Lua Negra escrita por spacewitch97


Capítulo 16
Training




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Quando eu disse que me juntaria à guerra deles, eu já sabia que Alek ficaria furioso... Mas não tão furioso.

— VOCÊ PERDEU A PORRA DA CABEÇA???

No geral, eu sou a boca suja da família, não Alek. Ele falar dessa forma é um péssimo sinal.

— Eu só... — comecei.

Ele agarrou meus braços com tanta força que eu não tive nenhuma dúvida que ficaria machucado depois, mas não o empurrei imediatamente.

— VOCÊ ESTÁ TENTANDO SE MATAR??

— Não! Eu só...

— VOCÊ É A GUARDIÃ, SELENE! PORRA, VOCÊ NÃO CONSEGUE LEVAR ISSO A SÉRIO??

— Eu sei, mas...

— PÔR TUDO À PERDER POR CAUSA DE PESSOAS QUE VOCÊ PRATICAMENTE NÃO CONHECE, NÃO É APENAS ESTÚPIDO, É EGOÍSTA!

Okay, acho que está bom de extravasar.

Eu invoquei os poderes do Ar e o empurrei para longe de mim rapidamente, jogando-o contra a parede. Eu o encarei furiosa, pouco me importando que seus olhos brilhantes significavam que ele estava ainda mais furioso.

Ele que se foda.

— Eu não vou participar dessa guerra apenas por causa da Bella, mas também por que nós estamos morando nessa maldita cidade e se eles não conseguirem derrotar os recém criados, eles vão sugar toda a cidade e também vão vir até nós de qualquer forma — eu disse, num tom frio — Isso se os malditos Volturi não aparecerem por aqui antes! É isso que você quer que aconteça Alek? Ou será que seria melhor se cuidássemos disso nós mesmos?

Ele correu a mão pelo cabelo, furioso e frustrado, conforme andava de um lado para o outro.

— Nós podemos ir embora — ele disse

Eu bufei e cruzei os braços, sentindo vontade de socar alguma coisa.

— E ir para onde? Tenho certeza que embaixo da ponte vai ser ainda mais fácil da Annora nos encontrar!

Ele pareceu empalidecer um pouco, mas disse:

— Nossa família tinha aliados...

— Se a nossa avó confiasse neles, não teria nos enviado para cá — retruquei. Alek não respondeu, ficou parado encarando uma parede, então suspirei e me aproximei dele, antes de dizer, num tom mais neutro — Nós não temos outro lugar para ir ou aliados para pedir ajuda, Alek. Nossa casa provavelmente sequer existe mais! Tudo o que podemos fazer e lutar por esta casa, conseguir novos aliados e...

Ele virou para mim imediatamente.

— Você quer dizer...?

— Eu quero dizer aqueles que não nos fizeram mal — fiz uma pausa e acrescentei — E o Edward, que até fez algo mal, mas eu o perdoei.

— Eu não.

— O que ele fez foi contra mim eu o perdoei — retruquei

Alek grunhiu, frustrado, e se afastou de mim, irritado

— Seth, Leah, Jacob e os Cullen podem vir a ser nossos aliados — eu disse

— Jacob — ele repetiu, virando para me encarar — Você já cortou a conexão entre vocês?

Eu troquei o peso de pé, me sentindo subitamente envergonhada.

— Não, eu não cortei.

Alek xingou sob a respiração e então veio até mim novamente, em passadas largas e furiosas, no entanto, sua voz continha apenas preocupação.

— Selene, isso é perigoso... Essa ligação, essa guerra...

Eu segurei o rosto dele entre as minhas mãos, forçando a me olhar nos olhos.

— Alek, tudo está perigoso agora. Tudo. Mas eu acho que vale a pena lutar pela nossa casa.

Ele soltou um longo suspiro e fechou os olhos por um momento. E então perguntou:

— Quando é esse treinamento que você falou?

Eu sorri abertamente.

— Alice já deve estar chegando para nos buscar.

Ele bufou e se afastou na direção do chuveiro, resmungando algo sobre eu ser irritante, mas eu não me importei. Eu já havia vestido minha legging e top, então desci, enquanto apertava o meu cabelo num rabo de cavalo e fui calçar meus tênis. Quando Alek desceu, dez minutos depois, eu já estava bebendo café com o meu coldre e espada presos à minha cintura. Ele, então, pegou seu próprio equipamento (e café), e saímos da casa exatamente no momento que Alice parou na nossa porta.

— Bom dia! — ela sorriu — Prontos para bater em alguns vira-latas?

Alek sorriu maldoso.

— Mais do que você imagina.

Eu revirei os olhos e o empurrei até o carro.

O caminho foi bem rápido, Alice dirige como se estivesse numa corrida, ou algo assim, mas eu confiei que ela não estivesse tentando nos matar. Ela nos levou até uma clareira bem mais afastada do que a outra onde estivemos, e chegamos bem a tempo de ver um vampiro ser atirado pelo ar. Mesmo Alek pareceu impressionado.

— Jasper é muito bom nisso — ela disse orgulhosa, e só então notei que havia sido o companheiro dela quem atirou o outro longe.

Caramba. Isso vai acabar sendo mais divertido do que pensei.

Tão logo saímos do carro, outro chegou, com Bella e Edward. Eles se juntaram a nós rapidamente, ele parecia muito sério e ela muito preocupada. Quase ao mesmo tempo, passos vieram da floresta, e eram demais para ser apenas Leah, Seth e Jacob. Engoli a seco, me sentindo repentinamente nervosa.

Talvez não tenha sido uma boa ideia, afinal.

Eles pararam no início da clareira e, para o meu desprazer, a maior parte tinha os olhos em mim. Um flash daquela violência que havia me atingido durante o ritual veio através das minhas memórias e eu me encontrei recuando um passo. Alek segurou a minha mão imediatamente.

— Ela está com a gente — Edward disse, provavelmente respondendo aos pensamentos de algum deles.

O enorme lobo marrom, que eu reconhecia sendo Jacob, e outros dois, que provavelmente eram Seth e Leah, se afastaram do grupo e vieram até eu e Alek, ficando Jacob bem entre mim e o restante da matilha, numa ação estranha e explicitamente protetora.

Até demais para alguém que mal trocou meia dúzia de frases comigo.

O lobo negro que eu sabia ser Sam rosnou para ele e Jacob rosnou de volta. Eu suspirei. Eles não tem nenhuma noção, né?

— Parem com essa merda — eu disse, alto o suficiente para todos eles escutarem — Todos nós queremos proteger essa cidade e a Bella, então será que podem agir com um pingo de maturidade e fazer o que vieram fazer??

O lobo à minha esquerda soltou um som estranho que, instintivamente, interpretei como uma risada. Eu não sabia se era Seth ou Leah, mas senti vontade de dar um chute na pessoa (lobo) pela audácia.

Sempre apaziguando os momentos, Carlisle ficou entre nós e eles, chamando a atenção dos outros lobos ao dizer:

— Sejam bem-vindos — ele apontou o companheiro da Alice antes de prosseguir — Jasper tem experiência com recém-criados e vai nos ensinar a vencê-los.

Houve uma pausa estranha e então Edward se aproximou dele e disse:

— Querem saber no que os recém-criados são diferentes de nós.

— Eles são bem mais fortes que nós, pois o sangue humano ainda circula neles — ele pausou e olhou ao redor, encarando cada um antes de prosseguir — Nossa raça nunca é mais forte fisicamente como nos primeiros meses dessa nova vida.

Ele trocou um olhar com Jasper e se afastou, enquanto este tomava seu lugar, dizendo:

— Carlisle está certo, é por isso que eles foram criados. Um exército deles não precisa de milhares como o dos humanos. Nenhum exército humano resistiria ao ataque deles. — ele olhou muito sério para os lobos — As duas coisas mais importantes que precisam saber é, primeiro, se eles puserem os braços ao redor de vocês, serão esmagados. A segunda é que vocês nunca devem partir para matar logo de cara. É o que eles vão esperar e vocês irão perder. Emmett?

O vampiro que havia sido jogado pelo ar antes deu uma espécie de sorriso maligno e foi para o meio da clareira, encarando Jasper de frente.

— Não se contenha — Jasper disse, e isso só serviu para o outro vampiro (Emmett) sorrir ainda mais.

— Isso não é da minha natureza.

Então Emmett partiu para cima do Jasper rapidamente e sem qualquer hesitação, enquanto o outro apenas abriu os braços, se preparando para o ataque. Eu franzi o cenho para a cena, levemente decepcionada por que queria ver pancadaria, mas parecia uma partida do infame futebol americano, já que Jasper agarrou Emmett com força. No entanto, aparentemente o outro é bem forte, já que Jasper foi empurrado para trás uns bons metros, antes de Emmett segurá-lo na região da cintura e lança-lo para trás num movimento só. Foi tudo bem rápido.

Jasper caiu perto de onde estávamos e levantou-se agilmente, correndo na direção de Emmett, que já vinha na sua direção. Eles se encontraram no centro da clareira, então Emmet tentou soca-lo, mas apesar dele ser mais forte, Jasper era claramente mais rápido do que ele, já que se abaixou para escapar do golpe, moveu-se para o outro lado do grandalhão e então acertou-o no peito, jogando-o no chão.

Com um sorrisinho convencido, Jasper disse:

— Nunca percam o foco.

Eu mordi o interior da bochecha para não rir. Ok, ver vampiros lutando é divertido. Eles deviam se mostrar para os humanos e então começar um programa tipo Ultimate Beast Master ou algo de luta mesmo. Seria divertido, eu assistiria.

Jasper se afastou e então foram para a área de luta Caslisle e Edward e, para ser honesta, por conhecer o mais velho como médico, era esquisito imaginá-lo lutando.

Carlisle acenou com a cabeça, indicando para começarem, e então correram um na direção do outro. Carlisle tentou acertá-lo por baixo com uma rasteira, mas Edward saltou por cima do doutor, provavelmente tendo lido sua mente como um bom trapaceiro. Eu senti vontade de lutar contra ele, já que eu posso criar uma barreira contra seu dom idiota.

Logo, ambos os vampiros se levantaram e correram um na direção do outro novamente, se encontrando no centro. Eles se agarraram um ao outro, tentando se derrubar, mas então Edward agarrou Carlisle e virou o corpo, quase conseguindo derrubá-lo. Quase. No entanto, Carlisle se recompôs rapidamente e tentou ataca-lo, então Edward se inclinou para trás, escapando do golpe, e depois acertou Carlisle no peito, jogando-o com força no chão.

Jasper deu um sorrisinho suspeito e se aproximou deles enquanto Edward se levantava.

— Mais uma coisa — ele disse, então Carlisle se levantou, colocou a mão sobre o peito do Edward e o atirou no chão — Nunca virem as costas para o inimigo.

Dessa vez eu ri e consegui um olhar feio vindo do Edward.

— O que? — perguntei — Você se apoia demais nesse seu dom e isso te deixa arrogante!

— Ah é? — ele perguntou — E você com a sua Magia?

— Eu aprendi técnicas de combate para evitar ser idiota como você — eu disse, tentando não rir. Aquilo não era como inimigos discutindo, soava mais como quando eu e Alek éramos pequenos e ficávamos nos provocando.

Engraçado.

Ele sorriu em resposta, mas era um sorriso de quem estava prestes a fazer algo maligno.

— Então porque você não vem aqui? Acho que você deveria treinar também.

Estreitei os olhos para ele. Até parece que o motivo dele era treinamento.

Na minha frente soou um rosnado e então todos os olhos estavam em Jacob.

Lobo idiota.

— Eu não vou machucar a Selene — disse Edward, para Jacob, e então senti meu rosto queimar.

De ódio.

Desembainhei a espada e saí de trás do lobo, controlando cada músculo do meu corpo para me impedir de furar ele coma lâmina,apesar de que talvez isso fizesse algum bom senso entrar na cabeça peluda dele.

— Ignore o lobo, seu duelo é comigo — falei, enquanto tirava a barreira que protegia a minha mente — Você precisa de uma palavra de segurança?

— Não, mas você deveria ter uma — ele retrucou

Mordi o interior da minha bochecha para não rir. Fiquei surpresa que Edward tivesse entendido o que eu disse, mas presumo que estar vivo por mais de um século faça com que você aprenda algumas coisinhas.

Apesar de que ele é definitivamente o tipo "baunilha" de cara.

Jacob rosnou de novo, mas nenhum de nós dois olhou na sua direção, apenas encaramos um ao outro. Carlisle, quem se auto-nomeou nosso árbitro, parou entre mim e Edward antes de perguntar:

— Estão prontos?

Eu girei a espada entre os dedos e me pus em posição de ataque ao mesmo tempo que o vampiro. Agora estávamos sérios, mas por algum motivo, eu queria rir. Porque aquilo parecia divertido?

— Tentem não destruir tudo, okay? — perguntou Carlisle, suspirando como se fosse nosso pai e nós fôssemos crianças barulhentas prestes a fazer besteira.

Ele se afastou alguns passos, suspirou novamente e então assentiu com a cabeça uma vez, movimento que ambos reconhecemos como permissão para o inicio da pancadaria.

Nos movemos praticamente ao mesmo tempo. Edward pulou na minha direção e eu me esquivei, girando meu corpo para a esquerda. Eu levantei a espada para acertá-lo nas costas quando ele aterrissou ao meu lado mas, provavelmente lendo a minha mente, ele inclinou-se para trás bem a tempo de não ser cortado no meio.

Eu avancei e tentei acertá-lo novamente, mas ele saltou para trás e sorriu para mim, exatamente como um predador faria.

— Você é mais rápida que um ser humano — ele disse.

— Apenas uma das minhas qualidades — respondi.

Eu saltei e tentei atacá-lo novamente, mas numa fração de segundo Edward se moveu para o lado e agarrou a minha mão que segurava o punho.

— Pronta para se render, bruxinha?

Bruxinha? Isso é sério?

Fechei a minha mão livre ao mesmo tempo que entoava um feitiço mentalmente. Raízes perfuraram seu caminho através da terra e se ergueram ao mesmo tempo que ergui meu braço e o acertaram no braço e estômago quando soquei o ar na sua direção. Ele grunhiu e recuou, me soltando como reflexo da dor, então avancei novamente, movendo a espada em linha reta contra o peito dele, mas o maldito recuou novamente no ultimo segundo.

Eu poderia fazer com que raízes o segurassem? É claro, mas então seria fácil demais.

Então fiz algo mais divertido.

Abaixo dos meus pés, raízes se ergueram e me moveram para formar um caminho na minha frente, tão alto que Edward não me alcançou de primeira quando saltou na minha direção, conseguiu apenas segurar-se numa das raízes.

Quando ele finalmente foi capaz de saltar sobre uma das raízes e ficar na minha altura, eu já havia pulado com a minha espada empunhada em sua direção e fiz um corte enorme no seu braço.

Edward grunhiu e girou para me agarrar, mas saltei para outra raiz que fiz erguer-se do chão, um pouco mais alta que a que ele estava, e então pulei de volta na direção dele com a espada pronta em sua direção.

Foram apenas alguns milésimos de segundos antes da espada entrar no seu abdome quando uma muralha de pedra ergueu-se entre nós do nada.

Quero dizer, não exatamente do nada.

— Ah qual é, ele é um vampiro! Ele ia se curar! — reclamei, me virando para onde estava meu irmão intrometido.

— Ele é apenas um vampiro — Alek corrigiu, enfatizando palavra — Vampiros são mais fortes que humanos, mas não são tanto quanto nós. Você pode acabar matando ele.

Eu revirei os olhos e xinguei enquanto fazia as raies voltarem para os seus lugares. Eu podia sentir que não apenas eu, mas os elementais que estavam na floresta observando também ficaram decepcionados.

Meu irmão não é divertido.

Quando a muralha de pedra se afundou de volta na terra, Edward, que agora tinha uma humana assustada olhando seu braço, sorriu para mim.

— Nada mal.

— Eu fui incrível — corrigi — E você foi péssimo, agora entendi porque Carlisle disse que deviam treinar!

— Eu nunca tinha visto uma Bruxa em ação — disse Carlisle, se aproximando de nós. Eu podia dizer que ele estava estupefato com o que havia acontecido e, por algum motivo, isso me fez me sentir tímida.

— Ah, hm... — murmurei igual a uma idiota — Legal, acho.

— Você colocou o emo ali no chinelo! — o tal de Emmet que perdeu pro Jasper exclamou, me dando um tapão de felicitações no ombro.

Não sei de onde ele brotou, mas já pode ir voltando pra lá.

— Isso foi incrível! — Alice exclamou com os olhinhos brilhando — Eu não previ nada disso! Como isso é possível?

Carlisle respondeu alguma coisa para ela, mas eu não respondi, sentindo um frio nas costas que me deixou tensa imediatamente, como uma espécie de mal agouro. Um mal pressentimento.

Eu girei rapidamente, movida por nada além de instinto, e segurei a espada na minha frente como um escudo, com as lâminas para os lados e a parte lisa para frente, bem a tempo de evitar que uma enorme pata cheia de garras afiadas de lobo arrancassem o meu braço esquerdo. Com o choque entre ela e a minha espada, meus pés, apesar de fincados firmemente no chão, foram empurrados para trás uns bons metros. As minhas costas se chocaram com com dos vampiros, mas não me dei ao trabalho de virar para ver  quem era. Ao invés disso, encarei o lobo furiosa, com um bom (ou péssimo) pressentimento de quem ele era.

— Atacando por trás, Paul? — perguntei — Isso é baixo, até pra você... — pelo canto do olho, vi os vampiros e os lobos bonzinhos de preparando para avançar, então acrescentei alto — Fiquem onde estão!

Ele rugiu, expondo os enormes dentes afiados na minha direção, e então saltou em cima de mim novamente.

Instintivamente, empurrei os vampiros (e humana) que estavam ao meu redor longe com a força do ar e então saltei para trás, o mais distante que pude, para esquivar do ataque do lobo homicida.

Homicida e violento até de mais para Paul.

Franzi o cenho e olhei para o lado rapidamente, observando reação do restante da alcateia. Sam, que devia ser o Alfa e responsável pelos seus lobos, tinha a cabeça baixa e ombros caídos, o que era estranho para um lobo enorme e preto.

Toda aquela situação era estranha.

Olhei novamente para Paul, com uma ideia em mente pela primeira vez.

— Alek — chamei. Levou menos de um segundo e então Alek estava no meu lado, espada em mãos — Me dê cobertura, tenho uma ideia.

Ele assentiu e seus olhos ficaram brilhantes e verdes imediatamente.

O lobo rugiu para mim e tentou me atacar, mas Alek o atacou antes que me alcançasse, fazendo um corte na pata esquerda.

Eu embainhei a minha espada novamente e, ignorando os olhares chocados, fui diretamente para os lobos que não são meus inimigos declarados.

— Algum de vocês está bem para se destransformar?

Imediatamente, o lobo marrom avançou um passo e se transformou num Jacob nu bem na minha frente. Um casaco voou na cara dele, se não me engano era do Edward.

Esperei impaciente Jacob amarrar o casaco na cintura, para se cobrir o quanto podia, antes de dizer:

— Preciso da sua ajuda para fazer um feitiço.

Jacob olhou para mim alarmado.

— Você vai matar ele?

— Não, embora ele mereça — respondi, revirando os olhos — Acho que tem alguém o influenciando e preciso verificar isso.

— Alguém? — ele me olhou confuso.

Eu bufei, impaciente, e o segurei pelos ombros, o encarando profundamente.

— Você precisa confiar em mim ou cair fora, porque eu preciso fazer isso agora, antes que aquele imbecil machuque o meu irmão.

Ele me encarou apenas por um segundo antes de assentir.

— Certo. O que eu devo fazer?

— Sente-se e cale a boca — respondi, então lancei um olhar sobre o ombro a fim de verificar a luta, mas dei de cara com os lobos malvados me encarando seriamente de um jeito verdadeiramente macabro.

Ou eles estão possuídos ou enlouqueceram.

Me sentei em frente ao Jacob e segurei firmemente suas mãos.

— Olhe nos meus olhos — falei, e assim que ele me obedeceu, tudo ao nosso redor foi ficando claro até desaparecer num branco morto e interminávelAté não haver mais nada além de nós.


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