Natureza escrita por autore
Notas iniciais do capítulo
Ainda está germinando.
A garota adentrava rapidamente na floresta sentindo uma ponta de arrependimento em seu âmago. Ousara desobedecer às ordens de Lupo, saindo da caverna e indo em direção à vila. A jovem menina estava com muita fome e necessitava alimentar-se o quanto antes, ela não conseguia enxergar outra opção já que seu guardião somente chegaria à noite com comida. E as frutas e vegetais da floresta estavam escassos devido ao inverno que se aproximava.
A menina aproximara-se cuidadosamente da aldeia a fim de roubar alguma cesta de comida da feira quando fora surpreendida por um aldeão atento que a avistou. Imediatamente Aurora pegou qualquer que fosse a cesta de comida que estivesse próxima e começara a correr de volta a floresta. “A garota de ouro!”, um aldeão gritou chamando a atenção de todos na feira. Alguns caçadores que trocavam mercadorias para levar para suas famílias também ouviram o grito do aldeão. Não demoraram muito para encontrarem a menina a correr e irem atrás dela com a intenção de capturá-la para seus proveitos.
Ela terminou deixando a cesta de comida cair no meio do caminho.
Aurora conhecia a lenda que a amaldiçoava e nunca ousou arriscar se para saber se era verdadeira ou não. Ela era veloz, driblava diversas árvores e saltava pedras no caminho. Ela clamava pelo auxílio da Natureza, sua mãe e protetora.
“Você não vai nos escapar!”, um dos caçadores gritou.
Ela fechou os olhos e fez um pedido, estava indo em direção ao rio. Ouvia as correntezas, elas estavam fortes. No caminho foi pegando pedra por pedra e colocando nos bolsos. Assim como ela, aqueles homens conheciam a floresta e naquele dia parecia que a mãe natureza estava ocupada com alguma outra coisa. Ela sentia que estava sendo fechada, mas não apenas pelos caçadores. Próxima do riacho fechou os olhos e pediu de novo, tentou chamar algum amigo, mas ninguém respondeu. Então fechou os olhos e clamou a única que podia ajudá-la naquele momento.
Então, próxima do rio, olhou uma última vez para trás e antes de pular naquelas correntezas acenou aos caçadores. E eles ficaram sem entender o que havia acontecido.
“Ela se matou?”, questionou o mais jovem dos caçadores.
O mais sábio respondeu: “De forma alguma, ela apenas conseguiu escapar mais uma vez”.
“Mas como dentro dessas águas?”, o outro perguntou.
“Você duvida muito do que essas criaturas são capazes”, disse e um pouco antes de virarem as costas para voltarem a vila, observaram que um de seus colegas estava em falta e tudo que ouviram após perceber isso fora outro som de alguém saltando na água. Diante disso tudo o que puderam fazer era anunciá-lo como grande tolo.
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Espero que tenha gostado.
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