A quase filha de Krypton. escrita por Lady JR


Capítulo 2
Coincidência


Notas iniciais do capítulo

Eei Galerinha!!! Tudo bem com vocês? Antes de qualquer coisa quero deixar claro que eu postei essa história originalmente em outro site, o spirit (só para evitar confusões de plágio).
Boa leitura...

insta: @ajessica_r



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Desde o dia que tive um troço na rua, eu fiquei uns dois meses sem sair de casa. Mesmo já estando bem de saúde, o pânico de passar mal de novo, juntamente com a ansiedade que surgiu não ajudaram em nada e tomaram conta do meu corpo. Assim que completou três meses, eu tive a coragem de sair sozinha e adivinha só, nessa mesma época consegui um emprego de meio período e hoje foi meu primeiro dia. Mesmo já tendo vinte anos, ainda me encaixava na faixa etária de aprendiz, e agora... oficialmente eu trabalhava no Planeta Diário Brasil, lógico que não sou jornalista, mas agora, faço parte desse mundo das notícias. Antes eu achava que o jornal era apenas um lugar que jornalistas escreviam, descreviam e inventavam manchetes sobre os acontecimentos do dia a dia e claro, criticavam uns aos outros com manchetes bem elaboradas. Na real, era maior que isso, a parte de criação era... era enorme. Me vi em um lugar com uma fantástica criação gráfica feitas no computador, coisa que eu amava. Mas... meu trabalho não era esse, se resumia em: Criar e preencher planilhas, recepção e organizar as varias cartas e encomendas que chegavam no dia todo. Não era a melhor coisa da vida, mas o bom era pensar que era apenas meio período.

No primeiro dia, eu fiz uma espécie de tour pelo local, conhecendo setores que eu iria passar todos os dias e claro, dando uma leve analisada nos funcionários, a famosa impressão a primeira vista. Teve um momento que meu coordenador parou por um instante para conversar algo com um dos funcionários, antes de irmos para o próximo setor e enquanto o esperava, meu olhar cruzou toda a sala parando em um dos editores, não pelo fato de ele ser alto e bonito, mas porque... acho que o já tinha visto em um outro lugar antes, meu breve pensamento foi interrompido quando fomos caminhando para mas um setor. Meu primeiro dia foi basicamente isso, reconhecimento do terreno, como gosto de afirmar. Hoje foi oficialmente meu segundo dia, recepcionando pessoas e mexendo em planinhas, mas ao menos uma pessoa começou a conversar comigo, Clarie, que começou no Planeta Diário como estagiária e hoje faz seis meses que é oficialmente uma jornalista. Uma loirinha, um pouco menor que eu, alegre e parece ser daquelas pessoas que fazem amizade fácil com várias pessoas. Assim, não fui almoçar sozinha, bem... almoçar é só uma forma de expressão, já que só tenho quinze minutos para comer algo, quinze minutos de "presente", já que quem tem a mesma carga horária como eu, não tem direito a "tempo de descanso" em lei. Fomos juntas para o refeitório, lá descobri que a comida da empresa de fato parecia boa, tinha um cheirinho gostoso, era "bonita" e tinha várias mesas para que seus funcionário possam almoçar. Não tinha tempo, pelo menos nesse primeiro dia, iria me com um sanduíche de pão de forma com presunto, mussarela e minha típica garrafinha de coca cola. Acabamos de comer, eu tinha poucos minutos para voltar, eu e Claire levantamos da mesa que estávamos e voltamos de para perto de onde estava o almoço, e pegamos uma maçã como sobremesa.

— Pois é Jane, agora eu vou ter que dar uma saída e voltar antes do meu horário de almoço. Tenho que ir no banco, na farmácia e no supermercado da rua de baixo porque hoje... - e começou a sorrir - Hoje é dia de promoção! - disse ela rapidamente, quase não parando para respirar, apenas coloquei vírgulas na frase para que você possa ler com tranquilidade.

— Você tá lembrando que você tem menos de uma hora né? - perguntei a ela.

— Pois é. - concordou sorrindo - Me deseje sorte.

— Ok. Boa sorte.

— Anh. - disse comendo maçã rapidamente - Esse aqui é o Clark. - disse colocando a mão no ombro cara que tinha acabado de se aproximar de nós, pegando seu almoço, meio sem entender o que estava acontecendo apenas sorriu, era o mesmo cara engravatado que havia chamando a atenção do meu olhar no primeiro dia - Depois Jane, te apresento mais gente. Prometo prometido - e saiu correndo para sua "maratona" do horário de almoço.

— Oi. - disse o cara com o prato na mão - Clark Kent.

— Olá. Me chamo Jane.

— A novata.

— Exatamente.

— Nome bonito.

— Obrigada. - agradeci - Melhor que "a novata" né? - e ele concordou sorrindo, um sorriso tímido, mas... lindo.

— Claire tem um jeitinho meio agitada mas é uma ótima pessoa. - disse sorrindo e logo continuou Você não vai... se sentar? - me perguntou, afinal eu estava comendo a maçã em pé.

— Não posso, tenho mais... um minuto de almoço - e conferi no relógio.

— Mas você acabou de chegar.

— Sou aprendiz, eu não posso comer! - respondi e sai sorrindo. Nesse mesmo dia, faltando poucos minutos para acabar meu expediente, Clark se aproximou da minha mesa de trabalho, escorando-se no balcão da recepção que ficava ao meu lado, dando a entender que queria falar algo, ou simplesmente precisava de tinta para carimbo.

— Tudo bem? - perguntei, ainda olhando a tela do computador.

— Eei, Jane, eu... lembrei de te fazer uma pergunta mas, acabou que não deu tempo.

— E o que seria? - perguntei salvando os dados de uma das planilhas do dia que estava terminando e girei a cadeira para olhar seu rosto.

— Desculpe se for indelicadeza mas... tenho quase absoluta certeza que você passou mal, a cerca de... uns três meses atrás. Estou errado?

— Porque a pergunta? - falei levantando, para ficar mais perto de sua altura, escorando os braços no balcão e pensando como ele sabia disso.

— É verdade? - perguntou-me sério.

— É sim. Mas... eu não falo disso para ninguém, e creio que você não mora no meu bairro. Como sabe disso?

— Eu fui obrigado a cobrir um show em um centro cultural e na volta eu te levei até uma unidade de saúde. - disse como se fosse a coisa mais normal do mundo - Falei com você, que mesmo não estando bem naquela hora, não era nada de grave. - eu continuei calada, o olhando, porque foi muita coincidência eu o reencontrar no meu trabalho novo e ele lembrar do meu rosto - Está tudo bem com você agora? Você parece ótima!

— Sim, eu estou bem. Tomei remédio por um tempo mas agora estou bem. Mas... é muita coincidência.

— Muita. - e ficamos uns segundos em silêncio - Era... era só isso. - disse ele quebrando o nosso silêncio - Eu percebi isso naquela hora do almoço, e não podia sair sem tirar essa dúvida. E então, seja bem vinda.

— Obrigada.

— Mesmo já sendo seu segundo dia. O seja bem vinda veio um pouco atrasado né?

— Continua valendo. - respondi, enquanto ele se afastava do balcão da recepção, voltando para seu setor, fazendo me esquecer que estava igual uma boba escorada no balcão enquanto pensava o quão forte era aquela coincidência.

...


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Notas finais do capítulo

Até a próxima.
Bye, bye...



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