O Caminho das Estações escrita por Sallen


Capítulo 20
∾ Eu te contei tantas coisas, só não contei a verdade.


Notas iniciais do capítulo

Olá, novamente!

Dessa vez, temos mais um passo adiante nessa jornada de recomeço. A questão é o que aguarda no fim.



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O dia amanheceu diferente do usual clima frio. Havia menos nuvens no céu a cobrir o sol mais brilhante, ainda que pálido. E, apesar de persistir o ar gelado da estação, despertou-se um dia bonito. Mesmo agora, com a tarde se estabelecendo e o vento tornando a anunciar sua chegada, o sol descorado resistia, trazendo um calor enfraquecido, embora gostoso. 

Juno observou o céu pela janela da cozinha, por um instante, antes de começar a arrumar a cozinha. Os magros raios de sol que adentravam pela abertura banhavam as paredes claras e a mesa, agregando uma coloração mais vívida, mesmo que desbotada.  

Com um sorriso imberbe, ela estendeu a mão em direção a luz, sentindo o calor tocar sua pele, arrepiando seu braço instantaneamente. Aspirando aquele ar com um leve cicio, ela sentiu saudades do verão. Sentiu falta dos dias quentes, com o sol brilhando imponente no céu sem nuvens a cobri-lo e o ar escaldante abafando a cidade que borbulhava em vivacidade. E as noites frescas do céu noturno misturando o azul e o preto, criando um cenário hipnotizante para a lua e as estrelas, que sempre pareciam mais próximas do que realmente estavam. Então, dando uma sacudidela no rosto, obrigou-se a tomar iniciativa. Caso não se vigiasse, poderia se perder nesse breve instante por horas. 

Ajeitando os cabelos ondulados em um coque bagunçado, ela começou a retirar a mesa do almoço que prepararam juntas, ela e a tia. Era um modo de continuarem se conectando no dia a dia ao cozinharem lado a lado, considerando que o trabalho de Juno a tomaria mais tempo do que gostaria. Enquanto uma cortava os legumes, a outra refogava os grãos, alternando as funções e também, juntas, aprendendo coisas novas, sempre conversando sobre os mais diversos assuntos, embolando um tópico em outro entre risadas. Algo que Juno sempre desejou fazer com sua própria mãe, embora nunca tivera a possibilidade. 

Cada vez mais, Juno recobrava a sensação de estar em casa. A mesma que sentiu há sete anos atrás, nas outras poucas vezes em que estivera ali. E a que nunca teve em sua cidade natal, ao lado de sua mãe, por mais difícil que fosse admitir tal verdade para si mesma. Apesar da marca da ausência, a sombra de fantasmas, e a poeira que cobria as memórias, tudo parecia o mesmo, como se tivesse fechado uma porta antes de sair, impedindo que o tempo passasse para quando retornasse. Entretanto, no fundo, sabia que era apenas uma armadilha de sua mente, que tentava se prender a um passado impossível de ser recriado. Mesmo que a cidade aparentasse estar a mesma, tudo havia mudado, assim como as pessoas. Inclusive, ela mesma. 

Já não era mais a mesma garota de antes. A mudança em seu cerne era pesada, sentida em cada parte de seu corpo, quase tão visível aos olhos quanto a mudança física de uma mulher adulta. Não dependia mais dos sonhos que idealizava em sua mente, pois precisava realizá-los com suas próprias mãos. Não fugia mais de sua própria realidade, porque sabia o custo da mentira. E já não vivia mais na história de vida de outras pessoas, pois a sua também era digna de ser vivida. 

Era infantilidade, portanto, se perder na sensação de imutabilidade quando, no fundo, era só uma ilusão. Só serviria para fazê-la se decepcionar, pois estaria com expectativas não só altas, como também ultrapassadas. Não reencontraria o que encontrou há sete anos atrás. A prova disso era Theo. 

Parecia o mesmo rapaz de antes. Os olhos brilhantes, cheios de vida. Respirava, inspirava e transpirava arte. Trazia calor com o seu sorriso grandioso. Era o mesmo Theo e também não era. Era, na verdade, um homem feito, com anos de vivência que ela jamais poderia se comparar, prestes a casar e construir uma família. Talvez, a única parte que permanecia inalterada era seu relacionamento com Hester. E mesmo isso, já estava diante de uma grande mudança de responsabilidade. 

E não estava inteiramente chateada com a recepção pouco calorosa que recebeu do antigo amigo. Verdade seja dita, sabia que não poderia esperar outra reação. Ninguém que faz o que havia feito, retorna impune. Era apenas o choque de realidade que, embora esperado, mais doía. Porque, talvez, sempre soube que se ousasse retornar, não conseguiria retomar ao que era e ao que tinha. 

Ainda assim, a foto que guardou era a sua contradição. Quando pegava-se admirando a foto que encontrou perdida entre coisas velhas e padecidas, não conseguia evitar em recriar o passado do seu jeito. Sempre olhava para o rosto lá estampado, mesmo que evitasse ao máximo fazê-lo, era inevitável. Então, revivia suas memórias e divagava lentamente nas melhores partes, assim como tentava reconstruir as partes ruins e consertar o erro que custou tudo de si. No entanto, já que jamais poderia reviver um passado sepultado por pecados, precisava, então, assumir um último risco. O perdão. 

Quando decidiu voltar a Florencia, sabia que estaria diante de um desafio. E, embora sabendo que desejava o perdão de quem feriu, não sabia como adquiri-lo. Sempre que caminhava pelas ruas do centro, andando de bairro em bairro, esbarrando em pessoas aqui e ali, sabia que, em algum momento, reencontraria Nirav. Então, o que faria? O que diria? O que sentiria? 

Eram nesses momentos traiçoeiros que sua mente, ainda ferida e abalada, reproduzia lembranças não tão agradáveis. O rosto de um antagonista tornava a flutuar dentro de sua cabeça. E dele, palavras afiadas como lâminas se projetavam, cortando-a mais uma vez, mesmo depois de anos. O rosto de Nicholas, as palavras de Nicholas. 

Já fazia anos que não o via. Quatro, especificamente. Apesar do alívio de não o ter mais em sua vida, seu fantasma permanecia a assombrá-la, e Juno desconfiava que sempre assombraria, mesmo quando já não restasse mais nada daquele homem. Ainda que estivesse longe demais do seu alcance, temia que sempre traria consigo uma parte dele. E, embora já não lembrasse mais do som de sua voz, sentia que nunca esqueceria suas últimas palavras. Por isso, quando se perdia em tais armadilhas, era preciso parar e recomeçar. Havia alguns fantasmas do seu passado que não mereciam assombrar suas memórias. Nicholas era um deles. 

Um suspiro cansado escapou de seus lábios quando terminou de organizar os pratos no armário. Aposentando o pano sobre a pia, Juno tornou a olhar pela janela, espreguiçando-se ao admirar o belo céu tardio. O sol permanecia lá, resistindo ao inverno, teimando em trazer um calor agradável para a terra. Porém, as nuvens já começavam a reconquistar o espaço, como se estivessem guerreando um com o outro. Mesmo assim, Juno foi capaz de aproveitar os últimos resquícios de raios do sol que começava a se esgueirar por trás de uma nuvem e outra. 

Foi quando sua tia apontou diante da porta da cozinha. Seus cabelos úmidos e bem penteados indicavam que tinha acabado de sair do banho. Um cheiro floral vinha de sua direção, combinando com o vestido comprido, estampado de flores brancas em um fundo azul. Não conseguiu conter o sorriso em direção a ela. Parecia mais jovem e, principalmente, mais feliz. 

— Juno, minha querida. — ela se esgueirou pela porta, chamando a sobrinha. — Há visita para você. 

Sem conseguiu esconder a surpresa, ela piscou seguidas vezes ao escutar o que foi dito, um tanto inexpressiva. Não estava esperando por ninguém, ou melhor, não havia ninguém para visitá-la. Até onde sabia. 

— Quem? — a pergunta saltou de sua boca com certa urgência ao aproximar-se da tia, olhando-a desconfiada. 

— Acho que vai querer ver com seus próprios olhos. — com isso, ela a deixou sozinha na cozinha, perdida em pensamentos. 

Não tinha ideia de quem poderia ser, até pensar em Theo. Era o único que sabia que estava ali, afinal havia a encontrado sem querer. Decerto teria contado a alguém. Hester, era provável. Talvez ao melhor amigo. Teria Theo contado... Não, não poderia ser. 

Cansada de seu próprio suspense, que fazia seu coração acelerar, ela tentou recobrar a compostura. Na verdade, não estava na melhor condição para receber visitas. Seus cabelos estavam bagunçados, presos de forma improvisada, que se soltavam aos poucos. A blusa era preta e desbotada, de alguma banda antiga que já não escutava mais, por dentro de uma calça de malha vermelha, tão grande que cobria seus pés descalços. Porém, como não teria tempo de deixar a visita esperando, seja lá quem fosse, tentou aprumar o máximo que conseguiu com suas mãos apressadas. 

Quando cruzou a casa, não sabia quem estava esperando encontrar. Entretanto, de todas as pessoas que passaram por sua mente, não esperava se deparar com quem viu. E foi inevitável o sorriso que cruzou por seu rosto, iluminando-o como um dia ensolarado. Um sorriso incrédulo, porém, genuinamente feliz. 

— Louise! — o nome que projetou em sua voz soou como um acalento para seus ouvidos. 

E era a própria, embora um pouco diferente da que guardou em suas memórias. Seus longos cabelos ruivos estavam curtos, na altura dos ombros. Sua cintura estava mais larga, acentuando mais as belas curvas de seu corpo avantajado. Não usava um vestido florido, como era seu costume, apenas um macacão preto, discreto. Tinha um ar mais sério em seus olhos azuis, mas seu sorriso permanecia intacto, jovial como sempre. 

Louise avançou para envolver Juno em um abraço, que pareceu durar uma eternidade. Era apertado, urgente e até inseguro, como se fosse difícil sustentar a situação. Juno agarrou-se a antiga amiga, reconfortando-se em seu toque exagerado, sentindo-se em casa em seus braços. Até mesmo o doce cheiro de seu perfume trouxe aconchego. 

Quando se separaram, finalmente, encontraram Octavia com um sorriso bobo, escondido entre a mão esquerda. Seus olhos entregavam um pouco de emoção, que ela conseguiu disfarçar bem com uma despedida impaciente. 

— Eu preciso sair, mas fique à vontade! — ela disse para Lou, antes de se voltar para Juno. — Precisa de alguma coisa, minha querida? 

— Não, não se preocupe. Obrigada. — Juno sorriu, despedindo-se da tia, que escapava pela porta. — Até mais tarde. 

Depois, quando sozinhas, houve um momento de silêncio. Elas se contemplaram por um instante, admirando a passagem de anos tão marcante em cada uma. Estavam mais velhas, mais maturas e continuavam, de certa forma, as mesmas. Louise não resistiu, avançando para outro abraço, que durou menos dessa vez. 

— É mesmo você! — Louise disse, com um sorriso incansável no rosto. Tocava seus braços, tentando descobrir se era mesmo real, fazendo Juno rir. — Quando Theo me contou que tinha voltado, quase não consegui acreditar. Precisava vir te ver com meus próprios olhos! 

Como havia desconfiado, havia mesmo sido Theo a contar. Já que Louise sabia, era provável que outras pessoas também sabiam. Pensou em Hester e Helena, com a saudade apertando em seu peito, ansiando para poder reencontrá-las. Então, pensou em Nirav. E inevitavelmente, questionou-se sobre tantas coisas. Agora que sabia que ela estava ali, como estaria se sentindo? Queria tanto reencontrá-la como ela queria revê-lo? 

Deixando as tantas fantasias e questionamentos para trás, Juno conduziu Louise para a cozinha, mas a amiga decidiu que queria voltar a varanda, por algum motivo. Assim, juntas se sentaram no antigo banco de madeira, estalando cansado sob seus traseiros. 

— Ainda parece uma mentira, sabe. — Louise confessou com admiração ao olhá-la sem piscar. As mãos passando sobre o rosto. — Nunca pensei que fosse voltar, Juno. Tive medo de que não fosse mesmo voltar. Você sumiu! 

Ela respirou fundo, anuindo com a cabeça, concordando. Seus olhos percorreram ao redor, um pouco perdidos. Estava tentando encontrar alguma resposta viável para Louise, sem que pudesse entregar todas as suas fraquezas de uma só vez. Ainda não estava preparada para contar sobre tudo o que aconteceu. E, por mais que fosse Louise à sua frente, não era ela quem precisava escutar o que tinha para dizer. 

— Foi preciso sumir. — a resposta vaga foi acompanhada de um sorriso triste, que escondia mais detalhes do que mostrou à amiga. — Precisei lidar com problemas que só eu poderia enfrentar e infelizmente duraram mais do que gostaria e custaram mais do que esperava. 

Louise abaixou a cabeça, sentindo o peso de suas palavras e, talvez, entendendo o motivo de suas omissões. 

— Eu sinto muito. — respondeu com sinceridade. — E então, por que decidiu voltar? 

Decidiu abrir-se o suficiente para ela, afinal merecia alguma de suas respostas. Contou sobre sua dificuldade com a carreira, o desemprego constante e a condição financeira ruim. Contou também sobre sua mãe, como os anos só se tornaram piores até não haver mais nada o que pudesse fazer. E contou como já não restava mais nada para ela em sua antiga casa e cidade natal. Só não contou sobre Nicholas. 

— E agora, está tudo bem? — ela perguntou, buscando contato com sua mão, passando conforto e carinho com seus dedos, que Juno recebeu de bom grado. 

— Estou fazendo ficar bem. — garantiu, com um sorriso mais confiante. — No fim, Florencia era a minha última chance de recomeçar. 

Louise respirou fundo, passando o olhar de Juno para a varanda que as cercava. 

— Lembra quando estávamos nessa mesma varanda, há anos atrás? Eu, você e Helena, conversando. Você disse que se sentia desejando viver uma vida nova, ser uma nova pessoa. E, bem, não é que o destino adora pregar umas peças dessas na gente? — ela comentou com a voz embargada, em seus olhos havia um brilho emocionado. — Eu adoraria te ajudar na tarefa e te fazer ficar bem, se possível. 

— Vai ser mais fácil com você. — Juno percebeu que seus olhos também ardiam, concentrado com lágrimas. 

— Eu senti tanto sua falta. — ela olhou para baixo, soltando sua mão. De repente, havia um tom de pesar em sua voz. — Perdoe por nunca tentar procurar você, entrar em contato, qualquer coisa do tipo. 

— Bem, eu nunca procurei entrar em contato também, não é? 

Louise suspirou, meneando com a cabeça, continuando a manter o olhar distante de Juno. 

— É diferente. Nós estávamos... Eu estava com raiva. — confessou, de repente. — Quando tudo aconteceu, naquela noite, eu me senti traída. Depois que você partiu, eu estava tão irritada que não quis mais saber sobre você. 

Juno não ser surpreendeu, apesar de tudo. Na verdade, era o que estava esperando ao rever Louise, parada, diante da porta. Compreendia a sua raiva, entendia que estava decepcionada, por isso, de todas as outras pessoas, não imaginou reencontrá-la tão cedo. 

— Então, eu percebi que se eu tivesse prestado um pouco mais de atenção, eu teria visto a verdade. E, podia não parecer, eu estaria do seu lado. — dessa vez, ela ergueu o olhar até Juno, estava bem avermelhado. O que fez com que sentisse culpa por trazer o assunto à tona. — Desculpe por me intrometer entre vocês dois. Eu deveria... 

— Não. — a interrompeu, de imediato, impedindo que continuasse com suas desculpas. — Não, nem pense nisso. Se há alguém, nessa história, que cometeu algum erro, foi apenas eu. Eu estava comprometida, não deveria ter traído meu namorado. Esse é meu erro e eu acabei envolvendo você também. Então, se há alguém que deveria pedir desculpas, esse alguém sou eu, Louise. 

Ela meneou a cabeça, dando um riso nasal. Por um instante, levou as mãos ao rosto, tentando impedir de que as lágrimas escorressem por seu rosto. Então, retornou a Juno: 

— De qualquer forma, já faz anos. O que aconteceu, já passou. O que importa é que estamos novamente juntas. 

— Não sabe como senti sua falta. — contou, passando a mão esquerda por seu rosto, tocando seus cabelos. Era bom reencontrar sua amiga e perceber que não havia a perdido. — E também de Hester e Helena! Estou com tantas saudades! 

— Bem, já está na hora de matar essa saudade, não acha? — como um dia nublado que se esclarece, o rosto de Louise se limpou da marca das lágrimas e da emoção. Como antes, estava apenas sorrindo, com um semblante jovial em um rosto adulto. 

— O que quer dizer? 

— Vamos nos reunir de novo, como antes! 

Juno abriu os lábios, sem saber o que responder. Um pouco incerta, sentiu seu foco se perder outra vez, por um instante. Por dentro, era tentador, tudo o que mais desejava desde que voltou, ou melhor, desde que partiu. No entanto, não sabia até que ponto era válido ou mera ilusão. Nada estaria como antes, era ingênuo acreditar ou esperar por isso. Ninguém podia fazer o que fez e sair impune. 

— Eu adoraria, mas... — hesitou, mais uma vez. — Eu não sei, Louise. 

— Por quê? 

—Eu tenho medo de não me encaixar mais entre vocês. — admitiu, abaixando a cabeça. — Eu destruí tudo o que construímos, não sei se tem conserto para algo assim. 

Louise tomou um momento de silêncio, apenas contemplando a situação. Talvez, compreendesse o medo de Juno, em seu olhar havia empatia por sua condição. Mesmo assim, não pareceu desistir. 

— Olha, eu sei que no momento você está agora, depois de tudo o que aconteceu, nada pareça tão promissor. Eu sei que parece não ter conserto por seus erros, só entenda que você não foi a única que errou. Quantas vezes nós nos desentendemos ao longo desses anos em que esteve fora. Todas as vezes que briguei com Hester ou que Helena quis nos deixar. Mesmo assim, no fim, sempre estávamos juntas, porque sempre havia um jeito. Nós sempre podemos tentar de novo. 

Juno sorriu com sinceridade, admirando as palavras da amiga. Uma pena que não conseguia se relacionar com o que foi dito. 

— Mas nenhuma de vocês ferrou com as coisas como eu. 

— Dê mais uma chance para si mesma. Para nós, também. — Louise suspirou, fitando-a com serenidade. — Pode demorar um pouco, mas garanto que, em breve, estará se sentindo em casa novamente. 

De repente, o sorriso de Juno se transformou. 

— Eu já me sinto em casa. 


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Notas finais do capítulo

Foi bom trazer esse reencontro com a Louise, afinal havia coisas que precisavam ser ditos e esclarecidas. Ainda que a Juno continue esquiva no quesito de contar a verdade. No fundo, dá pra imaginar para quem ela guarda a verdade.

Pouco a pouco, a distância dos personagens diminui, até não restar quase nenhuma. E então, o que os aguarda?



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