A nova vida de uma alma sem lembranças escrita por DaiKenja


Capítulo 52
Capítulo 52 - Corra, Huskie. Corra!


Notas iniciais do capítulo

Postagem: 2021/02/07 15:26
Revisão: 2021/06/13 21:06



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Muito rápido.
Em menos de um dia eu cobri toda a planície que separava os portões da metrópole de Vegúrlia e o início da floresta do norte.
No outro dia eu já estava de volta ao baluarte de Fargath.
Os criadores do Cão-Lobo do Fogo me disseram que eu chegaria em Fargath em apenas dois dias, por isso eu vim com pouca bagagem.
Confiando neles, eu saí de Vegúrlia apenas com minhas armas, comida para dois dias, meu dinheiro e minha barraca.
No fim das contas, caso eu ficasse sem alimento eu poderia simplesmente colher na floresta ou caçar.

Como essa montaria lembrava muito um Husky Siberiano eu chamei minha montaria de Huskie.
Esse cachorro era extremamente comportado e fiel, além de companheiro.
Ele parecia saber exatamente aquilo que eu queria.
Quando eu comprei ele uma magia foi feita e foi colocado uma coleira mágica.
Com essa coleira ele me veria como seu novo dono sem me preocupar se ele iria me aceitar ou não.
Era uma magia muito interessante e eu desejava entender o funcionamento dela.
Como ele era bem carinhoso também, ele dormia comigo na barraca e eu não a montei mais nas árvores, apenas no chão.
Nas noites ele também ficava alerta e me avisaria quando monstros se aproximassem.
Eu acabei me apegando muito ao Huskie.

Como nós dormimos apenas uma noite acampados, eu não tive nenhum confronto noturno.
Apenas lutei duas vezes até Fargath, uma vez por dia durante a viagem, uma bem no final da planície e outra no meio da floresta.
Eram monstros fracos para mim e eu sozinho era o suficiente para derrotá-los.
Acho que agora, mesmo que ainda não fosse tão bom na espada, eu poderia derrotar o Lobo de Chifre sem dificuldades, mas eu não queria pagar para ver.
Depois que eu cheguei na floresta eu passei a usar a magia de detecção novamente e ela estava um pouco mais forte.
Eu pude sentir de longe os habitantes de Fargath, também podia sentir de longe os monstros e isso facilitou muito minha viagem.

Em Fargath eu fui bem recebido, Grumer até se lembrou de mim e sorriu ao me ver.
Eles me alojaram nessa noite e eu não precisei acampar.
Comprei com eles mais comida e mantimentos para mais um dia de viagem.
Pelos meus cálculos, eu levaria apenas um dia de Fargath até Marima e mais um dia e meio para chegar em Khuma.
Uma viagem de apenas 5 dias.
Mas apenas porque essa montaria era extremamente veloz.

Em Marima eu não pude dormir na cidade, mas como a floresta ao redor da cidade era calma e não havia monstros, eu pude acampar confortavelmente sem preocupações.
Também comprei mais mantimentos e alimentos em Marima, dessa vez para dois dias.
Os Elfos de Marima adoraram o Huskie, mas sempre faziam cara feia quando viam a coleira. Talvez porque eles não precisavam de nenhuma magia para domesticar um animal.
Alguns monstros na floresta atrasaram a viagem até Marima e se houvessem encontros desse novamente eu levaria dois dias para chegar em Khuma.
Ainda em Marima, Maari'ma me reconheceu.
Eu agradeci profundamente por ela ter me ensinado a magia de proteção e disse que aquilo havia salvado a minha vida e dos meus amigos.
A senhora Élfica ficou muito feliz e abriu um belo sorriso quando eu agradeci.

Ela me ensinou outra magia de vento. Dessa vez um ataque direto que jogava para longe o oponente.
Com essa magia eu poderia lutar contra vários monstros mais facilmente, uma vez que eu poderia enfrentar um de cada vez e manter os outros afastados.
Ela disse que era dessa maneira mesmo que ela era usada, e principalmente para manter os monstros longe dos arqueiros.
O foco de combate dos Elfos da Floresta também era o Arco e a Lança, igual aos Elfos Negros, mas eles usavam apenas para lutar contra monstros e não para a caça.
Mais uma vez eu agradeci profundamente Maari'ma pelo conhecimento.
Como se ela tivesse previsto o acontecimento, no dia seguinte eu encontrei um bando Grande-Harpias.
Elas voavam rápido e eu não poderia simplesmente evitar a luta e fugir delas.
Com a magia de vento eu consegui lutar e derrotar 5 delas, sobrando apenas a maior para o final.

Eu lutava contra cada uma com a espada, pois o arco era fraco demais para atingir seu corpo.
Quando eu conseguia derrubar uma no chão, eu cortava-a com a lâmina no pescoço e finalmente elas morriam
Para derrotar a grande eu tentei usar a minha técnica de espada nova para fazer o que eu fiz da outra vez.
Criando uma camada de lâmina de vento acompanhando minha espada, eu cortei o ar e dividi a Grande-Harpia sem sequer encostar minha espada nela.
Aquela foi a primeira vez que eu realizei aquele golpe sem ser inconscientemente.
Mesmo assim eu estava com medo e minhas pernas pareciam tremer enquanto eu lutava contra aqueles monstros.
Acho que eu desenvolvi um trauma sobre aquele monstro pelo medo que senti na primeira vez que eu a encontrei.
Os grandes olhos com um brilho roxo ainda eram apavorantes para mim.
De qualquer maneira, eu conseguia lutar contra elas e no fim derrotá-las não foi tão difícil.

Eu até me impressionei em como eu havia melhorado.
As aulas de Necifran realmente fizeram diferença.
E agora, aquela magia que me faria desmaiar, não me fez mal nenhum.
Ou seja, além de estar mais habilidoso na espada, eu ainda tinha mais reserva de energia mágica.
No segundo dia eu também encontrei monstros, mas foi rápido de lutar e não me atrasou tanto.
Cheguei em Khuma no fim do quinto dia depois de sair de Vegúrlia.


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Notas finais do capítulo

Caso encontre algum erro gramatical ou de digitação, fique à vontade para me enviar a correção.
Agradeço profundamente qualquer apoio.



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