Paz Na Sua Violência escrita por Tricia


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

O capítulo anterior eu dediquei a todos que comentaram, mas este capítulo é dedicado a apenas uma pessoa, uma amiga que ama fanfics Bade e que desejo muitas coisas boas na vida dela no futuro, então esse capítulo é dedicado todo dedicado à LuanaGillies.
Espero que todos gostem do capítulo.
Boa leitura.



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Sim, eu prefiro ser um apaixonado do que um lutador
Porque toda a minha vida eu tenho lutado

Silence

 

5 anos antes

— Isso não é normal, não pode ser normal.

— Não mesmo.

— O que não é normal? – Beck questionou logo que sentara nos degraus da escada onde André e Robbie estavam.

— Alguém conseguir ser bonita e assustadora ao mesmo tempo, na mesma medida – o rapaz moreno com trancinhas respondeu.

— Na mesma medida o cacete, ela é mais assustadora do que bonita! – Robbie contrapôs, Beck poderia jurar ter tido a impressão de ter visto o garoto de cabelos caracolados estremecer de medo.

Se bem que Robert Shapiro se assustava muito facilmente.

— Do que exatamente vocês estão falando?

— Jade West, aluna recém-admitida pelo Holywood Arts. Estamos na mesma turma de composição musical.

— É difícil olhar cara a cara pra ela por mais de dois minutos. Todd Colb ficou encarando ela há uns dias no pátio e ela perguntou se ele tava querendo morrer. Ela avançou pra cima dele e ele ficou três dias sem querer aparecer aqui com medo de encontrar ela.

— Aquele maluco não tem senso de auto preservação – André completou.

O garoto não tinha muitos tipos de senso, Beck quis argumentar.

— Vocês devem estar exagerando um pouco.

— Não, não estamos – os dois disseram ao mesmo tempo encarando-o com braços cruzados e expressões fechadas.

— Ela trás o prelúdio do que se pode esperar do inferno – André afirmou com convicção. 

Beck riu dando de ombros.

— Só acredito vendo.

 

Jade West era uma verdadeira força da natureza que ninguém conseguia conter de modo que sua fama realmente cresceu nos corredores da Hollywood Atr.

Respeite o talento como cantora, desenhista, escritora e atriz.

Tema ser o centro da fúria dela se não quiser morrer antes de se quer conseguir pegar o diploma do colegial.    

 

— Ela não parece tão demoníaca nesse momento – André comentou quando assistiam Jade West mais uma vez mostrar seu talento ao piano enquanto cantava uma canção que havia sido composta por si mesma.

A tristeza em seu timbre não parecia ser tão encenada quanto ela provavelmente gostaria de fazer parecer e a sutileza com a qual seus dedos dançavam sobre as teclas conscientes do caminho que trazia aquela bela melodia era encantador combinada a expressão desfocada da morena.

Se sua composição fora feita pensando em algum momento especifico, ela provavelmente estava dentro dele mais uma vez em sua mente, Beck supunha.

— Ela não é demoníaca – no máximo era alguém de temperamento ruim.

— Você nunca conversou com ela. Vai por mim, é difícil.

De fato ele nunca havia o feito, mas queria.

Ele iria.

Talvez o problema tivesse começado quando ele percebera que garotas de humor gentil e palavras doces não eram o que lhe atraiam, achar uma garota agradável não era necessariamente o mesmo que querer estar com ela.

Aquela garota de temperamento ruim o fazia querer frequentar as aulas de composição apenas para ouvi-la apresentar suas criações.

Ela era diferente e isso o instigava mais do que assustava.

A tensão só caíra sobre si quando tardiamente não conseguia mais tirar aquela pessoa da cabeça.

Jade West era um vírus que entrara em seu sistema sem a necessidade de um cavalo de Troia.

 

~&~

 

A bicicleta do irmão mais novo de Jade estava jogada no gramado da entrada da casa e a garagem vazia. Anos de namoro traziam o conhecimento de um pouco da rotina da família da ex, então Beck sabia que a matriarca provavelmente estaria em um dos encontros com as amigas que aconteciam em alguns sábados de cada mês enquanto deixava a filha cuidando do irmão mais novo.

Jade poderia não ser boa com crianças na maior parte do tempo, mas com um irmão tão complexo quanto si, a convivência não era difícil realmente. Um talento das artes e um da tecnologia, se seus pais fossem bons o suficiente para reconhecer as habilidades dos dois seria bom para variar.

Tomando alguns minutos ainda dentro do carro, Beck aspirou e expirou antes de tomar um pouco de coragem e sair, rumando para a residência West.

A porta foi aberta após alguns minutos revelando o caçula West, Filipe.

— Eai garoto. Faz tempo que não te vejo.

Sim – uma das sobrancelhas escuras do menino arquearam – Você e minha irmã não estão brigados?

Estabelecer diálogos longos antes de chegar ao assunto claramente não era uma habilidade dos West.

— Terminamos. Eu posso entrar?

Filipe realmente pareceu ponderar antes de dar de ombros e ceder espaço para que passasse deixando a frase no ar.

— Vocês dois são estranhos.

— Eu sei. O que esta fazendo? – questionou após estar do lado de dentro onde podia ver pequenas peças sobre a mesinha de centro da sala. O garoto tornou a dar de ombros.

— Desmontando a panela elétrica para ver como funciona. Desmontar o micro-ondas ainda foi mais divertido.

Era bom que a mãe de Jade não gostasse muito de cozinhar, se fosse a matriarca Oliver provavelmente estaria louca por sempre ver seus utensílios debulhados na sala.

— Tenho certeza que sim. Sua irmã esta no quarto?

— Esta, vai lá. Você sabe o caminho de cor.

E sem dizer mais nada o garoto voltou para a mesa onde Beck supôs que ele estivesse antes sem se importar com mais nada do mundo.

 Desmontar coisas e monta-las era sua arte.

Subindo os degraus não demorou até estar na porta escura com uma placa de "afastasse" pregada. Bateu uma, duas e até cinco vezes antes de finalmente desistir e simplesmente a abrir para encontrar a ex-namorada sentada na cama com os fones nos ouvidos digitando freneticamente no notebook que estava na mesinha na cama.

Como se soubesse que estava sendo observada à morena lentamente levantou o olhar.

— O que faz aqui, Oliver?

— Precisava falar com você.

Abaixando a tela e removendo os fones Jade apoiou os cotovelos sobre a mesinha, entrelaçando os dedos.

— Me distrair para tentar encontrar aquela câmera que colocaram aqui há alguns dias? – a West supôs – Vega deve estar louca para conseguir isso de volta logo e você como um bom amigo corre acudir.

De fato Tori e André haviam implorado para ajuda-los a recuperar o objeto e salva-los da morena de alguma forma. Robbie se oferecerá até para pagar o almoço por um mês inteiro se o livrasse da irá da garota.

Adentrou o quarto ocupando a cadeira do computador.

— Já faz duas semanas inteiras que você esta com isso e não fez nada. Esta decidindo ainda como vai tortura-los?

— E quem te disse que eu já não estou fazendo isso? – os lábios femininos repuxaram um sorriso pequeno – Olhe como eles estão nos últimos dias, Robbie implorou de joelhos a você para salvar-se. Tori perdeu três aulas de composição porque me viu no corredor e fugiu, ela esta com medo de mim e sem nota porque não conseguiu fazer nenhum trabalho. Estão tão desesperados, temendo a própria sombra.

Para dizer o mínimo.

— E isso vai continuar até quando?

— Isso eu ainda estou decidindo – tão rápido quanto o sorriso se alargou ele começou a morrer e pudera ver a expressão inteira da ex mudar – Gostaria que você não estivesse junto com eles nisso.

— Quando eu soube já era tarde.

— E mesmo assim você não tentou fazer nada para impedir – a decepção velada veio em cada silaba que deixou a boca da West. Ele se mexeu desconfortável. 

— Sinto muito. Eu podia mesmo tentar impedir de alguma forma, mas para ser sincero acabei ficando curioso também, queria saber como você estava nesses dias.

— Francamente, Oliver.

— Se eu perguntasse como você esta, você diria a verdade? Ou melhor, eu nem tinha o direito de fazer isso quando fui eu que terminei dessa vez. Como eu poderia fazer as coisas?

— Você poderia ter simplesmente deixando as coisas como estão. Estamos caminhando bem para caminhos separados agora, você finalmente tem a paz que queria.

— Eu acabei descobrindo que não gosto dessa paz.

Os dias estavam mais longos que o normal e silenciosos de um jeito cada vez mais torturante quando tudo que tinha era a si mesmo e a curiosidade para saber como ela estava; se por acaso estava tão incomodada quanto ele ou vivendo bem sozinha.

Ele não achou que sairia perdendo tanto.

— A sua forma de mostrar isso é decadente.

— Eu sei – admitiu honestamente. Com decepção pudera ver que o porta retrato com uma foto dos dois não estava mais na cômoda da garota. Ela estava seguindo em frente – Eu só não sei mesmo como consertar as coisas.

— Você sempre foi melhor em conversar, poderia ter pensando em alguma coisa que não fosse invadir minha privacidade tão descaradamente.

— Você também já passou alguns limites comigo antes – argumentou.

— E por causa disso nós terminamos!

— Eu sei e por isso me arrependo – ele queria gritar, talvez ela quisesse quebrar alguma coisa, mas ambos mantinham-se em seus lugares, tentando manter-se em controle – Eu sei que se voltássemos começaríamos a andar em círculos novamente.  

— Não somos bons juntos, Oliver.

— Mas também não somos bons separados.

 


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Notas finais do capítulo

Victorious tem muitas coisas que me incomodavam e uma delas era o relacionamento do Beck com a Jade, eles funcionavam, mas não era saudável e quando eu comecei a escrever isso foi pensando nesse problema. Então quero saber o que acham disso, me contem ok?
Eu queria dizer que estrou com pena do Beck, mas nesse momento não estou. Vocês estão?
até o próximo
Bjs



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