After Dawn - Alvorecer escrita por Alina Black


Capítulo 40
PELO OLHAR DE RENESMEE: Incógnita


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, feliz 2021.
Escrevendo alguns capitulos eu mudei os planos que tinha em mente, acho que ficariam confusos se eu postasse o pov do Jake então decidi postar da Nessie e assim poderão compreender o que aconteceu com ela.



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No primeiro instante em que meus olhos se abriram, luz dos candelabros apareceu um pouco distorcida, podia ouvir algumas vozes e o movimento do corpo da mulher passando próximo a cama onde eu estava deitada, eu estava absurdamente confortável coberta por lençóis, mas o pequeno gemido que escapou entre meus lábios ao me mover denunciou que eu estava acordada.

— Ela acordou! Um garoto desconhecido disse aproximando-se da cama – Oi, você está bem?

Quem era ele? Perguntei a mim mesma antes que pudesse responder a pergunta feita por ele, a mulher que tinha nas nãos alguns tecidos os deixou sobre uma cadeira e também se aproximou se sentando ao meu lado na cama.

— Que bom que acordou! Disse ela em um tom gentil, sua mão suavemente tocou minha testa e o choque do seu toque gélido me fez recuar – Ainda está com febre! completou dando um sorriso e voltou sua atenção para o garoto – Avise o Zo! sua voz saiu em tom de autoridade, o garoto imediatamente assentiu e se levantou desaparecendo antes que eu pudesse piscar.

Como ele havia feito aquilo?

A mulher se afastou caminhando até uma mesa, ouvi o som do tecido se chocando com a água, sendo espremido e então seu corpo novamente se virou retornando até mim, a mulher se sentou mais uma vez na cama e carinhosamente pousou o tecido molhado sobre minha testa.

Eu fechei os olhos sentindo um alívio imediato, o líquido não era água, tinha um perfume que eu não sabia decifrar qual era, eu até tentei decifrar mais em minha mente só havia um espaço vazio, como se minha vida tivesse começado naquele instante.

— Vocês está segura aqui! Sussurrou a mulher loira, de cabelos longos presos em uma trança que caia sobre seu ombro esquerdo, só então percebi o quanto ela era linda – Não quer me dizer o seu nome? Perguntou ela enquanto tirava o tecido molhado da minha testa, eu permaneci calada buscando uma resposta para aquela pergunta.

A mulher me olhou insistentemente – não quer me dizer?

Eu desviei meu olhar do dela perturbada e confusa, o fato era que não havia como responder aquela pergunta, porque eu não sabia quem eu era, em minha mente havia apenas um grande vazio, uma escuridão imensa, a mulher se levantou deixando o tecido molhado dentro de uma bacia e retornou para o meu lado tocando gentilmente uma das minhas mãos.

“Eu não sei” respondi a ela, mas recuei ao ver a forma a qual eu havia respondido, eu havia dando a resposta sem precisa dizer uma só palavra, como se pudesse falar dentro de sua mente.

As sobrancelhas dela se ergueram e sua expressão mudou para surpresa – Como fez isso? Perguntou ela se levantando e sua atenção se voltou ao homem que passava pela porta acompanhado do garoto que eu havia visto ao acordar.

— Zo! A mulher murmurou ao vê-lo se aproximar.

— Ela está bem? Perguntou ele dando alguns passos na direção da cama e eu me encolhi como um animal acuado com medo do desconhecido.

—Ela está com medo! Disse a mulher se sentando na cama e tocando uma mexa de meu cabelo – Está tudo bem criança, ele não vai machucar você.

O homem sorriu timidamente e se colocou ao lado da mulher – Oi! Murmurou ele – Eu me chamo Zo, Zo Báthory, essa é Audrey, queremos ajudá-la, por que não me diz o seu nome?

Eu continuei na posição de defesa, minha confusão apenas aumentava, se eles não me conheciam porque eu estava naquele lugar e porque nem eu mesma sabia quem eu era e como era meu nome.

A mulher sorriu – Por que não diz a ele da forma que disse para mim?

O homem loiro, alto, cheio de músculos e com os cabelos presos em um rabo de cavalo a olhou confuso, Audrey segurou a mão dele e em seguida a minha que tremeu denunciando meu medo – Calma! Murmurou ela colocando minha mão sobre a palma da mão grande e quente dele, ao contrário dela Zo era quente, ele a olhou buscando uma resposta para aquela atitude, porém voltou a olhar para mim em um semblante de surpresa.

“Eu não sei “falei dentro de sua mente, eu não conseguia compreender como eu fazia aquilo, mas uma parte de mim, de forma involuntária eu sabia exatamente como fazer aquilo.

— Incrível! Sussurrou ele – Parece que temos uma hibrida especial aqui.

— Híbridos nunca tiveram nenhum tipo de característica peculiar! Disse a mulher se levantando – Deve ser a forma dela se comunicar.

Minha mão continuou sobre a mão de Zo, que a cobriu pousando a palma da sua outra mão sobre a minha – Você não lembra do que aconteceu com você? Insistiu ele.

Balancei a cabeça de forma negativa “não senhor” respondi em sua mente.

Ele sorriu.

— Meus filhos a encontraram em uma gruta subterrânea no Valle d'aosta, é um local onde as águas escoam você teve sorte – disse ele dando um sorriso gentil – Mas o que uma menina fazia naquelas profundezas sozinha e machucada?

Eu fechei meus olhos, mas novamente a busca por resposta foi em vão, eu não sabia nada sobre mim, nem mesmo o meu nome, meus olhos se desviaram para os lençóis da cama envergonhada por não poder dar a eles nenhum tipo de resposta.

— Talvez minha teoria esteja correta – Disse o garoto aproximando-se da cama e se colocando ao lado do homem loiro – Ela foi perseguida assim como nós e acabou ferida, fugiu e acabou encontrando a entrada secreta.

Audrey sorriu – Jimmy e suas teorias.

— Ele pode estar certo! Disse Zo soltando minha mão gentilmente – Está a muitos dias desacordada isso pode ter afetado sua memória, vamos esperar ela se recuperar, Audrey você cuida dela está bem?

— Pode deixar! Disse a loira se afastando – Tenho certeza de que ela está faminta – completou ela de costas mexendo em algo que eu não podia ver devido ao fato dela estar de costas, eu me ajeitei sobre a cama olhando para os três desconhecidos e quando Audrey girou seu corpo em minha direção o odor do líquido vermelho fez meu corpo se curvar sobre a cama e o desejo de vomitar me venceu.

— O que está havendo? Perguntou a mulher sem compreender.

— Tire isso daqui por favor! Eu implorei em um tom baixo de voz.

— Tire! Ordenou Zo.

— Uma hibrida que não se alimenta de sangue? O garoto Jimmy indagou tão surpreso quanto Zo e Audrey.

As mãos de Zo tocaram meus ombros me ajudando a me erguer – tudo bem! Disse ele em um tom tranquilo de voz – Audrey vai providenciar alimento humano para você tudo bem?

Eu concordei com a cabeça, Audrey assentiu e saiu me deixando a sós com o homem e o garoto.

— Então acha que minha teoria está certa? Perguntou o garoto sentindo-se orgulhoso.

— Provavelmente! Respondeu Zoe olhando para mim – Além de garotas hibridas serem raras é a primeira vez que vejo uma com um don diferente, com certeza ela estava sendo caçada e encontrou nosso túnel por acidente.

O garoto sorriu e se aproximou de mim – Você teve sorte! Disse ele em um tom animado – Você está segura aqui, ninguém sabe que esse lugar existe e Zo é nosso protetor.

Audrey entrou novamente no quarto com uma bandeja nas mãos com algumas frutas, aproximou-se da cama deixando a bandeja sobre minhas pernas, faminta peguei a grande maçã com ambas as mãos e a comi.

— Temos uma grande incógnita aqui! Disse Audrey cruzando os braços ao lado de Zo.

— Sim! Respondeu ele dando de ombros – Cuide dela e não deixe que ninguém encoste em um só fio de cabelo dela – Concluiu Zo passando pela porta sendo seguido pelo garoto chamado Jimmy.

Audrey me olhou e sorriu – parece que nosso líder se rendeu aos encantos da nossa incógnita! Disse ela de forma divertida.

Na verdade, eu realmente era uma grande incógnita, até mesmo para mim, eu não fazia a menor ideia de quem eu era, o que eu era e quem mundo era aquele onde eu estava vivendo.

Quem eu era afinal?


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