Meu Novo Irmão escrita por Aino Cullen


Capítulo 1
Surpresas!


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!
É muito bom estar aqui novamente para postar essa história bem legal e que tenho certeza que vai te alegrar em algum momento durante a leitura.
Minha intenção foi fazer uma história com apenas um capítulo, mas confesso que tive vontade de escrever mais dela! Haha
Se vocês gostarem e quiserem um novo capítulo contando um pouco mais da história deles e desse casal fofo, posso pensar em fazer agrado :p
Boa leitura e espero muito que você goste de ler!



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Não era para eu estar tão nervosa com um mero jantar de família. Tudo bem que eu iria conhecer meu novo "irmão", mas não era para tanto!

Quando minha mãe me contou que seu namorado, agora noivo, tinha um filho, eu imaginei um doce garotinho de seis anos que adora futebol americano, ama seu pai e é apaixonado por chocolate. E o motivo de eu pensar que ele tinha seis anos? Bem, foi graças a conversa que tive com minha mãe sobre ele.

— Filha, tenho que te contar uma coisa sobre o Roger. - ela me abordou assim que entrei em sua casa, me puxando pelas mãos e me empurrando no sofá de veludo vinho.

— Pela pressa deve ser algo grande. Diga, mamãe, o Roger tem algum podre que você não pode superar e por isso vai terminar com ele? - brinquei, minha mãe nunca largaria aquele cara por nada.

— Filha! Claro que não! Ele só tem qualidades.

— Sei. - retruquei, cruzei os braços a espera dessa coisa que ela tinha para contar.

— Ele tem um filho. - mamãe soltou de uma vez e eu engasguei com minha própria saliva.

— O quê?! - tenho certeza que meu queixo caiu até meus pés. 

— Maya, não faça essa cara.

— Mas mãe, ele nunca disse nada! Como assim de uma hora para outra aparece um filho no meio? Deus, vocês vão se casar em dois meses! Não acha que isso era algo muito importante que ele deveria ter dito logo no início do relacionamento de vocês? Meu Deus, mamãe, será que tem algo mais que esse homem está escondendo? - falei sem parar, indignada que ele só teve a cara de pau de dar essa informação agora, mesmo depois de seis meses em uma paixão avassaladora em um cruzeiro, sim, foi dessa forma que eles se conheceram.

— Não foi culpa dele, Roger só não sabia a melhor forma de abordar isso, essa coisa de ser pai é meio novo pra ele. - e foi por causa dessa frase que achei que o filho dele fosse um pequeno garotinho de bochechas coradas.

— E você aceitou isso de boa? - perguntei ainda meio em choque.

— É lógico! Ele aceitou que eu tenho uma filha, por que eu não aceitaria o mesmo? Ele me falou tão bem do filho, é um menino que ama esporte, muito inteligente e é tão meigo e gentil, tenho certeza que você vai gostar dele. - seus olhos brilhavam contando do recém descoberto filho do Roger.

— Bem, mamãe, se você está feliz eu também estou. - esbocei um pequeno sorriso e ela me agarrou para um abraço apertado, me agradecendo por ser uma filha tão mente aberta.

— E quando é que vou poder conhecer meu novo irmãozinho?

 E quando eu disse "irmãozinho" eu realmente esperava um carinha que batesse até o meu quadril e que comesse meleca, não um que dirige uma baita picape vermelha com rodas maiores que minha altura. E como eu sei que é dele? Pelo amigável telefonema de minha amável mãe.

— Maya! Onde diabos você está?! - minha mãe gritou tão alto na ligação que tive que afastar de minha orelha se quisesse ouvir novamente.

— Calma, dona Amélia, já estou chegando. - e com chegando eu quis dizer que acabei de sair do banho e é muito complicado me enrolar na toalha com uma mão só enquanto a outra segura o celular, desisti e tentei equilibrar o aparelho com o ombro tentando obter êxito em me secar.

— Então é melhor você se apressar, porque o Daniel já está aqui e ele levou cinco horas dirigindo - quando eu ouvi essa última palavrinha meu cérebro entrou em parafuso e acabei derrubando meu celular, me atrapalhei com a toalha e terminei no chão emaranhada pela toalha e buscando freneticamente meu celular.

— Espera! Dirigindo?! Como assim? - falei tudo em um fôlego só, bufando em um pedaço de cabelo jogado pelo meu rosto.

— Sério, Maya? De tudo que eu disse foi isso que te prendeu? Filha, corre logo pra cá que eu não quero mais conversa. Tchau. - e com isso ela desliga na minha cara.

 Me encolhi envolvendo ainda mais os chocolates que tinha trago para ele, e não são apenas chocolates comuns, são em formatos de bichinhos fofos e na embalagem tem escrito em letras bem grandes "KIDS". Como eu queria ter um buraco para me esconder agora.

 Com uma coragem que não sei de onde saiu, toquei a campainha e tive uma esperança que ele estivesse descansando da viagem para eu poder ter tempo de esconder esse presente idiota. Mas é claro que isso não aconteceu, minha mãe abriu a porta com um grande sorriso e com um vestido estupendamente brilhoso.

— Se você se atrasar pra mais alguma coisa eu te mato. - sussurrou no meu ouvido enquanto me abraçava. Se minha mãe me ama? Com toda a certeza. - Venha, estávamos todos te esperando para começar a comer.

 Enquanto andávamos até a sala de jantar as vozes masculinas iam ficando mais altas e minha apreensão aumentando, agradeci mentalmente por ter colocado um salto baixo, se não era certeza de eu tropeçar no carpete.

— Meninos, vejam quem finalmente chegou, a filha mais linda do mundo. - minha mãe diz em voz alta e não posso evitar de balançar a cabeça pro seu elogio de "mãe". E isso pode soar bem clichê, mas eis que eu o vejo. 

OH.

MEU. 

DEUS. 

 É um dos caras mais lindos do mundo e não é apenas isso... Eu o conhecia! E não é só um conhecer de esbarrar na rua ou trocar um flerte em uma lanchonete qualquer, é uma coisa bem mais séria.

— Vic, você não acha que essa saia está muito curta? - perguntei para minha amiga que tinha decidido me levar para alguma festa aleatória de faculdade.

— Não, Maya, está perfeita e é com essa saia que você vai tirar essas teias de aranha. - disse, me entregando um copo com uma bebida desconhecida, cheirei e rapidamente decidi que não ia engolir o que tinha ali, e parecia algo nada agradável.

— Tudo bem. - dei de ombros e resolvi analisar melhor aquela festa com gente esquisita, era uma típica festa de faculdade, música alta, bebida rolando, drogas passando e muitas pessoas bêbadas se pegando.

— Maya, dá uma olhada pra aquele carinha ali, é meu tipo total. - Vic apontou para um cara de cabelo verde e estilo punk, fumando uma erva muito da mal cheirosa. - Vou lá falar com ele.

— Por favor, Vic, não me deixa aqui sozinha, eu não conheço ninguém. - implorei com a minha melhor cara de cachorrinho triste.

— Me dá só cinco minutos que eu volto, deixa eu só me fazer presente pra ele, prometo! - e assim ela me abandonou no maior estilo de "caça aos machos".

 Não se passaram apenas cinco minutos, mas sim uns vinte minutos até eu decidir circular pra procurar um banheiro, de preferência algum limpo. Acontece que a saia não foi uma boa ideia, e na sétima vez em que fui me ajeitar um idiota bêbado resolveu abrir a boca.

— Belo pacote! - assim que virei para revidar uma grosseria, um cara já tinha partido pra cima do idiota, o agarrando pela camisa e o sacudindo.

— Nunca trate uma mulher desse jeito, ela merece respeito, seu babaca. - o meu salvador disse com um rosto tão sério que até me deu medo, e me deixou excitada, confesso. Quando ele largou o idiota e me olhou não pude deixar de sorrir.

— Obrigada, mas eu podia ter me defendido muito bem sozinha.

— Disponha, e eu já queria ter dado uma lição nesse babaca há tempos. - ele sorriu e eu me derreti toda por dentro, ele tinha um sorriso tão sexy! Minto, ele era todo sexy, alto, forte, cabelo raspado e um pescoço que me fez querer encaixar minha cabeça ali e sentir seu cheiro.

— Certo, eu vou indo. - falei, tentando dissipar cenas de coisas que eu queria muito fazer com ele.

— Espera, é melhor eu te acompanhar, nunca se sabe quando vai ter outro babaca pra atormentar uma moça bonita. - uau! Ele me acha bonita! Isso, Vic, a saia realmente tem efeito. Sorri pra ele enquanto andávamos lado a lado até que eu reparei que não sabia pra que direção estava indo. Resolvi me encostar na parede mais próxima e parecer casual na presença daquele gato.

— O que você estuda? - ele perguntou, parando na minha frente com as mãos nos bolsos.

— Direito. - respondi, fazendo de tudo pra manter a pose com esse homem tão próximo de mim.

— Isso é bom, porque eu estou a ponto de cometer um crime e seria bom ter uma advogada por perto. - ele sacudiu as sobrancelhas pra dar ênfase na sua péssima cantada, eu não aguentei e gargalhei, porém resolvi entrar na brincadeira.

— E qual seria o crime, senhor? - perguntei em voz baixa, tentando soar sensual.

— Beijar a mulher mais linda dessa festa. - e com isso perdi a compostura total, minha respiração falhou e engoli a seco.

— Tenho certeza que não seria um crime tão ruim. - o beijo que recebi em seguida foi tão gostoso e lento que imediatamente fiquei molhada, suas mãos se firmaram em minha cintura e eu me agarrei em seus ombros, me aproximando o máximo possível dele.

— Você é tão gostosa. – sussurrou ele entre beijos, sua mão desceu pra minha bunda e apertou suavemente, minha calcinha estava tão úmida que se ele descesse mais a mão tenho certeza que sentiria. - Vamos para o meu carro. - concordei imediatamente com sua ideia, mas antes precisava fazer uma coisa.

— Tenho que ir ao banheiro, pode me mostrar onde é? - pedi envergonhada.

— Claro, linda. - ele me mostrou a direção e me deu um beijo rápido. - Te espero aqui. 

Fui em dispara para o banheiro, xingando todas as cabines que estavam ocupadas, e quando finalmente consegui me aliviar cogitei ter sido o xixi mais rápido da história. Me ajeitei rapidamente no espelho e voltei apressada pro cara lindo que me aguardava, ansiosa por uma noite quente. O que encontrei foi uma parede vazia e uma noite com meus dedos fazendo o serviço.

 Obviamente eu ia fingir que nada tinha acontecido e que nunca o tinha visto antes na vida. 

— Você deve ser o Daniel, é um prazer te conhecer. - reuni uma falsa alegria e fingi um sorriso. - Aqui, isso é pra você, infelizmente eu não sabia o seu gosto. - entreguei os chocolates e olhei com tristeza aquelas mãos, que um dia estiveram em minha bunda, pegar a embalagem.

— Obrigado, tenho certeza que vou adorar. - foi impossível não me arrepiar com sua voz grossa.

— Vamos sentar e comer, crianças, finalmente teremos nosso jantar em família. - depois de cumprimentar o Roger, fui sentar como minha mãe pediu. Não me surpreendi quando Daniel ficou na minha frente. 

— Maya, querida, como está a faculdade? – Roger me perguntou, dando seu sorriso acolhedor.

— Muito bem, estou terminando meu trabalho final sobre os direitos das mulheres dentro de uma prisão feminina, e depois de apresentar vou ter o meu tão sonhado descanso. – respondi tentando não olhar para o Daniel que não parava de me encarar.

— Isso é maravilhoso, minha filha! – minha mãe exclamou. – Daniel, sabia que minha Maya vai ser a melhor advogada dessa cidade? Quem sabe desse país!

— Mãe, não exagera. – fiquei tão constrangida e vermelha que só conseguia encarar o prato.

— Não tenho dúvidas que ela é excelente, dona Amélia. – disse Daniel, cutucando meu pé com o seu por de baixo da mesa.

— Dona não, você é da família, pode me chamar de Amélia. – mamãe falou enquanto segurava a mão do Roger e se olharam com carinho, ver cenas como essa me deixavam feliz, só Deus sabe quantos embustes minha mãe conseguiu arranjar por aí antes de encontrar o Roger.

 O jantar seguiu com muitas histórias por parte dos pombinhos, e é claro que essas histórias incluíam muitos micos meus que mamãe fazia questão de contar. Já estávamos sentados na sala de estar tomando vinho, o zumbido suave que a bebida causava me fazia querer andar alegremente até o Daniel e sentar no seu colo, portanto eu estava me segurando ao máximo.

— E teve uma vez quando Maya cismou que queria andar a cavalo, ela tinha 12 anos e queria ser a melhor em tudo, então-

— Mãe, já chega, tenho certeza que eles não querem mais saber de coisas sobre mim. – implorei, cansada de tanta vergonha.

— Mas, filha, essa é a melhor de todas.

— Tudo bem, eu vou tomar um ar. – levantei e andei até o jardim, aliviada por ter um descanso das memórias.

 A noite estava gelada e a brisa era tão gostosa que eu poderia deitar na grama e ficar a noite inteira observando o céu estrelado.

— Posso te fazer companhia? – a voz grossa me fez dar um pulo, acenei constrangida para o Daniel.

— Desculpe por minha mãe nos encher com histórias vergonhosas sobre mim. – revirei os olhos e dei um pequeno sorriso.

— Não se preocupe, tem tempo que eu queria saber mais sobre você. – ele admitiu, me deixando perplexa.

— Hum, sério? – perguntei ainda sem acreditar.

— Não paro de pensar em você desde aquela noite, na festa. Você se lembra? – questionou ele, se aproximando de mim com uma sobrancelha grossa arqueada.

— Sim, e também lembro que você não estava lá quando voltei. – falei e ele suspirou, passando uma mão pela cabeça raspada.

— Eu sinto muito sobre isso, meu amigo ligou desesperado dizendo que estava passando mal e eu não podia deixar ele na mão, mesmo que eu quisesse muito. – Daniel ficou na minha frente a menos de um passo.

— Tudo bem. – dei de ombros me afastando dele.

— Maya? – o ouvi atrás de mim.

— Sim?

— Posso fazer uma coisa? – me virei para perguntar o que era e fui surpreendida com o beijo dele, tão quente e suave, me deixando completamente derretida e extasiada. Sua língua macia me fez agarrar seus ombros e gemer baixinho, sua mão desceu até minha bunda.

— Senti falta disso. – disse ele entre o beijo, apertando minha bunda e engatando minha perna no seu quadril, senti sua ereção dura contra a minha barriga, desci minha mão até lá e ofeguei, ele era muito grande.

 Não sei quanto tempo ficamos nos beijando até minha consciência me alertar que era melhor pararmos antes que nossos pais viessem nos procurar.

— É melhor voltarmos. – falei sem fôlego com minha parte íntima latejando e pedindo por mais. Seus beijos desceram por meu pescoço e suspirei, chateada por ter que me afastar dele. – Será que se eu for ao banheiro você vai escapar de mim novamente? – ele riu e beijou minha testa com carinho.

— Não vou.

— Promete de mindinho? – perguntei, colocando a mão na cintura e tentando fazer uma careta séria.

— Prometo. – entrelaçamos nossos mindinhos e rimos.

 Quem diria que o filho do futuro marido da minha mãe se tornaria meu amor?


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Notas finais do capítulo

Entãooo, o que acharam?
Quero que me contem tuuudo do que acharam, aceito críticas positivas e negativas.
Se você veio até aqui, muuito obrigada por ter lido e espero de coração que tenha gostado e que tenha se divertido mais lendo a história nessa quarentena.
Quer mais?! Comente!
Beijos e até a próxima!



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