Stupid Worthless Boy escrita por asthenia


Capítulo 1
Um soco mais que bem dado


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem voltou com mais um UA!!!
Essa daqui está na minha cabeça desde o final de Naruto. Aí eu resolvi cair em um clichê adolescente porque a vida já um clichê, pois é. O título eu tirei da música "Story os a Lonely Guy", do blink-182, que também foi inspiração pra fic.
A história é narrada em primeira pessoa pelo Narutinho himself.
Será bem curtinha, no máximo uns 5 capítulos.
Espero que gostem!
Pra quem não sabe tenho um twitter pra falar bobagem, me seguem lá: @asthe_nia



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Burro.

Um babaca.

Ou melhor: idiota!

Esses eram os únicos pensamentos que vinham a minha cabeça. Eu só conseguia pensar em todas as bobagens que havia cometido até esse momento. O meu histórico era gigantesco. Tudo bem que ser o grande estúpido, briguento e encrenqueiro da escola nunca tinha me deixado tão puto.

Eu nunca me lixei para o que os outros estivessem pensando de mim. No começo eu até ligava. Hoje eu tô pouco me fudendo. Eu não liguei que a escola inteira estivesse me olhando quando eu deitei o Toneri em soco, no meio daquele maldito salão. Não liguei que ele estava sangrando e que meus dedos estavam com sangue. Nem me liguei da dor que eu senti quando ele revidou, e socou meu lado direito. E eu continuaria não ligando se eu não a visse.

Hinata. Parada. Me olhando como se eu tivesse cometido um assassinato.

Ela correu até o babaca, deitado no chão, desesperada porque a cara dele estava cheia de sangue.

Em segundos o resto da escola estava a nossa volta. Eu ouvi o grito de horror da Ino enquanto Kiba me segurava pelos braços. Ele havia apartado a briga, junto com Chouji e Shikamaru que só olhavam abismados pelo o que tinha acabado de acontecer. Mas para mim, na minha cabeça, só havia os olhos dela aterrorizados. Eu não tinha machucado tanto o mané. Será que ela estava com aquela cara por decepção? Ou pior, pena?

Pensar fazia minha cabeça doer. Eu posso ter tirado sangue do outro idiota, mas o soco dele também doeu.

O mais patético de todo esse rolo era que agora ele e eu estávamos sentados, há alguns metros de distância, na sala de espera da diretoria esperando Kakashi-sensei chegar. Aquilo tudo era uma merda. O saco de gelo que a Sakura-chan tinha me arranjado não estava resolvendo e o diretor nem sequer tinha chegado. Ouvi um estalo vindo do Toneri. O maldito devia estar com dor também. Eu sorri de pensar no estrago que tinha feito. Merda. Sorrir também fazia minha cabeça doer.

Ouvi alguns passos rápidos se aproximando da sala e já estava quase me preparando para a suspensão – ou possível expulsão – até que a porta se abriu. Não era Kakashi-sensei. Não era Sakura pronta para me dar mais um sermão.

Era a Hinata. Com seus olhos grandes. Preocupada. Encarando nós dois. E foi aí que um fio de esperança se tornou numa dúvida dolorosa. Ela estava ali para ver quem: eu ou o Toneri?

Porém, para responder isso eu tenho que voltar há um tempo. Muito tempo.

—/-

Eu e Hinata nos conhecemos desde pequenos. Estudamos nas mesmas escolas e todos da turma – Sasuke, Sakura, Hinata, Ino, Shikamaru, Chouji, Kiba e Shino – se conheciam desde os sete anos, ou até antes. A escola sempre foi a mesma. No começo, eu era uma besta apaixonado pela menina bonita da escola: a Sakura. Ela foi a primeira menina a falar comigo e toda a escola sabia que era afim do Sasuke. O Uchiha e eu sempre competíamos por tudo. E aí não demorou nada para eu querer competir também pela Sakura. E já de cara temos um problema: eu não lembro direito da Hinata nessa época. Ela era para mim uma estranha que falava baixo demais e que sempre parecia se esconder.

Os anos foram se passando e a gente foi se aproximando. No entanto, ela ainda era sempre distante de uma certa forma, entende? Andava só com Kiba e Shino. Mas sempre gentil. Sempre. Até que tivemos um simulado impossível no ensino fundamental. Do tipo que eu tinha certeza que ia me ferrar. Eu era o encrenqueiro e burro da escola, era o esperado de mim.

E aí... A Hinata acabou sentando do meu lado e simplesmente ofereceu a prova dela para eu copiar. Eu me lembro de ter ficado chocado. A nossa escola era extremamente exigente e se alguém pegasse eu colando, eu e a Hinata estávamos ferrados. A Hinata fazia parte do grupo de alunos mais inteligentes da nossa turma e com certeza ia se sair bem. Eu não queria prejudica-la. Decidi que não ia fazer aquilo. Eu acabei me ferrando na prova, entrei em recuperação nas férias, mas a Hinata passou sem dificuldade alguma.

Depois disso eu comecei a perceber: a Hinata era muito legal. Me ajudava o tempo todo e eu sempre soube que podia contar com ela. Em qualquer matéria, ou então quando todo mundo se encontrava aos fins de semana. Ela era legal mesmo quando eu fazia alguma burrice, ou me metia em alguma confusão, ou ficava tentando chamar a atenção da Sakura. Ela não me enchia de bronca como os outros. Ela era paciente, atenciosa. Mas eu era burro.

Eu só não tinha ideia que a minha burrice e estupidez iriam chegar a um nível maior.

Todos fomos para o ensino médio juntos. Todo mundo estava mais maduro, eu não me metia em tantas confusões como antes. No segundo ano as coisas começaram a mudar para mim. Minha paixonite pela Sakura tinha passado. Logo no começo do ano letivo vencemos o campeonato interestadual de beisebol e ganhei bastante fama por isso, afinal eu era o capitão. Eu não era mais o problemático da escola, agora eu era o atleta. E isso me trouxe para outra realidade: garotas.

No último jogo do campeonato, que trouxe a nossa vitória, a maioria da galera da minha sala estava na arquibancada. Mas a minha atenção estava toda voltada a ela, Hinata. Antes do jogo ela disse que torcia para mim. Cara.... Ela deu o sorriso mais sincero que eu já vi. Ela me fortaleceu aquele dia. Quando terminou o jogo ela estava lá também, pulando junto com todo mundo. Quando eu penso naquele momento, eu vejo ela como a mais brilhante de todas. Seria assim se eu não tivesse sido um idiota.

Então, como eu disse, eu comecei a chamar a atenção das garotas da escola. E eu vou ser sincero agora, eu amava aquilo. Sai com algumas, mas não comentava com ninguém da escola. Nada sério, na real. A gente se divertia. Tudo em off. Pelo menos era o que eu achava.

Ao mesmo tempo, do nada, a Hinata ficou mais distante de mim. A gente mal conversava. Sempre que eu estava por perto ela ficava mais tímida e mal falava comigo. Não que ela fosse mal-educada comigo... Era só distante. Aí veio o começo da minha estupidez.

Numa terça-feira, depois do treino de beisebol a escola sempre ficava vazia. Eu saí do treino, despedi do Gai-sensei e fui pegar minhas últimas coisas no armário. Quando eu me virei, a Hinata estava atrás de mim. Vermelha feita um tomate e olhando para o chão. Eu a cumprimentei, sorrindo e ela me respondeu, bem baixinho. Nisso ela esticou os braços e me entregou um envelope.

Eu me lembro das cenas em detalhes. Ela tremia. Eu fiquei mudo, sem entender.

“Eu espero, Naruto-kun.... E-Espero que você aceite meus sentimentos. ”

Depois disso a Hinata se virou e saiu correndo. Eu continuei sem entender nada e rapidamente abri o envelope.

Era uma carta. Ela se declarava para mim. A Hinata dizia que me amava.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo teremos mais flashbacks contados pelo Naruto. Preparem-se para os palavrões.
Obrigada a todos que leram ♥



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