Aventuras da Fairy Tail escrita por Beatrice Swan


Capítulo 1
Capítulo 1 - Encontro em Hargeon


Notas iniciais do capítulo

Esta é a minha primeira história de Fairy Tail.
Espero que gostem e deixem a vossa opinião.



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Loja de magia, Hargeon

“Como assim?” Uma rapariga com cabelos loiros, com algumas mechas presas na lateral da sua cabeça, olhos castanhos e um corpo cheio de curvas olhou o vendedor atrás do balcão com incredulidade. O nome dela era Lucy. “Só existe uma loja de magia na cidade?” 

O vendedor olhou para a loira paciente antes de explicar mais uma vez. “Hargeon é uma cidade que prospera graças ao setor da pesca. Apenas dez por cento da população desta cidade consegue usar magia. Por isso esta loja especializou-se em magos viajantes.”

“Suponho que estou sem sorte, então.” Lucy estava desapontada.

“Não digas isso. Olha bem à tua volta. Também temos itens novos.” O vendedor pegou uma caixa rosa com Cores escrito. “As garotas adoram isso. As roupas mudam de acordo com o teu humor.” Ele mudou a cor da sua camisola de verde para roxo.

“Eu já tenho isso.” Lucy mudou o seu branco com riscas azuis para castanho escuro com riscas brancas. Para além do ‘top’, ela usava umas calças de ganga pretas, justas e umas botas castanhas. “Estou à procura de chaves de portão poderosas.”

“Chaves de portão?” O vendedor olhou para a rapariga loira com interesse antes de mostrar a chave de prata que tinha na loja. “Essa magia é bem rara.”

“Cachorro Branco!” Lucy estava entusiasmada, o cachorro branco agia como uma animal de companhia e ela estava à procura dele há meses.

“Essa chave não é muito poderosa.” O vendedor estudou a resposta da loira às suas palavras e sorriu ao ver que o entusiasmo dela não tinha diminuído.

“Isso não importa. Eu estava à procura dele.” Lucy estudou a bancada e sorriu ainda mais ao ver um chicote e um anel de chaves anti-roubo. O chicote, além do aspeto normal também libertava energia elétrica. Ele iria ajudá-la nas missões se entrasse para uma guilda e um anel de chaves protegido contra roubos. “Também estou interessada nesse chicote e no anel de chaves. Quanto vão ficar as três coisas?”

“Posso fazer os três por 40 000 joias.” O vendedor sabia que estava a fazer um bom desconto mas ela parecia melhor que outros magos celestiais que ele tinha conhecido.

“Isso não é necessário.” Lucy sabia que ele estava a fazer um desconto de 15 000 e pensou no dinheiro que tinha trazido com ela quando saiu de casa e que estava seguro na sua dimensão de reequipe. Ela só podia usar uma forma simples de magia reequipe, apenas o suficiente para não precisar andar carregada com os seus pertences e guardar as suas chaves de portão em segurança. Lucy sentia falta do contato com as suas chaves, elas transmitiam-lhe segurança mas isso ia mudar agora com o novo anel de chaves e o receio de alguém roubar os seus espíritos preciosos também diminuiria. “Posso pagar o preço normal.”

“Vai demorar anos até aparecer aqui outro mago celestial, além disso, pareces ser uma das boas, ao contrário de outras que passaram por aqui.”

“Obrigada.” Lucy sorriu em agradecimento depois de entregar o dinheiro ao vendedor, prendeu o chicote no cinto e tirou as suas chaves do espaço reequipe para o novo anel de chaves.

Ruas de Hargeon

Lucy caminhou pelas ruas de Hargeon feliz com as suas compras e o desconto que tinha conseguido. A vida fora da sua casa era mais difícil do que esperava, mesmo com o dinheiro que tinha conseguido trazer com ela. Graças às suas escolhas acertadas ia estar bem durante alguns anos e se conseguisse entrar numa guilda estaria ainda melhor. Ela foi tirada dos seus pensamentos por gritos histéricos de raparigas que passaram a correr por ela.

“Um mago famoso está na cidade!” Uma rapariga exclamou enquanto corria.

“É o Salamander-Sama!” Outra completou.

“O mago que controla magia de fogo que não pode ser comprada nas lojas? Ele está na cidade?” Lucy falou consigo mesma, antes de decidir segui-las. “Ele parece ser bem popular. Pergunto-me se ele é legal.”

Lucy seguiu as outras raparigas até chegarem a um homem com cabelos curtos azuis, espetados e com uma franja jogada para o lado esquerdo do seu rosto, ele tinha sobrancelhas e olhos escuros, uma tatuagem escura na parte direita da testa, logo acima da sobrancelha direita. Ele usava uma blusa branca com detalhes vermelhos e por cima uma longa capa roxa com detalhes amarelos e brancos e as suas calças eram vermelhas claras.

Ao vê-lo Lucy sentiu o seu coração começar a bater mais rápido e perguntou-se se era porque ele era um mago famoso. Quando ela notou os dois anéis nos dedos do suposto Salamander tudo voltou ao normal. Lucy fez uma careta ao reconhecer o anel Charme que tinha sido banido à vários anos. Foi nessa altura que um rapaz magro, musculoso de estatura média, com um tom de pele levemente bronzeado, olhos pretos e cabelos cor de rosa espetado apareceu à frente dela. Ele usava um casaco vermelho-escuro com detalhes dourados por cima de um colete preto comprido com contornos dourados e calças brancos que terminavam com tiras pretas depois dos joelhos. Ela não conseguiu evitar o pensamento que ele era atraente.

“Igneel! Igneel!” O rapaz gritou irrompendo por entre as raparigas e só então notou o homem de cabelos azuis. “Quem é você?”

“Talvez me conheças como Salamander?” O mago perguntou enquanto fazia um gesto grandioso para as fãs apenas para notar que o rapaz já se afastava. “Já vais embora?”

“Ei, isso foi rude!” Uma das raparigas que o atacou exclamou.

“Peça desculpa!” outra gritou.

“Ela está certa! Salamander-sama é um grande mago!”

“Chega, meninas. Ele não fez de propósito.” O Salamander tentou acalmá-las apesar de não se preocupar muito.

“Você é tão gentil!” As raparigas falaram com corações nos olhos e o suposto Salamander ganhou um olhar irritado de Lucy.

“Eu vou dar-te um autógrafo para poderes mostrar aos teus amigos.”

“Que inveja dele!” Várias meninas suspiraram.

“Eu não quero isso.” Natsu mal tinha acabado de falar quando foi atacado pelas meninas novamente.

“Embora eu tenha gostado da tua entrada entusiasmada, tenho de ir para o Porto. Por favor, desculpem-me. Tapete Vermelho!” O Salamander estalou os dedos criando fogo lilás que o levantou no ar exclamando: “Vou dar uma festa no meu navio esta noite! Estão todas convidadas!”

“Quem diabos é ele?” O rapaz de cabelos salmão perguntou, ainda confuso com os acontecimentos.

“Ele é nojento! Obrigado pela vossa ajuda à pouco. Eu já estava a sair do feitiço Charme, mas teres interrompido quando entraste ajudou.” Lucy sorriu para o rapaz de cabelos rosados e estendeu a mão para o ajudar a levantar antes de se apresentar. “O meu nome é Lucy e vocês são?”

“Eu sou o Natsu e este é o Happy.” Natsu falou antes que o seu estômago fizesse um ruído audível que combinava com a fome que ele sentia.

“Aye!” O gato de pelo azul falou, deixando Lucy atordoada, mas vivendo num mundo de magia nada parecia impossível.
“Venham comigo, eu pago o vosso almoço como agradecimento.”

Restaurante, Hargeon

“És uma pessoa muito legal!” Natsu tentou dizer com a boca cheia de comida.

“Entendi, mas comam mais devagar, podem ficar doentes.” Lucy suspirou resignada com a conta que ia ter de pagar enquanto se desviava de um pouco de comida que quase a atingiu na testa. “Além disso, a comida está a voar por todo o lado. Aquele Salamander estava a usar uma magia chamada Charme que foi banida à vários anos e isso preocupa-me. De qualquer forma, obrigado por terem intervido. Pode não parecer, mas eu também sou uma maga. Apesar de ainda não pertencer a uma guilda.” Lucy sorriu quando Natsu acenou, mostrando que estava a prestar atenção às palavras dela. “Onde eu quero entrar existem vários magos famosos, mas tenho a certeza que ainda vou fazer muitos trabalhos para eles.”

“Entendi.” Natsu olhou a loira com um corpo escultural com atenção sabendo que apenas a sua aparência bastaria para o mestre da Fairy Tail a aceitar.

“Falas muito.” Happy começou a comer outro peixe.

“Mudando de assunto, vocês não estavam à procura de alguém?” Lucy não levou a mal as palavras do gato azul, sabia que isso acontecia quando estava nervosa.

“Aye, Igneel.” Happy respondeu.

“Nós ouvimos que um Salamander estava na cidade e pensamos que podia ser ele.” Natsu esclareceu com um sorriso antes de explicar. “Eles são dragões de fogo.”

“Como um humano pareceria com um dragão?” Lucy perguntou incrédula.

“Igneel não é humano.” Natsu prestou atenção à reação de Lucy às suas palavras. “Ele é um dragão de verdade.”

“Ehhh!” Lucy gritou surpresa com as palavras de Natsu, os dragões eram bem raros que razão teria Natsu para estar à procura de um? O que a irritava era eles pensarem que um dragão estaria no meio de uma cidade. “Um dragão nunca estaria no meio de uma cidade!” Ela riu suavemente ao ver a cara abismada de Natsu e Happy. “Não me digam que só se deram conta disso agora? Eu tenho que ir, mas aproveitem a refeição.” Lucy colocou 5 000 joias em cima da mesa e estava quase na porta quando notou as reações das outras pessoas quando ela passava e olhou para trás e descobriu a razão.

“Obrigado pela refeição!” Natsu e Happy diziam enquanto faziam vénias com os joelhos no chão.

“Kyahh! Estão a envergonhar-me. Olhem, vocês ajudaram-me mais cedo então pagar o almoço deixa-nos quites.”

“Mas eu não sinto que te ajudei mais cedo.” Natsu tentou protestar, antes de puxar o autógrafo do Salamander. “Já sei, podes ficar com isto.”

“Quem iria querer isso?” Lucy perguntou irritada com a oferta antes de deixar o restaurante.

Parque, Hargeon

Lucy folheou a revista Feitiçaria Semanal com interesse. “Fairy Tail causou problemas de novo?” Ela falou para si mesma, “Eles destruíram a família de ladrões Devon mas também destruíram sete casas da população local.” Lucy riu com a notícia. “Eles são demais.” Foi então que viu a nova fotografia de Mirajane. “Uma nova foto de Mirajane! Ela parece tão legal. Não posso deixar de perguntar-me se ela também é tão descuidada.” Ela suspirou com a ideia de entrar na guilda dos seus sonhos. “Como se entra para a Fairy Tail? É preciso saber uma magia poderosa? Com certeza tem de se passar por alguma entrevista. A Guilda de Magia Fairy Tail, eles são os melhores!”

Um barulho nos arbustos, atrás do banco onde Lucy estava sentada, chamou a atenção dela e o mago conhecido como Salamander apareceu, assustando Lucy. “Então você quer entrar para a Fairy Tail?”

“Salamander? O que você quer?” Lucy olhou o mago com suspeita, ele não tinha dito que tinha de voltar para o navio? Então o que ele estava a fazer aqui?

“Eu estava à tua procura. Queria ser eu a convidar uma garota linda como tu para a festa no meu navio.”

Lucy sentiu um arrepio desagradável percorrer a sua coluna com o convite insistente. “Deixa-me esclarecer uma coisa esse “Charme” não vai funcionar comigo de novo. O ponto fraco dessa magia é o conhecimento. Depois de sabermos ele já não funciona.”

“Eu sabia que eras uma maga no segundo em que te vi, mas isso não importa desde que venhas à minha festa.”

Os instintos de Lucy estavam a dizer-lhe para ficar o mais longe possível dessa festa. “Nem pensar. Não vou à festa de um nojento como tu!”

“Nojento, eu?”

“O feitiço “Charme” lembras-te? Queres usá-lo para seres popular.”

“Ele é irrelevante. Eu só queria uma celebridade na festa.”

“És um idiota e estás longe de ser um mago popular.” Lucy virou-se para ir embora estranhando a insistência dele para ela ir à festa.

“Espera! Queria juntar-se à Fairy Fail, não era?” Ele notou que a rapariga parava com as suas palavras. “Já ouviste falar no Salamander da Fairy Fail?”

“Já!” Lucy sabia que ele estava a mentir, segundo os rumores o Salamander da Fairy Tail tinha cabelos salmão e andava com um cachecol branco. Quando conheceu Natsu considerou que poderia ser ele mas uma mago tão conhecido nunca pensaria que um dragão estava no meio de uma cidade. “Você é um dos magos da Fairy Tail?”

“Sou e se você quiser entrar eu posso dar uma palavrinha ao mestre.”

“Vai ser uma ótima festa não é?” Lucy odiava-se pela fã fervorosa que estava a fingir ser, mas não tinha outra escolha a não ser descobrir o que este falso Salamander estava a tramar.

“A tua personalidade é fácil de entender.” O Salamander comentou, caindo no ato dela.

“Achas mesmo que posso entrar na Fairy Tail?” Lucy perguntou com brilho nos olhos castanhos ao pensar nesse sonho.

“Claro, mas não contes a ninguém sobre o meu anel de charme.”

“Podes deixar.”

“Eu vejo-te na festa então.” O Salamander falou enquanto se afastava.

“Sim, senhor.” Lucy fez uma careta depois dele desaparecer. “E se estiveres envolvido em algo ilegal como eu suspeito vais arrepender-te.”

Navio do Salamander

“Lucy? É um nome muito bonito.” O Salamander olhou a rapariga com interesse enquanto servia dois copos de vinho. “Vamos celebrar com vinho.”

“Obrigada.” Lucy olhou em volta, tentando encontrar um bom motivo para explorar o navio e descobrir o que este Salamander queria. “Mas não devias atender as outras raparigas?”

“Está tudo bem. Eu só quero beber um copo contigo antes de ir ter com elas.” Ele fez um gesto com a mão e pérolas de vinho começaram a flutuar. “Abre a boca e deixa as pérolas de vinho entrar.”

Que cara mais chato! Tenho de ter paciência até saber o que ele está a tramar!’ Lucy pensou enquanto abria levemente a boca, mas foi aí que viu o outro anel no dedo dele e afastou as pérolas de vinho com uma mão. “O que é isso? Isso é magia do sono, Sleep! Não confunda as coisas, eu quero entrar para a Fairy Tail, mas não tenho interesse em ser tua mulher!” Lucy continuou na personagem que tinha criado.

“És rápida a tirar conclusões erradas não és?” O Salamander sorriu de forma sinistra enquanto vários membros da tripulação apareciam atrás de Lucy com raparigas inconscientes nos braços.

“O que está a acontecer?” Lucy olhou as raparigas inconscientes, não estava a gostar nada do que estava a ver.

“Bem-vinda ao meu navio.” O Salamander sorriu sinistramente. “Agora sê uma boa menina até chegarmos a Bosco.”

“Bosco!? Mas e a Fairy Tail?” Lucy continuou o seu personagem, ja com um plano em mente.

“Desiste. És a nossa mercadoria agora.”

“Mas isso significa que as outras meninas...” Lucy sentiu a sua raiva começar a crescer, se havia algo que odiava eram comerciantes de escravos.

“Ora, seu… Arco celestial!” ela juntou a sua magia celestial nas suas mãos e criou um arco que parecia feito de energia dourada colocando uma seta e preparou-se para disparar não ligando à surpresa dos que a rodeavam. “Agora escolhe, ou soltas as meninas, ou juro que te vais arrepender amargamente de não o fazer. Se existe uma coisa que odeio são magos que usam a magia para o mal!”

Antes que o Salamander pudesse dizer alguma coisa, o teto do navio cedeu e Natsu entrou pelo buraco, mas assim que os pés de Natsu tocaram o chão ele ficou enjoado.

“Eu sabia! É impossível!” Natsu levou a mão à boca.

“Que porco!” Lucy falou sem tirar as mãos do arco e flecha.

“Lucy, o que estás a fazer aqui?” Perguntou Happy que apareceu a voar.

“Achei estranho a insistência dele para eu vir à festa e resolvi descobrir o que ele estava a planear. Seta Celestial!” Lucy aproveitou a oportunidade e disparou a seta celestial que se dividiu em várias, e atingiu metade da tripulação do navio, deixando-os inconscientes e impressionado Natsu e Happy. “Ei, desde quando Happy consegue voar?”

“Vou explicar isso mais tarde. Vamos!” Happy gritou antes de enrolar a cauda à volta de Lucy e sair com ela.

“Atrás dela!” O Salamander gritou para os seus empregados restantes. “Não podemos deixar que ela conte isto para o conselho de magia ou vamos ter problemas!”

“Ei, e o Natsu?” Lucy perguntou preocupada com o rapaz de cabelos rosa.

“Não consigo carregar duas pessoas.”

“Pensaram que iam escapar? Chicote da Proeminência!” O Salamander criou vários feixes de energia roxa que obrigaram Happy a tentar desviar-se deles criando fogos de artifício cada vez que se tocavam.

“Temos de salvar Natsu e as meninas!”

“Lucy, escuta!”

“O que foi?”

“A minha transformação acabou!” As asas de Happy desapareceram e eles começaram a cair na direção do mar.

“Gato idiota!” Lucy gritou com ele, antes de o agarrar e apertá-lo contra o seu peito para não se separarem quando atingissem a água, protegendo-o do impacto.

Assim que Lucy subiu à superfície soltou Happy, levou uma mão ao anel de chaves preso na liga dourada e soltou uma chave dourada com o símbolo de Aquário. Ela colocou a ponta da chave na água do mar. “Aqui vou eu! Abre-te portão da Guardiã da Água! Aquarius!” Uma coluna de água apareceu, revelando uma sereia de cabelos azuis-claros e uma cauda também azul que usava a parte superior de um biquíni azul e branco e quatro pulseiras de ouro e uma tatuagem com o símbolo de Aquário no peito e uma ânfora que usava para controlar a água.

“Peixe!” Happy gritou com saliva a escorrer da boca.

“Não é nada disso!” Lucy ralhou com ele antes de explicar. “Eu sou uma maga celestial! Eu uso as chaves de portões para invocar espíritos celestiais do mundo celestial.” Lucy sabia que Aquarius estava irritado por ela se ter posto em perigo de propósito, mas achou melhor pedir de qualquer maneira. “Aquarius, usa o teu poder para levares o navio para a margem!”

“Tch!” A sereia olhou para Lucy irritada.

“Não digas “Tch!” para mim!” Lucy protestou apesar de saber que era a maneira de Aquarius mostrar que se importava com a segurança da sua dona.

“Não devias reclamar assim.” Happy ralhou com Lucy.

“Que garota irritante. Deixa-me deixar uma coisa bem clara.” Aquarius olhou furiosa Lucy, que estremeceu de medo do temperamento da sereia. “Da próxima vez que te usares como isco e colocares-te em perigo, eu mato-te!”

“Desculpa!” Lucy disse em sincronia com Happy.

“Urra!!” Aquarius gritou enquanto levantava a âncora e criava uma onda gigante que empurrou o navio para a costa arrastando Lucy e Happy também.

“O que há errado contigo? Achas normal arrastares-me também?” Lucy levantou-se com dificuldade da areia.

“Foi o teu castigo pelo teu comportamento imprudente. Agora vou ter uma semana de férias com o meu namorado. Vê se te despachas a encontrar a chave dele.”

“Estou a fazer o meu melhor.” Lucy protestou enquanto Aquarius desaparecia numa luz azul.

“Olha, Lucy! Será que eu devia ter pedido desculpa à pouco?”

“O gato é tão burro às vezes que nem sei por onde começar.” Lucy levou a mão à cara, exasperada, antes de se levantar e correr até onde estava o navio encalhado na praia com Happy no seu ombro. “Natsu!”

“Você? Um mago da Fairy Tail?” O rapaz de cabelos rosa olhou sério para o Salamander. Ver Lucy naquele navio, com as outras raparigas inconscientes, não tinha feito bem para o seu humor.

“O que tem isso? Peguem-no homens!”

“Sim!” responderam os homens que estavam perto dele.
“Olhe bem para mim.” Natsu falou enquanto levava a mão ao ombro do seu casaco vermelho e o ficava apenas com o colete preto com riscas douradas e dois homens começavam a correr na sua direção.

“Natsu!” Lucy exclamou preocupada enquanto se preparava para ajudar.

“Não te preocupes! Desculpa, devia ter dito antes, mas o Natsu também é um mago.” Happy falou com um peixe nas mãos que já tinha começado a comer.

Natsu deu um murro que acertou os dois homens que estavam para atacá-lo mandando os para o chão e mostrou a marca vermelha em forma de fada no seu ombro. “Eu sou o Natsu da Fairy Tail! E nunca te vi antes!”

“Fairy Tail? Natsu é um mago da Fairy Tail?” Lucy olhou o mago de cabelos rosa com um novo respeito.

“Aquela marca…Ele é de verdade, Bora-san!”
“Idiota, não me chames por esse nome.”

“Bora…Bora, o Proeminente.” Happy cruzou os braços à frente do seu peito. “Ele foi expulso da guilda mágica Titan Nose à alguns anos.”

“Não ligo se é bonzinho ou mau. Mas fingir ser da Fairy Tail não vou perdoar!” Natsu falou sério enquanto andava na direção deles.

“E o que você vai fazer, garoto?” Bora perguntou com um sorriso malicioso no rosto antes de abrir os braços e usar a sua magia. “Tufão da Proeminência!” Chamas lilases apareceram e atingiram o mago de cabelos rosa.

“Natsu!” Lucy gritou, mas foi impedida de ir ajudá-lo por Happy que se pôs à frente dela com as asas abertas enquanto as outras meninas fugiam.

“Adoro derrotar gente metida como tu.” Bora falou enquanto olhava as chamas arderem e virou-se para ir embora.

“Que nojo!” A figura de Natsu era visível por entre as chamas. “És mesmo um mago do fogo? Porque este fogo estava horrível.” Conforme ele abriu a boca as chamas foram sugadas para dentro dele fazendo todos gritar de choque. “Obrigada pela refeição!”

“O que diabos é ele?” Bora perguntou chocado.

“Fogo não vai funcionar com o Natsu.” Happy declarou com o rosto sombrio.

“Nunca vi magia assim.” Lucy falou incrédula com o que tinha visto.

“Agora que me alimentei, estou entusiasmado.” Natsu falou enquanto andava na direção de Bora. “Lá vou eu!” Ele bateu uma mão na outra criando um círculo mágico em fogo com a forma de um dragão antes de reunir a sua magia na sua barriga e gritou “Rugido do Dragão de Fogo!

Ele colocou as mãos em forma de cone sobre a sua boca guiando as chamas para Bora e os restantes homens dele, atingindo-os em cheio, menos Bora que usou a sua magia para escapar, destruindo também o navio.

“Bora-san, eu já vi ele antes!” um dos homens que tinha sido atingido com menos severidade avisou. “Esse cabelo rosa e o cachecol branco em forma de escamas! Só pode ser ele! Ele é o verdadeiro…”

“Salamander!” Lucy completou, ainda não querendo acreditar que um mago tão famoso achasse que um dragão estaria no meio de uma cidade.

“Lembra-te bem… É assim que um mago da Fairy Tail faz!” Natsu reuniu a sua magia nos punhos e correu na direção do Bora.

Chuveiro vermelho!” Bora tentou atingir Natsu, mas falhou.

Natsu usou a sua magia para lhe dar impulso e atingiu-o com um punho em chamas.

“Ele come fogo e dá murros com fogo? Isso é mesmo magia?” Lucy olhou Natsu com atenção.

“Pulmões de um dragão para respirar chamas… Escamas de dragão para dissipar chamas… Garras de dragão para envolver as chamas… A magia transforma o corpo do mago que a utiliza no de um dragão. É uma magia ancestral. Magia usada para prender dragões.” Happy explicou.

“Nossa…” Lucy falou incrédula com o que via.

Proeminência do Inferno!” Bora criou um tubo de magia que destruiu várias casas.

“Magia para matar dragões. Foi Igneel que ensinou ao Natsu.” Happy falou enquanto olhavam Bora atacar Natsu com uma bola de fogo apenas para ser comida por ele.

“Escuta aqui, cretino. Eu vou fumegar-te até virares poeira!”

“Fumegar-me?” Bora perguntou assustado.

“Toma isto! Punho de Ferro do Dragão de Fogo!” Natsu reuniu a sua magia no seu punho e acertou Bora com toda a força no rosto fazendo-o voar e acertar várias habitações antes de acertar no sono da igreja de Hargeon fazendo-o tocar, despertando a maioria da população.

“Natsu, não se fumega ninguém com o fogo…” Happy brincou.

“Nossa... Foi incrível, mas não achas que exageraste?” Lucy olhou toda a destruição com receio.

“Aye!”

“Aye uma ova!” Ela estremeceu ao pensar nos problemas que podiam vir a ter. “Abre portão do Pintor, Pictus!” Ouviu-se um sino tocar e apareceu um adolescente com cabelo preto, curto e liso que usava um fato branco com uma camisa preta. “Achas que consegues arranjar o que foi estragado, por favor?”

“Claro, Lucy-san!” O espírito sorriu para a dona antes de trabalhar. “Magia do Tempo: Voltar!

Happy gritou surpreso quando viu o porto voltar ao estado normal assim como 75% das casas.

“Foi o melhor que consegui. Posso sugerir que tenham mais cuidado na próxima vez?” O espírito pediu, antes de desaparecer.

Lucy estremeceu ao ouvir os passos do exército real. “O exército?” Lucy foi agarrada por um braço pelo Natsu.

“Droga, temos de ir!”

“Porque eu também tenho de ir?” Lucy perguntou com surpresa pelo convite.

“Não querias entrar para a nossa guilda?” Natsu sorriu ao ver a cara de Lucy. “Vem comigo!”

“Aye!” Lucy exclamou e começou a correr ao lado dele inconsciente das aventuras que a esperavam.

 


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