After Dawn - Alvorecer escrita por Alina Black


Capítulo 2
PELO OLHAR DE RENESMEE - Forks




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Minha irmã e eu crescemos em uma cidade localizada no sudeste do Alaska de temperatura baixíssima, em uma casa próxima ao endenhall Glacier Visitor Center uma região montanhosa com geleiras e rodeada de vegetação, local perfeito paras as caçadas noturnas da família, exceto minhas que sempre preferia fazer refeições no King Crab Shack da Tracy, local cujo sua refeição favorita eram os bolos de caranguejo.

Nossa casa ficava em conjunto habitacional de classe alta em uma região montanhosa, uma grande mansão rodeada de arvores e um pouco distante das demais casas, existia uma grande vantagem em morar em um bairro de pessoas milionárias, eles nunca estavam preocupados com quem morava ao lado, por isso conseguimos passar quase desapercebidas o que era bom por Lice e eu por crescermos de uma forma diferente das demais garotas, cronologicamente tínhamos 5 anos enquanto fisicamente segundo nosso avô Carlisle tínhamos 16 anos.

Apesar de não convivermos muito com outros adolescentes da nossa idade  éramos felizes juntas, sempre recebíamos a visita de Nahuel que era um amigo da família e hibrido como nós duas, e nossos tios nas férias, além de nossos avós Esme e Carlisle que anualmente ia para o Alaska para realizar em nós duas uma série de exames e acompanhar o nosso crescimento.

Erámos apenas Lice e eu, e estarmos sempre juntas era o suficiente para nós duas.

O natal se aproximava e o inverno estava bem mais rígido no Alaska, ouvir o bocejar alto de Lice se despreguiçando em sua cama seguido de grande barulho, tirei o olhar da janela e ri ao vê-la caída no chão.

— Você não toma jeito! Falei em meio aos pequenos risos enquanto ela levantava sem graça sentando-se a beira da cama.

— Bom dia para você também Renesmee! Ela sussurrou sonolenta voltando a se jogar na cama cobrindo seu rosto com um travesseiro.

Continuei a rir caminhando até ela e seguida me joguei sobre ela na cama – Aiiii! Ela gritou me fazendo gargalhar enquanto eu tirava o travesseiro de sua cara amassada – Deixa de drama, deveria estar feliz por estarmos nos mudando.

— Você sabe que odeio mudanças! Ela respondeu fazendo um bico.

— É eu sei, odeia tanto que tingiu os cabelos de roxo! Respondi dando um beijo estalado em sua bochecha me levantando em seguida.

— Você sabe que é diferente, queria aborrecer o papai! Ela respondeu levantando-se rapidamente.

— Não entendo por que implica com ele! Sussurrei pegando as malas que estavam prontas próximas a minha cama, Lice era doce e gentil mas quando se tratava do papai ela fazia umas coisas estranhas, e o fato dela ser um escudo e ele não poder ler sua mente a fazia aprontar poucas e boas com ele.

— Ele quem implica comigo! Ela respondia pegando sua escova de dentes – Além disso, sei que ele prefere você! Completou indo para o banheiro.

Dei um suspiro puxando a mala de Lice que também já estava pronta, sempre que ela falava que papai me amava e a ela não me sentia aborrecida, fiquei em silêncio pensando em um modo de mudar aquilo novamente, porque eu sempre fazia isso todas as vezes que ouvia aquilo.

— Por que dessa carinha? Ela perguntou ao sair do banheiro sentando-se ao meu lado na cama e bagunçou meu cabelo.

— Lice! Sussurrei segurando suas mãos e olhei em seus lindos olhos verdes – Nossos pais nos amam igualmente, não sei por que fala isso!

Ela ficou pensativa estreitando as sobrancelhas em seguida – Você toca piano perfeitamente, canta como uma sereia, é fofinha e doce, sempre que os toca eles sorriem porque você passa sentimentos a eles...

— Você é como eles, sai nas caçadas, e é forte e rápida, e não tem ninguém invadindo sua mente! Falei a interrompendo – Além do mais você se faz de durona, mas não passa de uma menina frágil e inocente!

— Eu não sou inocente! Ela resmungou levantando e em seguida tirou a camisola.

— A não, então como explica sua reação da semana passada quando veio sua menstruação?

Lice me olhou séria em caiu de costas na cama rindo lembrando do mico que pagou há alguns dias, sua menstruação havia vindo pela primeira vez e como até então mamãe não havia conversado com nós duas acreditando que isso jamais poderia acontecer saiu gritando pela casa que estava morrendo com hemorragia, a sorte foi que seu ciclo durou apenas um dia mas o suficiente para deixar papai e mamãe longe pois o odor do seu sangue os enlouquecia.

— Isso não foi inocência, apenas falta de informação! Ela tentava se explicar levantando-se da cama apenas de calcinha, em seguida pegava o moletom o vestindo junto com a camiseta, o casaco e o tênis.

Lice e eu apesar de gêmeas éramos parecidas fisicamente mas não idênticas, meu cabelo sempre foi da cor dos do papai, já ela tinha os fios bem mais escuros quase pretos que agora tinham um corte mais moderno e com mechas roxas enquanto eu mantinha os logos cachos acobreados, seus olhos eram verdes enquanto os meus chocolates, Lice também era mais alta do que eu e um pouco mais encorpada, já eu era totalmente desajeitada, tropeçava nos próprios pés e papai vivia dizendo que eu me parecia com a mamãe quando ainda era humana.

Após nossos minutos de irmãs finalmente descíamos com as malas que apesar de grandes para nós duas não eram nem um pouco pesadas, ao chegarmos na sala mamãe folheava uma revista enquanto papai conversava ao telefone, deixei as malas próximas ao sofá e corri para os braços da nossa mãe que sorriu me abraçando, Lice deu apenas bom dia e saiu indo para a varanda da casa.

— Alguém acordou do avesso hoje! Papai sussurrou ao largar o celular sobre a mesa e deu um beijo no alto da minha cabeça em seguida seguiu para varanda atrás de Lice, com certeza havia lido em minha mente sobre a nossa conversa da manhã.

— Espero que eles não briguem! Falei ao tocar o rosto da mamãe que sorriu beijando minha testa – Não se preocupe meu amor, ele sabe como lidar com ela.

Concordei com a cabeça voltando a abraça-la, em seguida ela me explicava que papai havia alugado um jatinho particular para viajarmos e que sairíamos em uma hora, logo papai retornava com uma cara nada agradavel, Lice veio logo atrás e não falou nada, apenas pegou sua mala a puxando pela sala até a porta fazendo um barulho ensurdecedor e então saiu em direção ao carro.

— Talvez Carlisle possa explicar o que está havendo com ela! Mamãe falava tentando acalmar meu pai que tinha um semblante de irritação.

— Por que será que ela me odeia? Ele perguntou sentindo o abraço da mamãe.

— Ela não odeia você pai, ela odeia não se parecer com você! Respondi pegando minha mala – Porque ao invés de tentar que ela faça as coisas com você, você não faz as coisas com ela?

Papai me olhou surpreso e mamãe também, em seguida ambos sorriram me puxando para um abraço – Prometo me esforçar! Papai respondeu beijando minha testa em seguida saímos de casa em direção ao carro onde Rosalice nos aguardava encostada no veículo olhando o celular.

— O que acha de ir ao banco da frente comigo filha? Papai perguntava de forma carinhosa a minha irmã que o olhou confusa e em seguida voltou sua atenção para mamãe que sorriu concordando com a cabeça.

Ela deu um largo sorriso e entrou animada, ri baixinho entrando no carro com mamãe e então partimos rumo ao hangar próximo ao porto onde um jatinho já nos aguardava, durante a viagem papai começou a falar sobre esportes haveria um jogo do Chiefs contra os Vinkings, Lice adorava esportes e era excelente na ginástica olímpica, ela sempre assistia as competições, dizia que se fosse humana seria uma ginasta com toda certeza.

Papai estava indo certo no rumo ao coração da minha irmã, não era atoa que ela adorava tio Emmett, eles sempre falavam de esportes e competiam quando passavam as férias juntos, Lice era a melhor da família  no baseball, o assunto rendeu bastante entre eles, durante toda a viagem conversaram sem brigas, apesar de ser deixada de lado por algumas horas eu não sentia ciúmes, me sentia feliz porque ela além de minha irmã era minha melhor amiga e tudo que mais queria era que ela fosse tão feliz quanto eu em nossa família.

Após duas horas de viagem finalmente chegávamos a Seattle, desembarcamos em um hangar particular e então seguimos de carro para Forks, como já estava acostumada com todos os benefícios de ser uma Cullen nem me dei ao trabalho de perguntar como papai já tinha um carro à sua espera.

No caminho de Seattle a Forks minha irmã trocou de lugar com a mamãe sentando-se ao meu lado no banco de trás, me fiz de magoada a fazendo rir, ela sabia que eu não conseguia sentir esses sentimentos ruins com relação a ela e nem ninguém, decidimos disputar uma partida de um joguinho no celular e como já esperado ela me ganhou.

— Ai eu te odeio! Reclamei rindo.

— Não mandei olhar os desfiles da Victoria's Secret ao invés do tutorial do jogo na internet! Ela falou rindo.

— Culpa da Alice! Papai falava se intrometendo em nossa conversa a fazendo rir.

— Isso é um complô? Reclamei cruzando os braços e mamãe riu.

— Você sabe que eu amo você! Ela sussurrou deitando a cabeça em meu ombro, encostei a minha cabeça na sua e sorrimos e assim seguimos por horas até finalmente chegarmos em Forks.

Tudo era exatamente como mamãe havia descrito, estava chovendo e eu adorava aquilo principalmente o cheiro que era uma mistura de terra molhada com folhas, troncos e um cheiro de madeira que nos seguiu durante a estrada, percebi que mamãe e papai trocavam olhares enquanto eu falava sobre o cheiro de madeira mas nada disseram, o cheiro nos acompanhou até a casa de meus avós onde nossa família já nos aguardava.

— Finalmente! Tia Alice falava dando pulos de alegria me puxando para um abraço, Rosalice correu e pulou no colo de tio Emmett que sorriu a deixando no chão calmamente.

— Nossa tampinha como você cresceu! Tio Emmett falou entre sorrisos a abraçando carinhosamente.

A chuva começou a ficar mais forte e então entramos apressadamente na mansão, tia Rose como sempre muito protetora tratou de pegar algumas toalhas junto com nossa avó Esme e ambas secaram nossos cabelos enquanto Carlisle conversava com nossos pais.

— Nós vamos ao laboratório preciso examiná-las! Nosso avô falou olhando para Lice que tentou sair de fininho, a segurei pelo braço e tio Emmet riu baixinho.

— Eu odeio isso vô, me sinto um rato! Ela reclamou.

— Cada dia que passa você parece mais com Edward! Tio Jasper que era sempre o mais calado falava encostado em um canto da casa, Lice olhou para ele e deu um sorriso.

— Obrigada tio Jazz!

Papai baixou a cabeça rindo e juntos seguimos para o laboratório do vovô para fazermos os exames.


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