Lola penteava os cabelos negros e molhados suavemente, o corpo envolto em um roupão branco e felpudo do hotel estava secando depois de um demorado – e merecido – banho quente.

Terminou de desembaraçar as madeixas e, antes que pudesse vestir algo confortável para descansar, alguém bateu à porta de seu quarto. Lola atravessou o pequeno cômodo curiosa, quem seria aquela hora da noite? Certamente ninguém do serviço de quarto, visto que, para sua infelicidade, paravam de entregar coisas nos quartos às onze horas da noite.

Espiou pelo olho mágico, identificando Jack Wilder olhando nervosamente pelo corredor. Que diabos o cavaleiro estava fazendo ali?

— Jack – Cumprimentou abrindo a porta com um meio sorriso tomando conta de seus lábios.

— Lola. Anh, eu... eu queria me desculpar.

— O que? – Estreitou os olhos confusa – Mas pelo que?

— Aquilo mais cedo...

— O lance da moto? – Se divertiu vendo que ele estava realmente nervoso enquanto gaguejava uma conversa – Está tudo bem, não foi nada demais.

— Não... eu queria dizer que eu não duvido do seu potencial, nem nada assim – Riu sem graça – Eu só achei que você não soubesse pilotar uma moto porquê...

— Me deixa te parar ai -  Levantou a mão em sinal de pare – Tudo o que vier depois disso vai estragar o seu pedido de desculpas.

— Ah, está bem – Concordou com um aceno de cabeça e pareceu finalmente reparar que Lola estava usando um roupão – Oh, você estava indo... você estava... foi mal. Não quis interromper nada.

— Tudo bem, não interrompeu, eu só estava indo me vestir – Sorriu apoiando o corpo no batente – Quer entrar?

— Anh, não sei se é uma boa ideia, temos muita coisa pra fazer amanhã. Um dia cheio e tal.

— Bom, você ainda me deve um pedido apropriado de desculpas – Ralhou puxando-o pelo braço para dentro do pequeno quarto – Então vamos cuidar disso, sim?

— Lola – Murmurou sentindo a porta de madeira fechando em suas costas e vendo que a mulher soltava a peça que a tapava, deixando-o aberto e expondo seu tronco.

— Não fale – Pediu aproximando seu rosto e tocando os lábios macios nos de Jack, que estremeceu levemente com a surpresa, enquanto ela segurava firmemente seu pescoço e prensava o corpo quente no nele, fazendo com que o restante do roupão deslizasse para fora de seus ombros e caísse no chão.

— Você que manda – Declarou erguendo uma de suas mãos em rendição enquanto era tomado por beijos e carícias.