Rafa passou totalmente para você. - falou Travis sorrindo um pouco.

-Me Deixem. -falou Eric pegando o volante do carro, que agora era um simples Ford Uno azul.

-Argus não vai conosco? -perguntou Percy meio confuso.

-Não, precisamos do carro. Agora entrem. - falou Eric bem impaciente. Quando entramos Travis falou no meu ouvido:

-Definitivamente, a impaciência é contagiosa, tenha cuidado.

-Travis é melhor você deixar ele quieto. Lembra do que acontecia com ele quando ele mexia com a Rafa?

-É... Vou ficar calado mesmo

-É melhor mesmo. -falou o Eric acelerando feito um louco com o carro, definitivamente, Quíron vai acabar com a raça dele. Demorou muito para chegar, apesar da velocidade do Eric, afinal New Orleans fica bem no sul. Tinham alguns barzinhos pelas ruas.

-Vai ser fácil achar o Pai da Bells. -Connor falou sarcástico.

-E vai ser fácil também achar as moiras, muito legal. -falou Eric quase batendo no volante do carro.

-Homem, calma, você vai acabar nos matando. -falou Maya com uma voz bem doce, parece que ele se acalmou.

-Ela está bem Eric. Posso sentir ela no mundo inferior. – falei

-Vamos logo, como achamos as moiras? -perguntou Nico meio pensativo.

-Eu ouvi falar que uma Quimera as protege.

-Nico, suas viagens antes da guerra ainda rendem alguma coisa. Agora temos que procurar uma Quimera. -falou Percy meio animado. Do nada uma luz forte invadiu o carro e Eric freou bruscamente.

-Mensagem de Íris? -perguntou Nico meio confuso.

-Não da rainha da Inglaterra, o que você esperava? -perguntou uma voz conhecida bem impaciente.

-Oi genteee- Bells falou sorrindo

-Bells!- Connor falou

-Rafa! -gritou Eric bem alegre.

-Não temos lá muito tempo, vocês não têm que procurar uma Quimera, na verdade quem protege as Moiras é o Demônio de Jersey. -falou Rafaela bem séria na imagem.

-Demônio de Jersey? O que isso tem haver com os monstros que enfrentamos? -perguntou Travis meio confuso.

-Zeus o criou especialmente para o trabalho. Ele é designado de proteger as moiras, se querem pelo menos chegar perto delas, tem que matá-lo. -falou Rafa meio triste.

-Eu já me bati com ele, uma vez que eu fui acampar com meu pai, mas a gente conseguiu escapar a tempo. - Bells falou.

-Ele fica na floresta de Pine Barrens... E tem a cabeça de cavalo, asas de morcego e patas de canguru. Seus olhos vermelhos e brilhantes podem paralisar um ser humano, e ele emite um grito parecido com o de uma mulher, que é muito alto. Então pelo amor de Zeus tomem cuidado. - Ela falou olhando pra gente angustiada - Tentem mandar uma mensagem de íris pra gente quando terminar só pra eu me certificar que estão bem

-E Eric, eu sou a impaciente, não você. -falou Rafaela antes que as duas desaparecessem, Eric balançou a cabeça e então acelerou, a florestas Pine Barrens ficava a cerca de um quilômetro de onde estávamos.

-Vai ser fácil em?-Percy falou olhando o tamanho das flores

-Nada que a gente não possa superar.

Entramos nela e andamos por várias horas. As espadas empunhadas olhando cada centímetro. Até ouvirmos um barulho agonizante e tapamos os ouvidos.

-Encontramos. -falou Connor assim que o barulho parou.

Então de detrás das arvores apareceu uma figura enorme... Acho que com uns dois metros de altura. Tinha uma cabeça de cavalo, na verdade, um corcel branco, asas de morcego enormes e patas de canguru que pareciam poder esmagar qualquer um de nós. Mas tudo isso não se comparava aos olhos vermelhos brilhantes, eles davam tanto medo que dava vontade de sair correndo e chorar pela mamãe durante um mês. Eu olhei pros lados e os outros também estavam paralisados e com medo.

-Hey gente! Não olhe nos olhos dele! A gente vai ficar parado!!!- eu falei e dirigi meu olhar a suas asas e  começamos a lutar.

-Ei cara de pônei olha pra cá. -falou Eric com certa raiva.

-O que você tá pensando? -perguntou Percy com raiva.

-Você e Maya, vão para leste, tem um lago lá, acho que vão ter que fazer aguaceiro medonho, eu distraio essa coisa. -falou ele começando a atacar o monstro. Agente começou a avançar contra ela, mas ela empurrou Travis e ele caiu ferido no chão. Nessa hora eu me enfureci e ataquei a besta bravamente. Maya e Percy trouxeram mais distrações para ele com a água do riacho. Connor pegou sua espada e a enfiou bem no centro do peito. A besta caiu em pó e morreu.

-Então acabamos com a besta, para onde é o esconderijo das moiras? -perguntou Percy meio cansado.Olhei entre as arvores e vi uma espécie de telhado. Toquei numa sombra e fui parar bem perto de lá. Voltei e disse:

-Tem uma cabana perto daqui, deve ser lá.

Começamos a andar até ela, o que não demorou muito e vimos três velhas. Uma tecendo, outra puxando e enrolando e a última cortando o fio. Elas olharam pra gente e continuaram fazendo o trabalho.

-Sabemos o que querem garotos, não podemos lhes falar nada. -falou a que estava cortando.

-Deverão descobrir sozinhos. -falou a que estava enrolando e puxando.

-Deverão buscar respostas na história das guardiãs, lá encontraram o que querem. -falou a que estava tecendo. Do nada estávamos de novo na estrada no carro.

-Temos que mandar uma mensagem para as garotas.- Connor falou

Pov. Connor

-Rafaela Blatt e Isabela Wood.- eu falei jogando o dracma. Elas duas apareceram. Isabela deu aquele seu sorriso lindo para mim e eu sorri também.

-Conseguiram escapar! Graças a Zeus!- ela olhou pra gente sorrindo. - O que conseguiram dela?

-Disseram que deveríamos buscar na história de vocês duas o que queremos saber, estão nos escondendo algo meninas? -perguntou Percy realmente parecendo ter dezenove anos e tem passado por tudo que já passou.

-Perseus Jackson. Está me chamando de traidora? - Isabela falou com os olhos brilhando pela ira

-Não posso falar, só peço que me perdoem. -falou Rafaela antes de desaparecer.

-O que ela quis dizer com isso? -perguntou Eric confuso

-Eu não sei tudo sobre a Rafaela. Apenas sei que o pai dela é militar. Nada mais. A gente se conheceu mais tarde, quando eu fui treinada no mundo inferior.

-Onde vive seu pai? - eu perguntei

-Ele mora em Corbin City, mais ao sul. Provavelmente não estará em casa. Ele toca em especialmente dois bares. O Buck Tarven e L's Restaurant

-Certo, você me faz um favor? -perguntou Eric meio triste.

-Sim Eric

-Diz pra Rafa que eu nem sei o que diabos ela tava falando, mas eu a perdôo. Então a mensagem se dissipou.

-Primeiro vamos para o Buck Tarven. -falou Travis bem concentrado.

-Como será que é ele? -perguntou Maya meio confusa.

-É só ver alguém bem alegre e extrovertido, é fácil.

-Ele toca Jazz- Connor falou

-Não... Ele toca metal- Eric falou com voz de besta- Acho que até o pessoal do Brasil já sabe que ele toca Jazz

-Certo vamos. -falei já com raiva, se fossemos ficar discutindo ali nunca acharíamos esse cara

Chegamos no bar e vimos um cara de cabelos grisalhos tocando um saxofone, uma música que eu já ouvi a Bells Assoviando. Ele tocava e dançava deslizando. Era legal.

-Olha lá Deve ser aquele cara. - a música acabou e ele parou para descansar. Andou até o bar e pegou um copo de alguma bebida e tomou um gole.

-Hoje tá meio parado né Daniel?- o bartender perguntou.

-É. Queria que a Bells tivesse aqui. Sete anos sem ela é muito duro.

-Culpa da mãe Daniel... Culpa da mãe. - Daniel olhou triste para ele

-Quer mais provas que é ele? -perguntou Eric com um tom de ironia dos infernos. Maya chegou perto do senhor e perguntou:

-Senhor, você é o pai de Isabela Wood?

-Não... Ele é o príncipe da Pérsia. – Eric murmurou enraivado

-Sim, onde ela está, ela e a irmã estão bem? -perguntou ele já preocupado.

-Sr. Wood como sabe que a Bells tem uma irmã? -perguntou Connor bem confuso.

-Perséfone me falou sobre a garota, eu até ajudei a cuidar dela antes que ela fosse para o mundo inferior, pobre garota, curada por Deus, isso nunca aconteceu com ela. -falou o homem triste.

-Você deve nos contar toda a história sobre elas

-Mas aqui e agora não. Fiquem um pouco já estou terminando meu serviço

-Elas estão bem, estão lindas e bem fortes, só para constar. -falou Eric meio encabulado.

-Eu sabia, como a mãe. -falou o homem subindo no palco.

Ele ficou tocando mais uns vinte minutos, ele realmente era um artista, fazia com que nós nos esquecêssemos de tudo. Quando o show acabou ele guardou o saxofone em uma mala e pediu para que nós o seguirmos. Ele saiu do bar e pegou seu carro, nós também. Dirigiu até o final de uma rua, perto de uma floresta. Parou em uma casa verde bonita, com um enorme jardim á sua frente. Descemos do carro e ele nos acomodou em sua sala, que era cheia de fotos da Isabela, desde quando ela era bebê. Parecia que a vida dele girava em torno da garota.

-Vou começar de quando eu conheci Perséfone. Era a primeira vez que eu tocava Jazz. Inicio de outono. -eu estranhei Perséfone saindo do mundo inferior em outono?- Eu sei o que vocês estão pensando. Depois eu explico melhor. Em um dos intervalos, uma garota se sentou do meu lado e começou a conversar comigo Ela vinha toda semana, no mesmo dia, no mesmo horário conversava comigo e ia embora. Era muito linda e eu logo me apaixonei, só que eu era muito medroso. Até que no inverno eu consegui chamá-la para sair. Nós saímos e começamos a namorar. Passamos um montão de noites juntos... - ele sorriu- No verão ela passou a ficar mais comigo, eu até conheci sua mãe um dia. E então ela ficou grávida. Se desesperou e contou toda a verdade pra mim e eu não acreditei. Ela então me provou quem era. Falou que conseguia escapar nesses dias porque enganava Hades. E então ela teve a minha pequenina. Nasceu no final do verão. 20 de setembro de 1995

-E ai? Onde entra a Rafa nessa história? -perguntou Eric impaciente.

-Olha, quando a minha menina tinha quatro anos Perséfone voltou, entrou na minha casa chorando muito triste, disse que tinha tido outra filha e que essa o pai tinha morrido e ela não sabia o que fazer. Falei para que ela a deixasse num bar de um amigo meu, a mulher dele só faltou pular de felicidade. Eles começaram a criar a garota Rafaela. Eu ia lá frequentemente até que um dia a garotinha me disse que ouvia vozes falando sobre seu pai. Ela sentia tanta culpa que eu achava impossível uma garota daquele tamanho sentir. Ela disse que a voz era de uma pessoa que poderia fazer o pai dela voltar. Eu disse que ela não acreditasse. Mas ela acabou não resistindo. Então no seu aniversário 23 de julho de 2000 ela fugiu atrás de uma espada. Ela dizia que iria dá-la para o sol. Anos depois que eu fui entender. Ela achou a espada de Hyperion o deus primitivo do Sol e fez com que ele despertasse

-Ela despertou Hyperion? Por isso que ela estava pedindo perdão. -falou Nico bem sério.

-Como se fosse só isso só isso

-O que você quer dizer?

-Ela despertou Hyperion que despertou o Tártaro, o criado do submundo. Só esse que eu sei, mas ouvi falar que ela também foi influenciada por Oceanus, parece que os titãs previram que Cronos iria perder e fundaram duas organizações, Tempestade e fogo.

-E pela tempestade ou fogo o mundo cairá. - Eric falou com os olhos vidrados. De repente começou uma tempestade muito forte que assustou nós todos.

-Acho melhor vocês ficarem aqui comigo garotos.

-Não, eu vou para o mundo inferior, Rafaela tem que me dar umas explicações. -falou Eric com muita raiva.

-Vai sonhando rapaz, você fica, ela teve seus motivos. -falou o senhor o repreendendo.

-Por isso ela estava pedindo perdão, ela sabe que errou Eric. Ela sabe. -foi tudo que eu disse. O garoto se sentou e começou a chorar desesperado.

-Porque logo a minha garota hein? Porque logo ela? -perguntou ele olhando para o céu.

-Você está namorando com ela? -perguntou Daniel meio risonho.

-Sim... Não... Não tá resolvido, Hades a levou para o mundo inferior antes de tudo se resolver. -falou Eric bem confuso.

-Pois então se eu fosse vocês iam para o Olimpo agora.

-Por quê? -perguntamos todos ao mesmo tempo assustados.

-Se eu fosse um titã e tivesse a Rafaela, que é uma ótima estrategista do meu lado eu escolheria bem meu campo de batalha, e o melhor seria o Mundo inferior.