Pomo de Ouro escrita por Fanfictioner


Capítulo 1
Um presente como um pomo de ouro


Notas iniciais do capítulo

Eeeeeei!
Essa fic surgiu de um surto matinal, após ver inúmeros posts em homenagem ao aniversário do protagonista da nossa saga de bruxos favoritos. Não sei fazer desenhos, fanarts ou edits, mas sei fanficar, e daí surgiu Pomo de Ouro.
Com certeza, chegar aos quarenta anos é uma vida, e penso que isso teria mexido com a cabeça e o emocional do Harry, por isso veio essa one-shot sobre como sua família e ele enxergam os aniversários de maneiras diferentes, e o que é ganhar um presente significativo.
Espero que gostem! Espero por vocês nos comentários!



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— Você está completamente pirado se acha que vamos conseguir ingressos a essa hora da noite para o jogo de sábado. – resmungou Albus, girando os olhos para o irmão mais velho.

— Você tem alguma ideia melhor por acaso, gênio?

— Seria interessante que você parasse de usar gênio como um deboche, já que eu realmente sou um, diferente de você, com deficiência de neurônios.

— Será que os dois idiotas podem concentrar no que importa?! Eu preciso dormir, e já faz mais de meia hora que ninguém dá uma solução para o problema! Tem que ser algo significativo esse presente!– pediu Lily, levantando da poltrona e passando a andar em círculos sobre o tapete.

Já beirava as onze da noite do dia 30 de julho, e até ali, nenhum dos três filhos de Harry Potter tinha levantado uma ideia plausível de presente de aniversário para o pai.

— Ah, por favor, você nem sabe o que significa essa palavra, Lily!

— Algumas pessoas, ao contrário de você, têm cérebro, James! – reclamou Lily, ficando emburrada.

 - Quem irritou minha Lilyca? – perguntou Teddy, vindo da cozinha com um copo de água na mão, tomando o partido de Lily na discussão, como sempre, já que a menina era seu xodó.

James Sirius e Albus trocaram reviradas de olhos, arrancando um riso de Teddy, que se sentou no meio dos dois no sofá e colocou as pernas para cima da mesa de centro, dando um bocejo generoso.

— Ainda não decidiram nada?

— Não. E se você ajudasse seria bom, sabe?

— Já estou ajudando. Ou vocês pretendem pagar o presente com esses lindos olhinhos verdes do Al? – debochou Teddy, fazendo Lily rir. – Até aonde sei, nenhum de vocês tem emprego ainda, e é bem feio comprar presente para o pai com o dinheiro dele, não acham?

James bufou, girando os olhos e apenas disse que estava ficando de saco cheio. Teddy perguntou quais ideias tinham sido levantadas até ali.

— Al sugeriu uma carteira nova, mas eu achei muito bobo. James falou dos ingressos para o jogo do Chuddley Cannons sábado...

— Uh! Nós vamos falsificar ingressos? Porque eles estão esgotados há duas semanas, cabeça oca! – riu-se Teddy, irônico, ao que Albus abriu um enorme sorriso presunçoso.

— Eu avisei, mas James não me escuta.

— Alguém pensou em comida? Tipo, uma torta ou algo assim? – perguntou Teddy.

— Rose e Scorpius vão fazer juntos.

— Então tio Ron realmente aceitou essa coisa de namoro com um Malfoy?

— Você precisa aparecer mais nas reuniões na vovó, Teddy. – disse Lily, meio impaciente. – Saberia que Scorp tem até passado uns dias na Toca com todo mundo, nesse verão.

— Ele anda muito ocupado beijando a Victorie, Lily. – implicou Albus.

Rose Weasley tinha levado Scorpius Malfoy, melhor amigo dela e de Albus, para o Natal na Toca, no ano anterior, e o apresentado à toda a família como seu namorado. Ron quase tivera um acesso, embora simpatizasse com a amizade dos três. Mas um namoro? Era algo completamente diferente.

Na ocasião, George e Harry tiveram que sair com Ron para o quintal até que ele se acalmasse, e sobrou para Ginny e Hermione a missão de desfazer o climão na ceia de Natal, e a sra. Weasley se encarregou de encher Scorpius de doces, e o sr. Weasley tentou manter o assunto acontecendo, contando de uma invenção trouxa que ouvira falar: Dorne (ou seria Drone?).

A cena fora mais memorável quando Ron voltou à mesa, carrancudo, respirara fundo e apenas dissera:

— Saia um dedinho da linha com Rose, e vai desejar nunca ter conhecido ninguém da nossa família, Malfoy.

Scorpius parecia meio verde, mas com a mesma arrogância que era característica dos Malfoy, respondera que não seria necessário. A coisa ficou por ali, e, aparentemente, Ron tinha conseguido lidar bem com a situação.

— E o sr. Malfoy foi muito gentil em nos convidar para visitá-los a qualquer momento. – acrescentou Albus.

— Tá, tá, tá... Malfoys são lindos, Scorpius e Rose melhor casal, Albus é um sequelado, sabemos. Podemos focar no presente do papai? – disse James, impaciente, fazendo Albus mostrar-lhe um dedo.

Houve alguns momentos de silêncio em que todos os quatro ficaram concentrados, pensando. Então, de repente, a porta da cozinha fez barulho, e houve um som seco de sacolas pousando no chão. Com um aceno de varinha, Teddy fez o tabuleiro de xadrez de bruxo voar do aparador do corredor e vir parar no chão, na frente deles, indicando que Lily se sentasse em oposto a ele.

— Chegamos! – gritou Ginny da cozinha, entrando na sala seguida de Harry. – Teddy! Que surpresa boa, não sabia que vinha hoje!

— Quis vir perturbar o coroa na véspera do dia especial. – disse ele, piscando para Harry, que riu, e então continuando a falar com Lily, fingindo. – Então, Lilyca, torres andam só nas linhas ortogonais. Vertical e horizontal.

— Achei que soubesse xadrez, Lily. – comentou Harry, estranhando.

— Esqueci. – mentiu ela, com um sorriso doce.

Harry e Ginny se despediram pouco depois, subindo para o quarto, enquanto Teddy dizia que eles assistiriam a um filme.

— Acha que ele desconfia?

— Do quê? Que não temos um presente? – brincou Albus.

— Já sei! – disse James, de súbito. – Podemos contar a ele que finalmente vendemos Albus para o zoológico de criaturas mágicas, e que ele não precisa mais se preocupar com a chance de a casa pegar fogo com esse filhote de dragão aqui!

Por mais que detestasse inflamar as brigas dos irmãos, Lily Luna deu uma sonora gargalhada, enquanto Teddy tentava apartar James e Albus, que começavam a se engalfinhar com soquinhos e empurrões.

As tentativas e ideias negadas duraram até quase uma da madrugada, e no final, todos foram dormir frustrados, cansados, e sem a menor ideia do que dariam de presente ao pai/padrinho.

Na manhã seguinte, Ginny se encarregou de preparar panquecas com creme para o café da manhã, e Albus aproveitou mais do que o pai, já que era sua comida favorita. Tanto Harry quanto Ginny trabalhariam o dia todo, e isso dava aos quatro jovens algum tempo para procurarem algum presente no Beco Diagonal. O jantar de aniversário de Harry seria na Toca, como de costume, e alguns amigos dele da época de escola tinham sido convidados.

— Imagine quando professor Longbotton aparecer? Vou ficar na cozinha a noite toda, vai que ele inventa de falar para a mamãe sobre meu péssimo exame de herbologia? – gemeu James enquanto andavam pelas lojas do Beco.

— Não aconteceria isso se você usasse seu cérebro para estudar ao invés de ficar dando passeios noturnos com a capa para ir atrás de um monte de meninas.

— Anda me espiando com o Mapa, Al? – provocou James. – Quanto amor por mim.

— Cabeça de vento, porco espinho, deem uma olhada. – interrompeu Lily, revirando os olhos, apontando para um objeto numa vitrine. – Bisbilhoscópio novo.   

Os olhos dos dois brilharam pelo objeto. A caixa que o continha mostrava ainda uma série de outros apetrechos que podiam ser acoplados.

— Acho que podemos pensar em algo mais... uhm... acessível, Lily. – disse Teddy, meio constrangido.

— Livros?

— Por acaso é aniversário do papai ou da tia Mione, James? – resmungou Albus.

A ida às compras foi frustrada, e no fim eles voltaram para casa com uma caixinha com um pomo de ouro, sem qualquer outro atrativo que o fizesse ser um presente especial, e tomando casquinhas de sorvete da sorveteria Florean Fortescue. A tarde estava acabando e tinham que se arrumar para a comemoração na Toca.

Os primos todos haviam prometido ajudar Molly e Arthur na decoração e organização de tudo, de maneira que acabaram chegando bem mais cedo. Luna e Rolf foram os primeiros a chegar, acompanhados dos filhos, com uma planta esquisita como presente. Depois vieram Neville (“aqui não sou seu professor, James, pode deixar as formalidades de lado. E não se preocupe, ninguém precisa saber do seu segredinho em herbologia”) e Ana Aboot (agora Longbotton), e os tios começaram a aparecer.

Hagrid avisou que não compareceria por causa de uma gripe, mas mandara caixas de chá, e o senhor e a senhora Weasley agradeceram não precisar se preocupar com o tamanho da tenda do lado de fora de casa. Ron e Hermione chegaram quase junto com Gui e Fleur, e só não foram os últimos porque depois Draco e Astoria Malfoy apareceram, acompanhados do filho, bem quando Harry e Ginny aparatavam nos jardins da Toca.

— Harry... está, uhm... tudo bem? – perguntou Ron, dando uma pigarreada nada sutil e olhando Draco de soslaio.

— Tudo ótimo. Eu convidei Draco e Astoria a virem hoje, Scorpius tem passado tanto tempo com os meninos que não vi por que não estender o convite. Seus pais concordaram, então não vi problemas.

A cara de Ron não foi das melhores, mas ele cumprimentou Draco com um aceno e logo se retirou para ajudar a mãe a por os pratos na mesa.

— Feliz aniversário, Senhor Potter. – disse Scorpius, adiantando-se para cumprimentá-lo. – Rose e eu preparamos uma torta, vovó Molly disse que vai servir após o jantar.

Harry abraçou o menino de lado, e agradeceu o cumprimento, enquanto Draco e Astoria observavam meio de longe, como que ponderando se estava tudo bem se aproximarem.

— Não mordemos, Malfoy. – ironizou Harry, achando difícil conter o ímpeto de voltar aos tempos de escola.

— Estava prestando atenção se ainda enxerga, Cicatriz. Esses óculos parecem os mesmos de sempre.

Os adultos observavam o diálogo, esperando que uma discussão surgisse, enquanto os adolescentes se fartavam de rir, e por fim, Draco e Astoria sentaram-se à mesa, ela participando de algumas conversas com Hermione e Angelina sobre a maternidade, e ele vez ou outra comentando a temporada de quadribol com outros homens, na ponta da mesa.

Por mais distraídos que pudessem estar em conversas com os primos, James, Albus, Lily e Teddy sentiram um peso na consciência de não terem conseguido o presente ideal para Harry quando a sobremesa foi servida e a mesa de jantar desapareceu, para dar início à tradição de aniversário da família.

Quando James nascera já havia a tradição de, após os parabéns e durante a sobremesa, o aniversariante receber seus presentes e abri-los um a um, tentando adivinhar o que era e de quem o recebera. Rendia boas risadas, e costumava ser a parte favorita de todos.

— Pacote pequeno tem cara de ser coisa do mão de vaca do Ron. – disse Harry, arrancando risos da família.

De fato era. Um bisbilhoscópio novo, exatamente igual ao que tinham visto no Beco Diagonal naquela tarde, e Harry particularmente adorara. Os sogros o presentearam com um álbum de fotos, e os presentes dos cunhados eram cada um mais interessante do que o outro.

— Acabamos? – perguntou ele, fingindo cansaço.

— Falta o meu, tio! – disse Louis, estendendo a ele um desenho que fizera em um pedaço de pergaminho.

Ninguém fazia a menor ideia de onde viera o talento do Weasley mais novo para as artes plásticas, mas o fato é que no auge dos seus oito anos, o filho mais novo de Gui e Fleur tinha uma habilidade nata para o desenho e a pintura, e eram realmente bem feitos os retratos dele. Dessa vez, era uma pintura de Harry com sua antiga Firebolt, numa foto antiga que o menino achara de quando o tio participara do torneio tribruxo.

— Olha se não é mais uma pintura maravilhosa do meu sobrinho predileto! – respondeu ele, achando graça e pegando o sobrinho no colo, virando-o de cabeça para baixo, fazendo cócegas e o enchendo de beijos, arrancando gritinhos e risadas.

A declaração de Harry levou a uma chuva de gritos e brincadeiras entre os adolescentes, empenhados em ranquear os sobrinhos favoritos de Harry.

— Eu acho que depende do cunhado favorito. Eu e Rose com certeza estamos na frente.

— Nada a ver, miniatura do tio Ron! Eu fui a primeira a nascer, você jura que eu não sou a favorita aqui?

— Velhice só garante lugar em museu, Vic! – gritou Roxanne, arrancando risos dos tios. – É óbvio que ele gosta primeiro de mim e do Fred, afinal quem virou apanhadora da grifinória.

— Não esqueçam que eu sou o afilhado, eim! – devolveu Teddy. – E nasci antes de todos vocês serem sequer planejados!

A confusão continuou por um tempo, e Harry se fartava de rir. Até Astoria entrara na conversa, opinando sobre os favoritos.

— Afinal, Potter, seus filhos desnaturados não têm nada para dar de presente não? – implicou George, dando um empurrão no ombro de James Sirius.

Os olhares se voltaram para os três Potter, e Ginny segurava um riso pela expressão deles, uma mais esquisita do que a outra. Scorpius, de mãos dadas com Rose, dera um assobio provocativo para Albus, que lhe mostrara o dedo do meio, sob protestos brincalhões dos familiares.

— Então pai, nó- – começou Albus.

— Juro que a gente tentou vender a aberração, mas ninguém quis pagar mais de dois galeões. – interrompeu James, fazendo os primos rirem e Albus revirar o olho.

— Alguém está louco para que eu pergunte sobre a nota e herbologia, né, James Sirius? – perguntou Ginny, em advertência, levantando uma sobrancelha.

— Foco! Eu quero saber o que esses três aprontaram. – disse Ron, colocando lenha na fogueira.

A família toda esperava curiosa pela entrega do presente, já que Lily e Albus costumavam ser muito criativos com aniversários e aniversariantes, e Dominique até gritou, perguntando aonde estava a vassoura de corrida nova, em expectativa.

Mas a verdade é que o único presente era aquele pomo de ouro  simplista que Teddy havia comprado mais cedo na loja de artigos de quadribol.

— Não tem presente, pai. – disse Lily, mordiscando a boca, constrangida. – A gente tentou muito achar alguma coisa, mas não tinha ingressos para o jogo de amanhã do Chuddley, e tudo mais que a gente via era muito sem graça.

— Ou muito caro. – acrescentou James, fazendo alguns rirem.

— A ideia era dar um presente realmente significativo, mas não tivemos a menor ideia do que seria ele. Então a gente comprou um pomo de ouro. Mas é tão sem graça, que nem vale a pena, Harry. – disse Teddy, envergonhado, puxando a caixinha que continha o pomo de ouro do bolso do casaco. – Quer dizer, melhor do que nada, eu acho.

Harry pegou a caixinha, abriu-a e segurou o pomo na mão. As asinhas de metal se abriram e se debateram contra sua mão alguns segundos, e então desistiram e se fecharam. Por algum motivo Harry não falou nada, e James até jurou ter visto os olhos do pai meio úmidos, o que era raro. Foi só depois de alguns minutos que Harry abriu a boca, com a voz meio quebrante, e então disse.

— Eu nunca imaginei que teria algo como essa festa hoje. É só... muito bizarro ter quarenta anos. Quer dizer, Rose está namorado! E quando for a Lily, eu acho que vou ter um treco! – houve uma explosão de risinhos e Lily corou. – Não quero ser sentimental nem nada, não é para isso que a gente se juntou hoje. Mas eu só... queria que soubessem que fizeram muita diferença na minha vida.

A festa tinha assumido um tom solene, e James, Albus e Lily se sentiram pequenos perto das palavras meio emocionadas do pai.

— Sobre o presente. Os presentes. É claro que é legal, é muito bacana ver Scorpius ter feito uma torta pra mim, ou o livro de aurores, o kit de polir vassouras, é muito legal. Eu não ganhei presentes até aquele primeiro suéter Weasley. – Ron riu com a lembrança. – Mas quando eu precisei, meu maior presente foi um pomo de ouro. Um pomo que me deixou rever o que havia de mais importante para mim. Que era minha família. A que não está aqui hoje. Aliás, tem muita gente que eu queria que estivesse aqui hoje, e que não pode estar. Que são minha família, também. Então um pomo de ouro não é sem graça, Teddy.

Os olhos de Teddy arderam, porque ele entendia muito bem o que era um objeto remeter à família. Quando em Hogwarts, o Mapa do Maroto fora a única coisa que o fazia sentir ligado ao pai, e por mais simples que um pedaço de pergaminho pudesse ser, Teddy não teria trocado aquilo por nada, por presente algum. Aquilo tinha cara de saudade, de memória, de amor.

— Ele é uma das coisas com mais significado no mundo, pra mim, e eu não ia querer nada diferente, nunca, de uma coisa simples como um pomo de ouro, se fosse para todos os aniversários serem assim, em família.

Harry apertou o pomo na mão e o afilhado veio em sua direção para um abraço apertado e caloroso, seguido de James, Albus, Lily e Ginny. Os outros presentes eram maravilhosos, mas jamais se comparariam ao presente sem preço que era estar no abraço da família.

— A gente pode usar seu pomo para jogar quadribol lá fora, tio? – perguntou Roxanne minutos depois, fazendo os adultos rirem.

— Eu de apanhador! – gritou James, indo correndo ao armário de vassouras, tentando pegar a Nimbus 2001 antiga que sabia haver lá antes de qualquer primo.

— Não, não. Eu de apanhador, James. – disse Harry, alongando-se e pedindo a vassoura ao filho, ao que os familiares riam e soltavam exclamações e piadinhas sobre Harry largar a aposentadoria do quadribol.

Tudo estava bem.


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