Home escrita por Any Sciuto


Capítulo 9
Chandeliers.




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POV de Penelope.

Talvez Luke estivesse cansado de esperar que eu me recuperasse dos meus pequenos traumas do sequestro, da tortura. Apesar de nós dois nos beijarmos aqui e ali. Aproveitávamos cada maldito segundo juntos deitados na nossa cama.

Se ele realmente esperasse que eu estivesse vestida com vestidos a noite toda e gritasse antes que ele sequer pudesse olhar para aquele longo pedaço de tecido branco e gritasse em coro com minhas amigas, ele estaria decepcionado.

— Luke só está tendo que recuperar o tempo da licença. – Disse-me Emily um dia. – Você sabe, enquanto você estava deitada naquela cama, ele nunca desgrudou de você.

— E eu o aprecio. – Apreciava mesmo. – Mas é que eu preciso ir à consulta e ele prometeu que estaria comigo.

Eu tinha uma consulta com um médico para receber a minha alta. Já havia ficado longe de qualquer espelho há quase 30 dias porque eu ainda tinha medo de me ver e parecer com a esposa do Nemo. Mas ao mesmo tempo, medo de que Kevin ainda estivesse me observando.

— Se acalmar você, eu estarei lá. – Emily pegou minha mão e sorriu. -
Sabe, é minha consulta também.

Emily tinha seus quatro meses de gravidez agora e embora eu estivesse com inveja, eu sabia que era algo sem nenhum sentido. Agarrando minha bolsa, eu resolvi ir com ela.

POV de Luke...

Eu ainda me sinto mal por perder a consulta final de Penelope, mas precisei. Se forem boas notícias, significa que eu finalmente poderia mostrar a ela como a amo.

Sexo não era exatamente o ponto preciso de toda a nossa relação, mas era uma parte importante no que se tratava fazer bebês. Eu fui ao médico, querendo garantir que eu ainda era viável. O olhar nos olhos dela quando eu percebi que sim, ela sabia que havia perdido aquele bebê, me fez amar ainda mais ela.

Peguei as cobertas que estavam desarrumadas na cama e as arrumei em pequenos quadrados dobrados. Coloquei alguns pequenos candelabros pelo quarto, pétalas de rosas pelo chão e preparei a hidromassagem.

Me vesti como se estivesse indo pedir a mão dela outra vez e embora eu pretendesse fazer isso – em uma outra ocasião, lembrei a mim mesmo, - essa noite era toda sobre Penelope.

— Roxy, talvez você queria proteger seus olhos e o de Sérgio no momento em que eu e sua mãe estivermos nesse quarto. – Roxy me mandou um olhar que dizia “o que você quer dizer, humano? ”, ou algo assim na linguagem canina e saiu pela esquina. – Perfeito, querida. Mantenha isso até ser mais velha.

Sim, eu a tratava com nossa pequena filha e seu irmão felino como nosso pequeno filho.

POV de Penelope...

— Então? – Eu estava doida para ser liberta daquelas peles de peixe, embora tenha que admitir que eu não estava tão ruim nelas. – Será que eu finalmente deixarei de ser a esposa do Aquaman? Não que eu deteste estar assim, mas é que é muito esquisito, sabe?

Tentei fazer uma piada e Emily soltou uma risada com vontade. Talvez estar grávida de uma menina a fizesse mais descontraída.

— Sim, a senhora está livre do casamento subaquático. – Ele brincou comigo, mas não manteve o sorriso. – Desculpe, seus ferimentos estão curados, mas eu gostaria de perguntar algumas coisas.

Então percebi que sairia dali sem as escamas de peixe, mas sem poder fazer sexo. E eu estava tão pronta para ter meu interior preenchido por Luke.

— Você e seu noivo já tentaram fazer sexo? – Eu quase tive um ataque do coração. – Quer dizer, eu sei que você e Luke perderam um bebê. Eu só queria que você não fosse tão rápido. Pode ser desconfortável no começo.

Ele parecia tão constrangido quanto eu e Emily, que nesse ponto, pegou o celular e começou a jogar Candy crush.

— Não, eu não fiz sexo com meu noivo. – Respondi, de muito mau humor. – E por que eu tentaria faria isso se eu não posso avançar?

— Eu sou apenas o médico. – Ele levantou as mãos e eu quase tive pena dele. Apenas quase.— Eu preciso anotar na sua ficha, mas não vejo motivo de você não ir para os próximos passos.

— Obrigada. – Eu quase mostrei a língua para ele. – Estou feliz por isso.

— Apenas vá com calma no começo. – Ele me olhou como se eu fosse um tipo de extraterrestre maluca. – Pode, você sabe, doer.

Emily olhou chocada para o médico. Eu queria me enterrar, mas mordi um palavrão.

— Se doer, eu volto para o hospital ou coisa assim? – Revirei os olhos.

Não sabia de onde vinha essa minha parte sarcástica, mas gostei dela. E muito mais do que pensei.

— Apenas vá no seu ritmo. – Ele apertou a mão de Emily, mas não a minha. – Até logo.

— Está bem. – Eu literalmente saí com Emily atrás de mim.

— Penelope, posso perguntar algo? – Emily me olhava assustada. – O que aconteceu lá dentro?

— Eu não sei. – Eu suspirei. – Eu apenas pensei que ele estivesse, eu não sei. Tentando me impedir de fazer sexo.

Emily me olhou com um sentimento que estava me entendendo. Realmente queria me ajudar, mas tudo o que queria era ir para casa e fazer sexo com Luke.

— Pise no freio, Garcie. – Murmurei para mim mesma. – Não vá tão louca ao pote de mel. Pode ter abelhas.

E então, eu diminuiu meu ritmo. E pela primeira vez, me senti como eu mesma.

POV de Luke...

Faltavam menos de dez minutos para que minha Penelope chegasse em casa. Talvez com boas notícias, talvez com ruins.

Emily havia ido com ela, uma vez que eu queria lhe proporcionar uma pequena surpresa. Eu sabia todo o seu gosto e seus desejos. Começando com um pouco de massa a lá Luke. Então tive que rir. Transformei a receita de Rossi em algo entre o gostoso e o latino.

Pode não ser como se fazer a receita, mas Penelope detesta carne e eu sei como ela gosta. Colocando a gravata borboleta (um presente de Penelope no halloween em que nós dois nos vestimos de Marylin Monroe e eu de Charles Chaplin) eu abri a porta e fui quase derrubado pela linda explosão de cores que ela era.

— Adivinha só, Luke. – Penelope estava tão feliz, que eu me perdia naquele sorriso. – Eu e você finalmente vamos poder dormir juntos. Tipo, de mais de uma maneira.

E aquele sorriso de cobra que comeu o passarinho estava de volta, pronto para me devorar.

E cara, eu iria ela deixar me devorar.

POV de Penelope...

O quarto dele era simpático. Estava tão arrumado que eu soube, quase instantaneamente que ele meticulosamente planeja me levar para a cama.

Não que eu estivesse realmente reclamando naquele momento. Eu só tive o tempo de guardar a minha bolsa na estante antes que ele delicadamente e masculinamente me levasse para a cama.

Não que eu fosse gritar caso ele me algemasse. Era uma coisa que já havíamos curtido, mas agora parecia tudo, menos rude. Ele colocou uma música calma e começou a fazer um show para mim.

Me deixando ansiosa para o prato principal.

E bom um Appétit para mim, também.

POV normal...

Luke puxou Penelope para a cama junto a ele. Seus lábios se tocaram e eles finalmente deitaram na cama, as roupas voaram pelo ar, deixando os dois finalmente prontos para ficar juntos e felizes.

Luke penetrou Penelope e suspirou quando fez isso. Parecia a primeira vez deles de novo.

Quando acabou, seus músculos doíam, mas era de uma felicidade muito grande.


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