Natasha - Minha História escrita por blindrepata


Capítulo 16
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Voltei para mais um capítulo dessa fic!
Vamos ver como está se saindo nosso casal favorito!!!



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— Amor! Tenho uma notícia ótima pra te dar! – Tasha veio correndo do quarto e o encontrou na sala trabalhando em seu notebook.

— O que houve? – Ele ergueu os olhos do que estava fazendo e se virou para olhá-la. A mulher vestia um hobbie de seda azul turquesa preso por uma fita que se moldava à cintura. Mesmo aos cinquenta e três anos ela ainda esbanjava beleza e boa forma. E ele ficava admirado de como ela não envelhecia.

— Iza está chegando semana que vem. Ela virá à trabalho e deve ficar alguns dias nos EUA. – Ela falava sem parar.

— Uau! Tô morrendo de saudades dela. Às vezes parece que ela esquece que tem família. Que tem pessoas que a amam e se preocupam com ela.

Tasha ficou em silêncio. Ela sabia que ele não teve intenção de falar nada que servisse pra ela, mas ainda assim sentiu uma pontada no peito.

— O que foi? – Ele percebeu que algo a tinha afetado, pois ela chegou tão empolgada e agora havia ficado em silêncio.

— Nada não. – Ela respondeu. – Vamos falar com o Miguel e marcamos um pra ele vir pra passarmos um dia todos juntos.

— Tasha, vem cá. Me desculpa. – Ela não respondeu e saiu da sala. Ele achou que seria melhor esperar um pouco para ir até ela tentar resolver isso.

 

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No dia seguinte, Reade foi até a sala da diretora Hirst. - Tem algo te incomodando? – Hirst perguntou quando percebeu que ele estava fazendo rodeios para perguntar alguma coisa.

— Provavelmente não é nada demais. – Ele explicou. – É sobre o caso Loewe. – O caso de um senador suspeito por fraude que eles haviam investigado há alguns dias. – Eu estava revendo casos do Departamento de Justiça. – Mentiu ele. – Você não mencionou ter feito parte do Georgia Law Review com a primeira esposa de Loewe.

— Eles se divorciaram há tanto tempo. – Falou Hirst na defensiva. – Até me esqueci da ligação entre eles. Faz décadas que não falo com ninguém da família.

— Mas devia ter nos comunicado, não é?

— Suponho que sim. – Ela afirmou indiferente. – Porém, mencionar isso poderia ter dado a Loewe tratamento especial, e ele deveria apodrecer na prisão pelo máximo de tempo possível. Você não acha?

— Certo. Por isso mesmo... só quis trazer à tona.

— A confiança é o sustentáculo do nosso trabalho aqui. – A mulher falou seriamente. – Não preciso te explicar sobre a importância de mantermos essa confiança.

— Eu sei. Por isso estou lhe pedindo para esclarecer...

— Sua indiscrição com drogas, dois anos atrás poderia ter comprometido sua promoção a diretor-assistente. Mas eu me certifiquei que isso não acontecesse. Eu até adiantei o processo. Porque confio em você. O toxicológico do FBI falha, mas eu não. – Hirst disse com frieza.

Reade se sentiu colocado contra a parede e sua expressão mostrou isso. O rapaz ficou sem reação e fez silêncio. Ele imaginou o que mais Hirst planejara quando o colocou no cargo de diretor assistente.

— Relaxe, Reade. Eu protejo meu pessoal. Você está fazendo um bom trabalho. Continue assim. Tenha uma boa noite, diretor assistente.

 

Mais tarde naquele dia Patterson e Tasha estavam no laboratório terminando algumas pesquisas. A morena apresentou à amiga o recurso que haviam ficado de conseguir para tirar do laboratório o chip com as informações do caso Loewe, sem que fossem descobertos.

— Patterson, estava te esperando para te mostrar algo. – Tasha a chamou.

— Ainda estamos trabalhando em um caso. Vamos deixar para beber depois. – A loira falou ao ver a amiga lhe mostrar um pequeno frasco metálico de bolso destinado a transportar bebidas.

Tasha acionou um pequeno botão na lateral do frasco revelando um compartimento onde poderia ser armazenado pequenos objetos.

— Uau! Entendi! – Patterson exclamou. – Podemos levar o chip.

— Coloque o que quiser aqui dentro. O sensor vai acionar, porém teremos esse frasco como desculpa.

 

A equipe trabalhou por alguns dias na montagem de uma central na casa de Weller e Jane para investigarem Hirst e quem mais estivesse por trás do que ela vinha fazendo. Eles precisavam garantir que ninguém de fora da equipe soubesse o que estavam fazendo, por isso trabalhavam lá à noite e nos finais de semana.

Mais tarde naquele mesmo dia estavam reunidos na casa dos Weller quando a campainha tocou.

— Entre. Está atrasado para a festa! – Kurt falou abrindo a porta e se deparando com Reade.

— Hirst é corrupta! Precisamos investigar. – Reade afirmou mostrando o frasco metálico contendo o chip que precisavam para retirar os arquivos.

Patterson e Tasha haviam conversado com o diretor assistente antes de saírem do SIOC e ele ficou de pegar o chip na sala de Hirst e retirá-lo do local. Pelo visto havia tido sucesso.

Na sala do apartamento havia vários computadores onde Tasha, Patterson e Jane trabalhavam em alguns arquivos.

Ao ver Reade Tasha se desmanchou em um sorriso, confirmando que ele estava do lado delas. Ela se sentiu aliviada por tê-lo ali com eles. Depois que desligaram o telefone na noite anterior ela já estava mais confiante de que ele não os estava traindo. Porém seu peito ainda se apertava quando ela se lembrava de Meg e da distância que existia entre ele e Tasha. Ela estava ensaiando para tomar coragem para falar com ele sobre seus sentimentos, mas sentia muito medo de se revelar e perder a amizade dos dois.

Naquela noite eles trabalharam até tarde e combinaram de se encontrar pela manhã, pois haviam descoberto algumas pistas que os levaram a investigar em um hospital.

 

Tasha encontrou Reade na porta do apartamento de Weller.

— Achei que teria uma pista do Kinga do Stuart ontem, mas acabou não sendo nada. – Tasha começou. – E você, teve alguma sorte com Loewe?

— Nada. Tudo circunstancial.

— Sei que estivemos ocupados esses dias... – A morena tentou abordar o assunto. – Não tivemos chance de conversar.

— Sobre esse lance de me acusar de traição? – Reade não pode deixar de alfinetar.

— Ou todo o lance de você acreditar na Hirst e não em mim? – A morena retrucou.

— Certo, estamos quites. – Reade falou sorrindo.

— Sim. – Tasha devolveu o sorriso.

Era bom estarem próximos novamente. Eles se juntaram ao restante da equipe dentro do apartamento acertaram como seria o trabalho. Tasha e Reade iriam até o servidor localizado no subsolo do hospital e copiariam alguns arquivos referentes ao caso. Jane e Kurt se disfarçariam de auditores e entrevistariam a administradora do hospital.

O casal de amigos foi no carro de Reade e permaneceram em silêncio durante o percurso, pois estavam nervosos. Não poderiam levar armas, nem distintivos. Esta seria uma missão extraoficial e não queriam levantar suspeitas.

Disfarçados de técnicos de manutenção, conseguiram entrar no prédio sem desconfianças. Localizaram o servidor onde estavam armazenados os arquivos e Tasha inseriu o pendrive. O tempo gasto para copiar os arquivos parecia uma eternidade e ambos ficaram muito tensos.

O telefone de Reade toca enquanto estão no meio da operação. Hirst. Ele sabe que precisa atender, pois não pode levantar suspeitas de sua superiora. A mulher quer saber o que ele estava fazendo e diz que vai até a casa dele.

— Vou treinar com Tasha. – Ele mente.

— Traga ela. Preciso conhece-la um pouco mais.

— Não Reade! – Tasha fala baixo gesticulando ao perceber o que o rapaz está combinando com sua chefe.

Ao ouvirem um barulho do lado de fora da sala, Tasha rapidamente retira o pen drive e Reade a puxa para debaixo de alguns equipamentos onde havia espaço para os dois se esconderem.

Ambos permaneceram em silêncio enquanto um vigia entrava e verificava o local. Reade estava muito próximo e Tasha podia sentir sua respiração, seu cheiro, o calor da proximidade de seu corpo. A morena não conseguiu se conter e levantou a mão e o tocou de leve no rosto. Ela pode sentir o calor da pele, e a espessura da barba do rapaz. O olhar de Reade era terno e profundo e o coração de Tasha se aqueceu.

Quando ele a tocou na bochecha traçando com o polegar Tasha fechou os olhos. Ela queria congelar aquele momento e a sensação que ele trazia. O calor da mão de Reade se transferiu para a pele onde ele tocava e ela se sentiu em chamas. Seus narizes se tocaram e ela sabia que seria beijada, e ela queria, mais que tudo naquele momento.

Ter Reade tão perto era como ir ao céu. Seu corpo todo respondia à proximidade e ela sabia que ele não estava alheio ao que acontecia. Ela tinha a sensação de que o corpo dele, a pele dele, se queimava assim como a dela.

Tasha desejou acabar com os poucos centímetros que os separavam, bastava se aproximar, tomar os lábios dele nos seus e...

O barulho de uma porta se fechando os retirou do transe em que se encontravam.

— Vamos sair daqui. – Reade falou e os dois correram para fora do local.

 

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— Meu amor... você tá bem? – Ele se aproximou devagar da mulher que estava deitada na cama.

— Ahan. – Ele não deixou de olhar para o livro que estava lendo quando respondeu.

— Ei. – Ele havia se trocado e vestia apenas uma box, que era como normalmente dormia. – Vem cá.

Tasha deu um suspiro profundo, fechou o livro e o colocou na mesinha ao lado da cama.

— Você sabe que não falei aquilo para te magoar. Eu jamais faria isso. – Ele tentou explicar.

— Eu sei. Me desculpa... é que...

— Eu que te peço desculpas. – Ele interrompeu. – Eu não pensei antes de falar. Eu sei que essa foi uma fase delicada, e que esses acontecimentos ainda mexem com você.

— Sim, eu... quando me lembro de tudo o que aconteceu ainda fico assim. Eu não sei bem por que, já era pra ter passado. Foi um momento muito sombrio da minha vida que não consegui esquecer completamente.

— Sim. – Ele a puxou com carinho e ela se aproximou um pouco mais se aninhando nos braços dele. Tasha fechou os olhos se sentindo amada e acolhida. A morena deixou uma lágrima silenciosa escorrer no seu rosto enquanto ele a embalava e dizia palavras de conforto.

 


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Notas finais do capítulo

Não deixe de colocar aqui suas impressões sobre essa história!
Até mais!!!
xoxo



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