Mini World escrita por Spiral Universe


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Personagens de Stephenie Meyer, só estou brincando com eles...

P.S.: Obrigada pelos reviews, favs e etc :)



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Capítulo 16

Edward a olhou.

— Eu queria ser um soldado, você sabe disso.

Bella o conhecia tão bem que podia ver por trás de suas palavras tranquilas.

— Não – Ela rebateu – Você disse que estava apaixonado pela ideia de uma morte gloriosa. Não foi só isso. Me conte a verdade.

— Não há nenhuma verdade, Bella.

— Há, sim – Bella insistiu – Me diga.

Ele a avaliou, pensativo. Então bufou.

— Bella, eu não tenho uma resposta, está bem? Sim, eu sonhava em ser soldado. Sim, eu ficava fascinado com a ideia de morrer heroicamente. E não, eu nunca menti para você quanto a isso. Se não foi isso que me fez ficar, honestamente, eu não sei o que foi. Só sei que estou aqui.

— Está, e eu gostaria de saber o porquê.

— Bella, com o que você está tão zangada?

Ela abriu a boca para falar, sendo impulsionada pela raiva, mas a radiopatrulha de Charlie encostou naquele instante. Os dois se encararam brevemente, em silêncio. Resmungando algumas palavras feias, Bella foi receber o pai.

Ele estava pingando e sorridente, e com vários peixes. Ela os pegou e os levou para a cozinha, separando-os e começando a prepara-los. Edward foi ficar com ela na cozinha, o que a fez cortar os peixes com mais força do que o necessário.

— Eles já estão mortos, Bella – Edward a lembrou quando ela fez algumas escamas voarem.

— Calado – Sussurrou rispidamente.

O jantar foi tenso. Edward não subiu, como normalmente fazia; continuava plantado na cadeira de frente para ela, encarando-a. Bella estava faiscando de raiva, ainda mais por não poder devolver seu olhar. Charlie não estava alheio a isso, para seu azar. Ele não parava de perguntar se estava tudo bem.

Ela se esquivou das perguntas o melhor que pode, decidida a continuar a conversa com Edward na hora de dormir. Ele queria falar mais também, Bella sabia por seus olhos verdes que estavam estreitos e sua postura nada relaxada.

Tencionava ter um longa conversa com ele, quando já estivessem deitados – mesmo zangada não queria ele longe – e então poderiam esclarecer tudo de uma vez por todas. Ela estava cansada de se esquivar, fosse desse assunto, fosse de seus sentimentos.

Contudo, antes do que esperava, quando ainda estava no banho, Edward atravessou a parede do banheiro. Bella gritou, tanto de susto quanto de vergonha.

— EDWARD! – Ela guinchou agarrando a toalha e cobrindo-se desesperadamente.

— Você está brava comigo por que acha que eu vou sumir também, não é? – Ele perguntou cruzando os braços.

— EDWARD!

— É por isso, não é?!

— EU ESTOU TOMANDO BANHO!

— E daí? – Ele perguntou – Eu estou morto.

— Seu...

— Bella? – Charlie chamou do outro lado da porta – Está tudo bem? Ouvi você gritando.

— Estou bem – Ela falou alto, sentindo o rosto quente – Foi só... Uma aranha, só isso. Está tudo bem, pai. Já matei.

Ela ficou grata, estupidamente, que o pai não pudesse atravessar paredes também. Queria esganar Edward. Ouviu Charlie se afastar, não sem antes hesitar um pouco.

— Por que fez isso? – Ela sibilou baixinho – Ficou doido?

— Me diga, é por isso que você está brava, não é? – Edward replicou sem se abalar.

— Eu estava tomando banho!

— Grande coisa. Me responda.

— Eu tenho que me trocar! Saia daqui! Anda!

Ele fez uma careta, mas se virou e atravessou a parede de onde tinha vindo. Bella encostou nos azulejos, sentindo o coração se acalmar. Seu rosto, porém, ainda estava muito vermelho e quente quando ela terminou de se vestir.

Edward estava sentado em sua cama, de braços cruzados e cara feia. Bella sentiu vontade de rir com a cena; ele parecia um menino posto de castigo. E depois voltou a querer esgana-lo.

— É falta de educação invadir o banheiro dos outros – Ela falou depois de trancar a porta.

— Me responda – Ele cortou – É por isso que está brava comigo, certo?

Ela se sentou ao lado dele e encontrou seu olhar.

— Tenho medo disso – Confessou – Edward, ela sumiu do nada. Foi uma coisa tão besta e de repente ela não estava mais aqui. Não quero perder você.

A expressão dele de suavizou.

— Bella, anjo, você não vai me perder. Eu prometi que nunca deixaria você, lembra? Prometi isso várias vezes. Você ainda não acredita?

As palavras dele causaram uma ânsia nela, uma vontade terrível de poder tocá-lo. Era tão frustrante não poder.

— Edward, você me disse que queria ser soldado. Não duvido disso. Mas e se você tivesse outro tipo de sonho, um que você nem sequer desse muita atenção? Digo, talvez estivesse tão apaixonado pela ideia de ser um soldado que nem sequer percebia essa outra vontade, mesmo que ela fosse mais forte quanto as outras.

— Como assim?

— Você foi conhecer o mundo depois que morreu – Ela explicou lentamente – Mas me disse que não era a mesma coisa, porque você não podia sentir totalmente as coisas. Me disse isso uma vez, logo depois que vim morar aqui. E se foi isso que te fez ficar?

Ele considerou um pouco.

— E deixe-me adivinhar – Ele falou por fim – Você acha que eu quero viver isso através de você?

Bella voltou a corar, muito sem graça. Ele riu.

— Sabe o que eu ouvi uma vez? – Perguntou – A mente é a mais perigosa das armas. Lembra quando eu te disse que as pessoas fazem coisas idiotas quando estão com medo?

Ela gemeu, cobrindo o rosto com as mãos. Estava se sentindo muito idiota.

— Eu me precipitei, eu acho – Ela murmurou.

— Eu tenho certeza – Edward disse rindo – Bella, eu quero que você conheça o mundo, não nego. Só que não é por causa disso. Você é muito boa para ser esquecida aqui. E nós já tivemos essa conversa, sim – Ele acrescentou quando ela abriu a boca para falar – Nosso combinado ainda está de pé. Não se preocupe comigo, eu não vou desaparecer porque você resolveu pegar um avião e conhecer alguns lugares.

— Você pode afirmar isso? – Bella perguntou esperançosa.

— Posso – Ele respondeu tranquilamente. – Não vou a lugar nenhum sem você, pode acreditar. Eu vou prometer isso todo dia se for necessário, até você acreditar em mim.

Ajudou a acalmar seu coração, pelo menos um pouco. Eles se deitaram, ouvindo a leve garoa caindo lá fora. O sono não veio; havia algo que ainda a incomodava.

— Sabe – Ela sussurrou depois de um tempo – Você me disse que não sabia ao certo o que te fez ficar, mas você tem alguma teoria – Não era uma pergunta. Ela sabia que ele tinha.

Edward demorou para responder. Bella se perguntou se ele desviaria do assunto de novo, inventando algo. Não estava esperando o que veio da boca dele.

— Eu não sei como isso funciona direito, essa coisa de ficar ou ir, motivos e tudo isso – Ele falou por fim, com a voz pesada – Mas eu prometi que ficaria com você para sempre, Bella. Houve um tempo em que eu estive entediado e só queria ir para o outro lado, estava cansado de ficar no limbo. Depois que conheci você... Não consigo me imaginar indo e te deixando aqui. Não sei o que me fez ficar exatamente, mas sei que o que me mantêm aqui é você. E não leve isso como algo ruim, por favor. Digo, eu não vou a lugar algum sem você, nem que me fosse oferecido essa opção. Simplesmente não quero ir.

Ela ficou tensa. Não por medo, mas porque seu coração se encheu de um tipo diferente de esperança. Seria possível que ele retribuísse seu sentimento?

— Não sei bem se prometer alguma coisa já estando do lado de cá conta – Edward continuou no mesmo tom – Se conta, tenho uma nova pendência. Se não conta, bem, não faz diferença. Prometi ficar com você e vou ficar.

Bella se sentou novamente, encarando-o. Ele sustentou seu olhar com firmeza. Por um momento, ela hesitou, se perguntando se deveria, medindo as consequências, considerando. Então começou a falar, sem conseguir se impedir. Estava contando tudo, falando sobre aquele sentimento que a estava aterrorizando. Edward ouviu sem interromper, prestando atenção. Ela falou e chegou a chorar, sentindo uma agonia sufocando seu peito. Queria que ele entendesse, que compreendesse. Como poderia explicar a intensidade, a pureza daquele sentimento?

— E então? – Ela perguntou roucamente depois de terminar.

— Deixe-me ver se entendi bem – Ele disse suavemente – Você está apaixonada por mim?

— Sim – Ela engoliu em seco – Eu sei que é meio esquisito, quer dizer, eu era criança quando a gente se conheceu e tudo mais.

— Você acha estranho gostar de mim, não porque eu estou morto e assombro sua casa, mas porque nos conhecemos quando você era pequena?

— Basicamente.

Ele riu, mas o som saiu diferente do habitual.

— Você gosta de uma vida difícil, não é? – Edward comentou.

Ela esperou. Não era aquilo que queria ouvir. Adorava as piadas e brincadeiras dele, contudo, não estava com humor para elas agora. Seu coração estava começando a quebrar e a se encher novamente de medo.

— Bella, você sabe que eu estou morto, certo? – Ele perguntou seriamente.

Ela assentiu.

— Eu devia ter imaginado algo assim. Como você, menos é sempre mais – Disse ele um pouco exasperado – Bella, isso é bem complicado, só para começar.

— Eu sei – Ela murmurou sentindo seu coração começar a rachar – Você só pensa que eu sou doida? Só isso?

Ele abriu um sorriso lentamente, os olhos cheios de diversão.

— Bella, você é tão lerda – Riu-se – Por Deus, eu lhe disse uma vez que, nesse tempo, havia coisas que eu teria morrido para ter no meu tempo.

Mesmo agora, Bella demorou um pouco para compreender.

— Eu?

— Se minha mãe tivesse aparecido com você lá em casa, eu teria mandado a guerra pros quintos sem pensar duas vezes. Mas você não existia ainda.

Ela o encarou, surpresa e descrente. Ainda não era o que queria ouvir, não exatamente.

— Vou lhe contar uma historinha – Edward falou – Uma vez eu conheci uma menininha sozinha e assustada, que não tinha ninguém. Daí eu resolvi bancar o fantasminha camarada e ficar com ela, para lhe fazer companhia e ajuda-la. Só que essa menininha cresceu e se tornou uma linda garota, que eu tenho vontade de estrangular as vezes, confesso, mas uma linda garota que teria sido meu par perfeito, se eu estivesse vivo.

— Mas você não está – Ela concluiu com o coração doendo.

— Não, eu não estou – Ele disse gentilmente – Anjo, eu vi você crescer e mudar. Quando conheci você, eu te via apenas como alguém que eu queria desesperadamente salvar e proteger. Talvez você não tenha ideia do quanto mudou, Bella, mas eu tenho. Aquela criança assustada não existe mais, o que tem em você daquele passado são apenas resquícios. Talvez nunca sumam completamente, mas não tem mais poder sobre você.

Foi a vez dela de ouvir em silêncio. De qualquer forma, já tinha dito tudo que precisava. Agora era com ele.

— O fato é – Continuou – Conforme você crescia e mudava, o que eu sentia crescia e mudava também. Sempre vi muito de mim em você, e muito de você em mim. Nós teríamos sido um para o outro, se tivéssemos nascido na mesma época. Chegou um dia em que eu olhei para você, faz alguns meses, e vi muito mais do que a minha melhor amiga. Eu vi a mulher que teria me feito jogar o meu sonho de morte idiota no lixo e me ajoelhado diante dela, implorando por seu amor.

"E daí eu fiquei com muita raiva, porque o que eu estava sentindo era impossível. E era tão injusto. Várias vezes eu te observei enquanto você dormia e ficava me perguntando o porquê. Por que tivemos que nos encontrar nessas circunstâncias? Se isso ou aquilo tivesse sido diferente, tudo seria perfeito. Mas aqui estamos nós, nessa situação. Anjo, não quero quebrar seu coração, sobretudo porque sentimos a mesma coisa. Mas, agora, é impossível. Você sabe disse, não sabe?"

Ela assentiu.

— Eu sei – Bella disse fracamente – Agora é impossível... Talvez algum dia?

Não quis dizer "quando eu morrer". Estava muito implícito.

— Não é um não, Bella – Ele afirmou – É só um agora não. Você ainda é tão nova, ainda tem tanto para conhecer e ver. Não quero que passe a vida presa nesse sentimento, sem nem se dar a chance de sentir alguma outra coisa, por outro alguém. Alguém vivo, que pode te dar um milhão de coisas que eu não posso.

Bella o olhou, ferida.

—Não quero um milhão de coisas – Foi o que lhe disse – Quero você.

— E me terá, um dia – Prometeu – E eu a você. Mas, antes disso, quero me jure que irá tentar. Que não vai repelir outros por minha causa. Que se dará essa chance.

— Tem ideia do que está me pedindo? – Bella perguntou, ainda mais chateada – Como posso ficar com outra pessoa gostando de você? Isso não é nem certo, pra começar. E depois, você fala como se fosse fácil.

— Não estou querendo te ofender, anjo. Não estou dizendo para se jogar nos braços de qualquer um, estou dizendo para tentar conhecer e gostar de outras pessoas. Se você conseguir, ótimo. Continuarei do seu lado, completamente feliz com a sua felicidade. Do contrário, continuarei aqui do mesmo jeito. E quando chegar o dia, eu estarei aqui para te receber.

Bella o encarou profundamente. Seus olhos verdes estavam cheios de sinceridade. Tão cheios, na verdade, que ela não teve como rebater. Calou-se.

— Ei, não fique triste – Edward pediu interpretando seu silêncio – Por favor. Bella, sei que não era isso que esperava ouvir, pelo menos não desse jeito, mas eu não posso te prender a mim assim. Como eu poderia? Não seria justo dizer para você "fique comigo" sendo que não posso te oferecer quase nada. Vai chegar o dia em que você vai querer o que eu não posso dar, o que não sou capaz de dar. Eu amo você, Bella. Não achei que seria possível começar a sentir isso já estando no limbo, porém eu estou, e o amor não pode ser egoísta, anjo. Aprendi isso ao longo desses anos. Quero vê-la feliz, mesmo que não seja comigo.

A súbita intensidade das palavras dele deixaram Bella tonta. Não estava esperando ouvir tão diretamente, tão de repente. Ele prosseguiu:

— Não a amo menos por isso, garanto. Ver você feliz me fará feliz, e só isso importa. Estou pedindo que tente, e que tente de verdade – acrescentou severamente – Se não conseguir... De um jeito ou de outro, eu não deixarei você.

— E se eu não ficar? – Bella perguntou – E se for direto?

— Se realmente não quiser ir direto, se quiser ficar comigo, não tenho dúvidas de que ficará.

— Não pode afirmar isso.

— Não – Ele concordou – Mas que outra opção nós temos, anjo? Só nos resta acreditar e esperar.

Bella sentia-se um pouco decepcionada, embora tivesse que admitir para si mesma que não havia outras opções além dessa. Tentou se imaginar conhecendo outras pessoas, tentando fazer o que ele pedira. Não era um pensamento animador; não queria um estranho, alguém que eventualmente perceberia que havia algo diferente nela, alguém que ela teria que explicar as coisas que via, que talvez não entendesse. Se começasse a gostar de alguém e esse alguém não conseguisse lidar com seu dom incomum, ela acabaria sofrendo do mesmo jeito, não?

E depois... Supondo que pudesse ficar no limbo junto com Edward, a imagem não era exatamente o que queria ver. Ele tinha apenas dezessete anos quando morreu, jovem e de boa aparência, mas com que idade ela morreria? O que tentava visualizar não vinha. Imaginava-o bonito como era, com uma versão maios ou menos parecida com a senhora suplicante ao lado dele, grisalha e curvada.

— Diga alguma coisa – Edward implorou.

— Não tenho muita escolha, não é? – Ela perguntou desanimada.

— No momento, nós não temos – Disse cuidadosamente, com grande ênfase – Bella, eu estou aqui para você. Sempre vou estar aqui para você, não importa o que aconteça. Isso não basta?

Bella engoliu seu desapontamento, cedendo ao inevitável.

— Ok – Falou, tentando manter a decepção longe da voz – Vamos esperar. E eu prometo que vou tentar conhecer outras pessoas – Ela acrescentou diante de seu olhar severo – Se você prometer que não vai ficar me azucrinando com isso.

— Andamos fazendo muitos acordos ultimamente – Ele refletiu – Mas é justo. Feito.

— Feito.

— Você deveria dormir. Tem aula amanhã.

Ela não discutiu. Deitou e ficou quieta. Edward se ajeitou para ficarem se olhando cara a cara.

— Não queria magoar você – Ele sussurrou – Me desculpe.

— Você só disse a verdade.

— Não doe menos, posso ver em seu rosto. Me perdoe, anjo, eu gostaria de poder te dar uma resposta diferente, de dar a resposta que você quer. Só que eu não posso. Pode acreditar em mim quando digo que a amo como nunca amei alguma coisa?

— Você teria confessado isso, se eu não tivesse feito primeiro?

— Não. Não havia sentido em te envolver nisso, se não havia nada que pudesse ser feito. E a última coisa que eu queria era te dar mais um motivo para ficar presa.

— Então porque resolveu confessar? Você podia ter mentido.

— Nunca vou mentir para você. Se você retribui o que eu sinto, e se está disposta a tentar não se prender a isso, então não há mais porque esconder. E eu não quebraria seu coração de propósito, com uma mentira.

— Você sabe, eu posso morrer uma velha careca e desdentada. Ainda vai querer ficar comigo?

Viu a sombra de um sorriso no rosto dele.

— Se eu estivesse vivo e tivesse te conhecido no meu tempo, iria quere-la mesmo que fosse zarolha, corcunda, manca e cheia de espinhas. E com mau-temperamento. Amo quem você é, Bella, não me importo com sua aparência.

As palavras dele estavam aquecendo seu coração decepcionado. Sentia a verdade naquelas declarações; não havia uma única mentira, mais nada oculto.

— Você parece feliz – Ela notou.

— Aliviado, na verdade. Tem mais alguma coisa incomodando você a meu respeito?

— Não.

— Gostaria que me prometesse que vai falar comigo antes de se zangar com alguma coisa a partir de agora. Bella, de verdade, você me contava tudo antes, podemos voltar a ser assim? Confesso que não sei lidar muito bem com seu mau-humor quando ele é direcionado a mim, especialmente se eu não sei o que fiz de errado.

— Estamos fazendo tantos acordos – Ela ecoou – Tudo bem, é justo.

O sorriso que ele deu a fez sorrir de volta. Ele ergueu a mão e deixou a palma aberta, esperando. Bella a encontrou com a sua, tomando cuidado para não atravessa-la. Se perguntou como seria poder sentir a mão dele, poder tocá-lo como tanto desejava. Achou que o mundo era tão injusto naquele momento. Por que se amavam, se estavam separados por uma barreira tão terrível e tão insignificante ao mesmo tempo?

— Um dia – Ele prometeu.


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Notas finais do capítulo

As coisas vão continuar esquentando. A Bella fala demais ;)



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