Ordem dos Cavaleiros - Parte 2 escrita por Autor100999


Capítulo 30
Arco Arcádias - Escondidos


Notas iniciais do capítulo

Riruzen e Hilda começam a planejar seus próximos passos para lidar com todo esse alvoroço



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Em meio ao grande embate das forças remanescentes da República contra a guarda da capital, uma pequena presença estava em meio a todo esse caos, escondendo-se com o seu capuz, próxima às defesas atrás do segundo muro.
— A batalha está feia... Não acredito que o mestre Kairos ignorou tudo que os nobres fizeram pra ele e os Jaegers e simplesmente deixou a capital em meio a todo esse ataque.
— Ei, soldado, não fique pensando nisso, afinal de contas, você viu o que ele fez com os nossos companheiros? Ele nem pensou muito antes de transformá-los em zumbis... Essa guerra só serviu pra mostrar o quanto ele é assustador - disse o veterano.
— Sim... Estamos sendo guiados por um psicopata e por nobres que ameaçam escravizar nossas famílias se não seguirmos seus planos, será que vale mesmo apena lutar por isso?
— CALE-SE - disse o soldado mais velho, colocando suas mãos nos ombros de sua companheira - Não entende? É isso que a República quer que pensemos... Sempre fomos guiados pelo medo, isso não é novidade, não precisamos lutar pela capital, mas por nossas casas e famílias que vivem aqui.... É o único jeito! Quer deixar seus filhos na mão de Nagato, O Cruel? Não seja idiota - concluiu.
— Entendi... Então é isso que vocês pensam? São mais humanos do que eu esperava
— O que disse?
— Nada, estava só pensando alto
— Ótimo... Agora vá para seu dormitório, se a luta continuar se prolongando vamos precisar de você e mais soldados para o turno da noite.
— Sem problemas, senhor! - disse a novata.
O veterano voltou a seu posto, enquanto a novata seguia para seus aposentos em meio a uma casa que havia sido muito danificada durante a explosão do castelo de Kairos.
— Não é possível!? É aqui que vou ter que dormir? Não sobrou quase nada - disse a novata, colocando uma mão no rosto.
A soldada contornou o quarteirão, buscando algum lugar com pelo menos alguma cama para que conseguisse descansar em meio aquele caos, mas, durante sua caminhada, ela percebeu olhares muito fixados vindo do segundo muro, como se estivesse sendo vigiada. Aquela que a vigiava era Diespedina, que, por algum motivo, seguia encarando a novata até que ela finalmente adentrasse em uma casa próxima ao castelo.
— Finalmente posso descansar... Não aguentava mais aquela estranha me encarando como pastel de padaria - disse a novata, tirando seu boné.
— Talvez ela tenha me percebido, mas duvido muito. - Uma voz surge no quarto, bem familiar, mesmo a garota tendo a ouvido poucas vezes.
— Você definitivamente não é muito simpático, sabia? - brincou a novata.
— Não se preocupe... Assim que receber meu pagamento dificilmente te verei de novo - disse a voz, finalmente ganhando forma e sentando-se próximo à soldada.
— Você tá bem estragado.
— Nada que não possa ser consertado... Com dinheiro - reafirma o caçador de recompensas, mostrando suas feridas e mostrando o estado de seu braço mecânico.
— Bom, Riruzen... Não sei, seu contrato com a República incluiu até uma guerra de invasão, me pergunto se também posso te contratar para serviços domésticos - disse a novata, que demonstrou ser Hilda, líder da rebelião.
— Engraçado - disse o caçador em tom de ironia.
— Não esquenta, talvez cuidar de cachorros combine mais contigo.
— Onde foram parar seus homens? - perguntou Riruzen, buscando voltar ao assunto principal.
— Eles nos dividiram, mas provavelmente vão nos chamar para ajudar na defesa durante a noite, pelo que entendi apenas os mais experientes poderiam ir pro campo de batalha na luta "decisiva" - explicou a líder rebelde.
— Entendi... Bom, que tal fazermos um acordo? - propôs o cavaleiro.
— Sendo sincera... Essa é a batalha decisiva para todos os esforços dos meus homens e já estamos dentro da capital, eu não sei se aceitaria esse acordo... Mas talvez por mais explosivos, acho que posso pensar nisso - disse Hilda, fazendo uma contra proposta.
— Há pouco tempo eu estava colocando comunicadores na cidade toda a pedido daquele cego miserável. Nesse meio tempo, consegui encontrar alguns explosivos dentre os cadáveres - disse o caçador, mostrando cinco explosivos para a rebelde.
— Muito pouco.
— Sim, mas posso lhe oferecer isso também - disse o cavaleiro, colocando algumas bombas de gelo na jogada.
— Bombas de gelo? Interessante.
— Não coloque no nível mais alto, pode gerar alguns pequenos problemas - disse Riruzen, mostrando os níveis das bombas.
— Entendi... Nesse caso, trato feito - disse Hilda, apertando a mão do cavaleiro para firmar o acordo.
Formado um novo acordo dentro da aliança, uma pequena ligação é recebida pelo transmissor da rebelde.
— Kyoukai, onde você está? - perguntou a líder, atendendo a chamada.
— Bom, nesse momento cortando algumas cabeças, fugindo de tiros, saltando em meio a prédios... Nada demais, mas também procuro pelo caçador de recompensas, ele estava com vocês durante a invasão, sabe como posso encontrá-lo? - questionou a sacerdotisa pela chamada, onde era possível ouvir vários gritos e explosões.
— Bom, ele está bem aqui
— O que houve? - questionou o caçador.
— O plano de invasão foi por água a baixo, mas o Nagato Kisuke conseguiu tirar o chefe final da capital... Não temos como ficar aqui por mais tempo, estão reunindo os soldados, mas precisamos nos livrar dos remanescentes do exército de Ember que cercaram o buraco que abrimos no primeiro muro - explicou a sacerdotisa.
— E quanto aos zumbis? - questionou a líder rebelde.
— Desde que Kairos meteu o pé, eles voltaram a ser apenas mortos num campo de batalha... Essa é a nossa única chance, não sabemos por quanto tempo Nagato e Jin vão conseguir aguentar
— Jin? - questionou Hilda.
— É uma subordinada dele e... Amiga minha - disse a sacerdotisa, com um tom mais leve.
— Entendi... Bom, assim que sua líder e eu terminarmos a minha parte do acordo, irei entrar em contato, me espere próximo à entrada
— Entendi... Sejam rápidos - disse a sacerdotisa, desligando a ligação.
— E... Parece que ganhou mais problemas.
— Sim... E eles não acabam.
— Bom, talvez precise disso - disse Hilda, entregando um dos explosivos envolvidos na negociação.
— Isso... Obrigado - disse Riruzen.
— Eu ouvi direito? - brincou Hilda.
— Se cuide... E não morra, pelo bem de seus subordinados - disse Riruzen, enquanto vestia seu capuz, desaparecia com seu INT e guiava a líder rebelde até determinado local na capital.
— Entendi... Então é isso? - questionou Hilda, olhando para o cenário do local.
Enquanto a capital seguia envolvida em meio a tantos confrontos, o confronto que poderia definir o vencedor dessa guerra finalmente estava com suas peças posicionadas para o início do quarto ato.
— Onde estão seus soldados? - questionou Kairos, enquanto aterrissava e mirava seus olhos na direção do ex aprendiz de Caspian.
— Está mesmo preocupado com eles? Pensei que no fundo da sua alma talvez tivesse alguma consideração com seus amiguinhos, mas como não é o caso... Vamos começar o jogo - disse Nagato, levantando-se pronto para iniciar seus planos.


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