Golden escrita por Baby Blackburn


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

A ideia me surgiu a notar como a música Fine Line poderia ser encaixada com a história de Remus e Tonks, o que me fez escutar todas elas novamente e atribuir um casal ou personagem para cada.
Golden me pareceu a mais apropriada para esse casal. Vou deixar o link do álbum para aqueles que não conhecem ou os que gostariam de acompanhar a história com uma trilha sonora : https://open.spotify.com/album/7xV2TzoaVc0ycW7fwBwAml?si=KwVHx7bLS7utSYKutr56Ew

Aproveitem ;)



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 Hey!

Golden, golden, golden
        As I open my eyes
        Hold it, focus, hoping
        Take me back to the light

Ginny Weasley sempre pareceu brilhar aos olhos de Harry Potter. Algo nela fazia com que Harry se sentisse sendo puxado para fora da escuridão. A pequena e apaixonante ruiva cativou sua atenção logo no primeiro segundo em que escutou sua voz. Ao ver aquela diminuta figura acompanhada da mãe e dos irmãos na estação de trem, que o levaria para o que se tornaria seu lar, soube que algo nela era diferente de tudo o que ele poderia sonhar. 

Ver a garota crescer foi como ver o sol nascer lenta e graciosamente no horizonte. A cada ano que Harry voltava para a casa dos Weasley, Ginny Weasley parecia brilhar mais. A admiração que sentia por ela foi interpretada como uma espécie de amor fraterno e amigável pela irmã mais nova de seu melhor amigo. Ele era muito novo para saber, mas aos onze anos já havia encontrado seu amor. 

A vida de Harry era sempre tão carregada de tragédias, dor e escuridão, se contentando apenas com os pequenos momentos mal iluminados que tinha de alegria que ele mal notou o sol se afastando cada vez mais dele. A risada fácil que sempre conseguia tirar dela e a quentura que seu olhar preocupado lhe causavam já estavam fora de seu alcance.

Aquela luz dourada que emanava de Ginny já não era mais direcionada a ele e, foi preciso vê-la brilhar para outro garoto para notar que tudo o que ele queria era ser aquecido pela quente sensação que a garota causava nele. A criatura dentro dele rugia toda vez que a via aquecendo Dean Thomas.

Sabia que teve cinco anos para notá-la e que não seria justo com ela fazê-lo justo quando outro alguém fez. Mas, naquele ano, Ginny Weasley parecia brilhar mais forte do que nunca e Harry só queria ser a razão disso.

 

I know you were way too bright for me
        I'm hopeless, broken
        So you wait for me in the sky
        Browns my skin just right

 

Estar com Ginny era como passar um dia agradável embaixo do sol do verão após um longo inverno. Tudo se tornava leve e divertido com ela ao seu lado e, de repente não havia uma guerra batendo em sua porta ou um professor lhe puxando para uma missão homicida de buscar por horcruxes.

Se sentiu mais feliz do que jamais esteve ao atravessar a entrada do salão comunal e vê-la correndo em sua direção com o sorriso mais brilhante que já havia presenciado. Toda a sua preocupação e medo foram jogados fora ao ter, finalmente, a garota em seus braços.

O fato era que a Weasley era brilhante demais para estar com Harry. Sua cabeça estava sempre cheia de pensamentos confusos acerca das lembranças que Dumbledore o mostrava e planos para descobrir o que Draco Malfoy tanto fazia na Sala Precisa. Sabia que logo teria que enfrentar Voldermort e seu constante medo de torná-la em um alvo fácil gritava dia e noite para que se afastasse. Seu egoísmo, porém, o impedia que cometesse tal erro. 

Não poderia deixar sua felicidade ir embora novamente, não quando lhe sobrara tão pouco. Não poderia se imaginar em um mundo onde os toques suaves e quentes de Ginny não bronzeassem sua pele, ou onde sua risada alta e fácil fizesse seu coração bater três vezes mais rápido. Não poderia se imaginar em um mundo onde Harry Potter e Ginny Weasley não estivessem juntos. Mas teria.

 

You're so golden
I'm out of my head, and I know that you're scared
Because hearts get broken

 

Dumbledore havia morrido. O caos tinha se instaurado no castelo. Sua cabeça explodia e tudo o que conseguia pensar era em como ainda não tinha visto Ginny no amontoado de alunos que corria pelos corredores. Na verdade, não tinha a visto o dia todo. Não tivera nem a oportunidade de se despedir quando foi convidado a se juntar ao diretor na caçada pela Horcrux. 

Se obrigando a acreditar que ela estava bem e segura, Harry correu na direção contrária onde alguns estudantes lutavam contra os Comensais da Morte, precisava chegar até Snape. Seu coração disparado batia violentamente contra o peito, sua respiração estava pesada e sua cabeça doía. Tentava desviar de feitiços que passavam zunindo pelos seus ouvidos. Sabia, mesmo que se segurasse no último fio de esperança, que aquele era o início do fim daquela antiga guerra que havia travado com Voldemort ao não morrer como seus pais haviam morrido.

Perdido nos pensamentos, captou pelo canto dos olhos uma cabeleira ruiva, longa e brilhante. Ginny lutava bravamente com um dos Comensais. Por uma fração de segundos, ela desviou seus olhos para Harry. Neles, o garoto conseguia ver o medo disfarçado e ofuscado pela raiva e determinação. Harry soube que aquele Comensal não teria chance contra sua garota no momento em que suas feições se endureceram e ela lhe direcionou um olhar que fez os pelos de sua nuca se arrepiarem.

Ginny Weasley não estaria segura enquanto estivesse com Harry Potter e sabia disso. Ela sentia medo por ele e sabia que seu coração seria quebrado uma vez mais. Mas ela não desistiria de iluminar a vida do menino que sobreviveu.

 

I don't want to be alone
I don't want to be alone when it ends
Don't wanna let you know
I don't want to be alone 

 

Os dias que se passaram após a morte do diretor foram usados, por Harry, para se agarrar e guardar para si aquela luz que emanava da garota e o aquecia por completo. Sabia que quando partisse, e ele partiria, tudo o que desejaria era poder tocá-la mais uma vez.

Tentava não pensar no que teria que fazer durante os próximos meses e talvez - ele desejava que não -, anos. Sabia que era o único jeito de acabar com aquele que havia tirado tudo de si, não deixaria que ele matasse mais alguém na tentativa de alcançá-lo. 

Olhar dentro dos olhos de Ginny durante o funeral de Dumbledore foi a coisa mais difícil que ele já havia feito. Ela sabia, assim como ele, que no momento que aquilo acabasse eles também teriam seu fim. Quando o momento chegou, seus olhos castanhos não estavam mais molhados pelas lágrimas que havia derramado durante o enterro, ao invés disso, Ginny lhe ofereceu um olhar determinado e intenso parecido com o que ele tinha visto em seu rosto na primeira vez que ela o beijou na frente de todos.

Ao dizer as palavras que quebraram seu coração em dois, ela não lhe pediu para que desistisse da ideia ou o mandou ter cuidado. Disse que não se importava em ser um alvo caso fosse para continuar com ele e Harry quase cedeu. Não queria ficar sozinho novamente, mas sabia que nunca se perdoaria se um dia tivesse que comparecer ao funeral dela.

Ao se levantar com a intenção de se afastar daquela que mais amou, Ginny lhe ofereceu seu sorriso brilhante que o aquecia por inteiro. Mesmo que o sorriso não alcançasse seus olhos, ele se agarrou àquela lembrança.

 

But I can feel it take a hold (I can feel it take a hold)
I can feel you take control (I can feel you take control)
Of who I am, and all I've ever known
Lovin' you's the antidote
Golden

 

Vê-la n’A Toca após meses na rua dos Alfeneiros fez com que Harry desejasse, agora mais do que nunca, que fosse qualquer outra pessoa. Alguém que pudesse prometer um futuro à ela e não tivesse que se torturar com a imagem dela se casando com outro alguém.

Beijá-la para logo depois ter que partir, no que parecia uma missão suicida deixada por Dumbledore, foi como deixar um pedaço de seu coração para trás. Durantes as noites frias nas quais não saberia se iria sobreviver, se pegava acompanhando seus passos no Mapa do Maroto até cair exausto, se agarrando ao sentimento de que quando acordasse ela ainda estaria bem.

Todas as noites, discretamente, se sentava próximo do pequeno rádio para escutar o nome daqueles que foram vítimas das fatalidades da guerra que se instalou por todo o mundo. Seus lábios, sem que ele notasse, formavam preces para que nunca escutasse o nome de Ginny sendo dito em meio a tantos outros. Seus pensamentos estavam sempre sendo invadidos por flashes dela ao seu lado, correndo pelos jardins do castelo ou apenas estudando em silêncio na biblioteca.

Em um desses episódios pode até mesmo jurar ter sentido seu toque e o calor que provinha dele. Ele conseguia sentir seu corpo e mente sendo tomado pela saudade da ruiva que havia deixado para trás. Nos momentos em que achava que nada daquilo adiantaria e que não poderia mais aguentar, lembrava da promessa silenciosa de poder, um dia, voltar para ela com o mundo bruxo gozando da mais perfeita paz. Para Harry Potter, amar Ginny Weasley era como um antídoto para toda a desgraça do mundo.

 

You're so golden
I don't want to be alone
You're so golden
You're so golden
I'm out of my head, and I know that you're scared
Because hearts get broken

 

Voltar para o castelo foi tão estranho que ele se perguntou se um dia tinha o frequentado de verdade. Os poucos momento em que pode ver Ginny foram utilizados pela sua mente para se certificar que ela estava bem e continuava lutando bravamente. 

O olhar vazio que ela carregava quando ele a encontrou imóvel ao lado do corpo de Fred fez a criatura em seu peito acordar e, por um minuto, desejou matar quem fosse o responsável pelo seu coração despedaçado. Um balde de água fria foi jogado em sua cabeça ao ver a própria imagem pairando sobre os pensamentos. Harry era o culpado pela morte de Fred, assim como a de todas aquelas pessoas que repousavam no Salão Principal.

Ainda olhando nos olhos de Ginny, ele soube que havia chegado a hora de fazer o que estava, inutilmente, evitando por anos. Caminhando para fora do castelo, se martirizou por ter perdido tanto tempo longe daqueles que amava. Enquanto caminhava em direção a sua possível morte, Harry desejou ter alguém que segurasse sua mão. Quando seus pais, Sirius e Remus apareceram prometendo ficar no seu lado até o fim, ele desejou ter ela ao seu lado pela última vez. Queria olhar seus grandes e expressivos olhos castanhos e dizer o quanto a amava. Queria sentir aquele calor que ela lhe causava pela última vez.

 Em seus últimos pensamentos, o seu beijo estava lá junto com aquele sentimento estranhamente bom que suas mãos juntas lhe causava. Seu rosto sorridente estava passando em sua cabeça quando tudo ficou escuro.

Quando voltou e instaurou o caos da guerra uma vez mais, procurou por ela no meio dos escombros e rostos assustados. Seu olhar intenso, mascarando o medo que sentia, estava presente quando seus olhares se encontraram. Harry sorriu minimamente. Ela nunca havia parado de lutar por ele. E, pela primeira vez, ele pode prometer a ela que eles ficariam juntos no final.

Ele sabia, agora, que só precisava tentar mais uma vez e, então, ganharia a guerra. Harry Potter sabia que estava cada vez mais perto do seu final feliz e, desejou que ele acontecesse ao lado de Ginny.

 

(Golden, golden, golden, golden)
(Golden, golden, golden, golden)
(Golden, golden, golden, golden)
I know that you're scared because I'm so open

 

Demorou um tempo para que as coisas acontecessem como ele imaginou. Toda a destruição que aquela guerra havia causado precisava de alguns meses, senão anos, para ser digerida. O que Harry não entendia era porque Ginny fugia toda vez que o via sozinho. Sabia que a dor de perder Fred poderia nunca ser curada, mas achava que poderiam vencer isso juntos. 

Passaram meses até que ela repetisse a cena do casamento de Bill e Fleur. Minutos antes de sair de casa em direção ao seu último ano em Hogwarts, Ginny puxou Harry para dentro de seu quarto. A garota parada ali quase não se assemelhava àquela determinada e brilhante por quem ele se apaixonou. Seu sorriso já não vinha fácil e seus olhos estavam sempre indo em direção ao chão. Mesmo assim, Harry não pode deixar de se sentir completo apenas por ser capaz de sentir o cheiro suave e doce que vinham de seus cabelos.

—Não deveria ter evitado você todo esse tempo. – Sua voz estava tão baixa e rouca que Harry precisou se inclinar um pouco para ouvir. – Não deveria ter esperado até o último segundo para falar com você. – Fez mais uma pausa para respirar se encolhendo mais uma vez. – Eu só...estava com medo. Parece que cada vez que estamos chegando a algum lugar, uma coisa dá errado.

—Ginny...

—Não sei se consigo passar por isso de novo. Não sei se consigo ter apenas metade do seu amor por um tempo determinado por algum bruxo homicida.

—Ginny! 

A voz de Harry soou alta e forte como ela nunca havia escutado antes. Seus olhos se voltaram para os dele, se surpreendeu ao encontrar o garoto que tanto amava lhe lançando um leve sorriso enquanto esperava por ela com os braços abertos, pronto para amá-la por completo e por tempo indeterminado.

Talvez esse fosse seu grande medo. Harry Potter estava finalmente pronto para amar Ginny Weasley por completo, sem nenhuma guerra ou perseguição para carregar nas costas. Talvez ela apenas tivesse medo de não ser tudo o que ele achou que seria, esquecendo que tudo o que ele sempre desejou foi uma família. E, tudo o que ele queria agora é que ela formasse essa família com ele.

Vê-la partindo sabendo que só a veria no Natal, se tivessem sorte, foi mais doloroso do que imaginava. Os cabelos ruivos da amada voavam ao seu redor com o vento frio da plataforma. Para Harry, ela nunca esteve tão linda.

—Promete mandar uma coruja se precisar de algo? –perguntou enquanto ainda a abraçava fortemente contra o peito.

—Acho que vai ser um pouco inconveniente mandar para um auror em treinamento uma carta pedindo carinho. –Respondeu se erguendo nas pontas dos pés para beijar-lhes as bochechas.

—Sabe que eu apareceria mais rápido o que você pode dizer Quadribol. 

 

You're so golden
I don't want to be alone
You're so golden

 

Não voltar para a escolar lhe pareceu uma ótima decisão quando tomada. Mas, ficar longe de Ginny quando já havia perdido tanto tempo era a única coisa que fazia com que ele repensasse sua decisão. Mesmo após o término de seus estudos, ela parecia estar sempre ocupada com sua promissora profissão de jogadora e Harry não queria ficar sozinho, temendo que seu acomodo e falta de contato levassem ela para longe dele. 

A súbita vontade de ser seu sobrenome junto ao dela fez com que ele experimentasse o sentimento de ansiedade tomando conta de seu corpo, tão pior quanto ao que ele sentiu ao enfrentar Voldemort. Ele riu sozinho ao pensar em como Ginny brigaria com ele por comparar seu pedido de casamento com as batalhas que travou com o bruxo.

Tinha consciência de que teria sido muito mais fácil pedir ajuda para os amigos, mas acreditava que algo tão íntimo e tão deles deveria ser planejado, do começo ao fim, pelo mesmo. Não era novidade para ninguém que Harry era péssimo com surpresas e planejamentos importantes, o que lhe causaram diversas crises onde não sabia o que fazer em seguida.

Desejou, diversas vezes, que sua mãe tivesse lhe deixado a aliança de seu casamento para que Harry desse àquela que seria sua companheira. Perdido em como faria o pedido, se pegou querendo escutar ao menos um conselho de seu pai. Seus diversos planos para como faria a pergunta que mudaria sua vida não pareciam certos ou românticos o suficiente. 

A ideia que, inicialmente, deveria ter realizada em menos de duas semanas, se arrastou por quatro meses nos quais a aliança ficou guardada no fundo da sua gaveta de meias. O desânimo já tomava conta de si quando Ginny voltou para casa após uma longa temporada de quadribol. 

Mesmo com os planos toscos e disfuncionais que inventava, não esperava que ela mexessem em suas gavetas em busca de uma blusa e achasse as alianças esquecidas. Não estava preparado para que ela invadisse o banheiro enquanto o mesmo tomava banho, com os olhos arregalados e a caixinha da aliança na mão. E, definitivamente, não esperava que ela interrompesse sua explicação esfarrapada entrando embaixo do chuveiro com ele dizendo sim.

Já passava das 4 horas da manhã quando Ginny acordou com a sensação de estar sendo observada. Sentiu a falta dos braços de Harry ao seu redor e forçou a vista pelo quarto, encontrando o noivo sentado no parapeito de uma das janelas.

—Har? Que horas são? –perguntou se sentando na cama.

Harry suspirou se virando para a figura ruiva e pequena que se encontrava no meio da cama de casal.

—Falou sério quando aceitou se casar comigo? -perguntou baixo e inseguro evitando os olhos castanhos que eram capazes de tirar tudo dele.

Ginny sorriu levemente enquanto se levantava e caminhava em sua direção, abraçando o noivo pela cintura.

—Nunca falei tão sério.

 

You're so golden
You're so golden
I'm out of my head, and I know that you're scared
Because hearts get broken

 

Harry lembrava da primeira vez que Ginny Weasley, agora Potter, iluminou seu mundo. Ainda garoto, viu a pequena ruiva na estação de trem que o levaria para sua casa e, naquela época - mesmo que não fosse capaz de ver - talvez ele já soubesse que anos depois ela se tornaria seu lar. 

O casamento deles, como tantos outros, teve seus altos e baixos chegando perto do fim. Mas, imaginar sua vida sem o calor e brilho que emanava da Weasley-Potter era como se imaginar em um mundo onde tudo que existia era escuridão e frio. Ginny lhe deu três maravilhosos filhos e uma vida como a que ele sempre sonhou ter. Ainda que compartilhassem o medo crescente de uma guerra eclodir em suas cabeças novamente, sua vida como família era marcada pela união e o amor.

Os traumas da guerra ainda permaneciam com os dois, lhes trazendo pesadelos e pensamentos obscuros. Foi com um desses pesadelos que Harry acordou assustado na primeira noite do que seria um longo inverno. Seu peito ardia e ele sentia o suor escorrendo pelas costas. Ao seu lado, Ginny se sentava com os cabelos bagunçados e rosto amassado.

—Harry? O que aconteceu? – perguntou enquanto abraçava o marido pelos ombros.

—Nada, volte a dormir.

Ginny o olhou como se pudesse ler seus pensamentos.

—Seus pesadelos voltaram?

Harry não respondeu, continuou parado olhando para a parede. Ginny suspirou o puxando para se deitar novamente, dessa vez com ele em seu peito.

—Estamos bem...todos bem.

Ela sentiu o marido relaxar enquanto procurava a sua mão para, logo em seguida pressioná-la em seu rosto suado do pesadelo recente. O contato da pequena e quente mão da esposa foi como um sopro de verão para Harry. Beijando sua cicatriz com carinho, Ginny disse:

—Sei que está com medo, mas estamos bem Harry.

—Sei que sim.

Ficaram parados por alguns minutos até que ele voltasse a falar, com a voz grogue de sono.

—Obrigada por ser o brilho que me guia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem para que eu veja o que acharam.
Até outra hora ;)
Love always, BB.



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