Ordem dos Cavaleiros - Parte 2 escrita por Autor100999


Capítulo 2
Arco Arcádias - Nagato Kisuke vs Kairos


Notas iniciais do capítulo

O plano de Nagato Kisuke funcionou, mas nem nos melhores cenários ele conseguia imaginar que encontraria o líder inimigo tão cedo no campo de batalha. Devido a essa situação, Nagato Kisuke entra em ação para acabar com a batalha e se divertir lutando contra um oponente poderoso



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         O plano inicial de invasão era apenas quebrar o bloqueio, reunir-se com os rebeldes, destruir o escudo e derrotar os nobres, no entanto, Nagato havia decidido criar seu próprio plano, e esse pensamento levou ao encontro do líder supremo de Arcádias, Kairos, perante a vários destroços de uma nave de comando de Ember.

— Um cavaleiro cego? Você seria Nagato Kisuke, O Cruel? Eu pensei que você seria um pouco mais “malvado”, também enterrou os outros? – perguntou Kairos, com um tom de ironia, demonstrando seu total descaso com a vida de seus aliados.

— Os outros estão naquela direção – disse Nagato, apontando para sua esquerda, mostrando vários corpos enforcados em uma arvore próxima ao local.

— Enforcamento? Não parece muito original – brincou Kairos.

— Não se preocupe, estou guardando o melhor para todos os nobres de Arcádias – disse Nagato, retribuindo a brincadeira com um sorriso.

— Excelente! Parece ter uma mente brilhante para guerra! Você realmente parece alguém que eu gostaria de convidar para beber em meu castelo, aceitaria unir-se a mim para bebermos algo? Tenho em minha adega o melhor vinho de Ember – disse Kairos, estendendo sua mão.

— Sinto muito, terei que recusar – disse Nagato, virando-se para seu inimigo.

— Sério? Acho que não entendeu, não é uma opção! – disse Kairos.

— Você que não entendeu – disse Nagato.

— Nagato Kisuke, o que quer dizer? – disse Kairos.

— Prefiro beber água de esgoto, em um lugar lotado de ratos, do que estar em uma mesa com você. Eu preferiria estar sozinho em uma ilha deserta, bebendo a pior água do que beber sua bebida, tenho certeza que vinho servido por escravos, acorrentados até a garganta, deve ser pior que urina do porco mais fedorento da pior fazenda! Isso é o que quero dizer – disse o antigo aprendiz de Caspian, sorrindo ao reparar no rosto de Kairos, que esboçava seu desprezo pelas palavras do cavaleiro.

— Entendo, parece que você é apenas mais uma gota de lama, que não merece nem mesmo ser considerada um inseto. Suas palavras refletem que os republicanos não aprenderam o significado de respeito – disse Kairos, ficando a frente de Nagato, sua raiva exalava de seu corpo, demonstrando o quão irritado estava com o cego.

— Sinto muito, eu aprendo devagar – disse Nagato, permanecendo à frente do deus dos nobres, demonstrando que não pretendia mudar sua posição.

— Sabe, eu simplesmente desprezo qualquer um que queira ficar em meu caminho – disse Kairos.

— Eu sinto o mesmo, que chato, o que devemos fazer? – questionou Nagato, frente ao inimigo, demonstrando um sorriso maior do que o normal.

— Tenho uma sugestão. – Kairos invocou várias linhas ao redor do cavaleiro, elas moviam-se tão rápido que nenhuma pessoa normal conseguiria enxerga-las.

— Tentou me cortar em pedacinhos? Acho que você não é original – disse Nagato, sussurrando na orelha de Kairos.

— DESGRAÇADO! – As linhas de Kairos se uniram formando uma imensa sombra.

— Parece que terei que dar o meu melhor nessa brincadeira – disse Nagato, tomando distância.

         A sombra de Kairos começou a perseguir Nagato, ela destruía tudo o que tocava, fazendo qualquer escombro transformar-se em simples areia negra. Nagato decidiu continuar tomando distância, ele movia-se o mais rápido possível para conseguir escapar da sombra, que continuava a segui-lo em qualquer lugar.

— Mas que droga, essa coisa está ficando mais forte! – disse Nagato, enquanto continuava tomando o máximo de distância possível.

— Ainda nem comecei. – Kairos invocou várias sombras, que saíram de seu corpo e cercaram o cavaleiro.

— É o meu fim! – disse o cavaleiro, enquanto as sombras que o cercavam de todos os lados começaram foram em sua direção. 

— SINTO MUITO POR NÃO CONSEGUIR TE ENSINAR! QUEM SABE NA PRÓXIMA VIDA – disse Kairos, enquanto suas sombras consumiam todo o local onde estava o cavaleiro.

— Brincadeirinha – disse o cavaleiro, que apareceu atrás de Kairos, perfurando-o com sua glaive.

— Entendo... Você consegue viajar através do tempo – disse Kairos, enquanto uma pequena sombra apareceu em seu corpo, protegendo-o do ataque.

— Como descobriu? – perguntou Nagato, retirando sua glaive da sombra e tomando distância novamente.

— Caso você fosse apenas rápido, conseguiria detectá-lo com CEE, no entanto, você simplesmente desaparece e retorna em algum lugar de sua escolha. Sua habilidade permite que você pare o tempo e mova-se a algum lugar próximo, você fez isso para escapar das sombras, mas não consegue utilizar a habilidade por muito tempo, por isso consegue apenas mover-se para lugares próximos ao seu alcance – explicou Kairos, virando-se novamente para o cavaleiro.

— Por isso você decidiu chegar mais perto de mim? Para testar sua hipótese? – questionou Nagato.

— Exatamente – respondeu Kairos.

— Entendo... Talvez isso seja divertido – disse Nagato.

— Você não para de sorrir? Está assim desde o começo da luta – disse Kairos.

— O que posso fazer? Não consigo controlar esse meu lado – retrucou Nagato.

— Entendo, nesse caso, morrerá com esse sorriso – disse Kairos, erguendo sua mão para convocar novamente suas sombras.

         O cavaleiro continuava a desviar das sombras, mas percebeu que o inimigo retornou a sua posição inicial, afastando-se de Nagato para observar os movimentos do cego, buscando atacá-lo de forma definitiva. No entanto, ao perceber o afastamento de Kairos para perto dos escombros, o ex aprendiz de Caspian pensou em uma possibilidade de deter o ataque de Kairos, mas para isso ele precisava encontrar algo em que focar e ao utiliza CEE, ele encontrou um pequeno grupo de soldados chegando ao local.

— Acho que vou testar uma coisa. – Nagato continuou a usar sua habilidade para fugir em direção aos soldados.

— O que é aquilo? Um flash de luz? – disse o líder dos soldados.

— Sinto muito, mas não. – Nagato derrubou trinta soldados no chão e escondeu-se entre eles com INT.

         As sombras chegaram e mataram os soldados derrubados, no entanto, naquele momento, Nagato conseguiu perceber que as sombras não tocaram nos corpos, mas nas sombras deles. A teoria do cavaleiro foi confirmada, o ataque de Kairos focava nas sombras das pessoas.

— Soldados, matem-se – ordenou Kairos, fazendo com que suas sombras voltassem ao estado de linhas para controlar seus soldados.

— Mas o quê? Ele também consegue controlar as pessoas? – Nagato decidiu sair do local para não ser pego dentro do tiro cruzado.

— Mas mestre, Kairos, por quê? – perguntou um dos soldados, antes de dar um tiro em sua própria cabeça.

— Eu já havia avisado, vocês tinham que chegar antes de mim – disse Kairos, observando o suicídio de seus homens.

— Seus próprios homens? Você realmente não é muito bom com matemática – retrucou Nagato, desfazendo seu INT.

— Matemática? Eles não conseguiram chegar no horário, o que poderia fazer? – questionou Kairos.

— Você é idiota? Se continuar matando seus soldados, não conseguirá igualar nossos números – disse o cavaleiro de ouro.

— Seus números? Entendo, você quebrou o bloqueio e suas tropas estão chegando em Arcádias – concluiu Kairos.

— Acho que você é mais cego que eu – disse Nagato.

— MISERÁVEL! – Kairos uniu suas sombras novamente e voltou a atacar o cavaleiro.

— Não cairei mais nessa! – utilizando sua habilidade, ele conseguiu chegar à posição de Kairos.

— O quê? Não percebeu que jamais vai me acertar? – disse Kairos, demonstrando sua confiança em suas capacidades.

— Que tal assim? PENSA RÁPIDO! – Nagato arremessou sua glaive em direção a cabeça do inimigo.

— Esforço inútil – Kairos convocou outra sombra segurando a arma do cavaleiro.

— Acho que não! – Nagato apareceu em cima da glaive.

— O QUÊ? – gritou Kairos, que não percebeu que o cavaleiro usou sua arma como transporte.

— TARDE DEMAIS! – Nagato acertou um soco no rosto de Kairos, causando uma dor imensa e uma cicatriz.

— DESGRAÇADO! SUA POÇA DE LAMA! VERME INSOLENTE! PAGARÁ POR ISSO COM A PERDA DE SEUS BRAÇOS!– gritou Kairos, fazendo com que as sombras retornassem para sua posição, e perfuraram o braço esquerdo do cavaleiro.

— Estou aqui. – Nagato utilizou sua habilidade, apareceu abaixo dos escombros da nave e rasgou parte das bandagens que cobriam sua glaive para tentar parar a hemorragia em seu braço.

— MISÉRAVEL! VOU TERMINAR DE ARRANCAR SEU BRAÇO E DEPOIS SEUS OLHOS! – ameaçou Kairos, no entanto, ele não mudou de posição.

— Você não pode me atacar, porque dentro dessa escuridão, suas sombras não funcionam, afinal, elas são apenas sombras – disse Nagato, entrando no que restou da sala de controle da nave.

— Você descobriu? MISERÁVEL! Soldado, traga os Jaegers para minha posição, quero que eles entrem nessa sucata e MATEM aquele cego – gritou Kairos em seu comunicador.

— SINTO MUITO, SENHOR! Isso não será possível – disse o soldado.

— POR QUÊ? – questionou Kairos.

— A CAPITAL ESTÁ SOFRENDO UM ATAQUE! A maioria dos Jaegers está com seus batalhões e começaram a guerrear contra tropas da República – informou o soldado.

— AGORA? Eu pensei que eles decidiriam aguardar até outro dia, mas decidiram aproveitar essa estação, eles não conhecem o terreno, mas tentar conquistar a capital nesse curto período de tempo... Ordene a todos que eles aguentem até a próxima mudança, a primavera deve durar apenas mais quatro horas – disse Kairos, prendendo suas linhas nas nuvens novamente.

— Sim, senhor! – disse o soldado.

— Estou voltando, peça para Kirin aguardar novas ordens – disse Kairos.

— Sim! Ele ainda não deixou a catedral – informou o soldado.

— Excelente! Prenda os nobres na catedral, estou voltando! – disse Kairos, desligando o comunicador.

         O ataque a capital estava tomando foco total, fazendo com que a participação de Kairos tornar-se essencial, por isso, mesmo a contragosto, mordeu seus lábios com muito ódio e decidiu abandonar a luta contra Nagato.

— VOCÊ FOI SALVO PELA SORTE! AGRADEÇA A SEUS DEUSES POR ESSA INTERFERÊNCIA! Faça o que quiser, mas não conseguiu me matar e acabar com essa batalha! A vida de todos os seus compatriotas será perdida em vão, porque você não conseguiu acabar com minha vida! Lamente-se, Nagato Kisuke! Seu esforço foi inútil e quando terminar com eles, cuidarei de você – disse Kairos.

         O líder dos nobres decidiu voltar para a catedral e comandar suas tropas, o ataque da República foi uma surpresa para todos, principalmente pela aposta de tomar a capital em apenas cinco horas antes da mudança de estação. Kairos decidiu voltar para aumentar a moral das tropas com sua presença, deixando Nagato Kisuke dentro da sala de comando, totalmente desgastado e com vários ferimentos devido ao seu ataque contra o inimigo.

— Desgraçado! Aquelas sombras pareciam seres vivos, elas têm vontade própria? Parece que elas estavam famintas – disse o cavaleiro, reparando no estado de seu braço esquerdo.

         Em seu estado atual e preocupado com a invasão de Arcádias, Nagato decidiu entrar em contato com sua tenente.

— Jin, está me ouvindo? – perguntou Nagato pelo comunicador.

— Sim, general, o que houve? Sua voz está meio fora do comum – respondeu a tenente.

— Já chegaram ao ponto de encontro? Estão começando o ataque? – perguntou Nagato, enquanto sentava-se encostado na parede.

— Sim, o mestre Yoda já ordenou aos batalhões que ataquem as tropas e muros próximos a capital e um pequeno grupo foi enviado para destruir a barricada – informou a tenente.

— Excelente, está liderando meus soldados? – perguntou Nagato, tentando estancar o sangramento que sofreu pelo ataque das sombras quando socou Kairos.

— Não, eles estão com o Fisk, decidi ficar de fora até novas ordens – respondeu Jin.

— Entendo, então está no ponto de encontro? Tenho um favor a te pedir – disse Nagato.

— Não estou no ponto de encontro, estou em uma MIT4 e indo para suas coordenadas atuais, mas talvez demore um pouco – informou Jin.

— Como esperado de você, decifrou o meu pedido facilmente... Estou no seu aguardo, Tenente Jin – disse Nagato.

— Espero que esteja inteiro até minha chegada, General Nagato, desligando! – disse a tenente desligando o comunicador.

— Muito obrigado... O que será que está ocorrendo na capital? Bom, depois penso nisso, vou me recuperar para poder lutar de novo contra aquele cara, vou precisar de tudo o que tenho... Sinto muito – disse Nagato, retirando sua armadura e colocando-a em estado de cristal.

         Entre o silêncio e a escuridão dentro da sala do comando, Nagato demonstrava imensa felicidade por conseguir lutar contra um oponente grandioso, mas ao perceber que seu plano inicial falhou, seu sorriso carismático desapareceu e foi tomado pela culpa de não conseguir matar Kairos, comprovando que seu esforço foi inútil, conforme descrito pelo líder de Arcádias.


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Notas finais do capítulo

Essa luta foi complicada, porque eu ainda não tinha decidido como deixa-la "entendível", porque cenas de ação são MUITO difíceis de imaginar (Agora eu fico mais impressionado com senhor dos anéis, que consegue demonstrar isso perfeitamente)

Enfim, espero que tenham gostado e que continuem acompanhando!



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