Aventuras da Fairy Tail escrita por Beatrice Swan


Capítulo 3
Capítulo 03 - Infiltração na mansão de Everlue


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o mais novo capítulo como prometido.
O vosso apoio é muito importante, por isso não se esqueçam de deixar a vossa opinião para eu saber se devo continuar a escrever.



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Capítulo 03 - Infiltração na Mansão Everlue!

Casa da Lucy, Magnólia.

Lucy espreguiçou-se na cama, admirando a sua nova casa. Não era muito grande, mas pelo menos era dela. Ainda era difícil para ela acreditar que estava a viver em Magnólia, uma cidade que era famosa pelo comércio e magia. Perto do centro, ficava a famosa Catedral Kardia e um pouco mais adiante, a única guilda da cidade, Fairy Tail.

Lucy encontrou uma casa na Raspberry Street, não muito longe da guilda, perto da East Forest e tinha conseguido comprá-la por 2 milhões de jóias, o que tinha provocado um rombo nas suas finanças. Ela teria de fazer muitos trabalhos para repor esse dinheiro, felizmente tinha conseguido tirar parte da herança que a sua mão tinha-lhe deixado antes de sair de casa ou estaria em grandes problemas. A proximidade com a guilda fora a justificação para o preço mais barato.

A casa não era muito grande, tinha três quartos, uma cozinha e sala de estar conjunta, e, duas casas de banho. Já tinha alguma mobília e também tinha uma lareira clássica e um fogão. Além disso, ela amava o jardim atrás da casa que dava para a floresta este.

Tinha passado uma semana desde que se juntou à guilda, e se tinha sido uma semana ocupada. Lucy comprara a casa, mobilara o que faltava e arrumara tudo. Ela saiu da casa de banho do quarto, com apenas uma toalha enrolada em volta do corpo. Ela gritou quando viu Natsu e Happy sentados na sua cama.

"Olá!" Natsu cumprimentou Lucy, fingindo não notar que ela estava apenas coberta por uma toalha, mas não conseguiu evitar reparar no volume dos seios da loira.

"Este é o meu quarto!" Ela deu um pontapé no rosto do Natsu, mandando os dois contra a parede rosa pálida. "O que vocês estão aqui a fazer?"

"Mira contou-nos que tinhas encontrado uma casa." Natsu tocou a sua bochecha vermelha com uma mão, Lucy era mais forte do que parecia.

"Aye!" Happy concordou, também com a mão na cara.

"Ela disse? E, por causa disso decidem invadir? Não importa o quanto somos próximos, não entendem o conceito de cortesia comum? O que fizeram é invasão de propriedade privada! É um crime!" Lucy olhou furiosa o mago e o gato azul. "Ainda por cima entraram pela janela do meu quarto! És um pervertido, por acaso?"

"Isso magoou os meus sentimentos." Natsu fez beicinho, magoado pelas palavras da loira, apesar de saber que ela tinha razões para estar chateada, se tivesse sido o quarto de Erza... Ele estremeceu só de pensar.

"Eu sou a única que está a sofrer aqui…" Lucy respondeu.

"É um quarto agradável!" Happy começou a afiar as garras numa das paredes.

"Não afies as tuas garras aí, seu gato idiota!" Lucy ralhou com Happy.

Natsu andou até à secretária, perto da janela e pegou um monte de folhas de papel. "O que é isto?"

"Não olhes!" Lucy levantou a perna e chutou o queixo de Natsu, esquecendo que estava apenas de toalha e tirou-lhe a pilha de papéis.

Lucy ficou de joelhos no chão, agarrando os papéis contra o seu peito.

"Agora estou curioso." Natsu olhou para Lucy com atenção, decepcionado por não ter visto mais das pernas da loira. Ela tinha as bochechas vermelhas e pressionou os papéis no peito. "O que é isso?"

"Não fizeste o suficiente? Vai para casa!" As bochechas de Lucy ficaram mais vermelhas, claramente ele não entendia o que eram coisas pessoais.

"De jeito nenhum! Vim visitar-te!" Natsu sorriu inocentemente.

"Ele é tão egoísta!" Lucy falou com descrença.

Mais tarde

Lucy chutou Natsu e Happy para a sala de estar, para trocar de roupa em paz.

A sala tinha paredes verde-aspargo, uma parede estava ocupada por três estantes de madeira escura cheias de livros, à frente delas estava uma mesa retangular de madeira escura, com dez cadeiras brancas. Na parede em frente estava a parte da cozinha com uma lareira clássica e um pouco mais distante, um fogão, armário superior para as louças e talheres, e uma bancada com um lava-louça, um armário inferior para os restantes utensílios de cozinha e o frigorífico estava ao lado. Dois sofás cinza-claro em L estavam mais à frente com uma mesa baixa de madeira clara, entre eles, um tapete às riscas, verde, cinza e bege tapava o chão. De frente para eles, a outra parede estava ocupada com um móvel de madeira clara com as toalhas de mesa, roupas de cama e outras coisas da casa. Já a outra parede estava ocupada por duas janelas rodeadas por cortinados, cinza-claro por onde entrava a claridade.

Lucy entrou na sala, vestindo uma t-shirt roxa, calções de ganga azuis e chinelos roxos.

"Acabei de me mudar, então não tenho nada para te entreter." Lucy avisou Natsu, servindo o chá que tinha posto a fazer antes de tomar banho, numa chávena rosa para ela e numa branca para ele. "Vai para casa depois de terminares o teu chá, ok?"

Ela sentou-se à mesa, numa das cadeiras brancas e Natsu ocupou outra. Atrás de Lucy estavam as estantes repletas de livros.

"Ela com certeza tem o coração frio…" Natsu reclamou, e fez uma cara triste.

"Aye…" Happy concordou.

"Coração frio, dizem vocês?" As palavras de Natsu e Happy deixaram Lucy mais zangada.

"Ah, é mesmo! Mostra-me todos os caras-chave que tens, Lucy." Natsu estava curioso sobre a magia de Lucy. Ele nunca tinha conhecido uma maga celestial.

"Eles não são "caras-chave", são Espíritos Celestiais." Lucy corrigiu-o sabendo que o que ele lhe estava a pedir era impossível.

"Com quantos Espíritos Celestiais tens contratos, Lucy?" Happy também estava curioso.

"Onze! Sete de prata, três de ouro e uma de platina!" Lucy mostrou-lhes o novo chaveiro. "As chaves de prata são aquelas que podemos comprar nas lojas. Canes Venatici, os cães de caça; Crux, o Cruzeiro do Sul; Horologium, o relógio; Lyra, a harpa; Pictor, o pintor; Pégasus, o cavalo alado e Polly, a ursa menor. Chaves de ouro são raras e abrem os portões do zodíaco. Touro, o touro dourado; Aquarius, a guardiã da água e Cancer, o caranguejo gigante. Chaves de platina são ainda mais raras, já conheceram Nix, a Phoenix."

"Um caranguejo?" Natsu e Happy exclamaram ao mesmo tempo, enquanto salivavam.

"Lá vão eles para o mundo da lua com as coisas mais estranhas…" Lucy falou para si mesma, um meio sorriso enfeitava o rosto dela. "Agora que penso nisso, ainda não fiz o contrato com a chave que comprei na loja de magia da Hargeon. Já que estão aqui, vou mostrar-vos como uma maga celestial faz contratos com um espírito celestial."

"Pergunto-me se ela tem que assinar um pacto de sangue?" Happy sussurrou para Natsu.

"Parece doloroso… para o traseiro." Natsu sussurrou de volta, apesar de ter notado que ela tinha um belo traseiro.

"Por que estamos a falar do meu traseiro?" Lucy perguntou a si mesma antes de falar mais alto. "Sabem, posso ouvi-los." Ela pegou a chave do Canis Menor e caminhou para o meio da sala. "De qualquer modo, apenas observem." Ela levantou o braço com a chave na mão. "Estou ligada ao caminho para o mundo dos espíritos! Agora! Espírito, responde ao meu chamado e atravessa o Portão!" Um círculo mágico dourado apareceu debaixo dos pés dela. "Portão de Canis Minor, eu abro-te! Nicolas!"

Outro círculo mágico prateado apareceu à frente dela e bolas douradas apareceram. Elas pareceram dançar antes de se tornarem uma bola de ouro e desaparecerem, revelando um pequeno boneco de neve com um nariz em forma de cenoura, trémulo.

"Não te preocupes." Natsu e Happy falaram ao mesmo tempo, levemente desapontados com o que tinham visto.

"Eu não estraguei tudo!" Lucy gritou com eles, antes de abraçar o pequeno espírito que não parava de tremer. "Que fofinho!"

"Achas?" Natsu perguntou, incrédulo.

Lucy não soltou o espírito trémulo, acariciando o pequeno. "Não é preciso muito poder mágico para abrir o portão de Nicolas, então eles são populares como espíritos de estimação!"

"Natsu, isso é claramente um caso de orgulho humano." Happy sussurrou.

"Luigi é definitivamente assustadora…" Natsu sussurrou de volta.

"É Lucy! E, posso ouvir-vos!" Lucy olhou de maneira assustadora para o Natsu. "Ou queres que te lembre a forma apropriada do meu nome?"

"Não!" Natsu gritou, assustado.

"Ok, vamos passar para o contrato?" Lucy perguntou ao espírito adorável, já com um bloco de notas e uma caneta na mão.

"Punn, Punn!" o espírito concordou.

"Que tal segunda-feira?" Lucy viu o espírito negar com um aceno de cabeça. "Terças-feiras?"

O espírito concordou com um aceno. "Quarta-feira?"

"Parece simples, certo?" Natsu perguntou a Happy, enquanto bebia um gole de chá.

"Sim!" Happy concordou, com um peixe na boca.

"Ok, contrato completo!" Lucy sorriu, feliz, para o seu novo espírito.

"Punn, Punn!" O pequeno espírito comemorou com movimentos de dança.

"Parece muito simples." Happy disse no ombro de Natsu.

"Sim!" Natsu concordou.

Lucy olhou séria para eles. "Pode parecer assim, mas é crucial. Os magos celestiais trabalham por contrato. Em outras palavras, as promessas são tudo para nós. Por isso, eu nunca quebro uma promessa. Entenderam?"

"Certo!" Natsu riu, já a pensar em ideias para obrigar Lucy a fazer o que ele queria.

"É verdade!" Lucy olhou o pequeno espírito com alegria. "Tenho de escolher o nome dele!"

"Não era Nicolas?" Happy perguntou.

"Esse é o nome genérico. Já sei!" Lucy chamou o adorável espírito com as mãos. "Vem cá, Plue!"

"Plue?" Natsu e Happy perguntaram, não muito convencidos.

"Não é um nome fofo?" Lucy apertou o pequeno espírito contra o peito dela. "Certo, Plue?"

"Punn!" O pequeno espírito concordou.

"Você tem certeza que ele gostou?" Natsu perguntou em dúvida.

"Claro que ele faz!"

"Plue é um "Cão Menor", mas ele não late, não é?" Perguntou Happy. "Que estranho."

"Também não dizes miau." Lucy defendeu-se. Plue saiu dos braços dela e começou a fazer uma dança estranha. "Pergunto-me o que está a tentar dizer?"

"Plue, és um bom espírito!" Natsu concordou, fazendo-lhe o sinal de ok com a mão.

"Eles comunicaram um com o outro!" Lucy ficou perplexa. Natsu aproximou-se dela e olhou para ela cuidadosamente, fazendo-a recuar. "O quê?"

"Ok, eu decidi!" Natsu pôs-se de pé. "Vamos formar uma equipa!"

"Entendo!" Happy exclamou, a voar ao lado de Natsu.

"Uma equipa?" Lucy perguntou confusa.

"Aye!" Happy concordou antes de explicar. "Todos na guilda são aliados, mas as pessoas que se dão muito bem formam equipas. Um pedido que seria difícil para uma pessoa pode ser facilmente feito por uma equipa!"

"Isso é ótimo!" Lucy concordava com a ideia de equipas para ajudar a fazer missões e Natsu era um mago poderoso. Não podia ser tão ruim, certo? "Parece divertido!" Lucy e Natsu apertaram as mãos para fazer um contrato.

"Ok, está decidido!" Natsu comemorou.

"É um contrato!" Lucy concordou.

"Sim, senhor!"

"Vamos nos apressar e fazer um trabalho!" Natsu mostrou uma folha de missão. "Olha, eu já peguei uma!"

"Estás apressado… Deixa-me ver." Lucy pegou a folha das mãos de Natsu. "Cidade de Shirotsume, huh? Não pode ser! Duzentas mil jóias só para pegar um livro da mansão deste Duke Everlue?"

"E então?" Natsu sorriu, satisfeito com a ideia de um trabalho fácil ser o primeiro de Lucy. "Não é ótimo?"

"Cuidado: ele é um velho pervertido e atualmente está a recrutar empregadas de cabelos loiros." Lucy leu o papel de missão.

"A Lucy é loira, não é?" Natsu disse a Happy, fingindo ter acabado de perceber isso. Na verdade, isso era apenas um detalhe para ele, mas gostava de provocar a loira.

"Vamos infiltrá-la na mansão vestida como uma empregada." Happy concordou, pensando que era muito inteligente.

"Você planeou isso desde o começo!" Lucy exclamou, ajoelhada no chão e uma nuvem negra começou a rodeá-la.

"Então eu ouvi que os magos Celestiais nunca quebram as suas promessas." Natsu tocou o queixo com a mão como se estivesse a pensar. "Impressionante!"

"Você enganou-me?!" Lucy gritou, tentando controlar o seu temperamento.

"Vamos praticar." Natsu disse com voz alegre. "Tenta chamar o Happy "Master"!"

"De jeito nenhum! Não, a um gato!" Lucy protestou.

Guilda da Fairy Tail

"Alguém pegou aquele trabalho de 200 mil jóias por um livro?" Perguntou uma garota de cabelos azuis diante do painel da missão. O seu nome era Levy. Ela usava a parte superior de um biquíni branco, um colete azul e calções de ganga branca.

Ela estava entre dois rapazes, um deles tinha cabelos cor de laranja e usava um chapéu alto, castanho e creme, uma camisa lavanda, calças pretas e um longo casaco de pele castanha e creme. O nome dele era Jet. O outro tinha cabelos negros e usava uma camisa branca e calças verdes. O nome dele era Droy.

"Sim, Natsu disse que ia convidar Lucy para ir com ele." Mira informou-os, segurando uma bandeja com vários pratos sujos.

"Oh." Levy lamentou. "É isso que ganho por hesitar."

"Pode ser melhor que não tenhas ido, Levy." Mestre Makarov falou sentado em cima do balcão do bar.

"Mestre!" Levy não sabia se devia considerar-se ofendida pelas palavras do mestre.

"Acabei de receber uma mensagem do cliente." Makarov acrescentou.

"Foi cancelado?" Mira perguntou, curiosa.

"Não. Parece que a recompensa foi aumentada para 2 milhões de jóias!"

"Dez vezes mais?!" Levy perguntou, chocada.

"Dois milhões de jóias, por um livro?!" Droy não queria acreditar.

"Esse é o tipo de recompensa que se ganha para prender monstros!" Avisou Jet.

"Porque foi aumentado tão de repente?" Mira perguntou-se.

Cubos de gelo apareceram no copo de água de Gray. "Parece que ficou muito interessante."

"Gray, olha para baixo!" Mira advertiu o mago de gelo.

"Ahh!" Gray gritou quando viu que estava apenas de boxers.

Carruagem, a caminho de Shirotsume

"Estás a ter um passeio confortável, Mestre?" Lucy perguntou maliciosamente a Natsu. O mago de cabelos rosados estava deitado num dos bancos da carruagem.

"Vejo uma empregada do inferno." Natsu respondeu enjoado.

"Ei, sou o Mestre!" Happy protestou.

"Cale a boca, gato!" Lucy ralhou com Happy. "A propósito, Natsu…" Lucy estava curiosa. "Porque quiseste formar uma equipa comigo?"

"Porque és uma boa pessoa." Natsu olhou para a loira vestindo um top rosa com alças pretas e uma saia preta curta. O chicote mágico e o anel de chaves estavam presos ao cinto dela.

'Penso que ele está a tentar dizer que reconhece as minhas habilidades…' Lucy olhou o mago de cabelo rosa com alguma surpresa.

"Mas também és bem estranha…" Natsu concluiu só para ver a cara furiosa da loira. Ser estranha não era uma coisa ruim, afinal para pertencer à Fairy Tail, um pouco de estranheza era necessário.

'Ele acabou de chamar-me de estranha?' Lucy pensou incrédula e um pouco chateada de ouvir isso de alguém que comia fogo. "De qualquer forma, este é o meu primeiro emprego, ok? Vou terminá-lo num instante."

"Espera, pensei que não tinhas gostado da missão?" Perguntou Happy enquanto comia um peixe.

"Usei a maioria das minhas economias para comprar a minha casa. Sei que assim não tenho de preocupar-me com a renda todos os meses, mas se não trabalhar mais nos próximos tempos para repor o dinheiro que gastei, posso vir a ter problemas." Lucy sabia que poderia ter arrendado um apartamento, mas sentia que era mais seguro ter o seu próprio lugar. "Não gosto muito da parte do velho sujo, mas temos de fazer sacrifícios. Posso não parecer, mas estou um pouco confiante no meu apelo sexual."

Lucy piscou para Natsu. Apesar do seu estado doente, não pôde deixar de concordar com ela.

"Como um gato, eu realmente não posso dizer." Happy brincou com Lucy.

"Vamos esclarecer isso! Vamos dividir o dinheiro em partes iguais, apesar de achar que vou fazer a maior parte. Estou a contar com vocês, caso alguma coisa dê errado!"

"Isso é óbvio!" Natsu concordou, tentando tranquilizar a loira. "Na Fairy Tail cuidamos uns dos outros."

Cidade de Shirotsume

Lucy, Natsu e Happy andavam pelas ruas de Shirotsume.

"Eu nunca mais vou andar de carruagem." Natsu disse, já recuperado da sua viagem.

"Dizes sempre isso." Happy avisou Natsu.

"De qualquer forma, vamos comer alguma coisa."

"Não consegues comer o teu próprio fogo?" Lucy perguntou, curiosa, ao mago de cabelos rosados.

"És realmente cruel. Conseguias comer Plue ou aquela vaca?" Natsu perguntou a Lucy.

"Eles não são comida!" Lucy olhou furiosa para Natsu, sem acreditar que ele se tinha atrevido a sugerir algo assim.

"Bem, é a mesma coisa." Natsu esclareceu, sem para de andar.

"Isso quer dizer que não podes comer o teu próprio fogo? Que azar."

"Vamos parar ali!" Natsu apontou para um prédio com uma placa de restaurante visível.

"Entrem primeiro. Tenho que ir buscar uma coisa para a nossa missão." Lucy avisou o Natsu, antes de se afastar com um sorriso.

"Seria mais divertido comermos todos juntos." Natsu reclamou para Happy.

"Aye!"

Mais tarde

Natsu e Happy atacaram a mesa, cheia de coisas deliciosas à frente deles.

"Vamos guardar as partes gordurosas para Lucy!" Natsu falou com uma perna de presunto em cada mão.

"Ela parece mesmo gostar das partes gordurosas." Happy concordou, comendo um pedaço de 'sushi'.

"Desde quando decidem que eu gosto de comidas gordurosas?" Lucy apareceu atrás de Happy usando um uniforme de empregada.

"Lucy?" Natsu perguntou chocado com a aparência de Lucy.

"É verdade. Pareço bem em qualquer coisa, não é?" Lucy piscou para Natsu. "Você terminou com a sua refeição, mestre?"

"O que vamos fazer?" Happy sussurrou para Natsu. "Estávamos apenas a brincar, mas ela realmente se disfarçou!"

"Não posso dizer a ela que era apenas uma piada agora, posso?" Natsu sussurrou de volta, admirando a beleza de Lucy. "T-Talvez pudéssemos continuar assim?"

"Posso ouvir-vos!" Lucy reclamou, pensando no dinheiro que gastara com o uniforme de empregada. "Apesar de não ter gostado da ideia é realmente mais fácil se eu for disfarçada do que se entrarmos à força. Esse Everlue pode ser uma pessoa importante e podíamos arranjar problemas à Fairy Tail."

Casa do cliente, Shirotsume

"Sou o cliente, Kaby Melon." O homem de cabelos grisalhos apresentou-se. Ele estava sentado no sofá e tinha um bigode na forma de um retângulo. Ele usava um terno preto, uma camisa branca e uma gravata vermelha. A esposa dele estava atrás dele.

"Melon?" Happy perguntou a salivar.

"Você tem um nome gostoso!" Natsu concordou, também a salivar.

"Ei, não sejam rudes!" Lucy repreendeu os seus colegas de equipe.

"Oiço isso o tempo todo." Kaby disse, rindo.

'Eu ouvi esse nome em algum lugar antes...' Lucy olhou com cuidado o cliente tentando se lembrar.

"Bem, então deixem-me contar sobre esse trabalho."

"Sim!" Natsu e Happy disseram ao mesmo tempo.

"O pedido é para destruir um livro na posse de Duke Everlue, Daybreak. Ou queimá-lo."

"Queimar?" Natsu perguntou entusiasmado criando uma pequena chama no seu dedo indicador. "Que tal queimar a mansão inteira?"

"Seria fácil!" Happy concordou.

"Não podem! Vão ser jogados na cadeia com certeza!" Lucy repreendeu Natsu e Happy. "Eu gostaria de saber o motivo…"

"Quem se importa? São 200.000!" Natsu insistiu, com os braços cruzados.

"Não, são 2.000.000 de jóias." O cliente corrigiu Natsu.

"2 milhões de jóias?" Os três feiticeiros gritaram. Eles estavam de boca aberta e as suas almas pareciam querer deixar os seus corpos.

"Oh, vocês não estavam cientes?" Kaby perguntou, surpreso.

"2 milhões divididos por três é… Não consigo fazer a conta!"

"É simples! Eu ganho 1.000.000, Natsu ganha 1.000.000 e Lucy recebe o resto!"

"Bem pensado, Happy!" Natsu concordou.

"Aye!"

"Não sobra nada para mim!" Lucy gritou para eles, antes de se virar para o cliente. "Além disso, tínhamos combinado a divisão do dinheiro na carruagem. Mas, porquê?"

"Quero destruir esse livro, não importa o que aconteça." Kaby apertou as mãos entre os joelhos. "Eu não posso permitir que esse livro exista."

"Ok, estou entusiasmado!" O corpo de Natsu ficou cercado por chamas. Ele agarrou a mão de Lucy e a puxou para fora da casa. "Vamos, Lucy!"

"Aye!"

"Hey!" Lucy gritou, já fora da mansão do cliente.

"Daybreak… É um livro que deve ser apagado deste mundo." A voz escura de Kaby não alcançou os ouvidos dos magos da Fairy Tail.

Mansão Duke Everlue

"Vim porque ouvi que você estava a recrutar empregadas domésticas!" Lucy chamou do portão da mansão. "Alguém está em casa?"

'Chame a atenção de algum velho pervertido, queime um livro, ganhe 2.000.000. Vai ser uma coisa fácil.' Lucy pensou, olhando para a mansão assustadora.

"Boa sorte!" Natsu sussurrou, escondido atrás de uma árvore.

"Você pode fazer isso!" Happy também a apoiou.

Lucy ouviu um barulho atrás dela. Quando se virou, uma mulher grande, parecida com um gorila, de cabelo rosa saltou de um buraco no chão. "Uma nova empregada?"

"Sim!" Lucy olhou para a mulher vestida como uma empregada com suspeita. A energia que ela emitia era familiar.

"Parece que você veio por causa do anúncio que o nosso Mestre colocou para as empregadas domésticas." A mulher de cabelos rosados falou com uma voz profunda.

"Boyoyo! Chamou-me?" Um homem que parecia ter mais de trinta anos, um pouco gordo e baixo, também saltou do buraco. Ele era o duque Everlue. Ele tinha cabelos castanhos no centro da cabeça e um grande bigode preto. O seu rosto era comprido, tinha orelhas pontudas e uma mandíbula grande. Ele usava um terno preto com um grande botão amarelo no meio e uma gravata azul, também tinha uma rosa, vermelha no peito esquerdo e usava um par de sapatos pretos. Everlue olhou para a loira com cuidado. "Vamos ver…"

"Obrigado por receber-me!" Lucy falou educadamente e estremeceu quando sentiu o olhar dele, no seu corpo. Ele dava-lhe arrepios, mas ela tinha de aguentar.

"Não, obrigado. Vá para casa, feia." Everlue disse, virando-se para sair.

"É isso. Vá para casa, feia." A empregada assentiu, agarrando a cintura de Lucy.

"Compreende? Para uma pessoa tão magnífica quanto eu…" Everlue virou dramático e quatro mulheres estranhas apareceram atrás dele. "… apenas belas garotas servem!"

"Eh!" Lucy olhou chocada com o que ele julgava que eram mulheres bonitas.

As quatro empregadas abraçaram Everlue como se ele fosse um príncipe encantador antes de começarem a elogiá-lo.

"Oh! mestre…"

"Você é tão maravilhoso…"

"Mestre, você é superlegal!"

"Feiosa, vá para casa agora, ok?"

Mais tarde

"Tanto para o teu apelo sexual." Natsu provocou Lucy. Ela estava sentada debaixo de uma árvore com a cabeça apoiada nos joelhos, tentando conter as lágrimas de raiva.

"Esse não é o problema! Aquele Everlue não tem nenhum senso de beleza!" Lucy tentou controlar a sua raiva e humilhação. "Vocês também viram a aparência dessas empregadas, não viram?"

"Desculpas." Happy também provocou o mago loiro, embora ele tivesse que admitir que Lucy estava certa.

"É tão frustrante!"

"OK! Nesse caso, vamos para o Plano A!" Natsu bateu os dois punhos.

"Sim! Nunca vou perdoar aquele velhote!" Lucy levantou-se, pronta para se vingar. "Esperem, o que é o Plano A?"

"O, A é de Atacar!" Happy explicou.

"Como é que isso é um plano?" Lucy murmurou, sem reparar num lácrima a gravá-los.

Dentro da Mansão Everlue

"Mais magos tolos apareceram." Everlue estava sentado numa poltrona verde no escuro, apesar da silhueta visível de mais dois homens. "Eles não aprenderam a lição?" Ele viu a marca na mão de Lucy. "Eles são da Fairy Tail desta vez?"

Telhado da Mansão Everlue

Natsu derreteu o vidro de uma janela com o seu fogo, ao mesmo tempo, em que Happy pousava Lucy no telhado.

"Chegámos." Happy disse aos dois magos.

"Obrigada, Happy." Lucy agradeceu, usando as suas roupas normais.

"Sim!"

"Droga… Que parte de "Atacar" não entendeste?" Natsu olhou a loira, um pouco decepcionado. "Deveríamos ter destruído o portão da frente!"

"De jeito nenhum! Se formos descuidados, o exército vai aparecer!" Lucy avisou Natsu.

"O que há contigo? Não disseste que nunca o ias perdoar?" Natsu perguntou.

"De fato, ele vai receber o que merece. Além de queimar esse livro, vou encontrar e destruir o que ele mais valoriza!"

"Uau, que crueldade!" Natsu estava com algum receio da personalidade da sua nova colega.

"Aye..." Happy não pôde evitar verificar se o peixe dele ainda estava na mochila dele. Talvez fosse melhor não provocar tanto a maga loira.

"Isto parece ser um depósito." Lucy falou depois de entrar, mas quando ele olhou para os seus companheiros de equipe, ela pegou um susto. Happy tinha uma caveira na cabeça.

"Olha! Olha!" Happy chamou a atenção de Natsu e Lucy.

"Muito bom, Happy!"

Os três magos vasculharam os aposentos que encontraram no caminho, encontrando muitas coisas estranhas e desagradáveis.

"Espera, vais procurar pela mansão inteira?" Natsu perguntou a Lucy enquanto caminhavam ao longo da parede.

"Claro!"

"Não seria mais rápido pegar alguém e perguntar onde está o livro?" Natsu perguntou. Ele estava farto de verificar todas as divisões.

"Sim!" Happy também concordou com o crânio ainda na cabeça.

"Vamos terminar a missão sem que percebam a nossa presença, como se fôssemos ninjas." Lucy disse a Natsu.

"Ninja?" Natsu perguntou, pensando em coisas estranhas.

"Eu acredito que ele está a pensar alguma coisa estranha, outra vez…" Lucy foi interrompida pela chegada das empregadas de Everlue.

"Os intrusos foram localizados!" Elas disseram ao mesmo tempo.

"Acabem com eles!" A empregada de cabelo rosa ordenou.

"Elas estão aqui!" Lucy exclamou

Happy virou-se para elas e assustou-as com o crânio na cabeça.

"É um fantasma!" Elas gritaram.

"Vocês são irritantes!" Natsu gritou, atingindo-os com um punho em chamas e enviando-as a voar.

"Ataque voador da Virgem!" A empregada gorila gritou, pulando no ar e pousando em cima de Natsu.

"Natsu!" Lucy gritou preocupada e então se virou para o Happy. "Ei, tira já isso."

"Ahh!" Natsu gritou, pegando a empregada e mandando-a para cima. Um círculo mágico de fogo apareceu debaixo dos pés dele, e ele chutou-a com um pé em chamas, o lenço dele à volta do rosto. "Ninja!"

A empregada caiu aos pés da estátua de ouro de Everlue, criando uma grande nuvem de fumaça. "Não podemos ser descobertos - de gozaru!"

"Nin-Nin" Happy concordou com o ombro de Natsu fazendo uma pose ninja com ele.

"É porque vocês são muito barulhentos." Lucy olhou para eles com uma carranca.

Eles abriram a porta mais próxima e encontraram uma enorme biblioteca.

"É uma montanha de livros - de gozaru!" Natsu disse com uma pose de ninja e o cachecol ainda enrolado no rosto.

"Sim! - de gozaru." Happy também falou numa pose ninja.

"Aquele velho é realmente um bom leitor, acho." Lucy observou, antes de Natsu tirar o lenço da cabeça.

"Vamos procurar!" Natsu falou entusiasmado.

"Sim, senhor!"

Lucy correu os dedos pelas capas dos livros tentando encontrar o que eles estavam à procura. "Temos que encontrar um livro no meio destes?"

"Encontrei um porno!" Natsu disse, segurando o livro na sua mão.

"Uma enciclopédia de peixe!"

"Encontrei o livro de ouro!" Natsu disse com um livro amarelo na mão com o nome Daybreak.

"Olhem, procurem seriamente!" Lucy gritou, já irritada com as suas piadas, mas notou o nome no livro. "Daybreak?"

"Como, amanhecer?" Happy perguntou confuso. "Achámos!"

"Sério?" Natsu perguntou, incrédulo.

"Foi muito fácil para 2 milhões."

"Vamos queimá-lo!" Natsu já estava com o punho no fogo.

"Muito simples, não foi?" Happy também concordou.

"Esperem um segundo!" Lucy exclamou, pegando rapidamente o livro das mãos de Natsu e segurando-o como um tesouro. "Isso foi escrito por Kemu Zaleon!"

"Kemu?" Natsu perguntou sem saber de quem ela estava a falar.

"Ele era um mago e também um romancista!" Lucy abraçou o livro. "Sou uma grande fã! Pensei que já tinha lido cada livro que ele escreveu, mas talvez este seja um trabalho inédito?"

"Seja como for, vamos nos apressar e queimá-lo." Natsu disse com o dedo indicador em chamas.

"Do que estás a falar? Esta é uma herança cultural importante!" Lucy apertou o livro contra si. "Queimar está fora de questão!"

"Estás a abandonar a missão." Happy disse com uma voz séria.

"Eu não disse que era uma grande fã?" Lucy falou como se isso fizesse uma grande diferença.

"Vamos queimar os dois." Happy e Natsu começaram a andar em direção à Lucy.

"Que tal dizermos que o queimámos, e fico com ele…"

"Eu não gosto de mentir." Natsu falou, sério.

"Sim!"

"Entendo." Eles ouviram a voz de um homem antes de o Duke de Everlue aparecer através de um buraco no chão. "Então vocês, intrusos, estão atrás do Daybreak?"

"Vês, isso é o que ganhaste por hesitar." Natsu apontou o homem gordo.

"Desculpa!"

"O que você fez ao chão da sua mansão?" Happy perguntou com uma gota de suor, na cabeça.

"Pensei que vocês, magos, estavam todos à procura de alguma coisa, e agora sei que é esse livro estúpido!"

"Estúpido?" Natsu perguntou, estranhando essa escolha de palavras.

'Um livro que o cliente quer destruir por 2.000.000 de jóias. E a pessoa que o mantém, Everlue, chama isso de idiota?' Lucy decidiu aproveitar a oportunidade. "Então… Tudo bem se eu ficar com ele?"

"Não! O que é meu, é meu!" gritou Everlue, agitando os braços como uma criança fazendo birra.

"Avarento." Lucy insultou.

"Cale a boca, feiosa!" Everlue devolveu o seu insulto.

"Então, que tal queimarmos?" Natsu disse, com a mão em chamas.

"Não! Eu não vou deixar!"

"Lucy, este é o nosso trabalho!" Natsu falou, sério.

Lucy nunca o tinha visto assim.

"Pelo menos deixe-me ler!" Lucy sentou-se no chão, abrindo o livro.

"Aqui?!" Natsu, Happy e Everlue gritaram.

"Já chega! Sabem quem sou? Tirem as suas mãos imundas do meu livro!" Everlue, furioso, levantou a mão. "Vanish Brothers!"

Uma estante abriu-se, revelando uma passagem secreta, e dois homens apareceram.

"Boa tarde." Um homem cumprimentou.

A cabeça dele estava na maior parte raspada, com um cabelo longo e escuro amarrado numa trança que se estendia abaixo das costas do homem, com uma fita branca segurando-a no final. Ele tinha olhos escuros inclinados, feições faciais afiadas, com maçãs do rosto proeminentes, e quatro tatuagens distintas no rosto. Ele também tinha orelhas pontudas e vestia uma túnica clara com gola alta, um par de calças escuras levemente soltas e sapatos escuros combinados com meias claras. Pendurado no bíceps esquerdo, sustentado por uma faixa escura que passava acima do ombro direito, havia um pano quadrado escuro com a marca clara dos Lobos do Sul. Além disso, o homem carregava uma frigideira enorme, com uma alça visivelmente comprida, nas costas, segurada por uma corda, que passava por cima do ombro direito.

"Até a mãe ficaria surpresa ao ver que esses dois pirralhos são bruxos da Fairy Tail." O outro homem disse.

Ele era alto, maciço e tinha cabelos compridos, escuros e encaracolados, com quatro fios largos e retos em pé graças a uma bandana vermelha e olhos escuros. As roupas dele, consistiam num casaco azul-escuro com uma faixa amarela em cada braço e calças azuis claras. A marca da guilda dele estava no pano branco, preso no braço direito.

"Aquela marca! Eles são da guilda de mercenários, os lobos do sul!" Happy advertiu, apontando para os dois homens.

"Então você contratou-os?" Natsu bateu palmas.

"Isso é…" Lucy disse a ler o que estava escrito no livro.

"Boyoyo! Os lobos estão sempre com fome, sim? Preparem-se." Everlue falou com os dois mercenários atrás dele.

"Natsu, dá-me algum tempo." Lucy levantou-se e segurou o livro contra o peito. "Eu acho que há algum segredo neste livro."

Ela saiu, rapidamente, do quarto fechando a porta atrás dela.

'Segredo? Everlue pensou, rangendo os dentes. 'Eu não notei. Talvez um mapa do tesouro?' Everlue usou a sua magia para criar um buraco no chão. "Vou atrás da garota! Eliminem o pirralho!"

"Sim, senhor!" Os mercenários responderam.

"Happy, ajuda a Lucy." Natsu pediu ao gato azul.

"Eu vou-te apoiar!" Happy tentou protestar.

"Não… Ficarei bem sozinho." Natsu esticou os ombros, antes de Happy voar atrás de Lucy.

"Ei! Eu fazer queixa à mamã!" O mercenário com cabelo espetado brincou.

"Acalme-se. Refresque-se." O mago que segurava a frigideira gigante avisou. "Vamos lá, mago de fogo."

"Hã? Como sabias?" Natsu perguntou, fazendo exercícios de aquecimento.

"O fogo estava à volta das tuas pernas quando derrotaste a Virgo." O mago com cabelo espetado respondeu.

"Não temos dúvidas sobre isso; és um assistente de fogo do tipo habilidade." O outro acrescentou.

Magos do tipo habilidade usam magia no próprio corpo. No caso da Lucy, ela devia ser do tipo portador, porque usava objetos, mas ela era um caso especial que usava os dois tipos.

"Então, julgas que estás preparado para isso, não é?" O corpo de Natsu ficou envolto em chamas. "Eu vou-te queimar até virares cinzas!"

Natsu atacou com o punho no fogo, mas bateu na frigideira gigante.

"Desculpa por isso, mas somos especialmente habilidosos contra os magos de fogo." O mago com a longa trança bateu em Natsu com a frigideira.

O mago com cabelo espetado saltou alto e fingiu chutar Natsu, mas o outro mercenário bateu nele com a frigideira gigante, enviando Natsu através da porta. Ele pousou na língua da estátua gigante de Everlue.

"Podes ser da Fairy Tail, mas no final, és apenas um mago. Não és páreo para lutadores profissionais como nós, mercenários." O mago com o cabelo espetado gabou-se.

"Isso é tudo o que vocês têm?" Natsu brincou com um sorriso.

"Irmão, ele está a subestimar-nos!" O mercenário com cabelo espetado falou com raiva.

"Sabes qual é a fraqueza de um mago?" O mercenário segurando a frigideira falou, parecendo ignorar as palavras de Natsu.

"Queres dizer transporte?" Natsu perguntou em pânico.

"Eu julgo que isso deve ser apenas uma questão pessoal tua..." ele disse baixinho com gotas de suor, estilo anime, na sua cabeça.

"Ele está mesmo a nos subestimar!" O mercenário de cabelos espetados falou ainda mais irritado.

"A fraqueza deles é o corpo deles!" O mercenário de cabelos espetados pulou o corrimão e bateu na estátua de Everlue com a frigideira, quebrando-a, mas Natsu conseguiu se desviar. "Treinar a magia exige disciplina e foco mental!"

"E como resultado acabas por não treinar o corpo." O outro mercenário completou, antes de tentar acertar Natsu com o punho, mas o mago de cabelos rosados conseguiu bloquear.

"Em outras palavras, contra pessoas como nós que treinamos os nossos corpos diariamente…" O feiticeiro falou, segurando a frigideira pela alça.

"Não podes igualar o nosso poder e velocidade." O mago de cabelos espetados completou, emergindo ao lado do outro.

"Que assustador! Então, quando vão lutar a sério?" Natsu provocou-os.

"Irmão, vamos fazer o ataque combinado!"

"Ok!" O mago segurou a frigideira gigante na frente dele e o outro mago pulou para dentro dela. "Movimento Final: Destruição do Céu e da Terra!"

"Venham!"

Esgotos, Mansão Everlue

Lucy estava encostada na parede segurando o livro aberto, as páginas se moviam em alta velocidade e ela usava óculos cor-de-rosa. Eram óculos de leitura de vento, um objeto mágico que permitia ler em alta velocidade. "Eu não posso acreditar que este livro contém tal segredo."

"O que você achou?" Everlue perguntou, segurando a maga loira pelas mãos, atrás das costas. "Diga-me o segredo do meu livro!"

"És o pior! És um inimigo da literatura!"

Hall da Mansão Everlue

O mago com o cabelo espetado saltou no ar em direção a Natsu.

"Olhe para o céu e…" avisou o mercenário com a trança, batendo em Natsu com a frigideira, fazendo com que ele recuasse vários metros. "… a terra é onde estamos!"

Natsu colocou a mão no chão para dar impulso para não cair de cara no chão e saltou duas vezes.

"Olha a terra e…" o mercenário com cabelo espetado disse, já acima de Natsu e acertou-o com um pontapé nas costas mandando-o para o chão e criando muita poeira. "… o céu é onde estamos!"

"Este é o ataque combinado de Vanish Brother." O mercenário com a frigideira falou com o outro atrás dele. "Movimento Final: Destruição do Céu e da Terra."

"Não há ninguém que possa sobreviver a este ataque!"

"O que vocês estavam a dizer sobre sobreviver a esse ataque?" Natsu, já de pé, parou o mercenário.

"Não pode ser!" Os mercenários gritaram ao mesmo tempo.

"Vou acabar com vocês com isto!" Natsu colocou as mãos na forma de cone à frente da sua boca. "Rugido do Dragão de Fogo!"

"Aqui vem a magia do fogo!" O cabelo espetado de mercenário disse com um sorriso.

"Acabou!" O outro mercenário colocou a frigideira na frente deles. "Cozinhar chamas!" Ele reuniu as chamas na panela. "Reúne todas as chamas, transforma-as e manda-as de volta!"

O mercenário mandou as chamas para Natsu.

"É um churrasco de fadas!" O mercenário de cabelos espetados comemorou.

"Adeus." Mas, para surpresa deles as chamas foram sugadas por Natsu, fazendo ele e o outro mercenário gritarem com a surpresa. "Impossível!"

"Agora que comi, estou renovado!" Natsu bateu os punhos juntos e um círculo mágico vermelho apareceu. "Não me ouviram?" Ele correu em direção a eles e atacou-os, gritando. "Asas Cortantes do Dragão do Fogo!"

Houve uma enorme explosão que quebrou todas as janelas da mansão e queimou os irmãos Vanish.

"Mamãe..." eles disseram meio inconscientes.

"Suponho que exagerei." Natsu disse, olhando para a destruição.


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