Turn The Page escrita por Hilda


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

{HIST?“RIA TAMBÉM POSTADA NO MEU PERFIL DO SPIRIT}

Olá, povo! Como estão?
Essa a minha primeira vez postando aqui no Nyah, então estou muito ansiosa hahaha
Apresento a vocês minha história que fiz um dia antes do Dia dos Namorados, mas não publiquei pois não estava achando boa. Reescrevi, e trouxe para vocês a one que tem o meu coração! Espero que gostem, fiz com muito carinho pra vocês sz

Então vamos a famosas considerações e super importantes:
• Fairy Tail não me pertence;
• Plágio é crime;
• Sobre a personalidade da Lucy, ela frequenta psicólogo, afinal, todo mundo precisa. Ela é insegura, tem picos de raiva, que tenta controlar, mas as vezes não dá certo. MAS ela está procurando ajuda, e isso é importante!

É isto! Boa leitura o/



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Lucy  Ashley sabia que estava agindo sem pensar, e odiava o fato de estar sentindo-se uma péssima pessoa, mas ela não poderia deixar que alguém tivesse uma atitude antes dela, mesmo ela não tendo nenhuma desde o começo.

Os olhos castanhos encaravam o rapaz que encontrava-se o do outro lado do campo de futebol, aquele rapaz que ela disse que não ficaria, que o achava insuportável e que a irritava profundamente. Foram as palavras dela. Depois de tê-lo rejeitado, pensou em quão idiota se sentia, e meses mais tarde, - por Mavis - num momento de euforia, finalmente teve os lábios desejados colados aos seus, sedentos por aquele instante. O rapaz era amigo do seu amigo, então em qualquer oportunidade ele se encontrava em sua roda de amigos, e Lucy via sua irritação subir em um nível em que somente ele era capaz de fazer trocando poucas palavras. Ela fazia questão de deixar claro o quanto insuportável o rapaz parecia ser; agonizava quando suas bochechas vermelhas de raiva pareciam outra coisa, e o jovem não perdia a oportunidade de provocar quando isso acontecia. Ele era insuportável e afirmaria de pés juntos! Era o seu mantra pessoal para manter a postura de durona, mas que às vezes não funcionava quando suas amigas diziam a verdade que ela tentava suprimir a qualquer custo: Lucy Ashley gostava do garoto de cabelos rosas.

Era a morte para Ashley passar meses observando o cara que você gosta, e você não dar nenhum pingo de iniciativa, fazendo-a ter desgosto de ver cenas como essa, por exemplo, Yukino dando-lhe uma barra de chocolate com um cartão, que provavelmente estaria o número dela escrito, e talvez, de lá surgisse um bate-papo para então um encontro. O encontro que Lucy queria, mas nunca teria.

Deitou-se na arquibancada, desistindo de ver ele sendo parabenizado pelos amigos. Estava cansada de tudo aquilo, mas odiava expressar sentimentos amorosos, era estranho para ela que sempre foi bruta e temida, nunca soube demonstrar seu outro lado. Sabia que continuar o ignorando ou sendo muito grossa, só o afastaria mais, e isso a mesma não queria; sabia também que ele era um bom partido e que todos o queriam, e por óbvio, tomariam alguma atitude ainda hoje, pois amanhã era o Dia dos Namorados, então ela precisava agir. Ela tinha um plano. Mordeu os lábios ansiosa, e girou-se naquele cimento frio, pulando o degrau e pegando sua mochila. Antes de sair do campo, encarou a pessoa que fazia perder horas de sono, precisava correr.

 

Xxx

 

De acordo com sua fonte de informações, vulgo melhor amigo, Yukino tinha conseguido um encontro com o rosado para amanhã. Será que ela pediria ele em namoro? Ficariam? E se ele estivesse na casa dela hoje? Esses pensamentos assombravam a mente perturbada da loira. Encontrava-se a poucos metros da casa do rosado, mais de meia hora de espera, e mais nervosa do que antes. Minutos atrás tinha batido em sua porta, a mãe dele a atendeu, dizendo que o garoto tinha saído a poucos minutos para o mercado ali perto, perguntou se ela queria deixar recado, mas Lucy encabulada, informou que não era um assunto importante, e saiu correndo logo após ver a madeira se encontrar ao batente. Sentou-se num tronco de árvore, olhando atentamente a casa, caso o rosado chegasse. Parecia uma louca ali parada contando os minutos, tinha passado cinquenta e dois.

Não aguentava mais de ansiedade e sua irritação crescia conforme o rapaz não aparecia. Dragneel era tão insuportável! Mexia com os seus sentimentos, o estômago revirava e suas mãos suavam. Tinha até esquecido de cortar o cabelo, que agora batia nos ombros, por culpa dele! Mandaria o seus sentimentos por ele a merda, não queria passar por aquilo, era irritante demais! Iria superar, não seria do dia para a noite, mas iria. Sentia-se cheia e fula da vida, muito brava com aquele garoto que não estava em casa, que tinha aceitado sair com outra garota, que sorria para as outras,  por não ter a provocado mais, por ter feito ela perder a coragem, e por agora, estar fugindo. Mordeu seu lábio com tanta força, não queria chorar alto. Não queria chorar por não conseguir tomar iniciativa.

Saiu do tronco daquela árvore desgastada pelo tempo, julgando-se por se sentir triste e horrível, não estava nem aí para mais nada.. Ergueu sua cabeça como sempre, deixando que suas lágrimas viessem a tona em um choro silencioso para mostrar o quão idiota e covarde foi. Um castigo para ela. A caminhada da vergonha nem fora tão longa e nem o suficiente, pois quem menos queria ver, apareceu em sua frente.

— Lucy - O rapaz perguntou preocupado e cheio de sacolas na mão — O que aconteceu?

Gelou ao escutar a voz do rapaz, pegando-a tão desprevenida em um momento raro de fragilidade. Seus olhos miravam os verdes inquietos e curiosos, ela se sentia tão perdida naquelas orbes… Sussurrou o nome do rapaz como se aquele minuto fosse um sonho, mas era a sua realidade, que a fez limpar as lágrimas de maneira brusca e fechar a cara como em seu habitual.

— Não aconteceu nada, inferno!  - Respondeu curta, todo o ódio tomava conta do seu corpo por estar frente a frente com a pessoa que queria estar na mesma situação há uma hora. A situação seria cômica, se não fosse trágica. Lucy borbulhava em pensamentos que nem ao menos pode perceber o rosado se aproximar.

— Deixa de graça, Lucy. Você caiu ou alguma coisa do tipo? Ta machucada ou doendo algum lugar? - Deixou as sacolas no chão para tocar o rosto da garota, onde um leve rubor espalhou-se pelas bochechas molhadas aos olhos atentos do Dragneel. O mais engraçado era que ele não pensava se alguém a tinha batido ou sofrido alguma coisa por alguém, porque Lucy Ashley era “durona”.

Ela riu em sarcasmo, batendo na mão dele que permanecia em seu rosto por tempo demais. Ela também tinha sentimentos, droga. Já não aguentava mais se sentir assim, não aguentava o que estava preso ali dentro, e queria dar um fim de vez e nunca mais olhar na cara daquele garoto.

— Tá doendo, Natsu, aqui dentro. E é tudo culpa sua, idiota. - Lucy apontava para seu peito, com a voz embargada de raiva e cansaço. Natsu a olhava espantado pelo tom e acusação, mas Ashley não o deixou falar, ela precisava tirar aquilo que a incomodava — E vou pisar no meu orgulho, por sua culpa também.

— O que eu fiz? - Perguntou atônito ao ver mais lágrimas descendo, não sabendo como ajudar. Sabia que Lucy frequentava terapeutas e psicólogos, mas nunca passou-lhe pela mente em consultar eles para ajudar no possível ataque dela.

— Você me dá raiva, um ódio que só você causa, e eu te odeio por isso! - O rapaz calou-se diante das ofensas, ambos estavam agora sérios pelo rumo da conversa, mas Natsu sentia-se mal por ver alguém próximo agir assim, porém Gray havia avisado sobre os picos de raiva de Lucy e como ela não sabia se expressar bem. Isso deveria o aliviar, mas não passou nem perto — Eu te odeio porque acho ridículo o jeito que esse seu cabelo tingido fica bom em você. E seus olhos que faz meu estômago revirar, odeio não saber se é vômito, se é cólica, fome, não sei, caralho. - Gritou, e pegou fôlego, apertando suas mãos e dando um passo para trás — Odeio a sua voz, faz as minhas mãos suarem, e elas nunca fizeram isso pra ninguém! E a maneira que você é um idiota e fica rindo por tudo, me faz rir também. Odeio como você me dá tanto apelidos, porque me sinto na beira de um infarto! Odeio como tudo que você faz é bom e como tudo fica bom em você, mesmo se vestir trapos, por Mavis - riu irônica, olhando para o céu, e voltou mais calma — Odeio odiar quando você aceita sair com as meninas, mesmo que não tenhamos nada. Odeio a falta que me faz quando não aparece na escola, porque não vou conseguir perguntar ao Gray e isso me deixa com raiva. Ah, e odeio, principalmente, o quanto você me faz sentir covarde sem ao menos falar algo. Odeio tanto, Dragneel! Ainda tenho muita coisa para listar, isso é só o básico! Você tá fazendo minha vida um inferno na terra, desde que comecei a reparar em você. - As lágrimas desciam calmas e Lucy sentia-se mais leve, e encarou as orbes verdes assustadas — Porque eu odeio te amar, Natsu Dragneel. Eu não aguento mais gostar de você e não ter coragem para falar, e justo quando tenho, a madame não tá em casa! É por isso que eu não quero mais sofrer com esses sentimentos tão estranhos dentro de mim… Não quero que você toque neste assunto, não precisa dizer nada, ultimamente ‘cê tem estado demais na minha mente, se gosta de outra pessoa, ótimo, eu vou superar vendo você e a Yukino juntos e-

Foi interrompida quando o rosado segurou seu rosto de modo desesperado e colou o lábios aos seus, num leve selar que não aprofundaria, já que ela tinha feito uma declaração, sem parar, um tanto complicada para o rapaz e a deixaria sem ar, do jeito que ele ficou.

Surpreendida, seus olhos continuaram arregalados mesmo após o selo. Respirou fundo tentando controlar as batidas do coração e as suas mãos trêmulas por tudo que estava acontecendo. Desta vez, deixou as mãos do Dragneel em sua face, que lhe acariciava e de alguma forma a acalmava; não conseguia o encarar depois de ter dado conta que palavras saíram de sua boca, mas ela a encarava com os olhos marejados, tanto pelo susto da declaração, quanto pelo os sentimentos que Lucy tentava transmitir. Talvez as terapias estejam mesmo a fazendo bem. E isso deixava Natsu feliz por ela, e por este lado que ele não conhecia, além de ouvir que era amado.

Lash, - o apelido que ele sempre a chamava, aquecia seu coração. Sua voz era calma e aveludada — Olha pra mim. - Ergueu o rosto delicado, os olhos castanhos que tiravam o fôlego, o encaravam cheios de expectativas e medo. O rosto molhado, vermelho e a respiração descompassada, fazia o rosado odiar gostar daquela visão que a poucos momentos estava agonizada — Escuta, você não vai superar ninguém agindo assim - a tristeza da loira se transparecia, e o fez correr com as palavras — quer dizer, eu não quero que você apague os sentimentos que tem por mim.

— Então você que aproveitar e me humilhar na frente de todos? - A dura e cortante voz da garota aumentava ao passo em que se afastava do Dragneel.

— NÃO! Claro que não, jamais vou querer isso. - Ele explicava desesperado enquanto corria para segurar a mão dela e virar para o mesmo — Eu disse aquilo porque eu quero você do meu lado, porque eu gosto de você, entendeu? - Lucy o olhou espantada com a pequena declaração e ver a face rubra do rapaz. Ela não acreditava que aquilo estava acontecendo. Natsu Dragneel estava falando entrelinhas, seu rosto estava vermelho por causa dele e ainda segurava sua mão… Era difícil de assimilar tudo de uma vez.

— Sim… - respondeu baixinho, já que o rosado esperava.

— Eu amo o seu jeito, Lash, mesmo com os seus defeitos. Gray tinha me avisado que se eu quisesse me envolver contigo, tomar cuidado porque você é uma garota muito dura na queda. Por isso voltei atrás de tentar algo você  - Coçou a cabeça envergonhado — Mas depois que ficamos, no dia em que vi você tão fora da sua barreira de durona no evento da escola, você comemorava com Erza aquele ursinho de pelúcia que a Lis conseguiu, você estava tão incrível, tão linda, tão delicada e ao mesmo tempo imponente, nem me importei quando fechou a cara quando pegou outros alunos te observando. E foi ali que comecei a gostar de ti, e resolvi te encher. - Riu sem graça pela confissão — Se ao menos eu ficasse perto de ti, mesmo você não demonstrando quase nada, era ainda bom, porque sou o único que te deixa vermelha. Estava desistindo a partir de quando você começou a me tratar diferente de antes, e por isso estou saindo com outras garotas, mas você veio no momento certo, se não é o destino, não sei mais o que é, porque eu ainda gosto de você, e agora, muito mais.

Ele respirou fundo, aproximando-se da loira que estava surpresa e com milhares pensamentos em mente, não acreditava que era recíproco e como foi burra, quase perdeu o amor de sua vida por pouco. Natsu gostava dela há pouco tempo, diferente dela, mas tudo bem, aquele momento vergonhoso que nem sequer percebeu na feira da escola, serviu como start. Em meio de tantas lembranças, logo sua mente se clareava, ao passo que sentia sua mão que estava na dele, sendo levada ao rosto recém barbeado.

— Eu amo você, Lucy, e sua declaração me deu quase um ataque. - Deu risada, fazendo-a se sentir envergonhada — Você não sabe o quão feliz estou, a garota dos meus sonhos está bem aqui na minha frente, e veio na minha casa para dizer que me ama, do jeitinho bagunçado dela - o rosado sorri, bagunçando com a mão livre os cabelos loiros — Me desculpe por tudo, Lash, não queria que você sofresse, mas se eu… se você me deixar te fazer feliz, então eu serei o homem mais feliz do mundo.

O coração de Lucy batia acelerado e um pequeno sorriso surgia de seus lábios secos em que o Dragneel contornava com a sua digital. Encontrava-se afoita, explodindo em felicidade por dentro, e por fora, tentava se controlar, ela não sabia porque tentava. Era estranho para ela assumir um novo sentimento e deixar-se levar. Mas era bom. Deslizou a mão do rosto para o peito, onde o coração do rapaz batia que nem o dela, e isso era a prova que ele gostava dela, junto a face corada dele, que ao fim de tarde, poderia ser o quadro mais bonito que Lucy já tinha visto. Respirou fundo, pronta para responder Natsu que a encarava mordendo o interior de sua bochecha ansioso, aquela mania estranha dele.

— Natsu, você quer ser m-meu namorado? - Perguntou eufórica e com vergonha, desviando daquele olhar que a encarou de modo divertido.

—  É o que eu mais quero, princesa. - Ele a puxou pela cintura, e as mãos de Lucy pararam em sua nuca, sentindo o cabelo rosado que adorava, e gostou também a forma como seu estômago revirou pelo novo apelido que a fez morder os lábios — E você, quer ser minha namorada?

Ela revirou os olhos, rindo ainda envergonhada pelo momento, mas teve coragem de finalmente encarar aquele que a faria se sentir como uma adolescente em flor da idade, e a faria trazer o melhor de si, não apenas para ele, mas para ela também.

—  É claro que quero, idio- quer dizer, Natsu. - Seu rosto se constrangeu pelo equívoco que seria difícil não cometer, mas ela tentaria.

Natsu riu enquanto inclinava seu rosto para finalmente beijar os lábios da garota que era sua namorada. Era ótima a sensação de estar com quem ama, sentir que tudo era recíproco, e como aquilo era maravilhoso, nenhum dos dois queriam que acabasse. Era um novo começo, e Lucy estava ansiosa para viver essa nova página.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem!
Espero que tenham gostado!

Beijos da Hilda o/


Obs.: Lembrando que também se encontra na minha conta do Spirit



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